Humanidade: A Queda escrita por Daniel A Soares


Capítulo 14
(Parte II) Capítulo 5 - Evolução


Notas iniciais do capítulo

Estamos na reta final da história e eu adoraria saber o que estão achando. Comentem, favoritem, recomendem e não esqueçam de curtir a leitura. Daniel está mergulhando cada vez mais num abismo em sua própria mente, criado pelo vírus. Luís Arthur está cada vez mais psicopata e nada mais é como antes, quem será que vai sobreviver? Quem vai ganhar essa guerra? A humanidade vai cair? Na reta final perguntas surgem e respostas também, fiquem atentos pois este já é o antepenúltimo capítulo da história.



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Capítulo 5 — Evolução

"A chave da sobrevivência é a evolução. A evolução é uma roleta russa bem definida que só deixa viver as espécies mais adaptadas ao ambiente. Evoluir é a chave." SOARES, Daniel

Nosso corpo é uma máquina incrível, um organismo complexo que age das formas mais inusitadas frente aos problemas enfrentados. Diante da morte, se a força de vontade do indivíduo o impele a buscar mais uma oportunidade, o organismo irá lutar de todas as formas para se manter vivo. É o que vem acontecendo há muito tempo, o corpo luta de todas as formas possíveis para se manter, o instinto as vezes toma o lugar da razão, o desejo de sobreviver fala tão alto que pode se tornar uma segunda pessoa dentro de você, a adrenalina é liberada, o corpo ganha força, velocidade e faz coisas inacreditáveis.

Fecho os olhos, estão irritados, talvez seja alguma reação alérgica, abro novamente e olho para minha filhinha deitada, respirando com dificuldade naquela maca improvisada, ela apresentava sintomas da infecção, mas era estranho, pois eu tinha feito a imunização artificial dela, que segundo meus testes tinham sido um sucesso. Talvez, assim como aconteceu com Daniel, o vírus estivesse driblando de alguma forma as defesas dela, ergui o olhar para uma bandeja próxima, eu não deixaria que aquilo ocorresse. Limpei bem a área onde eu iria aplicar o soro, minha filha não iria se tornar um ser controlado por um vírus, não enquanto eu estivesse vivo.

 

°°°°

— E agora? Para onde vamos? — Luís olhou sem interesse para a paisagem destruída lá fora.

— Acho que vamos para o quartel.

Ale continuou a dirigir, pegava alguns atalhos para evitar os imensos engarrafamentos. Vez ou outra olhava para Thalisson deitado meio desajeitado no banco de trás, o cara tinha surtado quando viu que Milena tinha ficado para trás, teve que ser apagado pra se acalmar, mas já começava a acordar e Ale podia escutar um fungar descompassado vindo do amigo. Todos tinham perdido pessoas importantes, não era justo se deixar levar por isso enquanto outros se matavam pra sobreviver nesse novo mundo hostil e cruel.

Ale acelerou, estava emocionalmente abalado, mas ainda precisava manter uma postura e precisava de um lugar seguro pra ficar.

°°°°

Thais se virou, uma das crianças zumbis arrastava uma mulher, com os dentes presos no pescoço da mesma, sangue escorria aos montes da mulher. A criança zumbi abriu a boca ensanguentada para rosnar pra Thais, mas travou a expressão e caiu com um buraco de bala na testa. Thais se aproximou da mulher que agonizava e atirou.

— Ela não merecia continuar sofrendo. — falou mais para si mesma, como se justificasse sua atitude.

Thais se virou e derrubou mais duas crianças zumbis antes de ficar sem balas, correu e jogou uma contra o chão, fazendo força e batendo algumas vezes até que saísse sangue, ela recarregou a arma e deu um tiro para se assegurar que a criança não seria mais uma ameaça.

Ela não sabia dizer em que momento aquele pesadelo acabou, olhou para si mesma, seu corpo estava coberto de sangue, mas ela não tinha nenhum arranhão. Ela tinha matado muitos zumbis, tinha consciência disso, mas grande parte dos sobreviventes tinham morrido naquela batalha, inclusive o jovem soldado que tinha salvado ela algum tempo atrás. Alguns choravam pelos mortos, enquanto outros encaravam Thais com uma admiração no rosto, era como se ela fosse uma heroína. Thais cerrou o punho com raiva e virou para ir em direção a um dos corredores.

— Vão continuar aí? — gritou sem se virar. — Precisamos confirmar se o lugar está seguro e ver qual o problema da cerca.

Então desapareceu no corredor, sentia vontade de chorar, mas tinha decidido que não seria fraca, ela seria forte, ela iria sobreviver e que ninguém tentasse impedir ela de fazer isso.

°°°°

Avistaram o quartel e se aproximaram com cuidado, encontraram vários zumbis mortos ali próximo, talvez devessem ser cuidadosos na aproximação.

