Caminho das Memórias escrita por Ainsworth


Capítulo 6
Conflitos – Parte Final


Notas iniciais do capítulo

Olaaaaaa. Eu sei, por favor não me matem, realmente demorei, temporada de provas na escola e outras coisas me fizeram ter que frear um pouco. Mas antes tarde do mais tarde não é mesmo? Hehe, eis então o sexto capítulo. Boa leitura ^^



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Conflitos – Parte Final        

Syaoran havia esquecido de Touya. De fato, fora avisado pelo mesmo de que tinham algo ainda a resolver. Pelo visto, Touya não esquecera nem por um momento. Naquele trajeto, não trocaram uma sequer palavra. Estavam numa avenida consideravelmente movimentada, mas em certo ponto da mesma, havia uma barraca de takoyaki, onde Touya estacionou próximo.

— Espera aí, isso é sério? – Perguntou Syaoran incrédulo.

— Sim. Desça logo para eu descer também – Ordenou o motociclista.           

Ainda duvidoso com a situação, Syaoran desceu da garupa e tirou o capacete.

— Tá, mas, por quê?

— Essa é a minha forma de me desculpar pelo ocorrido do último sábado – Explicou Touya enquanto se dirigia a barraca – Não vá ficar acostumado.

— Mas o que—

— Com licença, eu vou querer duas porções, por favor – Touya cortou o jovem chinês fazendo o pedido.           

Syaoran queria reclamar, mas percebeu que não adiantaria e se manteve em silêncio.           

Logo, o pedido estava servido, e ambos se deliciavam com um belo takoyaki. Touya parecia meio indiferente com aquela situação toda, mas Syaoran continuava incomodado. Sabia que aquilo não seria apenas um pedido de desculpas. Preparava-se para o que estava por vir.           

Entretanto, estava de certa forma impaciente, e Touya não aparentava que iria começar a falar logo, comia sua porção de takoyaki tranquilamente. Então Syaoran se sentiu na obrigação de iniciar a discussão.

— Okay, acho que já podemos começar a falar, não é? – Abordou Syaoran.

—Hum, o que? – Perguntou Touya enquanto mastigava.

— Me refiro ao motivo de estarmos aqui agora, acho louvável você querer se desculpar me alimentando, mas sei que não são só essas as suas intenções.

— Humm... Por acaso alguém já comentou sobre a sua incrível perspicácia? – Zombou.

— Sim, eu mesmo fico impressionado às vezes – Comprou a brincadeira.

— Haha... Certo pirralho, eu realmente tenho assuntos a tratar com você.

— Wow, por essa eu não esperava. Enfim, estou ouvindo.           

O ambiente em torno dos dois ficou mais tenso. Ambos se encaravam seriamente.

— Primeiramente, sobre o nosso embate. Você... Você não lutou de verdade, não foi?           

Syaoran levou um choque. Como Touya teria percebido? Acreditava ter se saído muito bem, mas parece que a atuação não levou a nada.

— M-mas... Do que você está falando?...

— Eu sei bem o que estou falando e o que eu vi naquele dia. Você não deu tudo de si em nenhum momento, não é? Por quê? – Touya agora aparentava estar irritado.

 - E-eu... N-não...           

Syaoran se viu encurralado. Não sabia o que falar. Não sabia a reação de Touya para o que pudesse falar. No entanto, optou por ser sincero, e arcar com as consequências.

— Sinceramente, eu não tinha intenções de machucar você de verdade. Eu sei que acabei me empolgando e fiz aquilo tudo. Mas... Se eu realmente estivesse sério, teria sido um pouco pior... Creio...           

Touya o encarava silenciosamente.

— Aquele último soco, mesmo se Tomoyo não o tivesse parado, você não iria me acertar não é?           

Syaoran novamente ficava espantado.

— Veja, eu também sou bem perspicaz, sabe?

— S-sim... – Foi tudo o que Syaoran conseguiu dizer.

— Por que você não estava sério?

— Eu venho de uma família bem tradicional. Desde pequeno venho treinando meu corpo e minha alma. Posso dizer que tenho certa experiência em combates. Não seria honroso investir essa habilidade em uma briga como aquela.

— Esse é o único motivo?           

Syaoran hesitou, mas sabia que não poderia esconder.

— E... E também porque você é o irmão de Sakura...           

Aquelas palavras serviam como resolução para o problema. Touya as ouviu e soltou um leve riso.

