P.O.V. Marie Jeanne.

Aqueles pensamentos aleatórios já estavam me dando nos nervos.

—E então, parasitas vão falar o que tão fazendo aqui? Desembuchem!

—Mestre Aro nos mandou.

—Agora me diga algo que eu não saiba.

—Para te vigiar.

—Ah, que ótimo. Eu faço o Volturi se cagar de medo. Isso faz um carinho enorme no meu ego. E... imagine a cara do sujeito quando descobrir o que eu tenho em casa.

Eu tive que dar uma gargalhada.

—Essa ai tem um parafuso faltando.

—Podemos?

P.O.V. Alec.

Quando chegamos á residência dos Cullen haviam vários homens e mulheres fazendo o que parecia ser uma espécie de patrulha.

—Está formando um exército de humanos?

—E quem foi o imbecil que te disse que eles são humanos?

Todos olharam para nós. Nenhum ser humano ouviria nossa conversa, não naquele tom e daquela distância.

—Se eles não são humanos, o que eles são?

—Híbridos. São os híbridos da Hope. Ela cria eles.

—Como?

—Como se eu fosse responder.

—Eles são híbridos de que?

—Metade vampiro, metade lobisomem, porém mais fortes e mais letais que os dois. Tentem alguma coisa e vocês já eram. E vai ser uma morte lenta e dolorosa. A sua força por exemplo Félix, é um nada comparada á deles. Um vampiro completo não pode contra um deles.

—Isso é impossível! Não se pode ser vampiro e lobisomem ao mesmo tempo!

—Isso prova que você com todos os seus séculos não sabe de porra nenhuma garoto.

—Marie!

—Oi lobinha!

A garotinha se atirou nos braços da híbrida.

—Volturis, essa é a minha priminha Hope. Hope, esses são os Volturi.

—Vocês parecem os pais da tia Ness. Só que mais medonhos. Vocês tão fantasiados de que?

—Eles estão... uniformizados.

—Que uniforme mais horrível.

—Você criou os híbridos?

—Foi.

—Você?

—Eu sua uma bruxa Mikaelson. Eu sou a filha do Klaus Mikaelson, sou a bruxa mais poderosa que o mundo já conheceu.

—Então é algum tipo de feitiço?

—Não. Eu não posso contar. Papai e mamãe fizeram eu prometer. Todo mundo fez eu prometer.

—Eu posso te obrigar.

—Tenta. Nanica.

—Faça isso e os híbridos acabam com você. 

—Mamãe disse que eles viriam. Por isso eu fiz mais híbridos. Papai trouxe mais lobos pra mim ontem. E eles não eram crescentes eu verifiquei.

—Crescentes?

—É uma matilha de lobisomens. Eles são os primeiros, os primeiros lobisomens do mundo. Eram a matilha da minha mãe.

—Desde quando Renesmee Cullen é lobisomem?

—Não essa mãe. Minha outra mãe, Hayley. Ela era da realeza, como eu.

—Não sabia que lobisomens tinham realeza.

—Você não sabe muita coisa, né?

A híbrida riu.

—Ai. 

—Você me paga pestinha!

—Se afasta dela!

—O que?

—Eu disse se afasta dela!

—Dwain, ela é malvada. Ela acha que os híbridos são muito perigosos pra viver, ela vai me matar e depois vai matar você.

Vi o rosto do homem tornar-se algo demoníaco, ele tinha quatro presas, duas em cada lado da boca.

—Mata ela Dwain.

—Meninas! Já chega!

—Tudo bem Dwain, eu mudei de ideia. Por enquanto.

—Venham. Já é hora do jantar.

Entramos na propriedade e a filha de Edward colocou comida humana na mesa.

—Pessoal! Comida!

Eles todos se sentaram em volta da mesa e um deles, um loiro pegou um pedaço de frango.

—Klaus! Já que foi o primeiro a pegar o frango... você ora.

—Tá brincando né?

—Não. Abaixa a cabeça e demonstre um pouco de gratidão.

—Vamos lá papai. Você consegue. Eu vou te ajudar.

—Vampiros que rezam.

E comem. Agora eu já vi de tudo.

—Ainda não Bieber.

Elas lavaram e secaram a louça. Marie lavou, a outra secou e Hope a menorzinha guardou.

De repente, a casa tremeu.

—O que foi isso?

—Demônio do olho amarelo.

Ela carregou a menininha pra dentro de um cômodo e fez uma linha de sal na porta.

—Fica ai tá?

—Tudo bem.

—Azazel! Apareça seu desgraçado!

—Uma faca? Vai matar um demônio com uma faca?

—Eu não subestimaria essa faca se fosse você.

—Acho que você se enganou de demônio, Princesa.

—Alastair. Seu sádico filho da puta. Mas, o Sam não deu cabo de você?

—É um desperdício você ter nascido com todo esse poder. De que te vale ter todos esses dons negros, se você não usa?

—Deus nos dá provações nessa vida. Essa é a minha.

—Deus não fez isso com a sua família Princesa. Deus não te concedeu todos esses dons negros.

—Não importa. Você quer que eu use? Quer tirar uma casquinha? Tudo bem.

Ela fez alguma coisa com o homem ou demônio.

—Faça. Me mande de volta.

—Não. Eu não sou o Sam. Eu sou mais forte, eu não exorcizo demônios, eu mato eles.

A criatura agonizou e morreu. Ela matou o homem sem esforço nenhum, com um simples movimento de mão.

—Queria ver o meu lado negro? Ai está.

Depois ela transformou o corpo em poeira.

—Acham que conhecem o mal? Vocês não fazem ideia do significado dessa palavra.

Ela foi até o quarto onde a menininha estava.

—Tudo bem. Pode sair agora.

Ela quebrou a linha.

—O demônio foi embora?

—Foi. Ele não vai mais voltar.

—Tem outros lobisomens na cidade. Eu posso senti-los. Aqui tem um alfa poderoso. Acha que ele me daria um pouco do sangue dele?

—Se pedir com jeitinho, aposto que sim. Mas, pra que precisa de sangue de lobisomem?

—Não, eu preciso do sangue de um Alfa. Eu estou fazendo uma poção.

—E pra que serve a poção?

—Derrotar os inimigos.

—Hope, Não! Fica longe daquele livro! É ruim. É tóxico, é do mal.

—Ele se revelou pra mim.

—Se revelou pra mim também, mas não significa que eu tenha mexido nele.

—Mas, eu já tenho quase tudo pra fazer a poção.

—Me deixa ler a receita.

Hope veio carregando o enorme e grosso livro preto de capa de couro.

Ela abriu o livro na página marcada.

—Hope, isso é veneno. É um tipo bem específico de veneno.

—Não tem nada escrito.

—Tem sim. Você é que não consegue ver. Ele não deixa.

—Ele quem?

—O livro. Você nem faz ideia do que seja isso faz? Não acredito que os humanos confundiram vocês com bruxos das trevas. Esse é o livro das luas, o mais antigo e poderoso livro de feitiços e poções das trevas que existe. Vários bruxos das trevas escreveram nele, esse livro está mais vivo que você. Ele escolhe quem vai lê-lo. Para alguém tão velho, vocês não sabem de muita coisa.