Inclinados a Amar escrita por Lauriana


Capítulo 5
Capitulo 4 – Uma família especial


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas voltei mais cedo, eba!!! Então eu achei muito gostoso escrever esse capitulo, espero que gostem. Beijos!!



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— Ei acorda dorminhoca! – Diz Biel pulando em cima de mim.

— Já chegaram? – Pergunto meio dormindo ainda. A única vez que vieram me ver, logo depois que mudei dei uma cópia da chave de casa para meus pais, para quando chegassem (o que costuma ser muito cedo) eu não precisaria levantar para abrir a porta, não adianta muito já que como viram Biel sempre me acorda, mas adoro que mesmo morando longe continuamos com toda essa intimidade. – Sai de cima de mim e me dá um abraço guri.

Nos abraçamos e ele saiu do quarto para me trocar, levantei e vesti uma blusinha e um short jeans e fui para cozinha, onde já estava uma mesa farta e todos comendo.

— Bença mãe, que saudade! – Falei lhe dando um abraço apertado já com lágrimas nos olhos.

— Deus te abençoe meu amor, como está tudo? A faculdade? Você? Os namorados? – Eu ri ainda abraçada a ela.

— Estamos todos indo mãe. – Soltei ela e fui para meu pai. – Bença pai, estava com saudade. – Falei abraçando-o também.

— Deus te abençoe. Eu também senti pequena, não liga para o que sua mãe diz e continua solteira. – Meu pai era o oposto da minha mãe, e um pouquinho ciumento, e um completava o outro de uma forma quase mágica.

Sentei ao lado de Biel na mesa e peguei um pão com presunto e mozarela e um pouco de suco e comecei a comer enquanto ficava sabendo das novidades de casa. Depois do café decidi mostrar um pouco da cidade para eles, e saímos todos de a pé, fomos no Theatro Pirenópolis, e uma construção antiga, branca com as janelas e portas verdes e dentro tem as cadeiras e um palco na frente, com dois andares e Cine Pireneus que e azul por fora, e dentro e como aqueles cinemas antigos, não deixando de ser confortável.

Paramos para tomar uma água de coco e seguimos em frente agora rumo ao Museu das Cavalhadas que não costuma ser aberto no domingo, mas como ainda estávamos no começo do ano e é cheio de turistas se encontrava aberto.

Entramos e fomos seguindo vendo as máscaras e fantasias, fotos até que vi Cain de costas e fui até ele.

— Oi, não sabia que gostava de Museus, não faz seu estilo.

— Realmente não e meu estilo, mas me encanta histórias de batalhas. – Disse ele com o olhar longe.

— A proposito essa e minha mãe Fernanda. – Disse apontando para minha mãe ao qual ele deu um beijo em sua mão todo galanteador. – Meu pai, Bruno. – Ele apertou a mão como se fechasse um negócio importante. – E meu irmão Gabriel. – Ao qual ele só acenou. – Sabe a história? Podia contar para gente.

— Durante a dinastia carolíngia, em finais do século VIII d.C., há quase de 1300 anos, Carlos Magno, de religião cristã, investiu contra os sarracenos, de religião islâmica, para impedi-los de invadir o centro da Europa, o sul da França. Carlos Magno, ao se afastar da França, deixou-a exposta a invasão pelos saxões, obrigando-os a retornar. Porém deixou na liça o valente Conde de Rolando com sua guarda pessoal: Os Doze Pares de França. Quando ocorreu a famosa Batalha de Roncesvalles, em 778 d.C. Rolando foi massacrado pelos árabes sarracenos, de religião islâmica, e aldeões locais, de religião cristã. Apesar da derrota, o feito foi amplamente divulgado, como mostra de bravura e lealdade cristã, por trovadores que viajavam por toda a Europa. E ficou sendo conhecida como a "A Canção de Rolando", um verdadeiro épico, cantado em trova, como forma de incentivar a população cristã contra as investidas dos exércitos islâmicos.

