Heart and Soldier escrita por Sapphirah


Capítulo 14
Capítulo 14 - Apresentação




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Depois de alguns minutos andando, os três chegaram a Nevada e ansiosamente, Undyne e Papyrus correram até a casa deles e abriram a porta.

Papyrus: CHEGAMOS!

Undyne: Não repara a bagunça.

Frisk viu o interior da casa novamente, a casa estava mais cheia desde que Undyne veio para cá: tinha arsenais e roupas jogadas perto do sofá, as meias ainda estavam espalhadas pela sala, junto com mais bilhetes escritos pelo Papyrus.

Papyrus: Vamos para a cozinha!

Eles foram até lá e Frisk se sentou no sofá como havia feito antes, ela se lembrou de quando havia entrado aqui pela primeira vez e esperava que dessa vez, eles iriam acertar no espaguete. Frisk ouviu um barulho de uma porta fechando do andar acima e viu Sans andando, descendo as escadas. Ela se lembrou da ultima vez que se viram e se sentiu frustrada, Frisk queria ter conhecido o cara encapuzado, mas por algum motivo, ele não permitiu.

Sans: E aí criança?

Frisk: Olá.

Sans percebeu que tinha algo errado com ela e sabia qual era a razão. Ele chegou perto e se sentou no sofá, dando um pouco de espaço.

Sans: Teve um dia difícil hoje?

Frisk: Se lembra de quando você me falou para perguntar o nome do cara encapuzado?

Sans: Sim.

Frisk: Eu o vi de novo, eu queria perguntar quem ele é, mas... ele correu de mim antes.

Sans: É... Talvez ele não queira que saibam quem ele é.

Frisk: Eu não entendo... Ele me protegeu todas as vezes, do que ele tem medo?

Sans podia sentir o desespero dela e não sabia a melhor forma de acalmá-la, ele não queria dizer e nem achava que deveria falar, não por medo, mas porque havia uma razão por trás disso. Ele achava era melhor que ela não soubesse que era ele quem estava protegendo-a.

Sans: Olha criança, cada um tem suas razões pra fazer isso... Não se pode forçar alguém a dizer.

Frisk se sentia cada vez mais intrigada, ela queria conhecê-lo a todo custo. Ela não se importava de vê-lo disfarçado, desde que ela saiba quem seja. Convicta disso, ela se abriu, falando o que ela pensava.

Frisk: Mas... Eu queria que ele soubesse que ele é meu apoio. Quando ele me salvou dessa vez, ele me lembrou do meu objetivo. É por isso que eu deveria saber seu nome e agradecer pelo que ele fez por mim.

Mesmo não sabendo quem ele era, era como se ela tivesse falado diretamente com ele. Sans ouviu aquilo e se sentiu surpreso, não imaginando que ela pensava dessa forma toda vez que o via. Ele sentiu sua alma se encher de alegria e ele decidiu animá-la mais uma vez.

Sans: Entendo. Se você quer mesmo conhecer ele, não desista.

Frisk: Eu não vou... Obrigada.

Frisk se sentiu melhor depois disso, sorrindo para si mesma, ela não ia desistir dessa vez, e seja lá qual for o motivo dele, ela iria descobrir. Undyne e Papyrus apareceram interrompendo a conversa dos dois, chamando-os para jantar. A noite foi bem tranquila e cheia de conversa e piadas.  Depois do jantar, Undyne resolveu ensinar alguns golpes para Frisk, pois ela reclamava que Frisk não lutava, mesmo assim Frisk insistia em não lutar. Após o treino, ela passou a noite dormindo na cama improvisada ao lado de Undyne.
    De manhã, Frisk acordou percebendo que não teve nenhum sonho estranho. Ela se sentou e olhou o teto, contando quanto tempo ela havia ficado no subsolo. Ela se perguntava quando isso iria acabar. Frisk sabia que deveria continuar procurando os outros guardiões e ainda faltava muito. Parando de refletir, ela viu que o colchão estava vazio, se lembrando de que Undyne e Papyrus treinavam de manhã cedo. Frisk foi até a cozinha comer um prato com um pedaço de quiche e, após comer, ela saiu de casa e seguiu viagem de volta a Terraquente. No meio do caminho, Frisk teve uma ideia e decidiu passar no laboratório antes de continuar. Quando Frisk chegou, a porta se abriu sozinha automaticamente e adentro, o lugar estava iluminado, Alphys estava mexendo em um dos computadores quando avistou Frisk chegar e ela recebeu-a alegremente.

