Meu Pequeno Anjo escrita por Lelly Everllark


Capítulo 21
Para sempre.


Notas iniciais do capítulo

Voltei? Voltei! Devia? Provavelmente não.
Sobre esse capítulo em plena terça-feria? Eu explico. Agora eu estou de férias da faculdade (graças a Deus!) o que significa que, provavelmente haverão mais capítulos na semana (nesse mês de julho), mas sem dias fixos de postagens, Ok? Espero que gostem da novidade!
BOA LEITURA!! :3



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  Connor

  Olho para a mesa de centro abarrotada de latas de cerveja vazias e suspiro, cada um dos meus amigos está jogado em um sofá de seu apartamento completamente bêbado. Eu achei que quando viesse aqui depois de tanto tempo sentiria saudades ou pensaria nesse apartamento em que vivi tanto tempo como minha casa. Mas quando eu pensava em casa agora, só conseguia ver o sorriso e Angie e Izzie.

  - Gente, já está bom, certo? – pergunto balançando a lata que peguei quando cheguei aqui há quase duas horas atrás e ainda não terminei.

  - Não – é a resposta curta e grossa de Jace que vira outra lata. Ele e Stu já beberam uma caixa de cerveja inteira e parecem dispostos a continuar e olha que não são nem meio dia ainda.

  - Você não ia trabalhar hoje, Jay? Como pretende fazer isso bêbado?

  - Cancelaram – ele ri sem motivo algum. – A pirralha que ia fazer aniversário deu um piti e cancelaram, eu vou receber pra ficar em casa bebendo.

  - E eu vou beber em casa por que não estou a fim de sair – Stu ri também e meio segundo depois os dois estão em meio as gargalhadas. Reviro os olhos e vou até a cozinha jogar minha cerveja quente fora. São quase meio-dia de sábado e não tem como e nem por que eu ficar bêbado. Pego um copo com água e volto a tempo de ver Jace encarar o teto como se estivesse muito longe.

  - Eu devia ter saído com ela – ele diz pra ninguém em particular.

  - Ela quem? - Stuart pergunta e eu volto ao meu lugar no sofá com a água na mão.

  - A loira que me deu mole na festa de ontem e a morena da semana passada, eu devia ter saído com elas.

  - E por que não saiu? Vocês têm o apartamento todo para vocês agora – comento e o loiro me encarara parecendo divertido, Jace sempre foi um bêbado que ria de tudo. Stuart era o dramático que só sabia relembrar os tocos que levou e o fato de que ele já tinha trinta anos e ainda não tinha ninguém, e eu era sempre o que estava mais sóbrio dos três e tinha que arrastá-los das festas e é claro tirava fotos hilárias deles.

  - Eu não consegui.

  - Como?

  - Ele disse que não conseguiu – agora é Stu que ri descontroladamente como se Jace tivesse feito uma piada. – O Peter Pan está apaixonado – ele cantarola. – Muito apaixonado.

  - Cala a boca! A Candy não tem nada a ver com isso! – Jace atira uma almofada em Stuart que passa muito longe e quase vai parar na cozinha.

  - Mas eu não disse o nome dela, foi você quem falou – o moreno continua cantarolando e é a minha vez de rir enquanto Jay cobre o rosto com a almofada restante.

  - Você não conseguiu sair com mais ninguém por causa da Candace, a irmã da Gwen? – pergunto só para ter certeza que não estou ouvindo mal.

  - E você conhece outra Candy que o Jace pegou por acaso? – Stuart pergunta divertido e depois me olha surpreso e quase derruba sua cerveja ao se sentar. – Conhece!?

  - É claro que não, Sturt, cala a boca! E você Jay o que tem em mente? Vai fazer alguma coisa? – pergunto e o loiro me olha com um sorriso triste.

  - Fazer alguma coisa? O que exatamente?

  - Falar com a garota? Já tentou a mágica de conversar com ela?

  - A gente não se fala desde o barraco lá na sua casa. Eu falei um monte de merda por que estava surpreso e a magoei, mas ela mentiu pra mim – ele ri jogando a cabeça para trás e encarando o teto. – Você tem noção do quão louco foi descobrir que a garota que eu conheci por acaso em uma festa e disse ser uma universitária era na verdade uma aluna do Stu? Eu só queria esquecê-la, mas nem consigo mais sair com ninguém pensando nela. Quero morrer.

