A Cafeteria. escrita por Smitchkoff


Capítulo 5
Capítulo 5.


Notas iniciais do capítulo

hey, espero que gostem e descupa as poucas palavras

e olhando aqui como eu sou temperamental né, um cap bate seis mil outros dois ifgjifjgijfdg



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A cafeteria

Capítulo


      五

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A consciência ia lhe tomando aos poucos, fazendo que recobrasse os sentidos mostrando que seu corpo estava pesado e imóvel, ainda assim sobre uma superfície macia, era confortável. Em um suspiro longo e alto os olhos castanhos abriram-se e fitaram um teto que era desconhecido por si. Piscou algumas vezes, sentindo-se um pouco fraca.

Deitou a face para o lado direito; uma cômoda e um pequeno armário amadeirado se encontravam ali. Supôs que estava em um quarto. Mas que quarto? Apoiou-se nos cotovelos devagar e foi levantando, afastou os pés colocando um a um para fora da cama, sentou-se. Em cima da pequena cômoda tinha uma garrafa de porcelana com um copo como tampa e um bilhete do lado; assim que acordar, beba-me.

E sem pensar duas vezes; derramou o conteúdo do frasco dentro do copo e o levou aos lábios em seguida. Sabia que primeiramente deveria saber a onde se encontrava e de que procedência vinha vinha aquele conteúdo, mas algo lhe dizia que estava tudo bem e que não precisava se preocupar, embora esse fosse um pequeno sentimento em um canto afastado de dentro do seu ser. Rin ainda não estava 100% acordada para realmente se dar ao trabalho de se manter atenta ou suspeitar de algo.

O liquido parecia ter acabado de ser feito, não fumegava, porém estava quente, ótimo para aquecer o corpo que já sentia o frio do dia, afinal o inverno já os presenteava com seus dias gelados. Ela murmurou em contentamento, sentindo cada cantinho do corpo retomar certo vigor.

Depois de tomar dois copos de seja lá o que aquilo fosse, resolveu sair da onde estava; passou as mãos pelos cabelos, apenas para ajeita-los se estivessem rebeldes e desgrenhados. Assim que se pôs de pé, viu em cima do que deveria ser uma mesinha para computador, suas malas, fechadas, vulgo suas malas com uma muda de roupas dobrada em cima. No entanto ao olhar para si mesma, vestia-se com um de seus conjuntos de pijamas de manga cumprida... Em que momento ela tinha se trocado?!

Abriu a porta finalmente, um lance de escadas mostrava a descida a sua frente em um caracol. Seguiu entrando em um corredor longo com varias portas, continuou andando. Agora mais desperta, ela conseguia sentir a aura tão conhecida que emanava do café. Enquanto descia o último lance de escadas foi se lembrando da despedida, dos amigos, do orfanato – agora deixado para trás – e de Sesshoumaru. Depois disso sua mente era um breu completo.

Quando pisou no chão de madeira da cafeteria, pode ver que o local estava abarrotado de gente, tanto dentro como ao lado de fora. Pode ver InuYasha saindo com algo grande em baixo do braço indo de encontro ao lobo daquela outra vez, não sabia seu nome. E bem, nem sequer sabia se ele era um lobo. Chacoalhou a cabeça.

Cumprimentou os seres que habitavam o espaço, uns comendo algumas coisas, outros bebendo e até mesmo lendo livros, tudo ali esbanjava uma aura graciosa e revigorante. Magia se espalhava por todos os cantos. Eles a cumprimentavam também, em seus mais diversos tons e formas. Rin sorria achando tudo aquilo divertido.

A porta vai e vem se abriu chamando a atenção de quem estivesse ali, Kagura – que estava atendendo no caixa - só havia notado a presença da menina naquele instante e nem pode lhe dirigir a palavra já que a menor de cabelos brancos passou a sua frente como um verdadeiro furacão.

— Não devia estar andando por ai! – Exclamou a platinada. – Se sente bem? Esta tonta?!

E com um estalar de dedos uma cadeira veio na direção de Rin, fazendo-a com que se sentasse sem que tivesse quaisquer objeções, Kana olhava atentamente as íris achocolatadas da garota a sua frente, encantada. Ela estava bem. Realmente Rin era um mistério.

— Estou bem Kana. – Assegurou. – É sério.

— Talvez um pouco de fome? – A morena anuiu.

Agora que ela mencionara, estava morta de fome, talvez até verde. Aquela sensação de que havia um buraco no espaço do estômago. Rapidamente uma mesa se colocou no espaço até então vazio a sua frente, e em cima da toalha pintada em mostarda pratos com pães recheados, e um copo com suco de morango apareceu, fazendo com que a jovem salivasse apenas com um estalar de dedos da albina. E sem hesitar começou a comer.