Alphys: Bom dia Frisk! Chegou cedo... Precisa de alguma coisa?

Frisk: Bom dia! Eu tenho um favor a pedir pra você.

Alphys: Mas é claro, o que você deseja?

Frisk: Você gravou o cara encapuzado ontem?

Alphys: Mas é claro! Vou dar uma olhada nos arquivos de registro.

Alphys andou até a tela gigante e abriu um histórico de gravações pela máquina. Passando alguns minutos, Alphys encontrou o arquivo.

Alphys: Está aqui! Vamos ver...

Alphys colocou o vídeo para reproduzir, Frisk pôde ver o momento em que todos estavam lutando ali. Frisk tinha que admitir que era muito estranho vê-la ali naquelas gravações, era como se fosse mesmo um filme de ação. Frisk também viu a aranha raptando-a e o momento em que ela é solta e segurada pelo cara encapuzado. Frisk não sabia o que era pior: vê-la olhando para o cara encapuzado ou a mesma cena captada em câmera lenta. Naquele momento ela queria conhecer um lugar onde colocar a cara de tanta vergonha. Alphys não parava de olhar essa cena e se dependesse dela, ela repetiria várias vezes.

Alphys: Com certeza foi uma das melhores cenas que eu consegui capturar de vocês, eu tive que colocar em slow motion.

Frisk: ... Podemos pular essa parte?

Alphys riu dengosamente e pulou essa cena até reproduzir o momento em que o cara encapuzado correu de Frisk e dos outros, ele pulou para o andar de baixo e continuou correndo pelos corredores. A partir dali, Frisk viu que Alphys alternou as câmeras por onde ele passava e ele continuou correndo até chegar ao pico da montanha. Frisk soube que foi ali onde ela havia olhado antes, mas ela não entendeu porque ela o viu. Depois de um tempo, a gravação terminou repentinamente.

Alphys: Parece que uma câmera desligou... Me desculpe Frisk, eu fiz o que eu pude.

Frisk: Tudo bem Alphys, obrigada pela ajuda.

Alphys: Espere! Tem mais uma câmera que gravou algo.

Alphys reproduziu a gravação de outra câmera e ela filmou de longe a mesma montanha, ali ela viu os três andando na cachoeira e de longe, ela também viu que o cara encapuzado havia aparecido de novo. Frisk não estava vendo direito, mas parece que ele tirou o capuz. Elas não conseguiram reconhecê-lo de longe, havia uma névoa que cobriu a visão da câmera.

Frisk: Eu não consigo ver quem é...

De longe, elas viram que ele pegou alguma coisa do bolso dele e abriu-o, mexendo com os dedos como se fosse um celular, Alphys teve uma ideia ao ver isso.

Alphys: Já sei, eu posso rastrear a linha dele. Mas isso pode demorar um pouco, existem muitas linhas de telefone aqui, tudo bem?

Frisk não tinha palavras para escrever, vendo que havia uma possível solução para descobrir quem ele era, ela pegou as mãos de Alphys e juntou-as com as dela, agradecida.

Frisk: Muito obrigada, Alphys, você foi de grande ajuda.

Alphys: ... De nada Frisk, sempre que precisar estarei aqui.

Ela soltou as mãos de Alphys e agradeceu mais uma vez e antes que Frisk saísse, Alphys a interrompeu desajeitadamente, ela estava curiosa demais por causa da determinação dela de descobrir quem era o cara encapuzado.

Alphys: Erm... Frisk... você g-gosta dele?

Frisk ficou encabulada ao ouvir isso, ela não tinha pensado a esse ponto de acabar gostando dele.

