Meu Pequeno Anjo escrita por Lelly Everllark


Capítulo 11
Você de novo!?


Notas iniciais do capítulo

Vooooltei!!
Tenho capítulo novo e no prazo, estou indo muito bem com os prazos modesta parte u.u
Espero que gostem do capítulo e BOA LEITURA!! ♥



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  Izzie

  Eu continuava parada encarando a modelo mal educada sentada em meu sofá sem saber o que fazer. Ela também parecia surpresa em me ver ali, felizmente esse momento estranho não se estendeu mais, por que Connor apareceu vindo da cozinha com um copo de água na mão.

  De nós três, eu não saberia dizer quem parecia mais confuso.

  - Aqui sua água, Rachel - ele disse estendendo o copo a morena e depois olhou para mim. - Vocês se conhecem?

  - Tive o desprazer mais cedo - foi a tal Rachel quem respondeu e eu revirei os olhos, não estava mais no trabalho, então nada me impediria de arrastá-la para fora do meu apartamento pelos cabelos.

  - Saiba que a recíproca é verdadeira - sorri ironicamente, mas quando percebi que Connor não estava entendendo nada suspirei. - Sua “amiga” - fiz aspas no ar e a vi revirar os olhos, sorri em resposta. - Foi ao meu trabalho hoje mais cedo. Trabalho em uma lanchonete, e ela foi uma cliente maravilhosa.

  O loiro sorriu pra mim como se soubesse exatamente do que eu estava falando.

  - Eu sou a ex-namorada dele – ela anunciou do nada e sorriu, aquilo me pegou de surpresa, era esse tipo ridículo o de Connor? Então eu definitivamente não tinha chance, não que eu ligasse, mas ainda assim, eu nunca seria uma supermodelo esnobe como ela. - E você quem é?

  - Essa é Isabelle - Connor respondeu antes de mim. - A Izzie. E Izzie, essa é Rachel, uma velha amiga.

  Rachel pareceu surpresa quando Connor me apresentou, ela me mediu de cima a baixo, cheguei a ficar constrangida.

  - Então você é a namorada que não se importa dele estar adotando a irmã?

  - Como? - perguntei sem entender. Desde quando eu e Connor namorávamos? Mesmo por que, depois da cena constrangedora de hoje cedo, não achei nem que conseguiria encará-lo outra vez.

  - Concon me disse que você era namorada dele e que não se importava com a ideia maluca dele adotar a irmã - ela sorriu quase como se esperasse que eu negasse tudo. Essa história toda era meio louca, mas não foi nem isso que me irritou, e sim o fato dela ter chamado o loiro pelo apelido com o qual Angie o chamava às vezes, parecia pessoal e íntimo de mais para uma vaca como ela usar. Connor fez menção em falar alguma coisa, se para repreendê-la ou desmentir toda a história do namoro eu não sabia, mas não o deixei continuar.

  - É sou eu sim. E sobre a situação de Angie, não acho nenhuma loucura, é o natural a se fazer - digo sorrindo e vejo o sorriso dela vacilar. Rachel me olha como se quisesse dizer alguma coisa, mas é interrompida por uma confusão de cachos loiros presos em marias-chiquinhas.

  - Iz! - Angie exclama e eu a pego no colo para abraçá-la.

  - Oi meu amor.

  - Eu escutei sua voz, Iz. Achei que tinha chegado - a pequena comenta  mexendo em meu cabelo.

  - Não é que eu cheguei mesmo - digo entrando na brincadeira e a vejo olhar de canto de olho para Rachel. 

  - Ela é sua amiga, Iz? - sussurra para mim, nego com a cabeça.

  - Não. Ela é sua amiga? - devolvo a pergunta e ela faz que não balançando as marias-chiquinhas muito bem arrumadas que definitivamente não foram feitas por Connor.

  - Ela conhecia a mamãe. Ela vai me levar embora? - a pequena pergunta parecendo tão assustada que quero bater em Rachel, mas me limito a abraçar Angie um pouco mais forte.

  - Ninguém vai te levar a lugar nenhum - sussurro em seu ouvido e a vejo sorrir. - Eu não vou deixar.

