Meu Pequeno Anjo escrita por Lelly Everllark


Capítulo 20
Encontros indesejados e uma loira tagarela.


Notas iniciais do capítulo

Heeeeello!!
Oficialmente já é sábado então eu vooooltei!! ♥
Gente, sobre esse capítulo está muito legal, sério tem barraco, confusão e gritaria (mentira, não é assim também kkkkk) e tem o crossover mais esperado de todos, espero que gostem dessa minha brincadeirinha!!
PS: Eu tenho que explicar que as histórias de Laços de Amor são independentes, Ok? Basicamente o que eu quero dizer de forma simples é que esse capítulo segue a ordem cronológica que eu imaginei envolvendo ambas a histórias, ele se passaria depois do Epílogo de Contrato de Amor e antes de Laços de Amor começar, Ok?



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  Izzie

  Era para ser meu dia de folga, era. Do verbo Gwen me obrigou a vir até a lanchonete buscar sua “lista de compras para o aniversário da Candy”, ou pelo menos foi como ela chamou o pedaço de papel amassado no qual está adicionando ou cortando itens há quase meia hora. Hoje é o meu primeiro sábado de folga em quase um mês e eu realmente não queria passá-lo no meu local de trabalho.

  - Gwen... – choraminguei e minha amiga passou pela mesa onde estávamos eu e Angie.

  - Já vou! – gritou indo servir um casal na mesa mais adiante. Olhei para a garotinha comigo que estava mais concentrada em seu milk-shake de morango para estar achando ruim termos feito uma parada na lanchonete antes de ir ao shopping e sorri.

  Connor não tinha vindo conosco, ele e Stu estavam tentando ajudar Jace, o loiro estava mal depois do barraco com Candy mês passado, a morena também não estava em seus melhores dias. Gwen tinha inventado essa festa que não tinha nem local para acontecer ainda, para tentar animá-la. Mas alguma coisa me dizia que só certo loiro a deixaria melhor. Coração partido não cura com festa e sim com amor.

  - Aqui – Gwen voltou e me estendeu sua lista amassada.

  - Tem certeza que colocou tudo? Eu realmente tenho que ir – digo sem paciência e minha amiga faz que sim.

  - Certeza.

  - Ok, me dê aqui então – faço menção em pegar o papel, mas ela não deixa.

  - Espera! Esqueci do papel da decoração – ela se esquiva e fico de pé. – É rapidinho, juro.

  - Gwendolyn Parker! Ou você me dá esse papel agora ou faço você comê-lo!

  - É só mais isso, prometo! – ela corre com o bendito pedaço de papel até o balcão e vou atrás dela. Algumas pessoas nos olham curiosas, mas é uma manhã de sábado e não há muitas pessoas na lanchonete então não me importo.

  - Aqui, pode levar, certeza, acabou. Agora é isso – olho para o papel e depois para minha amiga. – Anda, pega – ela me oferece mais uma vez. – Pega isso logo, Izzie!

  - Não quero ter que te bater, por isso estou avaliando se vale a pena mesmo levantar minha mão. Por que se você puxar esse papel outra vez eu vou dar com a mão que eu erguer na sua cara.

  Minha amiga sorri e coloca o papel em minha mão. Gwen desvia seus olhos verdes de mim e foca em um ponto as minhas costas, vejo sua expressão mudar e me viro para ver o que a deixou assim tão de repente. Então a vejo indo em direção a minha pequena.

  Rachel tem um sorriso debochado e para diante de Angie, a pequena levanta os olhos e os arregala quando a vê ali. Eu não sei quando comecei a andar, mas quando a morena mal educada começar a falar, posso ouvi-la perfeitamente bem.

  - Está sozinha hoje, pirralha? Sua mãe tinha razão, você é um pequeno estorvo que tem os mesmo olhos de Connor e seu pai – ela se abaixa em direção a pequena que se encolhe. – Ele já foi um bom investimento, mas agora com você a tiracolo é uma perda de tempo. Sua... – quando Rachel levanta a mão para tocar Angie eu agarro seu pulso.

  As duas me olham surpresas. A pequena com os olhos marejados e vaca linguaruda parecendo que viu fantasma.

