Heart and Soldier escrita por Sapphirah


Capítulo 4
Capítulo 4 - Nevada




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Após deixar as ruínas, Frisk estava em uma pista cercada de árvores e neve no chão, estava muito frio e Frisk segurou seus braços tentando aquecê-los, não era agradável estar lá, mas ela tinha que continuar andando. Aos poucos ela estava sentindo um frio na espinha enquanto andava, ela jurava sentir que alguém estava seguindo-a. A cada passo, a tensão aumentava. Logo ela ouviu um galho se quebrar, isso a deixou mais tensa ainda e ela sentiu vontade de olhar para trás, mas ela se lembrou da promessa que fez a Toriel. Desesperada, Frisk acelerou o passo e logo a frente ela encontrou uma ponte de madeira que cruzava um abismo, a madeira da ponte parecia frágil. Frisk parou e estava tensa de ter que atravessar. Ela ouviu passos se aproximando de trás dela lentamente, ela estava congelada de medo até que ele parou e sussurrou para ela.

“Humano... Você não sabe cumprimentar um amigo? Se vire e aperte minha mão.”

Aquilo só podia ser brincadeira, ela pensou estar prestes a morrer ali. Sem escolha, ela se virou lentamente, fechando os olhos e apertou a mão, nisso saiu um barulho totalmente excêntrico de um peido. Ela abriu os olhos em estado de choque e viu um esqueleto do mesmo tamanho dela, vestindo um casaco azul, shorts preto e pantufas rosas, algo bem incomum para um monstro, ele estava sorrindo.

?: Hehe, a velha pegadinha da almofada de pum na mão... sempre funciona.

Frisk não sabia qual expressão esboçar, ela demorou a entender o que estava acontecendo.

Frisk: “Eu deveria rir ou terminar de morrer?”

Ele nem parecia se importar com a reação dela e se apresentou.

Sans: Eu sou Sans, o esqueleto. Você é humana não é? Legal.

Frisk: “O que ele quer dizer com “legal”...?”

Ela parou e olhou para ele, confusa, ele sabia que ela era humana, porém ele não tinha intenção de fazer nada. Um silêncio predomina por alguns segundos.

Sans: ... Eu não me importo em caçar humanos, mas meu irmão é um caça humanos fanático, por falar nele, acho que ele vem vindo aí.

Após ouvir isso, Frisk virou a cabeça freneticamente, procurando pelo seu irmão, perplexa.

Sans: Pode passar nessa ponte, meu irmão fez as barras largas demais... Você não vai andar?

Sans resolveu empurrar Frisk, pois ela não se mexia, de alguma forma isso deu um alívio a ela. Os dois atravessaram a ponte e chegaram do outro lado e ela se deparou com um abajur esquisito.

Sans: Agora se esconde atrás desse abajur, ele nem vai notar.

Frisk olhou pro abajur moldado de um jeito estranho que lembrava um humano, mas quem teve a ideia de fazer um abajur desses? Ela correu e se escondeu rapidamente, a neve estava congelando seu corpo e Frisk esperava que isso acabasse logo. Ela ouviu passos rápidos chegando e uma voz energética falando com o esqueleto.

?: SANS! Já faz horas e você ainda não calibrou nada! O que está fazendo?

Sans: To dando uma olhada nesse abajur, não é legal?

?: NÃO! Eu não tenho tempo pra suas brincadeiras! Eu tenho que estar pronto pra quando o humano chegar! Quando eu o capturar eu serei reconhecido e popular!

Sans: ... Acho que esse abajur deve te ajudar.

?: SANS! Isso não tem graça!

Frisk mal estava acreditando no que ouvia, resmungando internamente, Sans estava praticamente entregando-a, mas ela parecia mais convencida em ver seu irmão não dando ouvidos à ele, quem iria acreditar que um humano estava atrás de um abajur como esse? Frisk sentiu seu corpo congelando e começou a tremer junto com o abajur, de alguma forma isso chamou a atenção dos dois.

