Heart and Soldier escrita por Sapphirah


Capítulo 5
Capítulo 5 - Vilarejo




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Os três respiram aliviados ao perceber que o monstro havia ido embora e saíram de dentro da floresta.

Frisk: Essa foi por pouco.

Vendedor: Meus gentilvetes se foram...

Frisk: Me desculpe por isso, se eu puder compensar...

Vendedor: ... Tudo bem, eu dou um jeito... obrigado por salvar minha vida.

O vendedor saiu dali e foi até onde seu carrinho foi abandonado, permanecendo o esqueleto alto e Frisk no mesmo local.

Papyrus: Então... Eu também agradeço por ter me ajudado a escapar daquela fera. Me desculpe mas eu não te reconheço... Meu nome é Papyrus.

Ele estende a mão para cumprimentá-la e Frisk olha gentilmente para ele, cumprimentando de volta.

Frisk: Por nada. Eu sou...

Sans: Achei vocês.

Sans avistou os dois e ficou surpreso ao ver ambos se cumprimentando, eles soltaram a mão e Frisk percebeu que Papyrus era o irmão dele, surpresa.

Papyrus: Olá Sans, esse cara aqui salvou minha pele alguns minutos atrás.

Sans: É, parece que você gostou da humana.

Após a resposta de Sans, Frisk e Papyrus se encararam, ele ficou notavelmente perplexo e ela começou a suar frio, sem saber o que falar, ela estava xingando Sans internamente por ter entregado-a.

Papyrus: ...UMA HUMANA?

Papyrus deu um pulo atrás e se virou, inspirando tão alto que ela podia ouví-lo, então ele se virou e olhou fixamente para ela com um olhar destemido.

Papyrus: Humana, você não passará dessa linha! Eu, o Grande Papyrus devo capturá-la e levá-la até Undyne. Quando ela ver que eu capturei um humano, eu finalmente serei reconhecido como membro da Guarda Real.

Papyrus estava sonhando alto com o título de soldado que posou nobremente, enquanto Frisk encarou ambos e lançou um mau olhado em Sans, com raiva pelo que ele fez, no entanto, Sans estava sorrindo indiferentemente para ela. Não demorou muito para Papyrus olhar novamente para Frisk e tirar um par de algemas, sabe-se lá de onde ele tirou isso. Frisk olhou para as algemas, espantada.

Frisk: Você... vai me prender?

Papyrus: Como eu disse antes, você ficará sob meus cuidados até Undyne chegar.

Ele se aproximou para colocar as algemas, porém Frisk estava recuando, com medo do que ele iria fazer. Ela não deveria estar presa, ela tinha que achar aquela fera. Papyrus não entendeu porque ela estava recuando e insistiu.

Papyrus: Humana, devo-lhe dizer que fique parada, assim não vou conseguir colocar no seu punho.

Frisk parou e olhou confusa. Normalmente as algemas servem para colocar nos dois, porém parece que Papyrus conhecia seu uso de outro jeito. Ele pegou um dos braços dela e colocou uma algema, do outro lado, Papyrus colocou a algema em seu outro braço. Papyrus havia prendido-a junto com ele, até mesmo Sans olhou confuso.

Sans: Eh... Por que isso, mano?

Papyrus: Se os outros membros da guarda real vissem a humana, eles iam capturá-la, mas enquanto estiver presa comigo, eles vão saber que fui eu quem a capturei.

Frisk olhou pra Papyrus, surpresa, pela cena em que se encontrava, ela não deixou de achar engraçado. A ideia dele era mesmo genial, porém ela esperava que ele se desfizesse das algemas logo quando chegarem ao vilarejo.

Sans: Bem... boa sorte mano.

Papyrus: Certo, vamos andando humana.

Ele começou a andar e Frisk se sentiu puxada pela outra parte das algemas, ele andava a passos largos e ela tinha que avançar um passo a mais para acompanhá-lo. Ela não gostou nem um pouco da ideia de ficar presa enquanto andavam até o vilarejo. Frisk não parava de culpar Sans por ter revelado que ela era humana e ela olhou para trás, revoltada, esperando que ele fizesse algo. Sans apenas observou os dois, sorrindo.

Sans: Heh... Fica fria.

Ela se virou para continuar seu caminho junto com Papyrus, emburrada. Em frente ficava a vista do vilarejo de Nevada, porém o que a preocupava mais do que ser capturada era como derrotar aquele cão gigante. Após vários passos dados, eles chegaram até Nevada. Haviam casas de madeira enfeitadas com luzes coloridas, uma biblioteca e um bar, e no meio da cidade havia uma grande árvore enfeitada, o vilarejo estava em clima de Natal. Frisk viu o vilarejo enfeitado e se admirou.

