Heart and Soldier escrita por Sapphirah


Capítulo 17
Capítulo 17 - Verdade




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Minutos antes, Undyne, Papyrus e Mettaton, já transformados, eles entraram pela porta principal e viram os monstros vasculhando todo o hotel até eles percebem a presença dos guardiões. Flowey começou a encarar todos eles até perceber Papyrus olhando para a flor, surpreso, como se o conhecesse.

Papyrus: Flowey?

Ele sorriu de volta e os monstros se viraram para eles, parando de fazer o que estavam fazendo. Undyne e Mettaton olharam-os, surpresos.

Flowey: Howdy! Quanto tempo que não nos vemos...

Undyne: Você o conhece?

Papyrus: Mas é claro! Ele me ajudou toda vez que nos vemos na Cachoeira...

Undyne: O que? Achei que você estava falando das flores ecoantes que te animavam.

Flowey: Eu não sou uma flor ecoante!

Papyrus: Então, o que está fazendo aqui?

Flowey: Estou procurando pela humana, eu soube que ela estaria aqui.

Mettaton: Então foi você quem expulsou todo mundo desse lugar?

Flowey: Do que você está falando? Eles se assustaram porque nunca viram meus amigos.

Undyne não estava nem um pouco contente de perceber o que estava acontecendo, ela percebeu que Flowey era uma ameaça e iria convencer Papyrus a não ser enganado.

Undyne: Papyrus! Me escute, Flowey é mau! Ele não é uma boa pessoa.

Papyrus: O que?

Flowey: ... Então vai ser assim? Quem você vai escutar? Eu ou eles?

Papyrus: Eu não entendo...

Undyne: Acredite em mim Papyrus! Estou falando a verdade!

Papyrus estava confuso, ele nunca viu Flowey sendo mau, ele sempre demonstrou ser um bom amigo conselheiro e que nunca causaria dano em alguém. Ele não queria acreditar em Undyne, por mais que ela fosse sua melhor amiga. Flowey, vendo que ele não se decidia, decidiu se aproveitar da situação para manipulá-lo.

Flowey: Há! Ela diz que você pode confiar nela, não é? Mas... Você já se perguntou por que ela não deixou você entrar na Guarda Real até agora?

Undyne olhou perplexa para a flor, não esperando que ele soubesse a real razão na qual ela não deixou Papyrus entrar. Por outro lado, ele ficou curioso em saber a verdade.

Flowey: Se eu me lembro bem... Ela disse que você é gentil demais para entrar, claro! Uma criatura tão inocente, pura e... tola como você nunca entraria na Guarda Real!

Ele não estava acreditando no que acabou de ouvir. Aquilo era um absurdo, Papyrus tinha certeza de que Undyne nunca diria algo assim. Era isso que ele pensava até ele ver a expressão dela, Undyne abaixou a cabeça, agoniada, ela não soube como Flowey conseguiu descobrir aquilo, a única que sabia disso era Frisk, e ela não acreditava que Frisk teria contado a ele.

Papyrus: ... Undyne?

Undyne: Me desculpe...

Flowey riu maliciosamente, vendo que conseguiu atingir seu objetivo. Papyrus começou a ter desgosto dela ao saber a verdade de Flowey. Ele começou a se sentir muito mal.

Papyrus: ... Por que você disse isso? Você não acredita em mim, não é?

Flowey: Vê agora? Por que ela deixaria um covarde entrar na Guarda Real? Ela ainda disse que tem PENA de você!

Undyne: CALE A BOCA, SUA FLOR ASQUEROSA!

Undyne avançou irada contra o cavaleiro que segurava Flowey, preparando para dar um soco nele. Porém, antes de conseguir, o mágico criou uma barreira de defesa contra ela, protegendo o cavaleiro e Flowey. Quando ela socou a barreira, o escudo retornou a força dela de volta e o golpe se virou contra ela, empurrando-a e caindo no chão. Undyne não conseguiu se levantar devido à força que ela usou contra si mesma.

Mettaton: Undyne!

Mettaton correu até ela e tentou ajudá-la a se levantar. Enquanto isso, Papyrus decidiu não olhar para eles por remorso. Flowey viu que era uma boa chance de dividí-los.

Flowey: Então você acredita em mim, não é? Junte-se a nós!

Undyne: Papyrus, não!

Ele não ouviu Undyne e aceitou a oferta de Flowey, andando em direção a ele e se virando para ver Mettaton e Undyne contra eles. Flowey olhou alegremente para Papyrus ao vê-lo do seu lado.

Flowey: O que acha de puni-los por traição? Eu posso te ajudar nisso.