  - O Con disse que também não deixa - ela sussurra de volta e beijo sua bochecha sorrindo.

  - Então não tem com o que se preocupar. Vamos comer?

  - Vamos!

  Estou quase saindo da sala com Angie ainda em meu colo, quando me viro e sorrio para Connor.

  - Amor, sua amiga vai ficar para jantar? É que tenho certeza que perdemos nossa louça francesa na mudança e não temos pratos suficientes para recebermos visitas.

  A expressão de surpresa do loiro dura um segundo antes dele abrir o maior sorriso que já vi. Talvez só minha vontade de beijá-lo agora seja maior que seu sorriso.

  - Não sei. Rachel? - ele se vira para a morena ainda sorrindo. A mulher parece tão irritada que se fosse um dragão já teria cuspido fogo em mim. Sorrio um pouco mais só para irritá-la. Angie a olha também, ainda agarrada ao meu pescoço.

  - É muita gentileza sua, mas eu já estava de saída - ela responde ironicamente me encarando e depois se vira para Connor. - A gente se vê depois, meu número ainda é o mesmo. Me liga.

  É o que? Essa vaca vem na minha casa dar em cima do meu namorado? Namorado de mentira claro, mas ainda assim é muita falta de noção. Connor a acompanha até a porta, ela diz alguma coisa, ele sorri educado e depois fecha a porta. O loiro leva quase um minuto para finalmente se virar e me encarar, seu rosto está vermelho e acho muito fofo. Talvez eu o beije no fim das contas. Não Isabelle, nem pense nisso! Não preciso de mais essa confusão, não mesmo.

  - Sobre hoje de manhã... - começamos os dois juntos e logo em seguida nos interrompemos, sorrio divertida e coloco Angie no chão.

  - Angie, por que não vai buscar suas bonecas novas para mostrá-las a Izzie? - Connor pergunta à pequena e ela olha de mim para ele e vice versa.

  - Não vamos a lugar nenhum - garanto a ela que faz que sim com a cabeça e sai correndo em direção ao quarto como se minha palavra fosse a única garantia que precisasse. Sorrio com a constatação.

  - Eu quero me desculpar - Connor diz depois de incontáveis segundos. - Por hoje de manhã e por agora a pouco. Acabei envolvendo você em mais uma coisa que não precisava.

  - Hoje de manhã não foi culpa sua, eu só... Me desculpe também, vou ter que me lembrar que não posso sair por aí só de toalha.

  - Eu só queria que não ficássemos em um clima ruim - ele dá de ombros de um jeito muito fofo e quero chorar. Por que não conheci Connor antes? Antes de Brian, antes de ficar sem teto? Só antes disso tudo? - Me desculpe também por inventar que você era minha namorada. Aquilo foi só um mal entendido que bem... - ele se atrapalha quando eu o olho arqueando uma sobrancelha. - Eu vou explicar a Rachel depois - ele diz por fim e suspiro meio frustrada. Imaginar que ele se quer cogitou a ideia de sair comigo de verdade é horrível.

  - Tudo bem, eu não ligo. Que tal jantarmos? - mudo de assunto entes que o clima fique estranho outra vez e Connor sorri parecendo contente com o rumo da conversa e quero chorar. Malditos hormônios!

  - Eu e Angie estávamos cozinhando pra você antes de Rachel chegar - o loiro comenta enquanto seguimos para a cozinha. O olho surpresa.

  - Sério?

  - Claro, era, ainda é, um pedido de desculpas por hoje. Ela ficou me perguntando o porquê de você não ter falando com ela antes de sair. Minha mãe agora acha que somos uma família grande e feliz.

  Acho graça do seu tom, algo entre divertimento e reprovação.

  - Sua mãe é a “Vovó” que Angie mencionou antes? - pergunto me sentando em uma das cadeiras da mesa enquanto Connor vai cuidar do que quer que esteja fazendo para o jantar.

  - É sim. A melhor pessoa do mundo, entre elas, assim como com você, foi amor a primeira vista - ele sorri e não tem nenhum pingo de reprovação em seu semblante agora. Só encantamento.