“Conhecidos como mouros, os mulçumanos da Mauritânia, invadiram, nos idos do século VIII, o sul da Península Ibérica, dominando a região de Granada, de onde foram expulsos somente em fins do século XV. Foram quase 800 anos de ocupação moura por quase toda a península, o que, inegavelmente, colaborou para o avanço tecnológico destas nações, uma vez que os mulçumanos árabes, propagadores do islamismo, eram mais evoluídos, do ponto de vista tecnológico, artístico e cultural, do que os cristãos da época. Os reis que resistiram a este avanço refugiaram ao norte da península e mantiveram intacta sua cultura, vindo deles a iniciativa de expulsão da soberania moura na Península Ibérica, então os jesuítas colocaram essa encenação na cultura brasileira como uma forma de catequisar os índios da época. ”

— Temos aqui um historiador. – Disse mamãe e pelo seu tom sabia que tinha gostado de Cain.

— Nem tanto senhora. Se me permite, já estava de saída, bom passeio para vocês. – Disse ele e foi saindo, ele estava meio estranho hoje, decidi ir atrás dele.

— Cain, espera. - Disse alcançando-o. – Tudo bem com você?

— Tudo sim, obrigado por se importa Ayla, você e a única. – Disse e saiu me deixando com o coração apertado com essa declaração.

Terminamos nossa visita da manhã passando no Museu da Família Pompeu, seguindo para Rua do Lazer (onde jantei com os meninos ontem) e almoçamos, depois andamos por lá vendo lembrancinhas, docinhos típicos da região e outros. Decidimos voltar para casa e descansar um pouco, aliás Bia ia agorinha lá em casa matar as saudades de meus pais também.

Logo que chegamos Bia chegou, e foram muitos abraços e mais fofocas, e também entregou algumas coisas para meus pais levarem para os seus, então sentamos eu, ela e meu irmão para assistirmos tv, enquanto ela atentava Biel e lhe dava dicas de como “pegar” garotas. Uns trinta minutos depois a campainha toca.

— Deixa que atendo filha. – Disse mamãe que já estava de pé.

Ouvi murmúrios de uma voz conhecida, mas não consegui identificar de quem era, até o indivíduo aparecer todo lindo na minha sala.

—Oi, estava te procurando. – Disse meio tímido.

Antes de eu responder Bia passou a minha frente como sempre.

— Você! – Falou ela cheia de drama, e Ezequiel parecia assustado, segurei o riso. – Você roubou minha casa. – Disse ela lhe apontando o dedo.

— Eu nunca roubei. – Disse ele sincero e todos caíram na gargalhada por sua inocência com a brincadeira.

— Quis dizer que alugou a casa que iria alugar. – Explicou Bia. – E agora como pagamento você pode nos levar na cachoeira da Usina Velha. – Disse ela toda satisfeita, eu ia esganar a Bia sério.

— Mas ele não tem carro. – Disse em sua defesa.

— Você pode arrumar algum emprestado querido, viemos visitar nossa filha só hoje e conhecer um pouco da cidade. – Disse mamãe com drama, eu fuzilei-a com os olhos.

— Oh claro. Pego vocês em meia hora. – Falou ele saindo.

— Eu vou esganar vocês duas.

— Ele e gatão amiga e parece ser um bom partido, aproveita.

—Eu aprovo filha. – Disse mamãe como se estivesse sendo pedida em casamento. – Viram como e fofo e inocente, amei ele.

— Nem vem já arrumando marido para minha menina. – Disse papai bicudo.

— Concordo.

Ignorei-os, dei um beijo na bochecha de papai e fomos todos arrumar o que iriamos levar. Peguei uma toalha e um roupa limpa e pus na mochila, vesti a parte de cima de um biquíni e um short de manhã, e por cima coloquei uma blusa e um short jeans, e uma chinela e estava pronta. Emprestei minhas roupas para Bia e ela também já estava pronta. Descemos juntas e encontramos todo mundo nos esperando.

— Nunca muda essa enrola né mana.

— Nem vem tá.

Minutos depois chega Ezequiel de bermuda tactel azul marinha e uma camisa branca, está tão lindo e caseiro e mesmo assim continua sexy.

— Todos prontos? – Pergunta ele e todos afirmamos e vamos no ajeitando no carro.

A “viagem” e um pouco longa, já que fica fora da cidade, nunca fui nas cachoeiras lindas que dizem ter aqui, enquanto que Bia já foi em quase todas. A cachoeira e linda e só sentir a natureza já traz uma paz imensa, a agua era de um verde transparente lindo, tinha partes bem rasinhas com pedras, e a parte funda que ficava perto da cascata de agua que descia pelas pedras.

