Heart and Soldier escrita por Sapphirah


Capítulo 12
Capítulo 12 - Emboscada




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Saindo do elevador, Frisk viu que estava no segundo andar e perto dele, ela viu Sans dentro de outra barraca, vendendo cachorros quentes. Ela se aproximou da barraca e olhou os cachorros quentes com um olhar confuso. Sans viu que Frisk havia chegado e se aproximou dela.

Sans: E aí? Vai um cachorro quente?

Frisk: Há quanto tempo você estava aqui?

Sans: Faz tempo, eu vi você passar na casa da Undyne.

Frisk: ... Eu achei que ia morrer lá.

Sans: Heh, nem todos os peixes são como ela, mas um dia você terá que aprender a “pular fora”.

Ele falou aquilo fazendo o gesto de um peixe pulando a correnteza, forçando a piada. Aquilo soou tão irônico que Frisk não queria rir na frente dele, por desgosto. Ele notou a reação dela e achou engraçado.

Sans: Ei, fica fria.

Frisk se recusou a olhar para ele e saiu andando, ouvir piadas de duplo sentido era constrangedor e nem um pouco suportável. Como ele sentiu essa liberdade de falar essas coisas com ela? Ela ficou resmungando enquanto andava em frente.

Frisk: ... Essa foi ótima, “Ficar fria” num lugar como esse. Quem ele pensa que é? Se ele ao menos tivesse sido mais educado desde o início, eu iria pensar no caso.

Enquanto andava, ela começou a pensar naqueles que haviam tratado-a bem desde o início: Toriel, Papyrus e... Repentinamente ela começou a se lembrar do cara encapuzado. Frisk ficou estática ao pensar nele, as imagens dele salvando-a penetraram em sua mente, ela tinha a lembrança vívida de tê-lo visto mais de perto. Ela se lembrou de que não pôde agradecê-lo da ultima vez, ela queria conhecê-lo, ou até mesmo retribuir algo se possível. Mas... ela não sabia nada dele, nem seu nome.

Frisk: ... Se eu ao menos soubesse quem ele é... Mas... quem conhece ele?

Ela pensou em várias possibilidades. Ao analisar a roupa dele, ela se lembrou que Sans havia mencionado antes que ele havia feito a fantasia de Papyrus. Ela conseguiu uma pista, batendo seu punho na sua palma.

Frisk: É isso! Se ele fez a roupa do Papyrus, ele pode ter encomendado o traje.

Tendo uma chance de conseguir informações sobre ele, ela se encheu de determinação e decidiu voltar para saber se ele tinha alguma pista. Sans viu-a voltar e ele olhou-a surpreso quando ela se aproximou dele novamente.

Sans: Decidiu ouvir mais das minhas piadas hilárias?

Frisk: Não... Eu tenho uma pergunta pra fazer.

Sans: Certo.

Frisk: Você me falou uma vez que você fez a fantasia do seu irmão, então... você conhece alguém que pediu pra fazer uma roupa preta, com uma capa e capuz?

As pupilas brilhantes dele sumiram ao ouvir a pergunta dela e ele ficou estático, Frisk não entendeu a reação dele e ele, percebendo isso, virou a cabeça e fechou os olhos, colocando suas mãos sob seu bolso.

Sans: Desculpe, ninguém veio para me pedir esse traje...

Frisk: ... Entendi...

Vendo que havia falhado em sua hipótese, ela abaixou a cabeça e se sentiu chateada, ela não tinha ideia de quem o conhecia.

Frisk: ... É que eu sempre o vejo andando nessa roupa, disfarçado. Da ultima vez que eu o vi, ele me ajudou a sair de um incêncio... Eu queria vê-lo e agradecer pelo que fez por mim. Mas se eu não puder conhecer ele, ao menos eu queria saber o nome dele.

Frisk não iria desistir tão fácil, ela tinha determinação suficiente para conseguir informações dele. Ela olhou para Sans de volta decidida. Sans não se lembra de tê-la visto desse jeito e não tinha nada em mente para respondê-la. Logo, ele pensou em uma resposta rápida.

Sans: ...Heh, se você ver ele de novo, por que não pergunta pra ele? Eu acho que faria o mesmo.

Frisk: Tem certeza?

Ele deu uma piscadela para Frisk de volta e ela se sentiu mais aliviada ao receber a dica.

Frisk: Obrigada...  E desculpe por te incomodar no trabalho.

Sans: Sem problema.

Frisk voltou a seguir seu caminho e dessa vez, ela estava pensando no que fazer na próxima vez que o ver. Logicamente, ela o veria somente na próxima luta. Frisk andou pelo segundo andar e estranhou que não houvesse ninguém por aqui, em frente ela viu uma barraca grande e uma placa ao lado, dizendo que os dois guardas que patrulhavam essa área foram almoçar. Frisk estranhou aquela anotação, ela nem sabia quanto tempo se passou e percebeu também que ela não havia almoçado. Frisk não queria ter que voltar outra vez para comprar um dos cachorros quentes e ela decidiu procurar por comida adiante.

Subindo mais um andar, a frente havia uma mesa de confeitaria, haviam vários doces e bolos nela e a vendedora era uma aranha humanóide com um vestido vermelho e usava lacinhos no cabelo. Ela observava Frisk chegar e convidou-a.

?: Olá queridinha, está com fome? Não quer comprar um de nossos doces?