  - Se você encostar num fio de cabelo que seja de Angie eu juro que te dou uma surra – digo torcendo o pulso da morena que tenta se livrar do meu aperto, ela está maior por causa do salto, mas eu estou mais forte por causa da raiva. – Do que você a chamou?

  - Me solta sua louca! Você trabalha aqui, certo? Vou falar com o seu chefe! Me solta! – ela começa a gritar, mas não a solto.

  - Do que chamou Angie sua cobra!? – berro e a essa altura todos nos olham, o Sr. Braga aparece, mas Gwen diz alguma coisa a ele. Minha amiga não se meteu na confusão ainda por que ela sabe que é uma coisa que eu tenho que fazer.

  - Me larga sua louca! – ela grita e a solto, não por que quero. Minha vontade é dar com a cara dela no asfalto, a solto apenas por que sei que estou assustando Angie.

  - Iz! – a pequena soluça e estendo os braços para ela. Eu sei que não devia a pegar no colo, mas por agora faço assim mesmo.

  - Está tudo bem – afago seus cabelos e ela aperta meu pescoço escondendo o rosto. Olho para Rachel e ela me olha com um misto de ódio e medo enquanto examina a marca vermelha em seu pulso.

  - Você ficou louca, garçonetezinha? – ela rosna e sorrio.

  - Louca você ia me ver ficar se tivesse machucado, Angie. Nós temos contas a acertar, você acha que eu esqueci que foi você quem contou aos meus pais do meu bebê?

  - Esses seus amiguinhos falam de mais não acha? Principalmente aquele da cozinha – ela diz divertida e eu a olho feio. Vejo Rachel engolindo em seco, faço menção em ir em sua direção, mas paro, eu podaria realmente lhe dar uma surra, não seria difícil com a raiva que estou sentindo, só que Angie e meu bebê são minha prioridade, não posso correr o rico de machucá-los.

  - Sai daqui – rosno e ela me olha de cima a baixo como se ponderasse a situação.

  - É melhor você sair daqui logo, por que Izzie tem os filhos para cuidar, já eu só tenho uma mão coçando para dar na sua cara – é Gwen quem ameaça dando um passo em direção a Rachel, ela arregala os olhos e quase cai tentando se afastar sem parar de encarar minha amiga. – Vai!

  A cobra venenosa não espera por outro convite antes de sumir dali, eu finalmente respiro fundo e me deixo cair em um dos bancos estofados da lanchonete com Angie ainda agarrada mim.

  - Você está bem? Vou trazer um copo de água com açúcar. Que ideia foi essa de quase sair no tapa com aquela vaca? Se esqueceu do meu sobrinho? – Gwen diz preocupada.

  Nego com a cabeça.

  - Não. A única coisa que me impediu de dar na cara dela, foram Angie e meu bebê. E você, qual sua desculpa para ter comprado minha briga?

  - É minha melhor amiga, todas as suas brigas também são minhas.
Só não rolei nesse chão com ela por que preciso do emprego.

  - Agradeço a preocupação – o Sr. Braga surge ao lado de nossa mesa com um copo de água na mão e me oferece. – Aqui, Izzie. Gwen me falou sobre ela já tê-la prejudicado. Está tudo bem?

  - Estou ótima, obrigada. E desculpa a confusão, nem trabalho hoje e vim aqui arrumar encrenca.

  - Não me importo, era uma leoa defendendo sua cria. Só peço que não o faça aqui outra vez, na verdade, que não o faça outra se possível.

  - Concordo – Gwen sorri e tomo a água que tem açúcar. Faço careta, odeio essa combinação que parece chá, mas é frio e sem gosto.

  Minha amiga e o Sr. Braga se despedem e voltam aos seus trabalhos e só depois que eles saem é que faço com que Angie me olhe.

  - Está tudo bem – digo sorrindo. – Ela já foi.

  - Ela não vai mais voltar, não? – a pequena pergunta olhando em volta e sinto o sangue ferver outra vez. Eu devia ter dado ao menos uns tapas naquela cara debochada de Rachel.