— Ha... Um colegial com pena de um universitário. Parece uma boa comédia – Disse Touya levando sua mão ao rosto – Certo pirralho, não posso dizer que não estou irritado com isso, mas digamos que posso entender seu lado.           

Syaoran agora respirava mais tranquilamente, porém sabia que aquela discussão não acabava ali.

— Pois bem, agora já podemos falar da questão principal. Você mesmo a citou.

— Sim...

— Estamos falando de Sakura. Antes do nosso confronto, eu lhe fiz uma pergunta, e você respondeu de um jeito confuso, mas que eu já esperava.           

Lembrando daquele momento, vieram a mente de Syaoran novamente aquelas palavras que disse.

— A sua resposta é mesmo aquela? – Perguntou Touya sério.

— Eu... Eu não sei – Respondeu Syaoran olhando para baixo.

— Hum... – Touya suspirou, e pôs-se a falar – Sakura sempre foi uma garota animada. Ela era muito nova quando nossa mãe morreu, então ela nem se lembra muito dela, e graças ao carinho e dedicação do papai, ela nunca sentiu muito a falta da mãe.           

Nesse momento as suspeitas de Syaoran se confirmaram. Sakura nunca havia mencionado sua mãe antes. Poderia ter sido divórcio, mas ao ver a foto de uma mulher muito bonita num porta-retratos na casa dos Kinomoto, tendia a fazer mais sentido o fato de que sua mãe morrera. Não queria parecer rude perguntando, então manteve sua dúvida para si.

— Ao contrário dela, eu fiquei muito abalado. Chorei por dias, e me fechei bastante – Continuou Touya – Mas, ao ver aquele sorriso no rosto daquela garotinha, que tão pequena mas já sem mãe, conseguindo sorrir alegre, me deu as energias que eu precisava. Eu decidi que iria a proteger de tudo e de todos, pois ela era o meu maior e mais precioso tesouro – Pausou – E de fato, assim eu fiz sem grandes problemas por muito tempo. Apesar dos garotos começarem a ter interesse nela, era fácil assustá-los, e Sakura também não parecia corresponder àqueles interesses. Foi assim por um bom tempo, até você aparecer – Olhou diretamente nos olhos do chinês.           

Syaoran estremeceu, era agora que começava a pauta principal.

— Foram poucas as vezes que Sakura teve que fazer um trabalho escolar com um garoto, e ainda menos o número de vezes que ela levou alguém para casa. Chuto que tenham sido zero vezes.           

A tensão aumentava, mas Syaoran não dava o braço a torcer, iria encarar o que viria de frente.

— Tanto naquele jantar quanto na sorveteria, vocês estavam conversando muito alegremente, não pareciam recém-conhecidos. Isso nunca havia acontecido antes, e me fez ficar extremamente irritado.           

Os dois se encaravam, quase que sem piscar.

— Mas entenda, eu não te chamei para uma briga por mero impulso, no fim eu acabei brigando de verdade e sai apanhando, mas eu tinha um objetivo por trás disso.           

Syaoran levantou uma sobrancelha. Objetivo? Qual?

— Para mim pouco importava quem ganhasse ou perdesse, apesar de eu ter perdido vergonhosamente, o que eu queira mesmo era medir sua força.

— Medir minha força? Para que? – Perguntou Syaoran incrédulo.

— Para saber se você consegue proteger Sakura – Concluiu.           

Syaoran não entendeu direito o que Touya dizia.

— Espera, você quer dizer—

— Veja bem – Cortou Touya – Aquela pergunta que lhe fiz, apesar da sua resposta confusa, pude compreender suas intenções. Eu não posso proteger a Sakura para sempre, logo estarei indo embora, e preciso de alguém que consiga designar essa função.

— O que você quer dizer com logo estará indo embora?

— Isso não lhe convém – Suspirou – A questão é, eu não estou lhe entregando minha irmã ou te forçando a algo. Meu objetivo é que Sakura encontre alguém em quem ela possa confiar, com que se sinta bem e protegida. Do que eu observei, infelizmente essa pessoa parece ser você.           

Uma veia saltou da testa de Syaoran. Infelizmente?

— Basicamente, eu não vou mais pegar tanto no seu pé. Vou deixar vocês dois caminharem no seu ritmo para decidirem o que irá acontecer aos dois. Afinal, você ainda não está certo sobre seus sentimentos, correto?

— S-sim – Respondeu Syaoran hesitante.

