O Caçador da Tempestade escrita por Karina A de Souza


Capítulo 12
Ele quer me comer, literalmente


Notas iniciais do capítulo

Acabei aparecendo mais cedo por que confundi a hora (eu sempre começo a postar perto da meia noite, e hoje buguei toda e tá aqui o cap, terça e não quarta como de costume).
Não me perguntem sobre o título kkkk
Ah, leiam as notas finais, por favor.



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Abri os olhos rapidamente. Eu sempre custava a acordar, presa numa bolha de sono. Mas dessa vez foi diferente.

Demorei a me localizar. Um quarto todo branco, uma cama dura. Franzi a testa. Não me lembrava de dormir. O que tinha acontecido? Comecei a olhar em volta, então meus olhos encontraram o Doutor. O meu Doutor. Aquele que aparentava ter uns trinta e poucos anos, de cabelos castanhos, e aquele tênis vermelho.

—Você é real?-Perguntei. Ele sorriu

—Sou. Sou eu, Kali. -Me levantei o mais rápido que consegui e o abracei com força. Ele parecia real, não era um sonho, ou meu Doutor Imaginário.

—Achei que nunca mais ia ver você. Como me encontrou?

—Recebi uma mensagem, então entrei aqui por uma passagem na Lua.

—Eu dormi?-Me afastei. -Não lembro o que aconteceu. Eu estava falando com você... Quer dizer, com sua regeneração futura... Então... Então tudo apagou. Eu desmaiei?

—Kali... Você dormiu por quinze mil anos.

—O que?-Me apoiei nele, ou ia cair. -Não... Ai meu Deus...

—Aqui o tempo não passa, mas lá fora... -Fez uma pausa. -Ele te colocou para dormir. O outro Doutor.

—Por quê? Por que faria isso comigo?

—Por que ele está... Estava, em guerra. E precisava ter certeza de que você não ia se envolver de maneira alguma.

—Mas... Quinze mil anos... Minha família... Todos que eu conheço... Estão todos mortos

—Kali, a TARDIS viaja no tempo, eu posso te levar para casa agora, como se nada disso tivesse acontecido.

—Alana.

—O que tem ela?

—Alana disse... Que o Doutor... Seu eu futuro, tinha me matado. Eu desapareci e ele confessou ter me matado e largado meu corpo no espaço... É isso! Ele me escondeu aqui e mentiu! Ele não me matou!

—Estou realmente dividido entre saber mais e pedir para que não conte nada.

—Bem... Nada de spoilers, então. Doutor... O resultado da guerra... Você sabe?

—Não. E acho melhor assim.

De volta à TARDIS, o Doutor parou a nave no espaço, perto da Terra. Parei na porta, observando. Os mares pareciam menores, e havia mais terra. Quinze mil anos tinham se passado, o mundo estava diferente.

***

Alana estava no quintal quando chegamos. Ela tinha escutado o som da TARDIS e correu até nós antes que eu pudesse sair completamente.

—Você tá bem?-Perguntou, me abraçando. -O que aconteceu? Aquela garota da Torchwood, Idris Harkness, veio dizer que você sumiu.

—Estou bem. -Me afastei. -Está tudo bem.

—E o Caçador da Tempestade?

—Ele não é mais um problema.

—Espera aí, Idris Harkness?-O Doutor perguntou. -Tipo Jack Harkness?

—Ela não quis dar detalhes, mas acho que deve ter algo a ver com ele. Eu tenho umas teorias sobre o assunto. Ah, Lana... Preciso que me prometa uma coisa.

—O que?-Perguntou.

—Nunca, nunca use uma arma. -Franziu a testa.

—Por quê?
—Apenas faça isso. Não quero te ver usando uma arma de novo.

—De novo?

—Ops. Spoilers!

***

DOIS MESES DEPOIS...

Eu estava numa rotina diferente agora. Não saia o tempo todo com o Doutor por que tinha meus compromissos... Ou quase isso. A gente combinou pelo menos três viagens por semana, para não atrapalhar meu desempenho no curso que eu estava fazendo, nem nas minhas “outras coisas”.

Além disso, o Doutor passava um tempo na minha casa. Às vezes, quando eu acordava de manhã, a TARDIS estava no meu quintal, e o Senhor do Tempo estava na cozinha com meus pais, ou na sala com Alana, assistindo TV. Eu sabia que aquilo não era comum pra ele, mas não queria estragar tudo interrogando-o sobre o assunto.

—Aonde você vai?-Perguntou, andando pelo meu quarto. Desviei o olhar do espelho, terminando de colocar o brinco.

—Um amigo do curso me chamou pra sair.

—Amigo? Que amigo?

—O Lucas. Ele senta ao meu lado na sala e a gente conversa bastante. -Cruzou os braços.