Frisk: Não imaginei que os monstros comemorassem o Natal...

Papyrus: Ahn? Natal? Eu ouvi dizer que na noite de Natal, um velhinho barbudo vestido de vermelho aparece pela chaminé e entrega presentes para quem foi bonzinho esse ano. Eu estava com o nome dele na ponta da língua, mesmo não tendo uma... Você sabia disso?

Frisk ficou surpresa ao ouvir sua explicação tão detalhada e verídica de como era o Natal, também sendo igualmente para os humanos. Embora Frisk soubesse de vários significados do Natal, esse era o mais conhecido e Frisk olhou-o, surpresa.

Frisk: Incrível! Nós também comemoramos o Natal assim. Mas na verdade, ao invés de esperarmos pelo velhinho, nós damos os presentes para aqueles que nós amamos, como nossos familiares por exemplo.

Papyrus: Wowie! Então quando eu for à superfície, eu terei que dar um presente ao meu irmão no Natal?

Frisk: Diria que sim.

Ela viu Papyrus pensando alto sobre qual presente ele iria sar pro seu irmão. Frisk não esperava que desmitificando sobre o bom velhinho, Papyrus não teria se importado e perguntado se ele existia ou não. Minutos depois, um grupo de cães saiu de um bar e eles começaram a perguntar os cidadãos, um deles foi ao encontro de Papyrus e ele viu Frisk algemada com ele.

Doggo: Ei Papyrus, você capturou um humano?

Papyrus: Sim, vejam-a, eu irei levá-la até Undyne.

Doggo: Ao menos uma notícia boa.

Frisk: “Como assim ao menos uma notícia boa?”

Doggo estendeu uma folha para Frisk e Papyrus verem, havia uma foto de um cachorro soldado com uma lança, rosto amigável, e abaixo estava escrito:

“Nome: Dogão;”

“Altura: 2,5 m;”

“Gosta de: Receber carinho e petiscos de amigos e estranhos;”

Papyrus: Porque Dogão está na foto?

Doggo: Ele desapareceu hoje de manhã, ontem ele estava indo para sua toca e combinamos de virmos aqui para o almoço, mas quando fomos buscá-lo, não o encontramos lá, sua casa estava destruída.

Ambos ficaram assustados, Frisk rapidamente leu suas características e tentou reconhecer quem ele era, ela parecia tê-lo visto em algum lugar. Logo, ela pensou que poderia ser aquela besta com quem havia se deparado antes. Papyrus falou com Doggo, resoluto.

Papyrus: Não se preocupe, o Grande Papyrus irá ajudar nesse caso, irei deixar a humana em um local seguro e irei procurá-lo.

Frisk: Espere, eu não posso ficar presa, deixe-me te ajudar.

Papyrus: Desculpe-me humana, mas é meu dever levá-la até Undyne, não posso deixá-la livre. Diga aos outros que irei ajudar assim que puder.

Doggo: Certo. Por favor, nos avise quando o encontrar, estaremos ao lado do Grillby’s.

Frisk estava tensa, ela não podia mais perder tempo e Papyrus insistia em mantê-la presa. Ambos andaram até verem duas casas, uma era de dois andares, enfeitada com uma guirlanda e luzes de natal e a outra era uma casa menor, feita de madeira e com uma porta sem maçaneta. Papyrus conseguiu abrir a porta e ambos entraram ali. Havia duas barras de madeira de distância larga, duas vasilhas de cachorro e um colchão velho. Papyrus pegou uma chave e desatou as algemas de ambos. Enquanto andava até a porta, Frisk estava andando atrás dele quando Papyrus a interrompeu.

Papyrus: Sinto muito humana, mas você tem que ficar aqui até Undyne chegar, irei chamá-la o quanto antes. Você não terá que esperar tanto enquanto eu for procurar o Dogão.