Frisk: Eu... Não sei bem se eu gosto ou não...

Alphys: Se quer saber eu estou torcendo por vocês dois... Quero dizer... Espero que tudo dê certo.

Frisk: É... Obrigada.

Frisk saiu do laboratório rapidamente e seguiu seu caminho. Enquanto andava, ela não conseguia parar de pensar na pergunta dela. Aquilo pareceu um absurdo, é realmente possível que ela goste de um monstro? Logo, Frisk decidiu parar de pensar nisso, esse não era o objetivo dela, ela tinha que focar em continuar procurando os guardiões. Andando faz algumas horas, no segundo andar, Frisk novamente viu a cabana de dois guardas e o mesmo recado escrito desde ontem. Vendo aquilo, ela estranhou denovo e esperava que eles não tivessem desaparecido. No terceiro andar, Frisk voltou à casa das aranhas e viu Muffet alimentando suas crias. Quando ela viu Frisk passar, Muffet acenou para Frisk do jeito estranho dela. Frisk acenou de volta e saindo da casa, ela viu um cartaz colado na parede, dizendo: “PRÓXIMO SHOW DO METTATON, HOJE ÀS 11 DA MANHÔ, no cartaz não dizia o lugar. Vendo aquele cartaz deixou Frisk com certo temor, ela estava torcendo para que isso não fosse outra armadilha.
      Do lado do cartaz, Frisk notou que havia uma sala escura e, sem ter outro caminho, ela entrou lá. Dentro da casa estava pouco iluminada, havia um cenário decorado como se fosse um palco de teatro e somente ela estava ali. Ela olhou para os lados e viu que não havia saída. Frisk pegou o celular e notou que eram exatamente onze da manhã, Frisk olhou aquilo e engoliu seco, ela caiu em outra armadilha dele.

No fundo, ela ouviu um som robótico de longe, se aproximando dela.

Mettaton: Oh, quem será? Será finalmente meu primeiro amor?

Após dizer isso, as luzes do palco iluminaram ainda mais gradativamente, dando a impressão que estava de noite. Frisk viu o robô usando um vestido azul claro e ele começou a dançar pelo palco ao redor dela de acordo com a música lenta e romântica. Frisk sentiu que estava na mira dele, ela só conseguia pensar em como sair de lá, ela tinha que pensar rápido, mas a música acabou antes.

Mettaton: Tão triste... Tão triste que você tenha que morrer!

O palco se iluminou drasticamente e se transformou numa área de batalha, Mettaton tirou seu vestido rapidamente e se preparou para lutar.

Mettaton: Você pode não ter percebido agora, mas sua fama e popularidade ameaçam me desbancar do posto de maior estrela. Por isso projetei este lugar exatamente para o confronto final, qual estrela deverá permanecer aqui?

Frisk deu alguns passos para trás, não era isso que ela queria. Mettaton continuou olhando-a e estava esperando ela falar alguma coisa.

Mettaton: E então? Está pronta para encarar isso?

Frisk: Mas não foi por isso que eu vim, eu nunca quis isso.

Mettaton: Ora ora, está tentando se justificar? Eu não vou aceitar mentiras.

Frisk: Olhe Mettaton, eu nunca quis superar você.

Mettaton: Surpreendente. Se está tão certa disso, diga para todos os nossos espectadores o que você veio fazer aqui?

Dizer a verdade para todos pode ser devastador, ela não esperava que isso chegasse aos ouvidos de todo mundo. Frisk engoliu seco e começou a suar frio, pensando em alguma resposta. Antes que Frisk pudesse responder a pergunta de Mettaton, um barulho estrondoso surgiu repentinamente, assustando todos. As paredes do palco começaram a se quebrar e podiam-se ouvir passos pesados, fazendo o chão tremer.

Mettaton: MAS O QUE ESTÁ HAVENDO AQUI?