  Sorrio pensando que isso pode ser informação importante para a dupla dinâmica que decidiu unir os pombinhos. Gwen e Izzie estão inventando uma festa para Candy só para ter uma desculpa para levar Jace até ela.

  - A festa da Candy é em duas semanas – comento e o loiro se senta me encarando surpreso, até a versão bêbada do Stu sorri divertido da reação dele.

  - Como?

  - Izzie e Gwen estão organizando uma festa de aniversário pra ela. Pediram-me para chamar você – digo sorrindo.

  - Só eu?

  - Stu também, claro. Você vai? Izzie vai querer saber se obtive sucesso na missão – digo divertido e Jace está piscando surpreso enquanto me encara. Ele provavelmente está bêbado de mais pra entender a piada, só registrou as palavras “festa” e “Candy” tenho certeza.

  - Quando? – ele pergunta ainda parecendo estar compreendendo as palavras.

  - Em duas semanas.

  - Eu vou! – Stuart comemora como se tivesse ganhado na loteria e olha pra mim. – Será que a sua mulher tem alguma amiga pra me apresentar?

  - Não. Ela não tem e mesmo se tivesse não teria, não vai brincar com as amigas da minha namorada. E você Jace tome vergonha na cara e vá atrás da sua garota por que alguém pode ter a mesma ideia e chegar primeiro.

  O loiro arregala os olhos como se tivesse levado um soco e fica de pé virando a lata uma última vez.

  - Ela não é a minha garota – é tudo o que ele diz antes de marchar em direção ao seu quarto e bater a porta como um adolescente que brigou com os pais.

  - vendo? Fez o nosso mascote chorar – Stu faz bico e não consigo nem levá-lo a sério. – Vou ter que ir lá cuidar do bebê.

  - Só deixa ele Stu, você está bêbado de mais pra cuidar de si mesmo e vai cuidar dos outros?

  - Eu estou muito bem sóbio, sróbio, sóbrio, isso! – ele diz e para provar seu argumento fica de pé, cambaleia para frente esbarra na mesa de centro, bate o joelho nela derrubando as latas vazias no chão e cai outra vez no sofá xingando.

  - Melhor ficar ai pra evitar acidentes – comento achando graça e ele está ocupado de mais massageando o joelho pra prestar atenção em mim.

  - Eu tava falando sério sobre a amiga da Iz, será que ela arruma?

  - Eu também estava quando disse que não – respondo divertido me lembrando da pequena que é a única a chamar Izzie assim. Eu não as vejo há umas três horas e já estou com saudades, como é possível?

  - pensando nelas, né? Você sempre fica com esse sorriso idiota quando pensa nelas – Stuart ri. – Tirou a sorte grande, cara. Uma mulher incrível e uma filha muito fofa numa tacada só? Isso é pra poucos. E vocês ainda vão ter um bebê. Agora só está faltando um cachorro pra vocês virarem aquelas famílias de comercial de margarina.

  Sorrio achando graças das besteiras de Stuart.

  - Para de viajem.

  - falando sério, mas é pra sempre, tipo até que a morte nos separe e tudo mais? – meu amigo pergunta e fico sem saber o que dizer. – Mas antes do felizes para sempre e essas coisas todas você têm que resolver a situação dos filhos de vocês, né? Você já falou com Izzie sobre Angie ou o bebê?

  - Não – suspiro. Odeio bêbados sinceros que me fazem pensar em coisas que não queria. – Nós não falamos sobre nada, mas vamos, logo mais não vai dar pra fingir que nada está acontecendo.

  - Eu só não sei qual é o poblema, probema, pro...

  - Problema? – ajudo a língua enrolada de bêbado.

  - É, qual é?

  - O problema é que não sei se consigo ser um pai para Angie, mas também não sei se consigo deixá-la ir. E tem Izzie e o bebê, eu estou apaixonado por ela então o problema não é amar esse bebê como amo Angie, na verdade já sinto que é mais ou menos assim, o problema é que tenho medo de me apegar a ele o pai aparecer, se isso acontecer, como eu fico? Sou um covarde, isso sim.