— Parece que alguém não come há séculos. – Encarou o hanyou de cabelos brancos adentrar o local atrás de si o moreno de olhos azuis enfático e intrigantes.

— Oh – A morena se lembrou de algo, voltando o olhar para Kana. – quanto tempo eu dormi?

— Um dia e meio. – Respondeu. - Achei até que seria um pouco mais, mas acho que o seu organismo conseguiu repor o que perdeu quando usou a magia de teleporte. – Explicou ela radiante não conseguindo reprimir a vontade de tocar os cabelos castanhos escuros da humana, Rin sorriu com o afago.

— Caixinha de pandora essa dai. – Zombou o outro. – Kouga, o que mais temos pra fazer agora?

— Descansar. – Murmurou enquanto seguia para dentro da cozinha.

— Mas é um fracote mesmo.

Rin pode ouvir a troca de ofensas dos dois até que as portas se fechassem por fim.

— Eles são sempre assim? – Ela riu.

— Sempre. – Ambas responderam.

Mais tarde naquele mesmo dia, já devidamente arrumada e limpa, Rin permitiu-se vasculhar sua nova moradia. Andou em volta da construção amadeirada e robusta, notando até os seus mínimos detalhes; como algumas gravuras nas madeiras, frases em outra língua que ela não entendia. Dedilhou e nesse pequeno toque conseguiu sentir que a construção não fora erguida humanamente como as outras que conhecia, era magia pura e palpável. Aquilo era... Incrível e só a instigava a caminhar pelas redondezas em busca de mais conhecimento sobre este novo lugar no qual habitaria.

O verde que percorria ao redor era vivo e brilhante, focos de luz flutuavam em todos os cantos e talvez, só talvez apenas ela pudesse os ver. Já que não eram pontos luminosos normais. Eram especiais, como tudo que se desenvolvia por ali.

Assim como ela própria.

Atrás da cafeteria tinha um imenso jardim, e estava do jeitinho que o vira pela ultima – e primeira – vez. Era encantador. Com flores chamativas, aquele arco com rosas em todas as partes. E olhando mais atentamente pode ver um pequeno pomar, fechado envolto em uma construção de vidro. Pressionou os lábios, saltitou no mesmo lugar. O que deveria ter ali? Plantas diferentes?! Certamente que sim, mas deveria ir até lá sozinha?

Não. Ponderou, seria melhor perguntar para as meninas primeiro se não teria problemas ou até mesmo Sesshoumaru...

Sesshoumaru...

Olhou para trás, a alguns quilômetros de distância estava o café e ela podia ver que a movimentação não cessava talvez esse fosse o dia mais agitado do lugar. Será que ela deveria ajuda-las?

Já passava do meio dia e seu tour pela propriedade já havia acabado. Não faria mal ocupar sua mente e ver como procediam no café.

Girou nos calcanhares, adentrou pela porta dos fundos e saiu atrás da bancada do caixa ao lado de Kagura ela lhe sorriu.

— Em que eu posso ser útil?

A mais velha ponderou. Olhou os meninos ao lado de fora, estavam encostados no batente da janela provavelmente a espera de uma próxima entrega.

— Ajude a Kana com as mesas. – E assim que ela terminou de falar um prato apareceu a sua frente; panquecas frescas com calda de maçã. – Mesa 10, é lá fora. – Orientou.

A morena anuiu pegando o prato nas mãos e encaminhando-se para ao lado de fora. Kagura riu de sua disposição apenas por aquele pequeno serviço. 

E a tarde transcorreu daquele mesmo jeitinho, em um determinado momento a platinada lhe entregou um uniforme, a qual ela mesma e Kagura também vestiam e que aos olhos da menor ficou magnifico na mais nova integrante do café.

Os clientes a receberam com carinho e até mesmo mais felizes do que normalmente eram, era notável aos olhos de todos. Talvez pelo pequeno fato de que pelo simples esforço que a menina a sua graça tomava conta de tudo facilmente.

Até ela por um dos clientes para dormir com um simples calmante em chá.

— Você vai conseguir canalizar isso quando começar a treinar. – A ruiva disse segurando a risada. – Não precisa se preocupar, ele precisava descansar mesmo, já já ele acorda.

— em falar em treinar. – Comentou ela seguindo a mais velha para de trás do balcão. – Onde esta o meu tutor?

A mulher mais velha segurou o riso notando o tom sarcástico que pontuou as falas de Rin ao fazer aquela pergunta.

— O nosso patrão não tem o costume de nos avisar para onde vai. – Tornou ela no mesmo tom que a menina. – Sendo assim nunca sabemos quando ele volta, geralmente ao fim da tarde. – Disse por fim dando de ombros.

— ele deve ter ido resolver algumas pendencias nas redondezas. – Interveio Kana. – Deve estar chegando.