Biel foi o primeiro a pular dentro d’água como sempre, ele sabia nadar, já eu sabia afundar, foram todos tirando as roupas de cima e pulando, já eu estava com vergonha por Ezequiel estar aqui, mas como ele entrou de boa, não era eu que ia ficar fora da diversão e logo entrei também.

Fiquei um tempo no rasinho perto de mamãe e papai, conversando banalidades e nos divertindo, até que Bia (como sempre) teve uma ideia mirabolante.

— Ei Biel, você sabe nadar direitinho né? – Perguntou ela e ele concordou com a cabeça. – Ezequiel?

— Sei. – Respondeu.

— E Biel você me aguenta no seu ombro? E forte?

— Claro. – Falou Biel estufando o peito. Teve uma época em que Biel teve uma quedinha por Bia, talvez isso ainda não tinha passado.

— Ótimo. – Disse ela com um sorriso enorme no rosto. – Então vamos fazer guerrinha. Eu e você contra Ezequiel e Ayla. E assim, vermelha como um tomate eu subi no ombro de Ezequiel e Bia no de Biel e começamos a guerrinha.

Eu era péssima, mas tentava com toda força derrubar Bia, perdi umas quantas vezes e ganhei apenas duas até que paramos quando mamãe nos chamou para comer uns salgadinhos que ela havia trazido.

Com duas toalhas de mesa enormes estendidas no chão, nos sentamos e desatamos a comer. Ezequiel não parava de me olhar, e por muitas vezes nossos olhos se encontravam, e sentia que ele tinha tanto a dizer com aquele olhar, Biel sentou do lado dele cortando nossa conexão e depois de um tempo lá ele se levantou e sentou ao meu lado.

— E imigrante agora? Não para quieto em lugar nenhum. – Perguntei atentando-o.

— Não enche vai. – Falou ele e ficou um tempo calado. – Você gosta dele? – Perguntou de repente.

Entendi o porquê de ele estar aqui e parecer tão desconfortável. Biel não e daqueles que gosta de se abrir ou falar em sentimentos, mas ele sente, e muito. Então meu irmãozinho só estava preocupado comigo.

— Ainda e cedo para dizer Biel, mas que sinto algo, sinto. – Disse para ele sendo sincera.

— Ele parece ser um cara legal. – Disse.

— E sim, vamos deixar indo e ver maninho.

— E aquele do museu, o que sente por ele?

— Ah Cain já e mais complicado sabe? Ele e muito cheio de gracinha, galanteador, mas sinto que esconde muita coisa, até de si mesmo, mas por ele não corro o risco de me apaixonar, eu o vejo mais como um irmão, amigo, alguém que você quer por perto para cuidar, ou algo assim.

— Entendi, eu também vi um pouco disso nele, apesar do jeitão de Bad boy, parece ser um cara legal também. Mas maninha para qualquer um e só me chamar que venho chutar as bolas deles. – Disse ele me fazendo engasgar com o suco que estava tomando.

— Menino que palavreado e esse. Tu anda bruto heim. – Disse rindo e me levantando já que todos já estavam voltando para água.

Mamãe puxava tanto saco de Ezequiel que já estava cassando um lugar para enfiar a cara. Banhamos mais um pouco e quando começou a escurecer arrumamos todos e viemos embora, passamos e deixamos Bia em sua casa, e depois viemos para minha. Mamãe ficou um ano se despedindo de Ezequiel e pegando contato, assim que ele deu tchau para todo mundo, e acompanhei-o até lá de fora.

— Desculpa por hoje, eles são meio que expansivos demais.

— Não tem do que se desculpar. Eu amei conhece-los, e ficou muito feliz por você ter crescido numa família unida e cheia de amor como essa.

— E eu tenho muita sorte, amo muito cada um deles.

— Dá para ver. Até amanhã Ayla, se cuida e boa noite. – Disse ele, veio e me deu um beijo na testa.

Eu fiquei lá um tempão parada, olhando-o ir embora, paralisada pelo gesto tão inesperado e bonito. Entrei em casa e fui arrumar os colchões para o povo dormir. Coloquei um de casal na sala para meus pais, e Biel dormiu num de solteiro no quarto comigo.

— Boa noite meu anjinho. – Disse para Biel.

— Boa noite mana. – E assim logo adormeci com sentimento de paz e tranquilidade.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam da família dela? E do capitulo? Comentem e muito importante. Obrigado por lerem e até o próximo, beijos!



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