Inclinados a Amar escrita por Lauriana


Capítulo 4
Capitulo 3 – Colegas de serviço, bagunça e aproximação


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal consegui voltar no tempo certo hehe. Aproveitem o capitulo, e nao esqueçm de comentar ok?
Beijinhos e até lá em baixo.



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Amanheceu frio, o que me causou muito bom humor, pois eu amava frio, além de ser sexta, a faculdade passou tranquila, apesar da apresentação de um seminário sobre o atendimento da fisioterapia domiciliar, mas como estava desempregada, deu tempo de me preparar muito bem, e creio que me sai bem.

Um pouco depois das duas da tarde recebo uma ligação desconhecida, atendi e era o Fabricio da Tubular Moveis falando que passei na entrevista e começaria na segunda, me deixando mega feliz, trabalharia na parte da tarde e noite. Depois fui para casa de Bia ajudá-la a escolher as roupas que iria levar para sua viagem, enquanto ela tentava me convencer a ir junto. No fim deu uma mala média e outra pequena.

— Isso tudo para um fim de semana Bia? Imagina um mês.

— E que sou prevenida amore. – Disse ela dando de ombros como se não fosse nada.

— Já eu sou prática isso sim.

A noite chegou e sentei na cama enrolada de cobertores, com o cappuccino que preparei numa mão, e um bom livro na outra, iria começar A Assustadora história da maldade, de Oliver Thomson, a escrita era muito boa, acabei sua introdução, que por sinal era enorme e já era quase meia noite, o sono falou mais alto e guardei o livro na cabeceira perto da cama e fui dormi.

O fim de semana passou lento, não sei se pela falta de Bia, ou pela ansiosidade de chegar logo segunda e começar a trabalhar, acho que um pouco dos dois, o vizinho do lado também andava sumido, não que eu ficasse reparando. Meu sábado passou entre uma corridinha, seguido por um café da manhã, ler, mexer no computador, preparar o almoço, e passei a tarde sobre o sofá tentando atualizar pelo menos uma das minhas séries, pedi pizza e voltei para televisão. No dia seguinte acordei tarde e fui direto preparar o almoço, depois de comer coloquei uma música para balançar o esqueleto um pouquinho, li um pouquinho também e o resto do dia passou em puro tédio já que nada que pensava em fazer me agradava.

A segunda chega muito bem-vinda para mim, na faculdade mato a saudade de Bia, e ela me conta em mínimos detalhes as loucuras de seu fim de semana, e a briga que ela teve com o garoto que estava saindo, e agora estava oficialmente solteira de novo, não que isso demore muito para acabar, se bem conheço ela.

— Você acredita que ele deu um chilique no meio de todo mundo só porque eu estava mexendo no celular?

— Mas você também não ajuda né Bia, o que custava dar um pouco de atenção ao menino.

— Mas eu dei Ayla eu juro, eu só fui ver não lembro nem o que no celular e ele fez um drama todo.

Seguimos para aula, eu já estava fazendo amizade com alguns colegas de sala, tinha o Evan que e muito legal, e gentil comigo, e a Priscila que e muito fofa e supertímida e inteligente, e que me ajudava muito quando não entendia algo.

Despedi de Bia, e sigo para casa, peguei a roupa que havia separado ontem e vesti, prendi meu cabelo em coque, apanhei a bolsa e fui caminhando para empresa, chegando lá me deram duas camisetas de uniforme e me troquei no banheiro. Comecei passando notas fiscais para o computador, enquanto Lara ia me explicando o programa usado na loja e como funcionava tudo ali, como atender clientes, e aprovar e efetuar as compras.

Distraída tentando aprovar e preencher tudo sobre a compra de um guarda roupa, me assusto quando vejo Cain parado ao meu lado.

— Ei! O que está fazendo aqui? – Pergunto num sussurro baixo e desesperado. Ele me aponta o uniforme da loja que estava usando.

— Sou seu coleguinha de serviço. – Disse bastante satisfeito, já de uniforme e tudo.

— Não só você. – Disse Ezequiel surgindo logo atrás, com o uniforme da loja em mãos. Esses dois estavam me perseguindo só pode. – Ficarei na parte da tarde e noite.

Puxei os dois pelo braço até os fundos da loja, precisava dar um basta nisso urgente, não podia me dar o luxo de perder esse emprego.

— Escute aqui vocês dois, não me importa se estão me seguindo ou o que for, mas não me atrapalhem no meu local de serviço, eu preciso muito desse emprego e vocês não vão atrapalhar isso ok? Então fiquem longe de mim, e não se metam em encrenca, e principalmente não me envolva na encrenca de vocês seja ela qual for. Ficou claro?

— Claro como agua. – Disse Cain zombeteiro.

— Eu não estou brincando Cain.

— Não vamos causar problemas para você. – Disse Ezequiel.

— Ótimo. Agora vamos voltar ao trabalho.