Por um momento, Frisk agradeceu que a atenção dada a ela se dissipou, mas ela soube que algo muito pior estava se aproximando. As paredes do palco se quebraram e entraram ali dois soldados usando uma armadura escura, transbordando de aura negra, cada soldado era um coelho e um dragão. O coelho usava um escudo pesado e o dragão usava uma lança longa e tinha asas. Seus olhos brilhantes miraram em Frisk e eles começaram a se aproximarem dela. Mettaton se sentiu intrigado ao ver isso.

Mettaton: Como ousam aparecer assim? Vocês estão atrapalhando meu show!

Frisk: Cuidado! Não se aproxime!

Mettaton andou até eles para impedi-los, porém o coelho avançou avança contra Mettaton, prestes a empurrá-lo com seu escudo pesado. Logo, Frisk correu e empurrou Mettaton antes que o coelho atingisse-o, fazendo-o errar o ataque. Ambos caíram no chão e Mettaton olhou surpreso para Frisk.

Mettaton: Você... me salvou?

Frisk: Você tem que correr, eu distraio eles.

Mettaton: Você é mesmo meu herói!

Mettaton decidiu se esconder enquanto Frisk tomou a atenção dos soldados até ela notar seus amigos chegarem atrás dela.

Papyrus: HUMANA!

Undyne: Deixe isso com a gente!

Frisk não podia ficar parada apenas olhando, ela tinha que fazer alguma coisa. Repentinamente, ela sentiu seu celular tocar e viu que Alphys estava ligando.

Alphys: Frisk. Tenho uma coisa que eu preciso que você faça, isso pode te ajudar... Mettaton tem um botão nas costas dele, você deve empurrar.

Frisk: Eu vou fazer isso.

Desligando a chamada, Frisk começou a procurar o robô desesperada, enquanto seus amigos lidavam com os dois soldados. Undyne avançou contra o dragão, invocando lanças para acertá-lo. As lanças voaram rapidamente e bateram contra a lança do dragão, fazendo-o derrubar. O dragão começou a voar e se desviou delas em seu vôo. Rapidamente, o dragão fez uma aterrisagem rápida e se aproximou dela em uma velocidade alta. Undyne tentou usar sua força contra ele, mas o dragão conseguiu um grande impulso para empurrá-la e jogar no muro da parede.
       Papyrus estava de frente para o soldado coelho, segurando seu escudo e avançando contra ele. Sem perder tempo, Papyrus invocou sua frigideira e mirou nele, usando seu ataque especial contra o coelho. Vendo isso, o coelho se escondeu atrás de seu escudo e ele invocou uma magia sob o escudo, absorvendo o ataque dele. Papyrus olhou aquilo assustado, ele nunca pensou que seu ataque foi anulado tão facilmente. Ele mal se deu conta de que o dragão estava se aproximando rapidamente para empurrá-lo. Quando ele percebeu, o dragão avançou e empurrou-o contra o muro da parede, ele caiu ao lado de Undyne, ambos estavam fracos pelo ataque.

Papyrus: O que vamos fazer?

Depois de muito procurar, Frisk conseguiu encontrar Mettaton e ela viu-o de costas, com medo. Frisk viu que realmente havia um botão nas costas dele e ela tentou apertá-lo, porém Mettaton percebeu o que ela iria fazer e se virou, assustado.

Mettaton: O que está tentando fazer?

Frisk: Eu preciso que você fique de costas, rápido!

Mettaton: E por que eu faria isso?

Frisk viu que tentar convencê-lo iria demorar ainda mais, ela não queria mais perder tempo e logo, ela teve uma ideia para fazê-lo se virar, ela apontou para longe, simulando.

Frisk: Olhe! Tem uma câmera lá!

Mettaton: Onde?

Quando ele se virou para olhar onde ela estava apontando, ela empurrou o botão até a direita e ele ficou estático, percebendo o que ela fez.

Mettaton: Você... empurrou... o meu botão?

Frisk: ... Me desculpe por isso.

Ele começou a se contorcer e as luzes do seu painel piscavam agitadamente, Frisk não sabia o que estava acontecendo e repentinamente, uma nuvem de fumaça inundou o lugar. Nem os soldados nem Frisk conseguiram ver o que estava acontecendo.


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