  - Não. Mas se ela voltar eu a expulso outra vez e outra. Não vou deixar ela nem ninguém te machucar, meu amor.

  Angie finalmente sorri e eu beijo sua testa.

  - Você vai cuidar de mim que nem do bebê da barriga, Iz?

  - Vou. Amo vocês e vou cuidar muito bem dos dois. Ainda quer ir passear ou quer voltar pra casa?

  - Você disse que a gente ia no shopping – ela comenta ainda olhando em volta.

  - Nós vamos. Só nós duas. Agora, que tal?

  - Vamos! Nós duas e o bebê da barriga! – ela enumera e rio a beijando outra vez. Seu amor pelo bebê só me enche de mais felicidade.

  Eu me despeço de Gwen, Katie, do Sr. Braga e de Luke que estão trabalhando hoje e resolvo pegar um taxi até o shopping.           

  Eu já não sabia se essas compras tinham sido boa ideia antes de toda a confusão com Rachel, agora então, mas eu precisava me distrair e Angie também merecia um passeio, ir ao shopping podia ser incrivelmente divertido se você estivesse de bom humor. Pena que o meu não estava dos melhores.

  Cheguei e como a pequena parecia estar se divertindo então me permiti relaxar um pouco, tinha as tranqueiras de Gwen para comprar por isso sorri e fui atrás de umas lojas de festas. Passei em frente a uma loja de bebês e gestantes com uma atmosfera tão encantadora que quando dei por mim estava entrando nela com uma Angie completamente encantada ao meu lado.

  Olhei em alguns cabides e sorri vendo uns vestidinhos incrivelmente fofos. Eu nunca tinha realmente me perguntado o que eu preferia, mas vou ser obrigada a aderir ao clichê e dizer que ficaria feliz apenas dele ter saúde, mas Angie, é claro, estava toda eufórica com a ideia de que podia ser sua irmãzinha em minha barriga.

  - Por que foi mesmo que o Anthony me convenceu a fazer isso de novo? - uma loira reclamou para ninguém em particular acariciando a barriga inchada e me tirando dos meus pensamentos. Ela tinha olhos verdes e talvez estivesse de seis ou sete meses. Ela fez uma careta e apertou a barriga. - Ah é, ele não me convenceu.

  Estava prestes a perguntar a ela se estava bem. Quando dois pequenos furacões de cabelos escuros apareceram do nada.

  - Mamãe, a senhora bem? - perguntou a garotinha que tinha os mesmos olhos da mãe.

  - Meu irmãozinho nascendo? - quis saber o menino parecendo ao mesmo tempo empolgado e assustado. Levou apenas alguns segundos para que eu percebesse que eram um casal de gêmeos.

  - Olha Iz, eles são iguais - Angie disse surpresa os encarando, ela até largou os vestidinhos que olhava para encará-los e eu sorri do seu espanto.

  - Eles são gêmeos, por isso são parecidos.

  - Eu bem meus amores, isso foi só o irmãozinho de vocês acabando com as costelas que vocês deixaram inteiras - a loira respondeu e eles a olharam com curiosidade. Ela sorriu e deu um beijo na bochecha de cada um. - Não é nada. Amo vocês. E amo você também - ela disse acariciando a barriga. Seus olhos encontraram os meus e ela sorriu outra vez. - Os seus te dão muito trabalho também, ou só eu que não tive muita sorte?

  - Os meus?

  - Seus filhos - ela ri olhando para Angie e depois para minha barriga. - Ai meu Deus! Não me diga que você não está grávida e eu estou aqui te chamando de gorda só por que estou do tamanho do carro Bonitão. Desculpa - ela disse rápido de mais e eu rio.

  - É meu primeiro - toco minha barriga pouco visível. - Ainda não sei bem o que pensar sobre isso tudo.

  - Primeiro? - a loira olha diretamente para Angie ao meu lado.

  Antes que eu possa pensar num jeito de explicar ou não a situação para uma completa estranha, Angie me corta.

  - Eles todos tem os olhos da cor do da tia Gwen e das meninas!

  - São verdes! - a garotinha diz animada apontando para o próprio rosto. - Igual o do Drew e o da mamãe, o do papai é diferente, é preto. O da sua mamãe também é preto.