O resto do dia passou sem mais problemas, eu no caixa e os dois vendendo, eles eram bons de lábia e consequentemente bons vendedores. Lara não parava de falar o quanto eram lindos, e me perguntou se já os conhecia fora dali, disse que sim por incidentes. No fim da tarde restou só eu e Ezequiel na loja, o que acabou ficando um clima estranho pois era muito parado nessa horário e ele veio se sentar perto de mim, acabei ficando nervosa, não sei nem por que.

— Senti saudades de você. – Disse ele tão sincero apesar de ser quase impossível essa afirmação.

— Voce nem me conhece direito para sentir saudades de mim Ezequiel. – Disse e ele deu um sorriso triste.

— Te conheço muito bem apesar de você estar diferente fisicamente. – Disse e pegou uma mecha do meu cabelo e cheirando. – Antes você mantinha os cabelos curtos.

— Nunca tive o cabelo curto, deve estar me confundindo. – Disse tirando o cabelo da sua mão e virando de costa. O que ele está fazendo se aproximando desse jeito sem aviso algum? meu coração estava descompassado, o que era isso?

— Pode apostar que não. – Disse ele e foi para frente da loja e ficou lá até fecharmos.

— Quer uma carona? Já que somos vizinhos acho que não tem problema. – Disse Ezequiel e acrescentou logo atrás sua explicação. Sorri diante do seu jeito meigo e aceitei.

Montei na moto e passei os braços por sua cintura quente, acabei sentindo seu cheiro suave e gostoso e mal vi quando paramos em frente à sua casa. Me despedi e entrei, tomei um banho e dormi com seu cheiro em minha mente.

A semana passou rápida e cansativa, o serviço não era nada cansativo e já tinha pegado o jeito, Lara era muito simpática e me ajudava sempre que precisava, o que me cansava era a intriga constante entre Ezequiel e Cain, parecia duas crianças e brigavam por tudo, por quem faz tal coisa, quem e melhor em algo, Lara achava uma graça essa intriga deles, e falava que era por mim, já eu achava que tinha a ver comigo, mas não era só isso não, Ezequiel mudava da agua para o vinho quando estava Cain e quando ficava sozinho comigo, parecia até outra pessoa e acabamos criando certa intimidade.

No sábado estava me preparando para arrumar a casa com muita preguiça, coloquei umas roupas na máquina para bater, quando ouvi barulho de alguém caindo do lado, sai de fora para averiguar o que era e dei de cara com Ezequiel caído num chão ensopado, não me segurei e comecei a rir.

— O que está fazendo aí no chão? – Perguntei ainda rindo.

— Para de rir, eu escorreguei. – Falou se levantando.

— Também com esse chão ensopado e impossível ficar em pé ne.

— Estava tentando limpar essa casa. – Disse.

— Aparentemente alguém aqui era filhinho de papai heim, vamos fazer assim, eu te ajudo aí na sua casa e depois você me ajuda com a minha pode ser?

— Feito.

Fui para casa dele e comecei a rapar aquele aguaceiro, para depois passar o pano, a casa dele até que não estava tão bagunçada, eu já tinha entrado naquela casa antes, e me surpreendi quando peguei tudo quase igual à antes de alugar, fora poucas coisas de Ezequiel, não tinha fotos, nem livros, ou nada mais pessoal e me peguei pensando que talvez ele veio temporariamente, o que me deu um aperto no coração.

Já terminando acabei me embolando nos próprios pés e quase cai de cara no chão se não fosse Ezequiel, e ficamos próximo de mais (mais do que qualquer garota sã aguentaria), eu deveria estar um tomate de tão vermelha.

— Está bem? – Perguntou preocupado.

— Graças a você. Eu sou um desastre ambulante. – Falei quando ele me soltou já em pé.

— Não mudou muita coisa pequena. – Disse ele tão baixo que não tive certeza se falou mesmo ou se imaginei.

— Agora sua vez de me ajudar.

Fomos para a minha casa e ali já era um pouco mais complicado, então fiquei com a parte chata de tirar as poeiras de livros e fotos e essas coisas pequenas, e pedi para ele lavar o banheiro, assim que terminou ele veio e ficou olhando minhas fotos.

— Uma linda família a sua.

— Amanhã estarão todos aí, provavelmente conhecerá.

Dividimos os cômodos e começamos a limpar, e então fomos lavar a pequena área que tinha no fundo, sem querer molhei Ezequiel e já me preparava para pedir desculpas quando ele revidou, e acabou virando uma guerrinha de água. Terminamos e no secamos mais ou menos e meu celular toca, era Cain.

— Oi Cain.

— Olá gata que tal sai para jantar comigo hoje? – Disse ele, pensei um pouco e por que não né?

— Aceito se você para de me chamar com esses adjetivos idiotas. – Falei.

— Pode deixar, passo aí ás 18:30, onde quer ir?

— Pode ser na feirinha do centro, tem comidas deliciosas lá e bem agradável a noite.

— Ok, até de noite.

Ele desligou e quando olhei para Ezequiel ele me fuzilava com os olhos.