Sem esperar a resposta dele, Flowey invocou vinhas do chão que prenderam Undyne e Mettaton, dando-lhes um choque elétrico intenso. Eles gritaram de dor até ficarem inconscientes. Papyrus não estava acreditando no que viu, não era isso que ele esperava ver.

Papyrus: Por que você fez isso com eles?

Flowey: Eles mereceram seu castigo, deveria se sentir feliz por isso.

Papyrus: Mas...

Ele não percebeu que algumas vinhas haviam cercado-o até que Papyrus foi preso por elas exatamente da mesma forma que seus amigos, ficando imobilizado. Ele não estava entendendo mais nada.

Papyrus: Flowey... o que está fazendo?

Flowey: Você verá quando eu capturar a humana.

Não demorou muito até Frisk chegar e perceber o que acabou de acontecer. Ela olhou espantada para o cenário que encontrou: Undyne e Mettaton estavam presos pelas vinhas e inconscientes, do outro lado, Papyrus estava preso por Flowey e os monstros dele.

Frisk: ... Isso não pode estar acontecendo.

Papyrus: Me desculpe...

Frisk não entendeu seu pedido de desculpas. Ela ficou mais agoniada ainda quando o viu começando a chorar.

Papyrus: ... Se não tivesse sido eu... Se eu tivesse ouvido Undyne desde a primeira vez... Teria sido melhor se eu tivesse desistido da Guarda Real...

Frisk: ... O que você está falando?

Flowey: Está vendo? Undyne confessou a ele que ele era inútil para entrar na Guarda Real. Ele se juntou a mim e eu prendi os outros para sofrerem seu castigo.

Frisk: Isso não é verdade!

Flowey: Como não? Você mesma é testemunha disso! Ela contou a você, não foi?

Ela não deu ouvidos ao Flowey e decidiu fazer Papyrus se convencer de que aquilo não era verdade, por mais que Undyne tivesse pensado isso antes, Frisk tinha certeza que ele tinha provado o contrário a eles.

Frisk: Papyrus, me escute. Você acredita em si mesmo, não é? Se você não tivesse me ajudado desde a primeira vez que nos conhecemos, eu não teria conseguido chegar até aqui! Foi por sua coragem que você despertou sua alma de guardião!

Ele não respondeu-a, deprimido demais para acreditar nas palavras dela, ele começou a duvidar de si mesmo. Frisk sofreu ao vê-lo desse jeito, sem receber resposta alguma. Ela fechou os punhos demonstrando estar com raiva. Dessa vez, Flowey foi longe demais.

Frisk: ... Flowey... Por que está fazendo isso?

Flowey: Por quê? Você deveria saber o que nós queremos de você...

Frisk: O que você quer?

Flowey: Eu quero sua alma... Vocês quebrariam a barreira usando o poder da sua determinação. Mas não é pra isso que nós queremos você. Faremos algo muito maior... Nós ressuscitaremos o Deus da Hipermorte!

Frisk: Deus? Mas que história é essa?

Flowey: Isso não é algo que você deveria saber. Isso é para o bem de todos os monstros e você é só um obstáculo para isso tudo acontecer.

Frisk estava tremendo de medo, ela não tinha ideia de como resolver essa situação, não havia ninguém que pudesse ajudá-la, seus amigos foram capturados e certamente não havia escapatória. Ele invocou vinhas do chão para prender Frisk, ela sentiu as vinhas apertarem todo seu corpo, ficando imóvel e difícil de respirar. Flowey esboçou um sorriso maléfico e fixou os olhos nela, exatamente como se fosse sua presa.

Flowey: Olhe só pra você... Sozinha e encurralada, igual a primeira vez que nos vimos.

Papyrus: Espere... Você não me disse que a conhecia.

Flowey: Oh, é verdade... Infelizmente não vou deixar você ver o resto da cena.

Flowey soltou esporos soníferos que fizeram Papyrus dormir instantaneamente. Frisk não queria aceitar que aquele era o fim, ver que seus amigos não estavam mais ao lado dela, e nem ela mesma era capaz de fazer alguma coisa para se salvar.

Flowey: MATEM ELA!

O cavaleiro balançou sua lança e apontou para Frisk, invocando uma magia poderosa da sua lança, capaz de destruí-la em um instante. Flowey começou a rir histericamente e Frisk abaixou a cabeça, com raiva e chorando, ela continuava se recusando a aceitar isso, ela estava lutando para se soltar das vinhas incansavelmente.

Frisk: Não! Não posso morrer aqui...

Sans estava olhando todo aquele cenário, agoniado, ele não podia deixar aquilo acontecer. Ele tentou usar seu poder de parar o tempo, mas naquele momento, seu desespero deixou seus poderes instáveis, deixando-o incapaz de usá-los naquele momento. Desesperado, ele sentiu que tinha que fazer algo urgentemente. Ele decidiu que deveria abandonar o pedido que Frisk havia feito e entrar no meio do confronto para protegê-la uma última vez.