  - É, o da Iz é diferente - Angie concorda e eu a loira observamos encantadas a conversa delas. - Mas o meu e o do Con são iguais. Azul.

  - Legal! Como é o seu nome?

  - Angie.

  - O meu é Analu.

  - Anna Laura - a loira corrige. - Anthony, o meu marido chato e muito gato, vive me dizendo que vai chegar o dia que ela vai se esquecer do resto do próprio nome e é tudo culpa minha, mas enfim. Eu sou a Elisa.

  - Eu sou o Drew! - o garotinho exclama animado e Elisa sorri.

  - Andrew.

  - Angelina - aponto para Angie e ela levanta a mão arrancando risadas minhas e de Elisa.

  - Sou eu.

  - E a propósito meu nome é Isabelle, mas pode me chamar de Izzie - digo depois de perceber que fui a única que não me apresentei.

  - Então Izzie... - Elisa começa divertida. - Você tem companhia para essas compras super interessantes com esses pirralhos barulhentos, digo, essas crianças adoráveis?

  Eu acabo rindo, essa loira me parece ter um parafuso a menos.

  - Tenho não, por quê?

  - Por que acabou de arrumar. Vem, vamos ver esses macacõeszinhos lindos que dá vontade de levar todos, mas que os bebês não usam nem metade por que crescem rápido de mais.

  Eu sorrio seguindo com ela, minha manhã acabou de melhorar em cem por cento e minhas compras ficaram muito mais animadas na companhia de uma estranha meio maluca e seus filhos gêmeos super fofos.

  - Crianças voltem aqui! – Elisa os chama, mas é solenemente ignorada pelos três pequenos que correm pela loja a nossa frente. De repente a loira para, segura a barriga e faz uma careta. Assusto-me um pouco.

 - Você está bem?

  Ela faz que sim, respira fundo e volta a ficar ereta.

  - Isso é só o Noah me dizendo que está participando da conversa também. Meu pequeno podia ter puxado ao pai e ser mais tranquilo que os irmãos – ela reclama e acho graça.

  - Foi difícil? Sabe ter dois ao mesmo tempo? – pergunto e ela ri olhando uma roupinha de marinheiro super fofa. É fácil imaginar um bebê bochechudo ali dentro.

  - As coisas ficaram mais fáceis depois que os gêmeos nasceram.

  - Como? – pergunto surpresa e ela dá de ombros.

  - Não sei se foi isso que perguntou, mas até eu e o Bonitão chegarmos ao nascimento foi uma confusão atrás da outra. O que veio depois foi lucro e eu dei sorte, meus bebês eram uns anjinhos quando pequenos, dormiam a noite toda e sempre tinha alguém pra me ajudar com eles então não foi difícil.

  - Por que eu acho que está brincando? – pergunto e ela sorri.

  - Talvez seja meu charme. E se eu te contar a versão completa da história ai sim você vai achar que eu estou inventando. Minha vida antes dos gêmeos daria um livro e depois deles também se quer saber – Elisa ri de uma piada que só ela entende pegando a roupinha de marinheiro e colocando em seu carrinho.

  - Mas e você e Angie. São mãe e filha, certo? Não entendi o papo de ser o primeiro bebê.

  - Sabe quando você quer tanto que uma coisa seja verdade que só vai evitando falar do assunto e fingindo que está tudo bem? – pergunto e sei que não estou fazendo o menor sentido, mas para minha Elisa me dá um sorriso compreensivo.

  - E como sei. Como eu disse, minha vida daria um livro, eu e o Bonitão, bem a gente se meteu em um monte de confusão. De qualquer forma, o que isso tem a ver?

  - Angie é biologicamente irmã do meu namorado – digo fingindo ver uns sapatinhos. Elisa é tão extrovertida que é fácil conversar com ela. – E ele não sabe se quer ou não ficar com ela. Na verdade ele até sabe, mas sei que tem medo. E tem eu, nosso relacionamento recente e o pai do meu bebê que não sabe da existência dele ainda. Então eu não sei mais o que fazer. Só queria fingir que tudo bem.