— Só porque o conhece um pouco agora esqueceu que te falei que ele é perigoso Ayla. – Disse raivoso. Mas se passei o dia com ele, não posso ficar um pouco com Cain não? Ele não parecia nada disso, só um bad boy destruidor de corações, mas não tinha a mínima chance de me apaixonar por ele.

— Não tem nada demais, se acha tão ruim assim porque não vai com a gente? – Ok assim que as palavras saíram eu me arrependi delas, já não basta aguentar os dois com intrigas durante a semana.

— Vou mesmo.

E nisso cada um foi se arrumar, eu tomei um banho e vesti um vestido leve florido, coloquei uma sapatilha e prendi o cabelo num rabo de cavalo alto, passei um lápis e batom e estava pronta, olhei no relógio e já era 18:15, decidir esperar lá de fora.

Poucos minutos depois Ezequiel veio para fora também, ele estava muito bonito como sempre, com uma blusa cavada branca, com uma estampa bem legal, calça jeans escura e tênis, o cabelo rebelde como sempre.

— Você está... bonita. – Disse ele parecendo constrangido, ele e uma graça.

— Obrigado, você também não está nada mal. – Falei constrangida e feliz.

Não passa muito tempo e ouvimos o som do carro de Cain, ele desce e também está lindo no seu habitual preto, calça preta, jeans preto e cabelo levemente bagunçado lhe deixando com ar sexy, mas sem seu sorriso cínico no rosto.

— O que ele faz aqui? – Disse bravo, me pus a frente dele, que já ia para o lado de Ezequiel com cara de nenhum amigo.

— Eu o convidei achei que não tinha problemas. – Falei atropelando as palavras.

— Mas tem problemas. – Disse ele seco.

— Por favor, façam uma trégua só hoje, eu estou pedido. – Falei já preocupada. – Eu prometo que depois saímos só eu e você. – Acrescentei torcendo para Ezequiel não ter ouvido.

— Ok - disse ele relaxando.

— Eu vou na minha moto. Vamos Ayla? – Falou Ezequiel.

— Melhor, mas vai sozinho eu a convidei então e justo ela ir comigo não? Já que não tem atitude anjinho. - Disse Cain.

— Ei, trégua os dois. Irei com Cain, e justo já que ele me convidou. – Falei mais firme, olhando de um para o outro.

Fui no carro com Cain e Ezequiel chateado atrás de moto.

— Então você gosta dele, isso e muito bom saber? – Falou Cain um tempo depois.

— Eu não gosto de ninguém ok? Será que vocês dois não podiam se entender, porque essa briga toda? – Perguntei tentando entender.

— E muito mais antigo que você, digamos que é coisa de raça, mas deixa essa historinha para outro dia. – Disse ele estacionando.

Descemos e nos encontramos com Ezequiel, escolhemos uma das mesinhas para sentar, e logo veio o moço entregar o cardápio para escolhermos. Pedimos uma porção de frango frito, com arroz, feijão tropeiro e vinagrete, para mim um suco natural de laranja e uma cerveja de garrafa para cada um, eu não os deixaria beberem mais que isso pois estavam dirigindo, dentro de 20 minutinhos estaria pronto.

Assim que chegou eu comecei a comer, afinal estava morrendo de fome e aquele silêncio já estava constrangedor, estava uma delícia tudo.

— E aí Ezequiel aqui e muito diferente de sua casa né? – Disse Cain. – Quando pretende voltar?

— Ainda vai demorar um pouco, talvez nem volte, tenho coisas importantes para mim aqui e não deixarei até ter certeza que não precisa mais de mim, mas e você Cain? Deve estar sentindo falta das coisas exorbitantes de sua casa não?

— Oh com certeza sinto sim, mas por enquanto aqui está interessante. – Disse Cain olhando para mim.

— Do que estão falando, vocês não vão ficar muito tempo aqui? São de onde? – Decidi me pronunciar já que estava boiando na conversa deles.

— Somos de muito longe anjo. Oh como esse adjetivo lhe caiu bem, não acha Ezequiel? – Disse Cain alfinetando ainda mais.

— Acho sim, mas e para você? Que adjetivo lhe cairia bem Cain? – Respondeu Ezequiel arqueando uma sobrancelha em claro sinal de conflito.

— Você quer mesmo saber? – Disse Cain se levantando com uma cara furiosa.

— Okay. Acho que já deu dessa janta né. Vamos embora. – Falei e fui no caixa pedir a conta. Cain veio atrás de mim.

— Deixa que eu pago. – Ele pagou e me virei para ele.

— Cain você e uma pessoa boa e apesar de Ezequiel falar que você e perigoso eu sinceramente não vejo-o assim, vejo uma tristeza escondida em seu olhar, quero ser sua amiga, só não quero ficar no meio das brigas de vocês.

Seguimos para casa dessa vez em completo silencio. Me despedi de Cain e de Ezequiel e entrei em casa, troquei o vestido por uma blusona que usava para dormi e deitei pensando na conversa dos meninos e tentando entender. Como eles eram complicados. Me esforcei em dormi que amanhã era outro furacão chamado minha família.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam?
Obrigado por lerem e até o próximo!



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