—Achei que a gente ia viajar hoje. Tem a colisão de dois sóis na galáxia vizinha, dizem que é um evento e tanto, além de ser raro.

—Acho que vou ter que deixar para a próxima. Lana, você já ligou para a Eloá?-Gritei. Ela apareceu na porta.

—Liguei. -Respondeu. -Mas ela não tá em casa. Eu posso ficar sozinha...

—Nem pensar! Hum... Doutor... Será que você pode ficar e cuidar da Lana?

—Não acho uma boa ideia. -Avisou. -Hã... Ela nem gosta de mim. E eu nem sou muito bom com crianças... Talvez seja melhor cancelar o encontro.

—Por favor, é só por uma hora. Por favor. Eu juro que não vou demorar. Por favorzinho... -Suspirou.

—Tudo bem. -Olhou para Lana. -Você não vai dar trabalho, vai?

—Me chama de criança se novo e eu faço picadinho de você. -Alertou, fazendo cara feia e saindo do quarto. O Doutor olhou pra mim, abrindo a boca.

—Vai ficar tudo bem. -Interrompi. -Não se preocupe. Ela vai se comportar.

—Eu não tenho tanta certeza.

—Você lida com tantos aliens perigosos aí fora, e está com medo de uma garotinha?

—Garotinha? Ela é pior que dez Daleks juntos!-Segurei o riso.

—Você vai ficar bem. Se pode lidar com Daleks, Cybermans, Zygons, piratas, sereias canibais e o maluco do Mestre, consegue lidar com uma garotinha por uma hora. -Peguei minha bolsa.

—Você vai mesmo fazer isso? Me abandonar com a Alana?

—Tchau, Doutor, até mais tarde... -Saí do quarto.

—Kali...

—Boa sorte!

***

—Como estão as coisas em casa?-Lucas perguntou, sentado na minha frente.

—Bem. E na sua?

—Ótimas. Fico feliz por ter conseguido arrumar um tempo pra sair comigo. Você é sempre tão... Indisponível.

—Ah... Eu tinha muitos compromissos. Mas agora eles diminuíram um pouco. -Dei um gole no refrigerante, torcendo para Lucas não insistir no assunto. Eu não era uma boa mentirosa, e não queria falar que meus “compromissos” eram viagens com um Senhor do Tempo maluco numa caixa azul.

—Certo. Então a gente pode fazer isso mais vezes.

—Isso?

—Sair. Ou isso está sendo um completo desastre e você nunca mais vai falar comigo?-Ri.

—Bom, eu acho que... -Desviei o olhar para a rua, então minha frase morreu.

Ele estava ali. O Caçador da Tempestade. Não. O Doutor, o Doutor do futuro. Ele estava do outro lado da rua, na esquina, e estava olhando na minha direção. Aí um ônibus passou, e o Doutor tinha sumido. Malditos clichês.

—Kali?-Lucas chamou. -Kali?-Olhei pra ele.

—Sim? Desculpe. Me distraí.

—Você estava dizendo...?

—Hum... Ah, eu dizia que posso te dar uma segunda chance. -Sorriu, erguendo o copo.

—Às segundas chances. -Bati levemente meu copo no dele.

—Às segundas chances.

Olhei em volta, não havia mais sinais do Doutor. Se ele tinha mesmo estado ali (eu não podia ter certeza, pois tinha leve um histórico de ver Doutores imaginários), então sua guerra tinha acabado e ele tinha vencido? Talvez tenha apenas vindo verificar se sua regeneração passada tinha me encontrado e despertado?

Voltei a prestar atenção em Lucas, mal o ouvindo. Viver com o Doutor era assim, sempre fazendo perguntas, questionando tudo o que você vive e ficar sempre com a mente quilômetros de distância? Acredito que a resposta seja sim.

***

Quando voltei pra casa, encontrei o Doutor na sala... Amarrado numa cadeira e amordaçado. Parei, sem reação, por alguns longos minutos, sem entender o que estava acontecendo, então comecei a rir.

—Alana quis brincar de índio com você?-Perguntei, soltando o pano que estava na boca dele.

—Sua irmã é um Graske!-Gritou.

—O que é um Graske?

—Uma forma de vida alienígena que só traz problemas! Um deles invadiu minha TARDIS uma vez. -Desfiz o nó que o prendia, deixando as cordas no chão. O Doutor levantou, agitado. -Ela é pior que uma frota de Daleks!

—Fique feliz por ter sobrevivido. -Voltei a rir.

—Isso não é engraçado.

—Desculpe. Onde ela está?

—Jogando Xbox no quarto. Ou explodindo o planeta. Ela me lembra o Mestre... -Fez uma pausa. -Alana não tem nenhum relógio que nunca abre, tem?