  - Uau! Mas espera. Como assim o pai do seu bebê? Ele não é filho do seu namorado? – ela pergunta surpresa e quero chorar. Sempre que eu parava pra pensar nesse assunto desejava do fundo do coração que Connor fosse o pai do meu bebê, seria tão mais fácil.

  - Não, eu sou burra e me meti em uma confusão. Minha mãe não entende e não quero que Angie vá embora.

  Assusto-me quando sinto os braços de Elisa a minha volta, ela me abraça e sua barriga fica entre nós. Quando finalmente me solta a loira sorri.

  - Vai dar tudo certo. Sei que sim, seu namorado é cara certo só por ter aceitado Angie e seu bebê e você é uma mãe incrível não deixe nunca ninguém te dizer o contrário.

  - Mãe!

  - Iz!

  As garotinhas vêm correndo em nossa direção e param ofegantes e descabeladas a nossa frente.

  - Cadê o Drew? – é a primeira pergunta de Elisa quando não vê o filho com elas.

  - lá trancado onde as mulheres tiram a roupa, mamãe – Analu responde e a loira arregala os olhos.

  - Ele está onde?

  - Lá no povador, tia – Angie responde.

  - Por quê? – Elisa quer saber olhando em volta a procura dos provadores, mas pela sua cara ela não tem ideia de onde é e nem eu.

  - Por que a gente tava brincando de esconde-esconde – Analu responde como se fosse óbvio e tenho que me segurar para não rir. Elisa me olha num misto de incredulidade e divertimento e caímos as duas na gargalhada.

  - Vamos lá resgatar meu monstrinho faminto, por que se eu o deixo aqui, o pai dele me mata – a loira diz depois de se recuperar da crise de risos.

  Nós seguimos as pequenas até os famigerados provadores e já tem uma pequena comoção do lado de fora de uma das portas e a voz de Drew gritando do lado de dentro. Elisa acalmou o filho o suficiente para que ela e as vendedoras conseguissem tirá-lo de lá. Depois disso desistimos dos macacões e vamos para a praça de alimentação, afinal já são quase uma da tarde e ninguém almoçou ainda.

  Achava que era só com Angie, mas a comida melhorava em muito o humor das crianças no geral, por que enquanto gritavam todos ao mesmo tempo o que queriam comer os pequenos pareciam já ter se esquecido da confusão na loja.

  - Será que dá pra vocês controlarem seus filhos? – uma senhora mal encarada que está atrás de nós na fila reclama impaciente e Elisa sorri pra ela.

  - Será que dá pra você deixar de ser chata? Ah é, aparentemente não tem como – a mulher arregala os olhos e eu seguro a risada, essa loira é louca.

  Nós conseguimos lanches pra todo mundo e seguimos até uma das mesas sem mais imprevistos. Eu e os pequenos estamos atacando os hambúrgueres, mas Elisa pulou direto para o sorvete que tinha comprado. Ela riu sozinha pegado uma colherada generosa do doce.

  - Caramelo – ela sorri. – Essa calda tem uma coisa comigo e o Bonitão.

  - Quem é esse Bonitão de que tanto fala? – pergunto curiosa e ela sorri tocando a barriga.

  - Meu marido, Anthony. Meu eterno Bonitão de Terno – ela sorri nostálgica. – Esse foi o primeiro apelido que dei a ele quando nos conhecemos e ele me atropelou com o carro chique dele.

  - Seu marido te atropelou? – pergunto surpresa e ela ri.

  - Ele diz que não, eu que sim, enfim, acho que só gostamos de implicar um com o outro, mas ninguém vai ceder, nunca. Tenho certeza.

  É a minha vez de rir.

  - Será que daqui alguns anos Connor e eu podemos estar assim? – suspiro.

  - Aposto que sim, se esse for o seu namorado. Não se envolva com dois caras ao mesmo tempo, sério, e acho que você devia falar com o pai do seu bebê nem que fosse pra terminar tudo de vez – Elisa opina. – Pai é modo de falar, né? Seu namorado, o pai de Angie, é o pai do seu bebê também, certo?

  - Como?