Sans: Me desculpe por isso...

O cavaleiro lançou sua magia e ao mesmo tempo, ele pulou para dentro, quebrando uma das janelas e pousando entre Frisk e o cavaleiro. Por alguns segundos, Frisk percebeu que alguém havia entrado no meio do confronto e tentou identificar quem havia aparecido. Ele foi atingido pela magia que o cavaleiro havia invocado e devido à força da magia, ele foi empurrado e Frisk foi levada junto. Ambos caíram no chão depois de serem arrastados por metros do local anterior. Após pararem, Frisk tentou se levantar com dificuldade por causa do peso que estava acima dela e, olhando melhor quem havia salvado-a, ela viu o cara encapuzado caído, desacordado na frente dela. Ela olhou perplexa e colocou as mãos sobre a cabeça dele, tremendo e prestes a chorar.

Frisk: Por que... Por que... você fez isso?

Ela não estava acreditando nisso, ela sequer acreditou que ele decidiu usar sua vida em prol dela até o fim. Depois de tudo que ela falou, o afeto que ela demonstrou, não era justo que isso acabasse assim. Por outro lado, Flowey estava irritado com o que havia acontecido.

Flowey: Seu idiota! Você usou sua vida só para salvar a humana. O que vai fazer agora, garota?

Frisk não conseguia tirar os olhos dele, desejando que ele acordasse. Porém, ao olhar nitidamente, ela percebeu algo estranho. O capuz estava parcialmente aberto e ela notou os olhos fechados e o crânio liso e branco, essa imagem era muito familiar. Ela se perguntou se havia sido enganada esse tempo todo e decidiu tirar o capuz por completo e abaixar a máscara dele. Quando o faz, ela reconheceu quem estava atrás do capuz. Não havia palavras para descrever tamanho choque que ela recebeu naquele momento, as únicas palavras que saíram de sua boca foram as do seu nome.

Frisk: ... S... Sans?

Aquilo tudo era inacreditável demais. Não era possível que aquele tempo todo, a pessoa que ela mais desprezou foi quem mais havia ajudado. Ela não conseguia pensar em mais nada, Frisk chorou mais ainda ao descobrir a verdade. Sentindo cada lagrima cair em seu crânio, Sans abriu os olhos e viu Frisk naquele estado, ele sentiu-a olhano para ele como se ele fosse o culpado.

Frisk: ... Por quê?...  Por que não me disse antes?

Sans: Heh... Eu não te contei? Eu fiz uma promessa...

Ela ainda não podia acreditar nisso, ele estava realmente morrendo. Frisk continuava soluçando alto e tremendo até que ela fechou os olhos e balançou a cabeça, se recusando a aceitar isso. Um pesar em seu coração começou a atormentá-la e, vendo os punhos fechados dela, ele arrastou uma de suas mãos para alcançar os punhos dela e acalmá-la, visto que era a ultima coisa que ele podia fazer naquele momento, ele fechou os olhos vagarosamente.

Sans: ... Me desculpe por... ter feito... esperar...

Ele fechou os olhos completamente e Frisk não conseguiu sentir mais nenhum suspiro dele, sua mão perdeu força e caiu no chão. Frisk somente sentiu seu desespero dominá-la, ela apoiou sua cabeça no peito dele e chorou de agonia, suas mãos mais uma vez se fecharam com força e ela desejou a si mesma que isso nunca tivesse acontecido, ela queria vê-lo de volta a todo custo. Repentinamente, seu emblema começou a reagir com os sentimentos dela, manifestando uma luz poderosa e ofuscante que surgiu de dentro da sua alma. Nem Flowey nem os monstros conseguiram ver o que estava acontecendo de tão forte que a luz era.

Flowey: MAS O QUE É ISSO?

Frisk sentiu seu poder aumentando cada vez mais até perder total controle dele. Seu poder se expandiu de tal forma que o tempo-espaço foi distorcido completamente e ela perdeu o controle de seu corpo, entrando em um sono profundo. De repente, ela abriu os olhos assustada e se viu na cama do quarto dela, dentro do hotel onde estava hospedada.

Frisk: O que aconteceu aqui? Cadê todo mundo?

Ela se levantou e olhou ao redor. Saindo da cama, Frisk achou seu celular e olhou a data marcada, era o mesmo dia que ela estava e, olhando as horas, eram cinco e meia da tarde. Se ela não estava enganada, o jantar era as seis. Ela estava espantada com o que acabou de descobrir.

Frisk: Eu... Voltei no tempo?


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