Frisk se aproximou da mesa e olhou o preço de uma das comidas, elas eram super caras e Frisk não tinha esse dinheiro. Ela agradeceu o convite e saiu andando, sem olhar novamente para a vendedora. Sorrateiramente, algumas aranhas começaram a seguí-la discretamente e Frisk chegou perto de uma casa de entrada única, a casa tinha paredes roxas e haviam teias de aranha na batente da porta. Frisk notou as aranhas andando por baixo dela e elas entravam na casa. Vendo aquilo, Frisk percebeu uma aura negativa ao redor da casa e se perguntou se é uma boa ideia entrar ali, parecia uma entrada para uma armadilha.

Frisk: “Essa aura, não me sinto bem estando perto desse lugar.”

Ela respirou fundo e, arrumando coragem, ela entrou na casa e reparou no interior da casa. Haviam ainda mais teias de aranha, estava muito escuro e havia uma luz que saía do outro lado da casa. Frisk começou a ouvir risadas no fundo da casa enquanto andava lentamente.

“Huhuhu, você ouviu?”;

“Ouvi dizer que uma humana passaria por aqui...”;

“Eu ouvi que ela não gosta de aranhas...”;

“Eu ouvi que ela gosta de arrancar as pernas delas...”;

Frisk começou a sentir seus passos ficarem cada vez mais pesados, como se tivesse algo puxando para baixo, forçando-a a ficar parada. Havia mais alguém ali e ela se aproximou de Frisk, sussurando.

?: ...Eu ouvi dizer... Que ela é pão dura demais com seu dinheiro...

A sala se iluminou e Frisk percebeu que estava presa nas teias de aranha, ela não conseguia se mexer. A pessoa que estava ao lado dela era a mesma vendedora que ela havia visto antes, seus olhos brilhavam ao ver a presa diante dela. Frisk não acreditava que foi pega taão facilmente.

Muffet: Eu sou Muffet, é um prazer conhecer a humana mesmo por tão pouco tempo...

Frisk não acreditava que foi pega tão facilmente, ela tentou se mexer cada vez mais, mas as aranhas haviam cercado-a e giraram entre si, enrrolando-a em suas teias rapidamente. Muffet estava curtindo a situação.

Muffet: Não pense mal de mim queridinha, eu estou fazendo isso por negócios. O mestre ficará feliz de entregarmos você a ele.

Frisk percebeu que a aura negativa estava vindo dela. Ela tinha um olhar penetrante, mas seus olhos não brilhavam como dos outros monstros anteriores. Assustadoramente, Frisk viu Muffet lamber seus lábios.

Frisk: ... Mestre?

Muffet: Huhuhu... Ele mesmo, ninguém sabe quem ele é...

A aranha começou a se debruçar, tentando lembrar do suposto Mestre, enquanto as aranhas continuavam enrrolando Frisk nas suas teias.

 Muffet: Ele me lembra alguém que eu nunca tinha visto antes... Mas isso não importa não é? Minhas aranhas estão morrendo de fome. Meninas... é hora do jantar...

As aranhas começaram a subir para alcançar o rosto dela e enrrolá-la completamente. Logo, uma lança surge voando e atravessou horizontalmente entre elas, cortando a teia de aranha que prendia Frisk. As aranhas correram assustadas ao perceber o golpe e Muffet olhou para trás, com raiva.

Muffet: Quem ousa?

Duas imagens apareceram na porta da casa e se revelaram pela luz. Papyrus e Undyne haviam chegado, interrompendo a situação.

Undyne: Mal posso acreditar que você ficou presa nessa teia de aranhas, nerd.

Papyrus: Não se preocupe! Eu, o Grande Papyrus, vim ao seu resgate.

Frisk ficou surpresa ao vê-los, seja lá como souberam que ela estava em apuros, Frisk estava aliviada por terem chegado a tempo e correu até eles.

Frisk: Como souberam que eu estava aqui?

Undyne: Foi Alphys quem nos ligou, ela disse que você estava em apuros.

Frisk logo se lembrou que Alphys estava vigiando-a pelas câmeras e com certeza estava assistindo eles agora, ela se sentiu grata por saber que tinham monstros que contavam com ela.

Frisk: Agradeça-a por mim.

Muffet se enfureceu ao vê-los ali, ela não ia desistir de recuperar sua mercadoria.

Muffet: Como ousam interferir no meu negócio? Ataquem!

As aranhas se reuniram andando sob suas teias e começaram a pular para atacá-los. Undyne usou suas lanças para se defender e cortar os fios de teia para fazer as aranhas caírem. Papyrus usou sua frigideira para dispersar as aranhas enquanto Frisk se transformou na Guardiã da Determinação, usando seu cajado, ela começa a se concentrar em fazer Muffet voltar ao normal.

Vendo que isso não estava sendo suficiente para detê-los, Muffet estralou os dedos e doces e pães começaram a sair de várias direções, voando na direção deles. Estava ficando mais difícil bloquear os ataques para ambos e eles foram atingidos.

Undyne: Humana, precisamos terminar isso rápido.

Frisk estava tentando o quanto podia para se concentrar, mas algo dentro de si estava impedindo. Ela não parava de pensar no cara encapuzado, ela queria vê-lo antes, mas ela tinha que terminar isso logo e isso deixava-a desconcentrada.

Frisk: ... Por que? Por que não consigo me concentrar? ...


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