?: Sans...?

Sans: Hm?

?: Porque o abajur está tremendo?

Sans: ...Deve estar com calafrio.

Ao ouvir que eles notaram o abajur, ela parou assustada e se segurou mais, evitando tremer, a essa altura eles não estavam mais olhando-a.

?: Certo... Enquanto isso Sans, espero que me ajude a terminar tudo e pare de preguiça.

Sans: Sabe por que a preguiça é o melhor pecado? Porque ela te impede de cometer os outros seis.

?: ... ISSO NÃO É DESCULPA! ... Puxa, porque eu tenho que me esforçar tanto pra ser reconhecido?

Sans: Sabe... Você está trabalhando muito... Até os ossos.

?: ... Argh, é bom que você seja um pouco mais... Osso duro! NYEHHEHEHEH...

Ela ouviu o irmão dele sair rindo, ansioso pela chegada do novo humano, ela suspirou aliviada de ver que já terminaram e saiu dali, tremendo de frio e desapontada.

Sans: Ah, você estava com frio? Foi mal. Vou te passar esse cachecol, eu não uso.

Ele anda até a barraca próxima e pega um cachecol guardado, ele entrega para Frisk e ela arruma o cachecol em seu pescoço.

Sans: Alguém deve ter deixado aqui e não voltou pra buscar. E você viu? Meu mano não é tão assustador assim.

Frisk: Bem, obrigada pela ajuda, eu vou andando.

Sans: Aqui... Posso te pedir um favor? Meu irmão anda muito pra baixo ultimamente, ele sempre quis encontrar um humano, será que você pode fazer esse favor para mim?

Frisk se vira encarando-o, sem ideia do que fazer para ajudar, esse plano não parecia ser seguro e confiável para ela.

Frisk: Mas, se eu acabar sendo capturada...

Sans: Preocupa não, vou vigiar vocês, e como eu falei, ele não é assustador.

Frisk: Tá...

Sans: Ótimo, te vejo por aí.

Ele pega outro caminho e Frisk ficou parada ali sem entender, aconteceu tudo muito rápido. Ela suspirou e observou o lugar, de fato, neve debaixo da terra é novidade, ainda mais porque o céu parecia claro e coberto de nuvens, parecendo uma ilusão. Frisk começou a andar por um tempo e adiante, ela viu uma caverna. Ela decidiu entrar e descansar um pouco antes de encontrar algum vilarejo por perto. Lá ela se deparou com uma pedra entalhada com escritas que não se podia entender, ela tocou a pedra e percebeu seu emblema brilhar, reagindo, sua luz alcançou as palavras escritas nas paredes e ela revelou-as, dando para ler o que estava escrito.

“Os guardiões que detém o poder do ser supremo: Bondade, Bravura, Integridade, Perseverança, Paciência, Justiça e Determinação.”

Havia figuras de emblemas das diferentes almas, cada um com uma forma diferente, Frisk reconheceu um: o seu. Abaixo estava o seu nome: Determinação. Ela tocou na figura do seu emblema na pedra e repentinamente todos os brasões entalhados na pedra brilharam, cada um em uma cor diferente, a caverna se iluminou, transformando-se em um local diferente e Frisk ouviu uma voz sussurrando para ela.

“Bondade: o poder da aliança, possui o poder de curar seus aliados.”

“Bravura: o poder da força, capaz de afligir golpes poderosos.”

“Integridade: o poder intato, seus inimigos serão atordoados com seus movimentos.”

“Perseverança: o poder psíquico, capaz de confundir os fortes e controlar os mais fracos.”

“Paciência: o poder defensor, o escudo das almas que resiste aos golpes mais fortes.”

“Justiça: o poder destruidor, destrói os impuros sob seu julgamento.”

“Determinação: o poder da união, quem detém esse poder pode subjugar o poder das trevas.”