— Ótimo. Mas mesmo que descubra, nem pense em encostar na minha irmã antes de falar comigo, entendeu? – Advertiu Touya ranzinza.

— Claro, mas... Nós já não sabemos o que aconteceria se um embate entre nós acontecesse? – Syaoran o desafiou.

— Mas quem está falando em embate? – Retalhou Touya.           

É, surtiu efeito em Syaoran, que não revidou.

— Bom, acho que isso era tudo. Algo a acrescentar?           

Syaoran não precisou pensar muito.

— Eu gostaria que não me chamasse de “pirralho”. Me chame por Li, ou Syaoran se preferir.

— Pfff, até parece que iria te chamar por “Syaoran”. Humm... Garoto, talvez...?

— É sério? – Perguntou incrédulo.

— É o melhor que posso fazer – Respondeu dando de ombros.

— Tsc...

— Ei, mais respeito – Aplicou-lhe um tapa nas costas.

— Owh!

— Anda garoto, vou te deixar na sua casa – Se levantou, pagou, e dirigiu-se a sua moto.

— Ha, que cavalheiro.

— Não se acostume, isso não vai acontecer denovo – Disse jogando o capacete para Syaoran.

— Por mim, tudo bem – Pegou o capacete e subiu atrás de Touya.           

Acelerando, seguiram caminho em meio à noite já presente.

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Touya deixou Syaoran em frente a seu apartamento, e este observou enquanto o motociclista seguia rumo a sua casa.

— “Logo estarei indo embora”? Pra onde ele iria? – Pensava – Isso tudo foi bem confuso, mas ao menos parece que agora está tudo certo – Suspirou – É melhor entrar e tomar um banho.           

Enquanto Syaoran adentrava em seu apartamento, Touya retornava para casa pensando na conversa que tivera com o rapaz.

— É, garoto... Não cometa o mesmo erro que eu – Fitou o céu nublado – Kaho... Eu vou te achar, não importa onde esteja eu vou chegar até você.           

Acelerou.

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Os dias se passavam, e com eles também ia o outono, dando lugar ao inverno e toda sua glória. Ainda não nevava, mas a temperatura já estava bem amena, e os estudantes utilizavam seu uniforme de inverno. Essa época também era marcada pelos exames finais, tempo em que muitos ficavam aflitos e preocupados. Para Syaoran, não havia muito com o que se preocupar. Não tinha grandes problemas com nenhuma matéria, o que lhe facilitava muito a vida. Já para Sakura, a história era diferente. O leque de matérias que tinha dificuldades era consideravelmente extenso, e tais dificuldades não eram lá das menores.

— Aaaaaaaaaaaaah, não adianta! Eu não entendo! – Exclamou Sakura.           

Naquela tarde, Sakura e Syaoran haviam se reunido com Tomoyo na casa da mesma para estudarem. O objetivo real era na verdade ajudar Sakura com as dificuldades dela.

— Acalme-se, não é tão difícil assim – Aconselhou Syaoran.

— De fato, é só você prestar mais atenção em alguns pontos – Acrescentou Tomoyo.

— Eu sei, eu sei... Ah... Me desculpem por dar tanto trabalho a vocês...

— Não se preocupe com isso – Disse Syaoran sorrindo.

— Isso mesmo, não fique deprimida – Tomoyo se levantou - Vamos fazer uma pausa, eu vou pedir para nos trazerem algo para comermos – E se retirou da sala.

— Tomoyo sempre me ajudou com os estudos, devo muito a ela. Pelo menos, agora ela tem alguém para dividir esse fardo, hehe – Sorriu envergonhada.

— Não acho que ela se importe tanto assim, ela gosta muito de você.

— Haha, isso é bom, também gosto muito dela.

— Mas de qualquer forma, eu estou realmente impressionado com a casa dela.           

A residência da família Daidouji era digna do título de mansão. O jardim era incrivelmente grande, e a casa em si não ficava para trás, haviam muitos cômodos, e a sala de estudos que estavam utilizando era realmente espaçosa.

— Não é mesmo? Eu também a acho incrível. Mas Tomoyo às vezes se sente solitária por ela ser tão grande, além de que sua mãe fica muito tempo ausente por causa do trabalho.

— Hum, entendo. Isso explica porque ela é tão apegada a Sakura.           

Syaoran também se lembrou de sua casa, já que a residência em que se encontrava era quase ou mesmo tão grande quanto a sua própria. Mas suas irmãs sempre cuidavam para que não se sentisse solitário, o tempo todo o importunando.