—Não que eu saiba. -Comecei a ir para o quarto. O Doutor me seguiu. -Não vai me perguntar sobre o encontro?

—Hum... Não. Aposto que foi horrível.

—O que?-Olhei pra ele, por cima do ombro. -Por que acha isso?

—Hã... Você não está falando sobre ele.

—Doutor, você estava agourando meu encontro?

—Por que eu faria isso?

—Me diz você. -Sentei na cama. Estava pensando se era uma boa ideia contar a ele que vi sua regeneração futura. Achei melhor não deixá-lo se preocupar sem saber se tínhamos problemas em vista

—Eu nunca faria isso.

—Okay. Foi bem legal, se quer saber. E ele me chamou pra ver um filme esse fim de semana.

—Eu não vou cuidar da sua irmã de novo.

—Tudo bem. Mas você foi uma babá maravilhosa, tenho certeza.

—Engraçadinha. -Olhou em volta. -Eu gosto do seu quarto. É meio... Retrô. Máquina de escrever... Discos de vinil... Você gosta de coisas antigas.

—Gosto. Herdei isso dos meus pais.

—Eu me lembro que eles tinham curiosidade por tudo depois que ficaram livres. Um mundo novo e interessante para explorar. -Cruzei os braços.

—Você não os chamou para viajar com você. Por quê? Não gosta de segurar vela para casais?

—Eu já viajei com casais, esse não é o problema. -Sentou ao meu lado. -Às vezes, quando você vê todo mundo partindo, morrendo ou te deixando para trás, você cansa. E tenta evitar. De vez em quando eu só... Prefiro ficar sozinho. Eu conheci seus pais meses depois de perder Joanne. E ela não foi a primeira.

—Então você... Não queria se apegar de novo.

—Não. Mas eu percebi que ficar sozinho me deixa... Muito mal. Não é bom ficar só. Quando eu vejo, estou falando em voz alta com alguém que nem está lá. É aí que eu percebo que preciso de companhia.

—E você me escolheu.

—É. -Olhou pra mim. -Algumas semanas antes eu estava explicando a ordem dos planetas de uma galáxia vizinha para o nada, então achei melhor encontrar alguém. E por acaso, como sempre, acabei encontrando. Você, Kaliane Silva. A garota que não é um Zygon. -Sorriu, me fazendo sorrir também, mas seu sorriso se desmanchou rapidamente. -Estou preso num ciclo vicioso e não posso escapar. -Entrelacei nossos dedos. -As pessoas se vão, eu fico sozinho, machucado demais para arriscar encontrar outra pessoa, então a solidão é forte demais. Eu acho outro alguém... E tudo começa de novo.

—Não fique pensando no que te machuca. Pense nas coisas boas que viveu. E lembre que outras virão.

—Às vezes eu acho que vivi demais.

—Doutor, você é brilhante. Você é a única coisa que impede o Universo de desmoronar. Se não tivesse nos salvo todas aquelas vezes... Acha que a Terra teria durado até aqui? Todas as nossas decisões tem consequências. Suas decisões salvaram milhares de vidas.

—E tiraram também. E não foram poucas.

—Pessoas morrem todos os dias, não importa o quanto a gente deseje que não. Geralmente impedir essas coisas está fora do nosso alcance. Mas essa é a vida. Só podemos viver, não escrever o roteiro.

—Então quem escreve?

—Eu não sei. -Sorri. -Talvez uma adolescente maluca e levemente mau humorada que adora reviravoltas?-Dei de ombros. -Alguns mistérios devem ser preservados.

—Parece que sim. -Sorriu. -Kali, você é uma lembrança constante do por que eu devo andar acompanhado.

—Por que eu sou inteligente e bonita?-Rimos.

—Também. Mas conversas como essa tem poder. Até mesmo o Doutor pode ficar desanimado em continuar.

—Bem, então espere que você fique muito animado, por que, sinceramente, esses discursos motivacionais são bem complicados. -Riu. -Vamos, vou fazer uns bolinhos de chuva. E você pode me contar como foi o tempo com Alana.

***

—Não repara na bagunça.

—Que bagunça?-Perguntei, entrando na sala e ajeitando a alça da bolsa no ombro. Lucas fechou a porta.

—Ah, você sabe, essa é a fala padrão quando se tem visitas.

—É, eu sei. Minha mãe sempre diz isso. Então, que filme você disse que íamos ver? Lucas?-Me virei, ele não estava mais lá. -Okay, para de gracinha. Essas brincadeiras não funcionam comigo. Lucas. -Franzi a testa. Viajar com o Doutor tinha me deixado bem paranoica, mas não tinha motivo para isso agora, tinha?

De repente, algo acertou minha cabeça e eu apaguei.

***

Bom, aparentemente eu tinha motivos para ser paranoica.