Ele abriu a porta com a maçaneta de dentro e saiu fechando a porta, deixando-a ali. Frisk não podia ficar ali, ela tinha que sair, ela tinha que encontrar aquela fera e fazê-lo voltar ao normal. Nervosa, ela pensou em algum modo de sair. Ela ficou encarando a porta e percebeu que não havia fechadura para trancar a porta, além disso, diferente da porta de fora, a porta de dentro tinha uma maçaneta. Aquilo fazia sentido, pois Papyrus tinha que sair de algum jeito. Ela esperou alguns minutos até ter certeza de que ele estava fora de vista. Ela abriu a porta e viu que ele não estava mais por perto. Frisk saiu e foi andando até a saída do vilarejo, ali tinha uma névoa densa que dificultava a visão de quem passava. No fundo ela viu uma silhueta familiar que notou a presença dela, ele se virou para olhar quem havia chegado.

Papyrus: Quem está aí? Humana?

Frisk se viu numa emboscada, ela não fazia ideia de como voltar, e vendo que ele havia notado-a, ela decidiu usar sua coragem para não ser capturada de novo.

Frisk: Sim, eu quero te ajudar a procurar seu amigo.

Papyrus ouviu sua resposta surpreso, ele não considerava Dogão seu amigo de verdade, porém ao vê-la disposta a ajudá-lo, ele viu a coragem e bondade que ela tinha mesmo depois de ser capturada por ele.

Papyrus: S-sério? Você faria isso por mim?

Frisk respondeu afirmativamente, ele ficou emocionado e começou a considerar sua amizade por ela. Depois de alguns segundos, Frisk começou a estranhar a situação, ela não ouviu resposta alguma dele até ouvi-lo.

Papyrus: Humana, permita-me explicar alguns sentimentos complexos, sentimentos como... a alegria de conhecer alguém que me salvou de uma fera, a emoção de aprender sobre o significado do Natal e de estar disposta a me ajudar mesmo depois de eu ter te deixado. Depois disso acabar, eu te convido até minha casa, podemos assistir meu seriado favorito e comer espaguete, o que você acha?

Ela viu que estava dando certo, Papyrus realmente desistiu de capturá-la novamente e estavam se tornando amigos, ela aceitou novamente seu convite com empolgação, porém ele se virou e pensou que fez algo errado.

Papyrus: Espere, eu não posso fazer isso, eu tenho que capturar você e entregá-la a Guarda Real, só assim serei reconhecido e popular... *Ahem* Prepare-se humana, prove que poderá passar contra mim.

Ao ouvir isso, ela fica desapontada, parece que ele desistiu da ideia e ela não tinha intenção de lutar contra ele.

Frisk: Olha, não tenho tempo pra isso...

Papyrus: Então você se rende?

Vendo que não tinha outra escolha, Frisk suspirou alto e se aproximou para ser algemada outra vez, porém Frisk viu uma sombra escura atrás de Papyrus e o nevoeiro começou a se dissipar, Frisk olha aterrorizada para ambos, a fera novamente havia aparecido e estava bem atrás de Papyrus, que olhou confuso diante da reação dela.

Papyrus: Ué, está com medo? Não se preocupe, eu não vou te machucar... Eu acho...

Logo ele sente uma respiração pesada atrás do crânio dele, deixando-o nada confortável com a situação. Lentamente ele se vira e vê a besta levantando seu machado contra ele. Antes que ele atingisse-o, Frisk rapidamente empurrou-o para o lado, ambos caindo no chão. Frisk se levantou rapidamente, decidida a atrair a atenção da fera e avisou Papyrus.

Frisk: Recue todos, eu lido com ele.

Papyrus: Mas... Você vai lutar sozinha?

Frisk: Eu darei um jeito.

A besta novamente se aproximou e agitou seu machado contra eles, ambos se desviaram do movimento, separando-os. Frisk se aproveitou para distraí-lo e guiá-lo para dentro da floresta, enquanto Papyrus correu de volta pelo caminho oposto, logo ele notou o que estava fazendo e ele parou, olhando para trás, Frisk estava correndo para longe e ele não sabia o que fazer, ao mesmo tempo em que estava com medo, ele não deixou de se importar com ela.

Papyrus: O que estou fazendo? Como eu vou entrar pra Guarda Real se estou fugindo?

Ele olhou para si mesmo e relembrou de seu treinamento duro com sua instrutora Undyne, ele pensou que seu propósito era apenas capturar humanos, mas logo ele entendeu que não era apenas isso. Reunindo sua coragem, ele decidiu ajudá-la, ele invocou um osso largo servindo como espada e levantou para cima.

Papyrus: O Grande Papyrus irá ajudar a deter essa fera.

Ele decidiu correr atrás dos dois, enquanto isso, mais alguém havia aparecido atrás das árvores, ele havia observado a situação e estava seguindo-os secretamente.


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