  - É ele, seu namorado, que está com você, que te ajuda. Aposto que é ele que vai atrás de desejos estranhos pra você, quem a leva ao médico. Isso é ser pai. – ela diz sorrindo e paro para pensar nas palavras da loira. Elisa tem razão, Connor age como o pai do meu bebê, ele é tão, não, na verdade ele foi mais pai nessas últimas semanas que Brian vai ser durante o resto da vida. Tenho certeza.

  - Você acha? – pergunto receosa de estar acreditando de mais em uma fantasia.

  - Absoluta e olha que de família que escolhemos com o coração eu entendo muito bem – ela sorri olhando para os filhos e faço o mesmo com Angie, a pequena se sujou toda de ketchup e continua uma graça. O celular de Elisa toca e ela revira os olhos sorrindo antes de atender enquanto eu tento limpar Angie.

  - O que foi? – é como ela atende quem quer que seja. – Oi pra você também, meu amor – sorri. – Como assim onde eu estou? no shopping. Na praça de alimentação, por quê? Como assim aqui? Onde? – ela levanta os olhos e sorri. Aquele tipo de sorriso que leio em livros e vejo em filmes, um sorriso completamente apaixonado.

  Sigo seu olhar e me surpreendo com um moreno de terno e gravata parado com um celular na orelha e um sorriso enorme que não combina em nada com sua fachada de “Homem de negócios”. Ele caminha em nossa direção e agora o apelido de Elisa faz sentido, ele é literalmente um bonitão de terno. Se eu não estivesse apaixonada por Connor e seu jeito fofo até poderia pensar no moreno a minha frente como uma boa opção mesmo que seu jeito sério não faça o meu tipo. Os gêmeos vêem o pai ao mesmo tempo e descem das cadeiras para correrem até ele. O sorriso de Anthony é ainda maior quando ambos se jogam em cima dele. O moreno termina de chegar até nós com os pequenos ainda no colo, os coloca no chão e beija Elisa, acho lindo ver a interação entre eles.

  - Como me achou? Na verdade, fazendo o que aqui? – Elisa pergunta assim que se separa do marido.

  - Oi pra você também, Raio de Sol – Anthony ironiza e acho fofo, Raio de sol? Que amor.

  - Oi, Tony. Por que veio? Eu ia ligar para o Marco vir me buscar daqui a pouco.

  - Se eu estava indo pra casa podia muito bem levá-los. E quem é sua nova amiga? – ele olha pra mim e Elisa sorri.

  - Esse é Isabelle, minha amiga de infância e Angelina, a filha dela – a loira nos apresenta e rio sem conseguir me conter. – Izzie, Angie, esse é Anthony, meu Bonitão e marido.

  - Amiga de infância? Achei que quando era pequena só tinha o Miguel – Anthony reclama e sorrio.

  - Nos conhecemos há umas três horas – comento e Elisa concorda.

  - Como eu disse, amigas de infância.

  Anthony sorri e beija a esposa.

  - Você é muito lou... – ele para quando vê o olhar da loira.

  - Vai me chamar de louca?

  - Não – ele ri beijando o nariz de Elisa. – Não mesmo.

  Ela estreita os olhos para ele e acho graça. Se daqui a alguns anos eu e Connor pudermos estar implicando um com o outro assim vou estar muito feliz.

  Não demora para Elisa, os gêmeos e Anthony se despedirem, trocamos abraços e números de telefone enquanto os três pequenos reclamavam que queriam brincar mais.

  - Papai o Drew ficou preso lá no povador da loja com as tias tudo gritando pra ele sair – ouço Analu dizer ao pai enquanto se afastam e acho graça da cara de espanto de Anthony.

  - Ele ficou preso onde?

  Rio me afastando com Angie na direção oposta enquanto olho as vitrines das lojas, são quase três da tarde e ainda não comprei absolutamente nada da tal lista de Gwen.

  - Vamos fazer mais compras, Angie? – pergunto a pequena que está de mãos dadas comigo parecendo muito empolgada.

  - Vamos!


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Notas finais do capítulo

E foi isso, espero que tenham gostado!!
Quero opiniões :3
Beijocas e até,
Lelly ♥



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