Complexo 01 escrita por Melissa Salvatore


Capítulo 4
O Jogo do Fogo


Notas iniciais do capítulo

*OLHA ELAAA, mais um capitulo, e mais enigmas.
*Em breve teremos reencontros mais que desejados, ou melhor indesejados!!!
*Aproveitem...



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1 ano depois

“Ethan já disse que não pode entrar no meu quarto assim do nada, já pensou se estou só de toalha?!”

“Então meus pedidos teriam sido atendidos”

Fazia uma semana desde a conversa sobre o que Olivia ouviu, e desde então tanto ela como Ethan estavam planejando fugir, sempre iam um ao quarto do outro discutir planos pra fuga e tentarem praticar os feitiços e assim aperfeiçoa-los, mas hoje era diferente, era o aniversário de Olivia, e mesmo que vivesse no complexo, e este talvez quisesse matar eles, Ethan não ira deixar a data passar em branco, afinal eram os quinze anos dela. O aniversario mais importante de uma garota.

“Já disse que pra um garoto com quinze anos você e bem tarado Ethan?”

“Ok ok, parei. Mas já que comentou em idade, acho que hoje certo alguém faz quinze anos! Olha oque eu tenho pra você Liv”

E em um estalar de dedos, Ethan fez um bolo de chocolate aparecer na cômoda de Liv. Cantaram parabéns e comeram o bolo. Mas era perceptível como a garota estava inquieta.

“Liv oque foi, não gostou do bolo?”

“Não e isso Ethan, mas entenda a cada dia que passa sem nem uma ideia de como fugir e mais um dia que eles ganham pra pensar em como me matar!”

“Não vão te matar liv, não vou deixar”

“Ethan, não vão me matar porque antes disso já vou estar fora daqui, e você também”

 

 Estava em Paris, em uma café desses que as mesas ficam na calçada e se observa a vida parisiense. Mas mesmo assim ainda tinha as malditas lembranças, e exatamente naquele dia, o dia do seu aniversario. Não queria lembrar dele, não queria comemora-lo, muito menos queria alguma referencia feita a ele, o problema era que mesmo que não quisesse sabia que Marcos de algum jeito o faria. Ele era bem insistente quando queria, ela sabia disso.

Desde do dia em que ‘conversará’ com Cíntia não passava um dia sequer sem pensar no que ela disse. Porem o problemas não eram só esse, ela tinha sempre que esta em movimento, não para um em lugar só, não ficava em uma cidade por mais de três meses, não criava vínculos -não que ela se importava - , mas em uma período de um ano já tinha sofrido no mínimo cinco ataques, desde bruxas ate criaturas indescritíveis. E sinceramente aquilo pra Olivia era nada mais que tedioso, porque se ELE sabia da capacidade do poder dela, porque então mandava coisas que nem ao menos a cansavam? Seria uma espécie de testes? Ou apenas pra sua própria diversão? Olivia não sabia as respostas, mas tinha certeza de uma coisa, ela estava começando realmente a ficar impaciente com esse ELE, e isso não era nada, nada bom.

 

Dias atuais

“Siga-me”

“Seguir, eu nem sei quem é você!”

“Não se faça de tonta Olivia, ambos sabemos que você deseja me conhecer”

“Ah por favor né, agora quer me dizer o que eu desejo?! Me poupe!”

“Você quer, e sabe disso. Cada dia que passa você fica um passo mais perto da escuridão e por consequência de mim!”

“Já cansei disso, faz três anos que você me persegue, ou aparece logo ou me deixa em paz!”

“Olivia você não tem escolha, você vai vir ate mim querendo ou não”

“Tanto faz, não é como eu me importasse com isso”

“Finalmente concorda”

“Não disse isso”

“Tanto faz. Ate a próxima Olivia”

 

Então Olivia acordou, suada, descabelada e com o coração acelerado. Era sempre assim, quando ELE decidia invadir os sonhos dela, era apenas ela em um lugar todo escuro, ele nunca aparecia, só a sua voz se fazia presente. Mas nos últimos meses as invasões de sonho tinham ficado mais constantes, e as “conversas” mais duradouras, no início era apenas ela ouvindo um “siga-me”, ate aquele sonho, tinha sido o mais longo, porem não esclarecedor.

Desistindo de voltar a dormir, Liv decidiu levantar e fazer algo pra comer, estava faminta. Enquanto Descia as escadas da casa que tinha comprado há cinco meses, cantarolava uma música qualquer, mas sentia que algo estava pra acontecer, algo grandioso. Feito as panquecas e o suco de morango, ela ouviu passos na escada, sabia exatamente quem estava nela.

“Querida são oito horas da manhã, sabia que jovens da sua idade estão dormindo há esse horário?!”

“Desculpa, eu não consegui voltar a dormir”

Ele de novo?! Liv você tem que fazer alguma coisa, sei lá um feitiço de bloqueio, qualquer coisa!”

“Não consigo Marcos, você acha que eu já não tentei, quer saber não vou discutir com você pela manhã, não tenho cabeça pra isso”

Irritada Olivia sentou na bancada da cozinha, tentando ignorar Marcos. Com o passar do tempo tinha sido impossível negar a proximidade dos dois, e por consequência a atração, a dois anos eles estavam “juntos”, para Olivia era apenas algo carnal, mesmo que as vezes agisse como uma namorada normal, já pra Marcos era um meio de conquista-la, sempre gostara dela, podia se dizer que Marcos era realmente apaixonado por Olivia. Por isso era ele sempre que pedia desculpas em situações como essa.

