Vozes que Ajudam escrita por Nathynhaa-Chan


Capítulo 2
Tudo começa




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  Eu nunca fui muito boa para mentiras, mas a desculpa que eu dei na escola por eu estar chorando foi a pior mentira que eu já contei na minha vida.Na saída da escola avisto uma pessoa de costas, não vejo o rosto da pessoa mas sei quem é, pois nunca esqueceria nem o jeito de andar. "não enche o saco! Tô de saco cheio e você só consegue me irritar!". Levei um susto pulando para trás, ele estava a uma quadra de mim e eu estava ouvindo a voz dele...no momento achei que era impressão, e que estava imaginando coisas. Pensei nisso todo o caminho para casa, e não consegui tirar isso da cabeça. Observei por um bom tempo o celular acima da mesa da cozinha pensando se deveria ligar para ele ou não. Limpei a cozinha inteira e não consegui tirar isso da cabeça, quando ouço novamente a voz dele: "espero que você nem tente ligar..." . Na rua eu achei que era impressão, mas agora eu tinha certeza de que tinha ouvido a voz dele novamente. Peguei o celular e sem hesitar liguei na casa dele. O telefone tocou por um bom tempo e quando atenderam era a voz de uma criança dizendo:

  -Alô. Quem é?

  -Oi Konohamaru, eu posso falar com seu tio?

  -Tioooooooooo!È a tia kurenai no telefone...-escutei a criança gritar ao fundo do telefone.-Fala que eu estou ocupado e que estou sem tempo para falar!-continuei a escutar os gritos só que desta vez era a voz de quem eu esperava que atendesse.

  -Tia, meu tio disse que ele está ocupado e que depois liga para a senhora.-disse o garoto ao telefone.

  -Tudo bem Konohamaru, fala para ele que a tia ama ele...-disse ao garoto, antes de desligar o telefone.

 Eu queria que ele tivesse atendido, mas depois de ouvir como ele estava nervoso nem pensei mais em falar com ele.

 "Eu te avisei para não ligar." ,ouvindo isso, eu comecei a ficar um pouco assustada; dizem que algumas pessoas ouvem as vozes de seus amados, mas para mim isso não era nada normal, para mim havia alguma coisa errada.Pensei em falar com a Tsunade, mas apesar de ela ser a pessoa em que mais confio, ela com certeza iria me chamar de louca.

  Saí de casa para aliviar um pouco a cabeça, fui a um campo com gramas verdes e deitei no chão. Pensava na vida e nas coisas que já haviam acontecido; lembrei do Asuma por um momento...

 

 Flashback on

  

 -Você gosta de fazer isso, não é?-disse o Asuma dando aquele leve sorriso que eu adoro.

 -Não estou fazendo nada.-respondi a ele, dando uma grande risada.

  -Você faz isso de propósito.-diz ele

 -Se eu estiver te irrritando com essa história de passar o tempo com outra pessoa, me desculpe mas não é de propósito.-disse dando uma risada bem baixinha.-Te amo, e você sabe que eu não te irritaria de propósito.

 -De fato tenho dúvidas disso.

 -Você não confia no que eu digo?

 -Eu confio em você, agora as suas palavras são meio suspeitas.- diz ele me envolvendo em seus braços.

 

 Flashback off

 

 Lembrando daquela cena, dei um sorriso leve até que percebi que estava sendo observada. Olhei para o fundo do campo e havia um menino andando em minha direção. Sentei por impulso e o observei novamente, era o garoto que estava sentado no fundo da sala de aula.

  -Olá kankurou, o que você faz aqui?- perguntei ao garoto.

 -Isso sou eu quem pergunto professora, o que faz dando risada sozinha no nada?- me responde o garoto com uma pergunta.

  -Estava pensando em uma coisa que aconteceu.- respondi o garoto

  -Não é bom ficar pensando na morte da bezerra; sabia?- disse o garoto

  -Não se pode ficar pensando em besteira quando se tem muito para se preocupar.- respondi a pergunta do garoto

  -Mas parece que é oque você estava fazendo.- diz o garoto com um olhar sínico

 -Pensando bem, eu estava mesmo.

  -No tempo em que você pensa em certas coisas, alguém te assalta.- diz o garoto dando risada.

  -Por que deu risada? È verdade, tem de se andar bem atento.- disse dando uma leve risada.

 Levantei e saí andando, acenando para o garoto que ficava lá sentado me observando. Quando virei as costas, comecei a dar risada sem motivos, simplesmente por dar. Alguns minutos depois, voltei a pensar no que estava pensando antes de o garoto chegar: "As pessoas se machucam, sem a intenção de magoar uns aos outros. Às vezes as pessoas falam besteiras, ou fazem brincadeiras inadequadas para o momento; mas é de nossa vontade, perdoar quem nos magoa. Até mesmo se a pessoa não sabe disso. As pessoas nem sempre teem tempo para escutar quem precisa ou quem está com duvidas, de vez em quando ela precisa de um tempo para pensar melhor e deixar as coisas dos outros para depois. Se eu fiz isso, me perdoa por favor..." ,dessa vez eu escutei a voz dele, mas não me assustei e nem fiquei com medo, pelo contrário, me senti como quando ele me envolveu em seus braços, com toda a delicadeza que eu podia imaginar...

 

...


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