  - Você vai mesmo adotá-la? - pergunto depois de o silêncio começar a ficar estranho. Cadê Angie com essas bonecas para animar essa conversa?

  - Eu não sei – ele suspira sem me encarar remexendo as panelas. – Minha mãe a essa altura deve achar que sim, Angie e Helen também, mas eu só... Não sei.

  - Achei elas, Concon! – Angie volta com as mãos cheias de bonecas, sorrio com sua animação e feliz de não ter que responder Connor, mesmo por que eu não saberia o que dizer. – Agora tem um monte de bonecas, Iz! A vovó me deu elas e eu tenho uma bicicleta que o vovô me deu também, ela ficou lá na casa deles, o Con disse que vai me ensinar a andar. Você vai me ver?

  - Eu posso? – pergunto antes de responder, mesmo que quisesse simplesmente dizer sim.

  - Pode, não pode, Con? – ela o encara com seus enormes olhos azuis suplicantes e sei que ele vai ceder. Connor cederia a qualquer coisa que ela pedisse, tenho certeza.

  - Pode, claro que pode.

  - Oba! Vamos comigo pra casa da vovó amanhã, Iz? – ela pergunta animada e vou até ela lhe dar um beijo na bochecha.

  - Amanhã ainda não posso, que tal sábado?

  - Vai demorar muito pra sábado?

  - Mais cinco dias – respondo e ela faz careta, a pego no colo lhe fazendo cócegas ela ri se contorcendo em meu colo.

  - Isso vai demorar de mais, Iz – ela ofega quando foge do meu colo para se livrar das cócegas. – Con, não pode ser antes não? – ela olha para o loiro que está sorrindo enquanto nos encara. – Con?

  - Acho que não. Mas você pode a chamar pra fazer compras com a gente, amanhã depois do trabalho, o que acha? – Connor está olhando diretamente pra mim e tenho medo de ter uma parada cardíaca se um de nós não desviar o olhar. Gwen estava certa, estou muito, muito ferrada mesmo e devia manter distancia. E é justamente por isso que sorrio e faço que sim com a cabeça.

  - Eu iria adorar.

  Angie comemora a ideia e me conta do dia com a avó, descubro que Connor está fazendo macarrão, não tocamos mais no assunto de Rachel ou do vexame da toalha e eu finalmente me lembro do sorvete da pequena derretendo em minha bolsa. O coloco outra vez dentro da geladeira sob protestos de Angie, mas nem ela nem Connor discutem depois de eu dizer que ela só poderia comê-lo depois do jantar. Acho graça da cara de derrota dos dois.

  O resto da noite é bem divertida, mas estou muito cansada para aceitar o convite deles para ver um filme na TV, simplesmente lhes desejo boa noite, dou um beijo na bochecha de Angie e vou para o meu quarto. Eu poderia voltar a remoer sobre como minha vida está uma merda. Mas já vi que não vale à pena, me preocupar com o que poderia ter acontecido é besteira. Tenho que me preocupar com o que vou fazer agora. Como contar para Brian? Principalmente, como contar aos meus pais?

  Adormeço em meio às lágrimas como vem acontecendo ultimamente e acordo no dia seguinte enjoada e com os olhos inchados, já estou morta é hoje só é terça-feira. Certifico-me que Connor não está no corredor e sigo para o banheiro, tomo um banho rápido e praticamente corro de volta para o meu quarto. Escuto a voz animada de Angie e sorrio, essa garotinha é um pequeno anjo que veio para transformar de um jeito bom tudo a sua volta. Disso eu tenho certeza.

  Saio do quarto ao mesmo tempo em que os dois, Angie tem os cabelos bagunçados e um pente na mão, ela olha para Connor e ele faz que sim com a cabeça então ela se vira para mim e dá dois passos até me alcançar.

  - Iz, o Con pediu pra pedir pra você arrumar meu cabelo por que ele não sabe – ela comunica me estendendo o pente e rio, simplesmente por que não dá pra fazer outra coisa, a sinceridade da pequena é a melhor parte. Vejo o loiro corar e olhar incrédulo para a pequena.