— O que vocês acham? — Ale perguntou concentrado no caminho.

— Por mim a gente vai lá. Deve ter armas. — Luís falou e rapidamente completou. — Deve ter comida e água também.

Thalisson se limitou a acenar com a cabeça e voltar sua visão para a estrada, seu olhar se endurecia sempre que pensava em Milena, ele parecia diferente, não parecia ele mesmo. Se pudesse voltava correndo a delegacia e escavaria os destroços até encontrar Milena, mas ele ainda preservava um pouco de sua sanidade. Cerrou os punhos irritados, queria espancar os dois caras no carro e descontar toda sua frustração, mas ele sabia que isso não seria certo e ele perderia dois aliados. Era apenas isso que eles eram, aliados em busca da sobrevivência e Thalisson decidiu que tinha acabado o tempo de ser bonzinho, era hora de endurecer, ele não precisava de nenhuma ligação com ninguém, não se deixaria mais abalar por perdas.

°°°°

— Me segue! — a voz feminina ecoou naquele espaço escuro e apertado.

Pedro tentou fazer sua visão se acostumar, mas viu quer era inútil e correu em direção a voz que escutara. Aos poucos sua visão se acostumou e ele se descobriu em um túnel, tropeçou algumas vezes e na última pensou em desistir quando uma mão o ajudou a levantar.

— Já cansou migo? — Milena falou divertida, mas não estava sorrindo.

Pedro se levantou e os dois correram, aquele túnel era imenso, parecia que estavam correndo por horas, mas devia ser apenas impressão causada pela adrenalina provocada e a escassez de oxigênio ali embaixo.

— Como encontrou isso? — Pedro perguntou ofegante.

— Em uma rápida inspeção encontrei algo que os policiais nunca devem ter se preocupado em encontrar. — Milena respirou fundo antes de continuar. — Esse túnel parece antigo, mas não é confiável.

Não demoraram muito e chegaram ao fim dele. Havia uma tábua pesada fechando a saída, os dois precisaram empurrar juntos para abrir uma passagem grande o suficiente para que uma pessoa pudesse passar. Assim que saíram, fecharam o túnel e olharam em volta. Estavam em um terreno baldio cercado por muros. Dentro do terreno o lixo dividia espaço com um mato cuja altura batia na cintura deles. Ficaram de costas um para o outro, atentos aos barulhos, olharam o terreno, um cheiro ruim vinha do lixo, mas ficaram um tempo ali e nenhum sinal de coisas vivas ou mortas vivas.

— Vamos? — Milena falou com a voz trêmula.

— Vamos! — Pedro se colocou a frente e começou a caminhar em direção ao muro.

Caminharam naquela noite escura, estavam indo em direção ao muro, mas Milena parou, era uma sensação estranha, como se um alerta ecoasse no seu cérebro, era uma sensação parecida com o que ela sentiu antes da infecção. Milena viu Pedro andando mais a frente e correu, ela escutou um barulho próximo e pulou em cima do amigo enquanto ouvia um grito do mesmo.

°°°°

— Pai. — a voz da minha filha soou baixa naquele cômodo apertado.

— Oi minha filha. — respondi cansado.

— A mamãe está aqui. — ela suspirou. — Ela quer me levar para passear.

Me levantei da cadeira, coloquei a mão na testa da minha filha e senti o calor, examinei o rosto e detectei que a temperatura do corpo dela estava alta. Rapidamente comecei a molhar uns panos em água gelada, eu precisava diminuir a febre, minha pequena estava delirando de febre.

— Pai.

— Não se preocupa. O papai está aqui e vai cuidar de você. — peguei o pano e fui em direção a ela.

— A mamãe disse que eu não estou delirando. Não é a febre.

— Filha. — hesitei, por um momento minha mente se sentiu tentada a acreditar em coisas além do que a ciência pode explicar, mas eu dei um jeito de ignorar esses pensamentos.

— Tudo bem filha, pode conversar com a mamãe, mas ela vai ter que ir embora sozinha. Você tem que ficar aqui comigo.

Coloquei os panos molhados na cabeça dela e deixei que a água ajudasse a diminuir a temperatura. Me sentei ao lado dela massageando a mão dela, ajudando no relaxamento para que ela pudesse dormir.

— Pai!

— Pode falar filha. — falei bem suave.

— A mamãe já foi. Mas ela disse que se ninguém agir logo, todo mundo vai morrer.

Fiquei em choque, olhei bem para a minha filha, mas a respiração dela já tinha mudado, o relaxamento de seu corpo era percetível, ela tinha dormido. Mas o que ela quis dizer com agir logo.

°°°°

— Mãe.