“Liv, amor, desculpa...Poxa eu me preocupo com você, sei como fica depois desses sonhos, só quero seu bem, me perdoa querida!”

Ele dizia tudo ao pé do ouvido dela, tinha a abraçado por trás, e mesmo que Olivia estivesse comendo, fingindo não ouvi-lo, ele sabia que era mentira, ela tinha se arrepiado, afinal Liv tinha apenas 20 anos.

“Perdo-o Marcos, mas poxa isso cansa, ok, só não faz mais isso”

“Ok prometo”

Ambos sabiam que a promessa era falsa, ele ia sempre se preocupar com ela, e ela sempre ia se irritar, não queria e não precisava ser protegida por ninguém, Olivia sabia muito como se defender. Ela continuou comendo após o breve pedido de desculpas, e Marcos se juntou a ela, mas assim que Liv  percebeu o olhar malicioso do rapaz por cima de seu corpo, coberto apenas por uma fina camisola de cetim preto, sabia que tinha que mudar a situação, precisava sair, e se as coisas continuassem daquele modo iam acabar bem diferentes do planejado por ela.

“Enfim, vou subir, tomar um banho e me trocar, vamos sair em 40 minutos, aconselho fazer o mesmo”

Ela apenas levantou e foi em direção a escadas, indo pro quarto. Marcos soltou um suspiro, quando achava que ela estava deixando de ser a Olivia fria, e sem sentimentos que tinha se tornado, ela voltava duas vezes pior. Ele ate tinha pensado que dessa vez tinha conseguido, já que passara dias sem ela falar daquele jeito, com uma voz dura, um tom perigoso, como se estivesse pronta pra matar alguém, e realmente estava, mas pelo visto tinha se enganado. Sem querer remoer aquele fato, ele decidiu levantar e tomar banho e se arrumar no quarto de hospedes, fazer Olivia esperar, era como atiçar fogo em uma fogueira que já queimava. Resultado uma explosão.

Depois de ficar pronto e ver que Liv já tinha se arrumado e estava apenas pegando algumas coisas, que não soube identificar, e que pensou pra onde iam e o que iam fazer, mas mesmo antes de saber, ele já tinha certeza de uma coisa, Olivia estava determinada, ou seja, ela ia procurar mais respostas, e ia consegui-las.

Olivia sabia que o sonho tinha sido muito mais que umas das invasões do Ele, afinal nesse tinha algo de diferente, um livro, de capa bem antiga, e escrito em letras douradas “primus”, a garota sabia que tinha que achar esse livro, talvez ele a ajudasse a descobrir quem era ele.  Pensando assim saiu ela e Marcos, em direção ao centro da cidade, especificamente em direção a uma biblioteca, era como se Olivia fosse puxada pra lá.

Vasculharam a biblioteca inteira, mas não acharam nada, absolutamente nada que lembrasse o tal livro, Marcos já duvidava que podia ser invenção da mente de Olivia, após tantos anos, os sonhos tinham que causar alguns danos, certo?! Mas Olivia insistia que não era, ela sabia oque tinha visto e não ia desistir ate encontrar pelo menos algo que sugerisse onde o livro estava.

Umas horas mais tarde, quando o sol já tinha se posto e a lua já começava a aparecer no céu, Olivia achou algo que não esperava invés do livro, ela achara um carta, em papel pardo, com um selo preto, e uma rosa do selo, estava em umas das prateleiras mais altas da biblioteca, tinha sido umas das ultimas a serem revistadas por eles, e ela podia garantir que a carta não estava lá antes. Curiosa Liv desfez o selo e se pôs a ler.

“Cara Olivia,

Posso dizer que fiquei impressionado com a rapidez que percebeu a pequena porem audaciosa pista que lhe deixei. Esperava pelo menos algum dias ate que sua mente lhe apertasse sobre a pequena, porem relevante mudança no sonho.

Mas alem de mostrar minha surpresa, essa carta serve como um início, “primus”, para nós. Se me lembro bem, você disse que ou eu me revelava ou eu a deixasse em paz, mas isso causa um dilema, minha cara. Veja, não posso simplesmente desistir de você, digamos que meus interesses vão muito alem do que possa pensar, mas esse não e o dilema em si. Você tem um destino grandioso pela frente minha Olivia, e eu quero garantir que você o siga,  apesar de você se mostrar relutante a isso. Por isso decidir intervir com a morte de seus pais, peço desculpas, mas era extremamente necessário.

Então como um modo de lhe ajudar a seguir seu caminho, lhe proponho um jogo. Mas preste atenção uma vez dentro dele não pode sair. O que necessita saber dele agora e que você terá que tomar decisões importantes e saber lidar com elas.

Ah antes que me esqueça, entenda minha cara Olivia, posso usar de palavras doces, de tom ameno, e ate mesmo de artimanhas do século 18 como essa carta, mas não me subestime, disse que não posso desistir de você, mas isso não quer dizer que não existe outro meio pra alcançar meus objetivos, então não pense que não posso mata-la.

Primeira charada do jogo:

“O lugar onde seus dias foram sombrios mas havia um raio de sol.

Deixou pra trás aquele a quem confiou seus segredos.

 Retorna então para o seu berço.”

Boa sorte minha Olivia.

ELE.”

 


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Notas finais do capítulo

*Comentem meus leitores, não sejam fantasmas por favor...
*E ai, sobre o que será essa charada, curiosos?!
*Logo Logo nas cenas dos próximos capítulos...



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