— Pronto – Tomoyo regressava ao cômodo – Logo trarão alguma coisa para comermos e bebermos.

— Ai ai, eu mal posso esperar para essas provas acabarem – Sakura se debruçou na mesa.

— Acho que todos pensam assim. O que vocês vão fazer no período de recesso? – Perguntava Tomoyo.

— O mesmo de sempre – Respondia Sakura ainda de cara na mesa.

— Eu pretendo voltar a Hong Kong.

— É mesmo? Mas é tão pouco tempo...

— Realmente, mas eu preciso resolver alguns assuntos e falar com algumas pessoas. Não demorarei a voltar.

— Entendo.           

Nesse momento, uma empregada chegava trazendo doces e chá. Sakura rapidamente se recompôs para pegar um dos doces. Mas antes de mordê-lo, perguntou:

— Mas e você Tomoyo, o que vai fazer?

— Hummm, minha mãe conseguiu uma folga, então provavelmente vamos sair juntas – Disse sorrindo.

— AAAAAAA, isso é muito bom! Espero que se divirtam! – Vibrou Sakura.           

Syaoran obervava e sorria discretamente. Era clara a devoção que as duas tinham uma pela outra. Ficou feliz por isso.           

Após alguns doces com chá, voltariam a estudar para a tristeza de Sakura. Seus tutores não eram muito severos, mas não brincavam em serviço. E após muito esforço, houve considerável avanço no entendimento de Sakura sobre a matéria.

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Enfim chegava a semana das provas finais. Já estava bem frio, mas o clima mesmo era de tensão. Muitos estavam nervosos e apreensivos, mesmo que outros estivessem bem tranquilos com aquela atmosfera.           

Syaoran já havia chegado na sala de aula e agora aguardava em sua carteira. Olhava para o relógio. Sua filosofia era de que quanto mais rápido começasse, mais rápido terminaria. O problema era que por mais que os testes já estivessem perto de começar, Sakura ainda não havia chegado. Parecia irônico demais que ela fosse se atrasar justamente num dia como aquele.           

Para seu alívio, com menos de um minuto para tocar o sinal, a garota chegou correndo ofegante à sala de aula.

— Bom dia! – Exclamou entrando na sala de aula.           

Ao passar por Syaoran, este pode perceber não só o cansaço em Sakura como também a sua preocupação. De fato ela estava aflita com aquelas provas, ainda que houvesse estudado muito com o rapaz e sua melhor amiga.           

Querendo ajudar a amiga, Syaoran pensou em algo que poderia fazer. Não tinha muitas alternativas e o sinal acabava de tocar. Resolveu o que iria fazer. Se virou para trás na direção de Sakura que estava a algumas carteira atrás, e sussurrou:

Ei, Sakura.           

A garota mexia em sua bolsa e levou em leve susto ao ouvir seu nome, mas projetou sua atenção na direção do sussurro que lhe chamava.

Boa sorte — Disse Syaoran sorrindo e fazendo joia.           

Sakura rapidamente compreendeu, sorriu e retribuiu o gesto. Tomoyo, que sentava ao seu lado, percebendo a tranquilidade que invadiu a amiga, realizou que não precisava prover mais auxilio.

            - Okay, okay, espero que tenham estudado direito. Vamos começar agora os testes – O professor chegou à sala, e assim estava dada como iniciada a semana dos exames finais.

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— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, ACABOU! – Sakura debruçava-se mais uma vez sobre sua carteira.           

Era término do último dia da semana de provas. Finalmente aquele inferno havia acabado, trazendo paz e alegria para o coração de todos.

— Sim, acabou. Na verdade, eu nem achei tão difícil assim – Comentou Tomoyo pensativa.

— Você também achou? Não foi muito complicado mesmo – Dizia Syaoran.

— O QUE!? – Sakura saltou de sua carteira – COMO VOCÊS PODEM DIZER ISSO!?

— Err, desculpe Sakura, não era intenção nos esnobar ou algo assim.

— Cada um tem seu ritmo, foi mal.           

Ambos se desculpavam.

— Nah, tudo bem. Não tem porque eu ficar brava agora, finalmente estou liiiivreeeeee hahaha – Deu piruetas vibrando.

— Sim, agora o caminho está livre para o Natal – Tomoyo acompanhou a alegria da amiga sorrindo.           

Syaoran também estava alegre, mas não na mesma intensidade que as garotas.