“Você deve evocar os guardiões para lutarem ao seu lado, com eles você poderá quebrar a barreira que selam os monstros, cada alma de cada guardião se encontra adormecida neste lugar, sinta o poder em você, e saberá quando evocá-las, somente unidos a barreira se quebrará e a profecia se cumprirá.”

Frisk: Mas que profecia...?

“Após a guerra, Deus prometeu um novo escolhido: Aquele que descerá do céu despertará e chamará seus aliados. Juntos, eles libertarão todos os monstros. A herança que ele carrega será a chave para criar uma aliança de harmonia entre monstros e humanos.”

Logo depois, ela sente uma magia nova e um calor em seu peito, aos poucos ela sentiu a mesma sensação se apagar e tudo foi se dissipando até se tornar escuro novamente. Haviam muitas duvidas na cabeça dela e Frisk entendeu que deveria procurar os guardiões, mas não fazia ideia por onde começar a procurar, ela saiu da caverna e continuou andando, temendo saber o que ela iria encontrar.
                No meio do caminho ela encontra um vendedor com um carrinho de sorvetes, era outro monstro com orelhas de coelho e tinha a pelagem azul, estava tirando um cochilo, aparentemente ele não recebia muitos clientes em seu negócio. Havia uma placa em sua blusa, escrita “Garoto dos Gentilvetes” Ele percebeu-a chegando e sorriu alegremente para ela, levantando as orelhas.

Vendedor: Ah, um cliente! Você está interessado nos meus gentilvetes? Por favor, compre um.

Frisk pensou um pouco antes de comprar, ela não estava com fome desde que comeu o pedaço de torta da Toriel, porém, percebendo que a torta estava deliciosa, ela estava interessada em saber se as comidas daqui eram realmente gostosas igual à comida dos humanos. Quando ela olha nos bolsos algum dinheiro para comprar, ela ouviu um barulho alto e o chão voltou a tremer novamente, Frisk reconheceu o que isso queria dizer.

Frisk: Essa não...

O vendedor se assustou ao notar o terremoto e ambos viram um novo monstro sombrio aparecer, dessa vez, ele tinha a forma canina, olhos brilhantes e malévolos e estava totalmente escuro, impossível reconhecer quem era. Ele era mais alto que o carrinho de sorvetes do vendedor e a fera vestia uma armadura escura e segurava um machado. Ele rosnou ao olhar Frisk e o vendedor assustado começou a fugir com o carrinho, gritando por ajuda. Frisk não se sentia pronta para lutar e olhou para onde o vendedor correu, decidindo fugir também. O cão começou a segui-la a passos pesados. Frisk rapidamente alcançou o vendedor correndo e o passa.

Vendedor: EI! NÃO ME DEIXE AQUI!

Frisk: Larga seu carrinho e vem rápido!

Frisk puxou o vendedor e ele deixou derrubar o carrinho de sorvetes para trás. Ambos continuaram correndo e o cão continuava seguindo-os. Adiante eles viram mais alguém, era outro esqueleto alto que vestia uma armadura colorida, ele percebeu os dois correndo e se sentiu intrigado.

?:  Ei... Por que estão correndo?

Eles continuaram correndo e passaram dele. O esqueleto olhou para ver quem estava perseguindo-os, ele logo evocou dois ossos longos e ele usou-os como espada.

Papyrus: Eu não irei permitir que você machuque eles, O Grande Papyrus está aqui para defendê-los!

Ele notou o monstro sombrio se aproximar dele e a cada passo, ele percebeu que o monstro era bem maior do que ele. Papyrus olhou assustado para a fera e decidiu fugir dele até alcançar ambos de volta.

Papyrus: ESPEREM POR MIM!

Com a intensa névoa que se espalhava pelos cantos, Frisk conseguiu avistar uma chance de despistar a fera, no meio da floresta ela puxou os dois e eles se esconderam atrás das árvores. O cão não conseguiu avistá-los por causa da neblina e desistiu de procura-los, seguindo outro caminho.


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