  - Não é covardia ter medo, se você tem medo é por que se importa com eles, todos eles. E se eu posso te dar um conselho, se você as quer, tome-as para si, Izzie, Angie e o bebê. Por que ai se alguém parecer você apenas mostra que o lugar de pai já é seu – Stuart diz com os olhos fechados e sorri. – Nossa, eu estou muito filósofo hoje.

  Rio de seu ultimo comentário sem conseguir me conter, nem num momento sério ele consegue deixar de fazer piadinha. Mas o que Stu disse é verdade, não posso esperar as coisas acontecerem, tenho que correr atrás delas, mas primeiro tenho que saber o que quero, tenho que tomar uma decisão.

  - Acho que vou pensar em casa – digo depois de uns minutos de silencio, mas é perda de tempo, dou uma olhada em Stuart e vejo que ele dormiu no sofá. Sorrio ficando de pé. – Isso é pelo conselho – digo pegando uma sacola e recolhendo as latas.

  Depois de uns vinte minutos a única coisa fora do lugar na sala é Stuart caindo do sofá. Tomo um copo de água e deixo um bilhete preso a geladeira avisando que fui embora como fazia quando ainda morava aqui. Saio, tranco a porta e passo a chave por debaixo dela. Agora está na hora de ir ver minhas garotas.

  Dirijo até em casa no mais incomodo silêncio, eu com certeza havia desaprendido a ficar nesse carro tão quieto, sentia falta das vozes delas rindo e conversando, de Izzie dando alguma bronca em nós ou de Angie perguntando alguma coisa inusitada. Estaciono em frente ao meu prédio e olho as horas, são quase duas da tarde e elas provavelmente ainda não chegaram. Subo as escadas e me deparo com o apartamento vazio, mais silêncio.

  Aproveito a minha recente solidão para adiantar uns trabalhos no computador, faço um lanche e preparo um café, pego o notebook e me sento na poltrona da sala assim posso me perder em minhas logos e fachadas até não pensar em mais nada que não seja as tonalidades de cores que combinam ou não com o letreiro.

  Estou tão absorto no trabalho que me assusto com o toque do meu celular. É um numero desconhecido e isso me deixa confuso, eu podia jurar que era Izzie.

  - Alô? – atento assim mesmo me servindo de mais café.

  - Connor Scott? — uma voz vagamente familiar pergunta e tenho um mal pressentimento, a última vez que um número desconhecido me ligou perguntando isso, eu acabei em uma delegacia as quatro da manhã.

  - Sou eu. Quem é?

  - Helen Ross a assistente social que está cuidando do caso da sua irmã. Vimo-nos quando a conheceu, lembra-se?

  - A Elle, claro que me lembro – sorrio com apelido que Angie deu a ela. Mas meu sorriso morre assim que suas palavras fazem sentindo em meus ouvidos.

  - Elle? — ela pergunta, mas não tem mais graça.

  - Por que ligou?

  - Você disse que a aceitava por algumas semanas e eu não me esqueci disso, mesmo que não prefira dar essa notícia, tem um casal interessado em uma criança com o perfil de Angelina. Eles querem uma garotinha de até cinco anos.

  - Por... Por que agora? – minha voz não passa de um sussurro. Eu não sei o que pensar nem sentir, se eu não estivesse sentado provavelmente cairia, afinal, não consigo nem mesmo sentir minhas pernas.

  - Por que tive que cuidar de um caso urgente. Eu sabia que Angie estava em boas mãos e essa criança que tive que ajudar não teve a mesma sorte — ela encerra o assunto ai. O telefone fica mudo por uns instantes, não sei se Helen espera uma resposta minha ou o que, mas não sei o que dizer. – Connor?

  - Sim.

  - Você sabe que não precisa entregá-la, não é? Você tem a guarda provisória de Angelina e terá a definitiva se assim quiser. Eu não falei sobre ela para o casal por que precisava conversar primeiro com você, quero saber o que você quer, o que pretende fazer. Eu quero saber se tenho ou não uma garotinha de cinco anos para a adoção. E então?

  - Eu... Eu é... – além das funções cognitivas aparentemente perdi a habilidade de falar também.

  - Eu sei que isso é repentino e não é uma conversa para se ter por telefone. Então faremos assim, você vem ao meu escritório segunda-feira e conversamos adequadamente. Mas até lá preciso de uma resposta e sendo ela favorável ou não quero que traga Angelina com você. Quero conversar com ela. Pode fazer isso? Connor?