— Hum, Natal, é? – Pensou, com o semblante um tanto sério.           

Sakura observou o garoto e cessou sua exaltação, aproximando-se perguntou:

— Mas e então, Syaoran, quando você vai partir para sua casa?

— Na verdade, ainda hoje.

— Nossa! Hoje!? – Espantou-se.

— Pois é.

— Você não quer mesmo perder tempo, não é Li? – Perguntou Tomoyo.

— Exatamente.

— Hum, entendo – Comentou uma Sakura aparentanto estar triste.

— Eu tenho que me apressar – Syaoran começou a arrumar seu material – Preciso terminar de ajeitar minhas coisas para pegar meu voo.

— AH!... Você quer que eu te acompanhe até o aeroporto... – Perguntou Sakura hesitante.           

Syaoran se surpreendeu com essa proposta, mas pensando rápido decidiu que não queria dar trabalho a garota.

— Ah, não precisa se preocupar, eu acho que me viro sozinho, muito obrigado.

— Ah... É mesmo?... – Ficou visivelmente desapontada – Bom, de qualquer forma, eu te mando uma mensagem.

— Certo. Bem, acho que é isso. Vejo vocês depois do Natal.

— Até mais, Li, boa viagem.

— Nos vemos em breve.           

Ambas se despediram com lindos sorrisos, privilégio que fez o chinês corar um pouco.

— Então, tchau – Acenou e seguiu para fora da sala.           

Ainda acenando, Sakura ficou cabisbaixa.

— Que pena que ele não aceitou a sua proposta – Comentou Tomoyo.

— Hã? Ah... S-sim...           

Tomoyo não pode evitar soltar um risinho.

— Não se preocupe, logo ele estará de volta – Confortou a amiga.           

Animando-se, ergueu a cabeça.

— É! – Exclamou Sakura, agora sorrindo.

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Syaoran olhava pela janela do avião. Haviam muitas nuvens, mas era possível ver um pouco daquele fim de tarde. Estava com o celular em mãos. Não conseguia segurar a ansiedade para receber a mensagem de Sakura.

— É. Talvez tivesse sido melhor ter aceitado a oferta dela – Pensava decepcionado consigo mesmo.           

Balançou a cabeça, não podia ficar se preocupando com aquilo agora. Havia assuntos mais importantes, e logo estaria os discutindo.           

Resolveu dormir um pouco, a viagem não era tão longa, mas um cochilo lhe faria bem. Não demorou muito, e logo dormia.

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De fato, o clã Li não tinha apenas um grande nome, tinha também uma grande casa. A propriedade era bem extensa, e a arquitetura tradicional e marcante. Há um ano Syaoran não voltava para casa. A questão que ficará por resolver, ainda não teve sua resolução, o que geraria problemas para Syaoran. Mas não havia tempo para temer, tinha de enfrentar a repressão de cabeça erguida.           

Chegando em casa, logo foi saudado por Wei, o mordomo:

— Oh, jovem mestre, há quanto tempo.

— Um ano, para ser mais exato, Wei. Também é muito bom vê-lo.

— Como tem estado? Tem se alimentado direito? Cobre a barriga quando vai dormir?

— Wei, eu já não sou mais essa criança que você cuidava. Eu cresci um pouco, sabe?

— Eu sei, jovem mestre. Apenas fico preocupado, você mora sozinho e bem longe da sua família. Me pergunto se você está bem assim.

— Eu consigo me virar Wei, pode relaxar. Eu quero dar um oi para o pessoal, pode me ajudar com as malas?

— Com certeza, jovem mestre.           

Assim os dois pegaram as poucas malas de Syaoran, este, é claro, pegando a mala mais pesada.           

Logo, chegavam ao hall principal da propriedade.

— Pode deixar aqui por enquanto, Wei.           

Nesse instante, Syaoran ouviu um barulho atrás de si, algo parecido com um guizo. Virou-se, e pode contemplar uma mulher alta e muito bonita, vestindo roupas tipicamente chinesas. Seu cabelo era comprido e assim como seus olhos, tinha a cor de um preto extremamente escuro, mas muito lindo. Encarando-a seriamente, disse:

— Estou em casa, mãe.

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Notas finais do capítulo

E é isso, enfim, tivemos a resolução dessa treta. Bem pacifica né? #Pas. Vamos esperar agora pra ver o que pega com a mãe do garoto Syaoran. Espero que tenham gostado. Até breve ^^



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