— Xiu. — olhei séria me contendo para não aplicar um castigo nela e continuei sussurando. — Já avisei que você só pode falar quando der o sinal e eu permitir.

Ela me fitou com os olhos arregalados, parecia uma boneca, com pouca expressão e por um momento eu quase fraquejei. Mas não podia permitir isso, então apenas acenei para que ela pudesse falar.

— Mãe. — ela sussurrou. — Acho que vi dois monstros lá fora vindo em nossa direção.

Eu notei o brilho de algo afiado entre as mãos dela e me abaixei para tomar a faca que ela carregava. Lembrei do dia em que encontrei ela na cozinha segurando a faca dizendo que ia matar os monstros. Não posso admitir, mas aquele foi o pior dia desde que essa loucura começou, ver uma criança de 3 anos com uma faca na mão e naquele estado, foi algo que jamais irá ser apagado da minha mente. Eu realmente queria que essa criança tivesse uma vida normal, mas agora ela só tem a mim e não sei se isso é algo bom.

Fecho os olhos e quando os abro ela já está entrando no guarda-roupa, penso em chorar por causa da vida que eu e ela somos obrigadas a levar. Queria que ela tivesse uma infância normal de risos e brincadeiras, em vez disso ela é quase robotizada, uma criança que foi treinada para sobreviver. Lembro de uma frase dita por minha mãe alguns anos atrás. "Filha! Quando a maternidade chegar você entenderá porque toda vez que você sai meu coração aperta e você sentirá no fundo da sua alma um desejo incontrolável de proteger seus filhos."

— Você estava certa mãe.

Sussurro enquanto pego a arma e confirmo se está carregada, guardo na cintura, pego um porrete improvisado feito da perna de uma mesa de madeira e decido ver o que se aproxima da minha casa.

°°°°

Thais se aproxima do portão quando o carro chega, ela está no comando agora junto com o general do exército, ela é a comandante do povo que não era do exército. Apesar de jovem, ela carrega uma expressão pesada e dura que logo dá lugar ao choro assim que ela vê quem está ali em sua frente.

— Luís! Ale! Thalisson! — Thais fala chorosa e corre para abraçar os amigos. — Meu Deus. Achei que jamais encontraria amigos vivos.

— Thais. — Ale dá um forte abraço nela.

Logo em seguida Thalisson a abraça, aparentemente meio contido, mas não deixa de ser amigável com a outra. Luís abraça a outra de forma meio mecanizada, não estava com paciência para reencontros, principalmente se tratando de alguém que era um borrão nas suas memórias. Thais se afastou dando algumas ordens para algumas pessoas e levando seus amigos para conhecer a instalação do batalhão do exército localizado no bairro do João Paulo. O clima parecia bem pesado, Ale não pode deixar de notar e sussurrou isso para si mesmo e ouviu um suspiro de Thais.

— Até ontem a gente achava que tava tudo bem e seguro. Mas nunca estivemos tão enganados. Um grupo de crianças zumbis nos pegou de surpresa, acreditamos que eles tenham invadido através dos esgotos ou escalando as cercas. Por sorte conseguimos matar o grupo de zumbis, mais perdemos mais da metade dos sobreviventes e muitos soldados experientes morreram. — Thais terminou a triste história com um suspiro triste. — Ainda bem que estão aqui, bem que ele avisou que vocês estavam vivos, ah Dillan.

Thais deu um suspiro pesado e mesmo sem palavras todos entenderam o que aquilo queria dizer, Ale passou um dos braços ao redor da amiga e deu um sorriso amigável. Thalisson caminhava olhando os próprios pés, seus pensamentos estavam em Milena. Ninguém notou que Luís não andava mais com eles.

°°°°

— Filha venha aqui. Estamos seguras. — falo um pouco alto.

A criança sai do guarda-roupa, mas hesita ao ver os dois estranhos na nossa casa. Chamo ela novamente com impaciência, mas antes de vir ela levanta a mão e eu sinalizo para que ela fale.

— Mamãe. Esse moço tem o monstro dentro dele. — ela estava com medo e assustada.

— Venha cá e me ajude. Precisamos tirar o monstro de dentro desse moço, você pode me ajudar?

— Mas isso não dá...

— O que eu disse sobre o sinal? — a menina se calou e continuou de cabeça baixa andando em direção ao cara. — Qual seu nome mesmo? — perguntei a amiga dele.

— Milena.

— Então Milena, vou pedir que segure a perna do seu amigo com toda a força que puder. — ela parecia um pouco absorta, percebi que além da situação com seu amigo ela tentava entender como eu era mãe. — Filha faça aquilo outra vez, segure o monstro na perna do moço, não deixe ele espalhar, faça isso direito.