  - Posso – respondo depois do que parece ser uma eternidade. – Eu vou e a levo comigo.

  - Isso é ótimo então, vemo-nos na segunda-feira então, pode anotar o endereço?

  - Claro.

  Anoto o endereço, me despeço de Helen de forma quase mecânica e quando ela desliga eu tiro o celular da orelha e o encaro como se ele fosse o culpado dessa bamba de repente ter caído em meu colo. Helen quer levar Angie? Uma pequena parte de mim sabe que esse foi o combinado, que essas palavras de que ela ficaria até encontrarem novos pais para ela foram minhas. Mas a outra parte, a maior, não quer saber, essa parte quer apenas agarrar a pequena e mantê-la ao meu lado onde eu possa protegê-la para sempre.

  Mas a pergunta mais importante é: Eu quero que Angie vá embora?

  - Con! – seu grito animado me faz olhar para porta e lá estão elas. Angie e Izzie estão entrando e vê-las é o suficiente para me fazer sorrir. – A gente voltou!

  - É voltaram – tento sorrir, mas no instante em que Angie se joga em meu colo quase me fazendo derrubar o café em cima do computador, não consigo pensar em mais nada que não seja abraçá-la e mantê-la do meu lado para sempre.

  - Con? – Angie chama quando não a solto. – Iz, o Con não quer me largar.

  - Connor? Gatinho? – Izzie chama e eu solto a pequena para encará-la.

  - Esse apelido consegue ser pior que Concon – reclamo tentando fazer graça e a morena sorri.

  - Não tenho culpa se você é um gatinho. Está tudo bem?

  - Ótimo.

  - Aposto que sim – Izzie concorda, mas sei que não acreditou em mim. – Vamos contar ao Con do nosso passeio, Angie?

  - Teve a Analu e o Drew que eram iguais e a mamãe deles que grávida que nem a Iz. E o Drew ficou preso lá no povador e a gente comeu hambúrguer! – a matraquinha em forma de Angie vai despejando as palavras sem esperar para saber se eu as estou acompanhando ou não. – Eu e a Iz andamos um monte pra comprar as coisas da festa da Candy, vai ter bolo e velinha.

  - Aposto que vai ter sim, mas que tal vocês começaram do início?

  As duas se empenham em me contar de suas compras e eu me sinto meio mal, mas não estou realmente acompanhando suas palavras, só balanço a cabeça ocasionalmente. Meus pensamentos estão muito longe, em dilemas que se minha mãe pudesse ouvir já teria me repreendi por ter. Em sua cabeça já está tudo certo. Eu observo Angie e Izzie colocando a mesa para o jantar enquanto conversam riem e derrubam talheres e panos de prato no chão. Stuart tinha me perguntado se era para sempre, e na hora eu não soube o que responder. Eu as conhecia a pouco mais de um mês, mas olhando agora, as vendo sorrir na cozinha do apartamento não consigo imaginar um futuro que não as tenhas, as duas, três se o bebê de Izzie for outra garotinha tagarela. Os três são meus e não abro mão de nenhum.

  - Helen me ligou hoje – digo depois que já estamos os três sentados tomando sopa. É claro que tinha que ser um prato desse em uma conversa dessas.

  - Como? – Izzie para com a colher a meio caminho da boca. - Helen? Aquela Helen, a assistente social que está cuidando do caso de Angie? Essa Helen?

  - Essa mesma. Vou encontrá-la segunda-feira. Você se lembra da Helen, Angie? – pergunto a garotinha que me olha assustada.

  - A Elle lá daquele dia que eu vi você onde tinha um monte de gente, Con?

  - É. Ela quer conversar com você, que tal a gente ir ver ela?

  - Eu não quero – ela diz com os olhos marejados. Angie nunca fez birra nem nunca deu uma resposta. Sua reação me surpreende, mas nem tanto se levar em conta que ela sabe que foi a Helen que a trouxe aqui, vê-la pode significar que ela vai levá-la embora. Angie não é burra.

  - Connor, que papo é esse que ela te ligou e você vai vê-la com Angie. Por quê? – Izzie pergunta e não sei identificar sua expressão, um misto de medo e raiva. – Você vai deixar ela levar Angie? Connor? – seu tom de voz é mesmo do dia em que me pediu para salvar seu bebê. É o tom de voz de uma mãe desesperada.