Rin apenas assentiu debruçando-se na bancada, observando atentamente a movimentação do local.

— Por que um café?

Ela indagou. Afinal, era um pouco anormal aquela abordagem, não que atender clientes no mínimo não-humanos fosse de um todo normal, mas eles eram seres espirituais o que faziam ali tomando um chá e comento croissant?

“O café é um lugar para que os espíritos possam descansar, não somente simples comidas dispostas para eles, mas sim uma magia para que eles fiquem revigorados para que possam retomar seus devidos trabalhos, entende? Assim como os humanos buscam espairecer, aqui eles tem um pouco desse prazer, atrás das comidas banhadas em magia que fazemos” Respondeu Kagura enquanto recebia o pagamento de um dos espíritos.

“Há também, um pouco mais longe daqui, na verdade bem longe, uma casa de banho que também fornece essa mesma finalidade, porém com águas termais.” Acrescentou Kana.

Rin não poderia estar ainda mais encantada com tais informações.

Ela finalmente estava inserida no mundo magico que tanto ouviu falar por ai. Realmente existia e fazia parte dele. O coração estava agitado na caixa torácica ainda mais quando sentiu aquela aura tão conhecida por si se fazer presente. Não ali dentro, mas conseguiu sentir, ele já devia estar nos limites da propriedade.

Sem que pensasse direito ela correu, passando com agilidade entre as mesas e os seres que transitavam por ali, seguindo em direção à presença que chamava a sua atenção e que dês de que acordara queria presenciar.  

Sesshoumaru como se já soubesse o que aconteceria parou de andar, esperando em meio a mata que dava entrada ao lugar onde morava, sentia a presença borbulhante de Rin contagiando cada ramo e folha que estava por ali. E sem precisar esperar mais a menina apareceu, esbaforida, maçãs do rosto pintadas em vermelho pela breve corrida o Youkai limitou-se a apenas acenar com a cabeça e ela sorriu se aproximando mais.

— Como foi seu dia senhor Sesshoumaru? – Perguntou erguendo a cabeça para lhe encarar nos olhos dourados e penetrantes e ele não pode deixar de notar que o sorriso não dava sinais de desaparecer de seu rosto.

Agachou-se para poder ficar da mesma altura que a menina sorridente a sua frente, perguntando-se o motivo de tanta felicidade, Rin esbanjava alegria no mínimo movimento que fosse os olhos achocolatados lhe encarando no que poderia ser um encanto sem precedentes.

— Foi bem. – Deu-lhe a resposta que esta aguardava. – E o seu?

Ah, e essa pergunta Rin respondeu nos mínimos detalhes, falando dês de a ajuda que dera as meninas no café ao uniforme que vestia – fazendo questão de rodopiar -, não se esquecendo de comentar que havia feito um cliente adormecer sobre a mesa e seu rosto ter ficado cheio de glace já que havia deitado sobre o pedaço de bolo que comia, ela ria sozinha se lembrando da cena. E Sesshoumaru não parecia se importar com seu falatório, não que não estivesse a ouvindo, não, apenas notou mais uma vez que das poucas pessoas que mantinha certo contato e proximidade Rin era a única que conseguia prender sua atenção sem que ele quisesse distância nas primeiras duas frases.

— Um dia agitado pelo que vejo. – Pontuou ele encarando o semblante enérgico da menina.

— Sim. – Exclamou. – Muito. Foi bem divertido. O Youkai anuiu notando que já estavam bem perto das portas do local de trabalho.

— Que bom que gostou. Amanhã tomaremos café cedo e começaremos seus ensinamentos. – Rin virou-se os olhos brilhavam de ansiedade. – Mostrarei a biblioteca e os livros que vai precisar usar neste primeiro momento.

— Certo. – Ela juntou os punhos com convicção. – Espero que possamos aprender muito juntos senhor Sesshoumaru.

E o mago de cabelos brancos a olhou novamente, talvez impressionado pela sua força de vontade, as mãos lhe afagaram os cabelos negros. A humana possuía determinação inegável e poderia até querer omitir o fato, mas Sesshoumaru também ansiava poder conhecê-la melhor bem como falar com ela como todos naquele café e não apenas monólogos chatos e sem novidades – esse ponto tratando-se apenas dele mesmo. Uma parte sua gostaria de até de se parecer com ela...

— Eu também Rin. - E suspirando levemente seguiu ao seu lado para dentro daquela construção que agora partilhariam.


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Notas finais do capítulo

tinha coisas que eu não achava que ficaria legal por aqui ou talvez eu só estivesse muito ansiosa pra att ou até mesmo com preguiça de acrescentar mais conteúdo, mas a verdade mesmo é que eu quero deixar vocês ansiosos kk

bjinhos até mais



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