A menina se aproximou receosa e colocou a mão na perna do homem, fechando os olhos em seguida, pude ver o sangue preto voltando e se concentrando no pé esquerdo do homem. Voltei com água quente, um facão, umas toalhas, um pedaço de ferro e uma caixa de fósforo.

— Pedro. Seu nome é Pedro né? — olhei nos olhos do homem e vi o medo crescente. — Bom Pedro, nesse momento a única coisa que impede o vírus de se espalhar no seu corpo e te matar, é essa pequena garotinha de 3 anos, mas ela não vai aguentar muito tempo. Ou você morre de forma dolorosa e volta como um zumbi ou a gente tira de você a parte infectada. Infelizmente as duas opções trazem risco à sua vida e isso nem chega a ser uma escolha...

— Pode arrancar. — ele me interrompeu e fechou os olhos.

Milena deixou escapar uma lágrima enquanto eu amarro as mãos do Pedro, coloco uma toalha na boca para abafar os gritos. Milena joga seu peso sobre as duas pernas dele e fecha os olhos.

— Desculpa, mas preciso que mantenha os olhos abertos. Qualquer movimento dele pode ser fatal, você precisa segurar e olhar para manter o controle da situação.

Vi que ela não conseguia assimilar muito bem o que minha criança estava fazendo e eu não era a pessoa mais certa a explicar isso. Fechei os olhos lembrando dessa criança tentando impedir que a infecção chegasse a cabeça do meu pai, um pouco antes de eu fazer a escolha fatal para ele.

— Filha, empurre o monstro para os dedos. A mamãe vai arrancar ele, mas se ficar muito espalhado o moço vai sofrer muito. — olhei bem a testa franzida de concentração dela.

— Mamãe. — ela choramingou. — Eles são muitos.

— Filha eles vão aumentar ainda mais de número se a gente não tirar agora. Empurre o máximo que você puder.

A menina pressionou a perna do homem com força, vi lágrimas escorrendo do rosto dela e quando ela deu o primeiro grito eu soube que deveria agir, olhei bem nossa situação, ergui o facão como se fosse um machado, mirei e logo em seguida desci o mesmo com força.

°°°°

— Thais. — um soldado se apresentou. — Tem um homem muito ferido lá fora e ele está chamando por um Luís Arthur.

Luís surgiu de um corredor, andava com uma mochila nas costas e andava como se já não tivesse sangue inocente daquele lugar nas mãos. Thais o encarou e chamou para que fossem ao portão.

°°°°

"Teve uma experiência muito legal feita com um vírus." A voz falava na cabeça de Wanderson que se encontrava deitado na entrada do batalhão. "O vírus agiria em conjunto com o vírus do soldado sem sentimento que é o mesmo vírus zumbi. Então, o vírus que eu tô falando mimetizava funções do cérebro hospedeiro e assim que infectava uma nova vítima ele poderia colocar essas funções no hospedeiro."

— Ele transformava o segundo hospedeiro no primeiro. — Wanderson falou cansado e sem fôlego.

"Na teoria sim. Mas na verdade ele só guardava lembranças..." Um flash de memória invadiu a mente de Wanderson com cenas em uma instalação científica onde ele jamais esteve, amigos que ele sabia que não eram dele, lembranças que definitivamente não estavam em sua mente. "...sentimentos e talvez preservasse a consciência do primeiro hospedeiro." Wanderson de repente se sentiu enjoado, a voz queria dizer o quê? Ele era infectado com um vírus e tinha uma consciência de um homem, provavelmente morto, dentro da cabeça?

°°°°

O grande portão foi aberto e Thais viu Wanderson caído no chão com a respiração muito acelerada, não havia sinal de infecção no entanto.

— Vocês precisam fugir. — Wanderson falou débil. — Ele está muito poderoso. Ele vai matar todos nós.

— Ele quem? — Thais perguntou assustada.

— A Besta. — Wanderson falou e olhou para Luís. — Mano, a instalação. A sua mãe, ela saiu de lá, mas acho que ele... eu acho que ele...

De repente Wanderson começou a hiperventilar e desmaiou deixando um Luís confuso.

°°°°

Jogo uns milhos e observo os pássaros se aproximar, estou sem roupas em um parque. Observo um dos pássaros que de repente se engasga com o milho e para de comer, eu sinto meu corpo exalar aquele mesmo cheiro e o pássaro voa se empoleirando em meu braço. Quase sou capaz de sentir prazer ao acariciar as penas do animal. Ele me olha e todos os pássaros estão olhando para mim, sei que a transformação está completa quando vejo os pequenos olhos brancos nos animais. Visto novamente minha roupa e chamo Clicia que está deitada do lado de fora do parque, chegou a hora da destruição.


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Notas finais do capítulo

Mds :O Agora temos pássaros infectados? As esperanças diminuem cada vez mais. Continuem acompanhando.



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