  - Iz, eu não quero ir – Angie está fungando e já saiu de sua cadeira para se esconder nos braços de Izzie. – Não deixa, Iz, por favor.

  - Eu não vou deixar – ela sussurra nos cabelos de Angie e depois me olha. Os olhos escuros faiscando. – O que você pretende fazer, Connor?

  - Vou até lá dizer a Helen que não tenho a intenção de deixar Angie ir lugar nenhum. Não pretendo deixar minha filha com ninguém que não seja eu. Talvez quem sabe com uma mãe que eu arrumar pra ela, eu e Angie estamos com uns projetos aí.

  - Seu idiota – Izzie está chorando enquanto sorri e abraça Angie. – Por um instante eu... Eu... Droga! Eu grávida, não me faz chorar assim.

  - Desculpa – vou até elas e beijo os lábios de Izzie e o topo da cabeça de Angie que ainda tem o rosto escondido no peito da morena. – Hei, Angie. Olha pra mim – peço e ela faz isso, está com os olhos vermelhos e assustados. – Nós vamos conversar com a Helen, mas vamos voltar para casa, Ok? Ninguém vai ficar lá. Ela só quer saber se você está gostando da casa nova e dos brinquedos que a vovó te deu. É só isso.

  - Só isso? Ninguém vai ficar?

  - Não. Lembra quando a gente chegou aqui nessa casa e você me perguntou se eu ia ficar pra sempre com você? – pergunto e ela faz que sim prestando total atenção em minhas palavras. – Você ainda quer ficar para sempre?

  - Com você, com a Iz e o bebê da barriga? – ela quer saber cheia de expectativa e não consigo olhar para Izzie quando faço que sim com a cabeça. Eu os quero todos, mas uma coisa de cada vez.

  - É. Você quer?

  - Quero! Quero muito, eu amo você Con, muitão! – ela se joga em meu colo e a abraço sorrindo. Eu ouço um soluço e eu e Angie nos viramos para ver Izzie chorando tanto que quem não soubesse da gravidez se assustaria. – doendo em algum lugar, Iz?

  - Não meu amor, eu estou feliz, por isso chorando. Amo você.

  - Eu também, muitão! Posso tomar sorvete agora?

  - Não – é a resposta curta, grossa e divertida de Izzie que já está sorrindo outra vez. – Primeiro termine de jantar.

  - Ah – quem visse Angie suspirando derrotada por causa de um sorvete não imaginaria que estávamos tendo uma conversa como essa a menos de meio minuto atrás.

  Uma hora depois eu termino de lavar as louças e vou procurar pelas minhas garotas e as encontro deitadas tranquilamente em minha cama. Elas faziam isso às vezes, invadiam meu quarto e dormiam comigo, e eu gostava de dividir a cama com elas, abraçá-las me fazia sentir importante, como se enquanto eu velasse seus sonos pudesse protegê-las de todo o mal.

  - ...Então o príncipe e a princesa se reencontraram e viveram felizes para sempre – Izzie termina a história enquanto mexe nos cabelos da pequena que ressoa baixinho ao seu lado. – Bons sonhos, meu pequeno anjo – ela beija os cabelos da pequena e eu fico ali parado a porta as olhando encantado. Se entes eu tinha alguma duvida agora já não tenho mais. Elas são minhas e não vão a lugar nenhum. – Connor? – ela sorri levantando os olhos.

  - Não quis atrapalhar – admito me aproximando da cama e me juntando a elas. Izzie estava no meio por que eu e Angie gostávamos de dormir abraçados a morena, então a única solução era ela se deixar ser esmagada por nós dois.

  - A cama é sua então devíamos ser eu e Angie a falar isso – ela comenta divertida e eu abraço. – Nós não queríamos dormir sozinhas hoje. Desculpa a invasão.

  - Eu não consigo imaginar um lugar melhor para vocês ficarem do que ao meu lado.

  - Eu também não. Boa noite, Connor – ela sorri fechando os olhos. Poucos minutos depois sua respiração se torna mais tranquila e ela adormece. Beijo seus cabelos e aspiro seu perfume antes de fechar os olhos também.

  - Boa noite, Izzie.


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Notas finais do capítulo

Então? Comentem o que estão achando, por favor!
Beijocas e até, Lelly ♥



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