  - Foi ele quem disse isso? - pergunto depois me recuperar.

  - Foi – ela nem hesita em responder e Connor parece prestes a chorar de vergonha.

  - E ele tem razão. Vem, vamos te deixar linda. E Connor, eu não me importo, Ok? – pergunto olhando para o loiro que finalmente abre um sorriso.

  - Obrigada – diz por fim e dou de ombros.

  – Vem, Angie.

  Nós duas entramos no meu quarto e o loiro vai em direção à cozinha. Não preciso de muito para pentear os cabelos de Angie, fazer duas trancinhas e enfeitá-las com laços. Ela fica ainda mais fofa.

  - Ter uma mamãe para arrumar seu cabelo é assim, Iz? – ela pergunta do nada e me pega de surpresa, estou ajeitando sua saia que ficou torta e a encaro sem saber o que responder. Como é possível que ela não saiba algo como isso?

  - É meu amor, é bem assim – sorrio beijando sua testa e ajeitando sua franja com os olhos marejados. – Amanhã faço de novo, o que acha?

  - Eu quero! E depois também? E no sábado quando a gente for ver a vovó também? – ela pergunta ansiosa e sorrio ficando de pé.

  - Sim, sempre que quiser.

  - Oba! Con, a Iz vai arrumar meu cabelo toda vez! – ela sai correndo em direção à cozinha gritando como se ele estivesse muito longe. Seco as lágrimas que não caíram e a sigo sorrindo. – Ela prometeu! Olha como eu linda – ela sorri e faz pose balançando as tranças, Connor sorri.

  - linda mesmo, e fico feliz que ela prometeu, isso nos poupa do constrangimento de agora a pouco – ele comenta e rio.

  - Vai ser um prazer.

  - As compras estão de pé? – o loiro quer saber servindo cereal para a pequena.

  - Claro, que horas? – pergunto comendo uma maçã e torcendo para ela ficar em meu estômago.

  - Que horas você sai? – ele quer saber e dou de ombros.

  - Umas 18hs, às vezes mais tarde, depende.

  - Eu tenho certeza que saio 18hs – ele faz graça e reviro os olhos, mas estou sorrindo. – Posso te buscar?

  Sua pergunta me pega de surpresa, Connor que ir... Me buscar? O som de uma mensagem chegando em meu celular me assusta me tirando dos meus pensamentos. É de Gwen e diz: “Cadê vc? Tá tudo bem?”. Não entendo o porquê do desespero até ver as horas, faltam cinco para as oito, fico de pé num pulo.

  - Meu Deus! muito atrasada – aviso aos loiros que me encaram surpresos. – A gente se vê mais tarde, tchau! – digo correndo para a sala, pego minha bolsa no caminho e vou em direção à porta.

  - Você não me respondeu – Connor me para perto da porta, ele está muito perto. Muito mesmo – Posso te buscar?

  - Eu não... – me interrompo com a respiração ofegante, se pela pequena corrida ou a proximidade do loiro eu não sei. – Pode – sussurro sem conseguir negar. Se Connor não consegue dizer não a Angie, eu não consigo dizer não a ele. Meu celular vibra em meu bolso me despertando. – Eu preciso ir – digo me afastando e abrindo a porta. Connor ainda está de pé no mesmo lugar. – Te mando o endereço por mensagem. Tchau.

  - Tchau, Iz! – Angie diz animada e só então reparo na pequena ali, aceno para ela e finalmente saio com o coração ainda a mil.

  Pego o celular enquanto desço as escadas e vejo a nova mensagem de Gwen: “Se vc não me responder em cinco minutos mando a polícia atrás de vc”. Sorrio do seu desespero e digito uma resposta rápida. “Só me atrasei, já chego aí”.

  Eu não sei mais o que está acontecendo, mas gosto do rumo que as coisas estão tomando, talvez eu esteja finalmente começando a ter alguma sorte. Pelo menos assim eu espero.


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Notas finais do capítulo

Então, o que estão achando da fic?
Quero opiniões, please...
Beijocas e até!! ♥



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