Tentei soltar meus braços, mas eles estavam bem presos na cadeira, assim como meus tornozelos.
O lugar onde eu estava parecia um galpão, cheio de coisas velhas e caixas. Era bem escuro e quente. Num canto, tinha algo coberto por uma lona. Podia ser um carro, mas aparentava ser grande demais.

—Alguém pode me ouvir?-Gritei. A porta abriu, Lucas entrou e a fechou.

—Eu posso.

—Ah, ótimo. Eu saí com um serial killer. Devia ter notado. Um garoto gentil, bonito engraçado e interessado em mim? Com certeza um psicopata.

—Passou bem longe, Kaliane. -Parou na minha frente.

—Então você não é um assassino? A outra alternativa me deixa muito mais apavorada.

—O que? Não. Você tem cheiro de viajante do tempo. Nunca viu nada que não fosse da Terra?

—Posso ter visto uma vez ou outra. Você... Você é um alien. Perfeito. Era o que me faltava. Um alien me sequestrou. O que quer de mim?

—Ainda não entendeu? Você é meu jantar, Kaliane Silva.

—Está escrito “Comida de alien” na minha testa? Acredite em mim, não é a primeira vez que isso acontece.

—Pode até não ser, mas é a definitiva. -Suspirei.

—Eu devo ter um gosto muito bom. -Se aproximou, lambendo meu rosto. Recuei a cabeça, enojada.

—É. Muito bom. Tem gosto de galinha.

—Oi? Como é que é? Torça pra que eu não me solte, ou vou acabar com você.

—Isso não vai acontecer. Agora, se me dá licença... Vou preparar as coisas para o jantar.

***

Eu devo ter passado uns cinco minutos me xingando, então percebi que estava sendo idiota e comecei a tentar me soltar. Os nós eram apertados, e as cordas machucavam meus pulsos. Se não me soltasse logo, não ia mais sentir meus dedos... Ou acabar virando jantar de um alien estúpido.

—Você consegue. -Murmurei, mexendo os pulsos do jeito que conseguia. -Você conse...

Me calei. Aquele som. Eu conhecia aquele som. Era muito familiar. Chave de fenda sônica.

—Doutor? Doutor! Aqui! Doutor!-A porta abriu. O Senhor do Tempo entrou, o rosto com uma expressão de total confusão.

—Kali, o que é que você tá fazendo aqui?

—Eu estou amarrada.

—Percebi. Mas quem te colocou aí?

—Lucas. -Pareceu não ter entendido. -Lucas. Aquele que me chamou pra sair, lembra?

—Ah, sim. Sim. Por que ele faria isso?

—Ele quer me comer. -Fez uma expressão chocada.

—Kali, eu não quero saber da sua vida amorosa.

—Que? Não. Ele quer me comer, literalmente.

—Ah, certo... Espera, o que?-Se aproximou, desamarrando meu pulso direito. -Você arrumou um namorado canibal?

—Ele não é meu namorado. Só saí com ele por que... Não importa. E ele não é humano. Pelo menos disse que não. -Congelou no lugar. -Me solta logo antes que ele volte.

—Ele já voltou. -Virou para a porta. Lucas estava encostado no batente, ao braços cruzados. -De que espécie você é?

—Sodrog. -Respondeu.

—Ah. Sempre os Sodrog. Já encontrei alguns. Bem irritadinhos. Não foram bons anfitriões. Devo presumir que aquela é a sua nave?-Apontou para o objeto coberto no canto do galpão.

—Caí aqui por acidente. Nove anos preso nessa droga de planeta. Pelo menos tem bastante comida.

—Não somos comida!-Gritei. -Somos humanos!

—Pra mim é a mesma coisa. E para os Senhores do Tempo, o que são os humanos? Um bando de crianças, suponho. -O Doutor parecia surpreso agora. -É, eu sei o que você é. Posso ouvir seus dois corações. Tenho uma audição muito boa. A melhor da galáxia.

—E muito sensível, eu soube. -O Doutor comentou. -Depois de encontrar sua espécie, baixei um aplicativo bem legal na minha chave de fenda sônica. Um som que só os Sodrog ouvem. O som da derrota.

Lucas, ou seja lá qual for o nome real dele, gritou, cobrindo os ouvidos com as mãos. O Doutor se manteve com a chave de fenda sônica apontada até que Lucas caísse no chão, inconsciente.

—O que foi isso?-Perguntei. -Você derrotou ele com o que?

—Com um som. Nós não ouvimos, está além do que podemos escutar.

—Como aqueles apitos para cachorros?-Olhou pra mim.

—É. Tipo isso. -Soltou os outros nós.

—O que vamos fazer com ele?

—Entregá-lo aos Judoons. A Torchwood já tem problemas demais. -Suspirou, guardando a chave de fenda sônica, então começou a rir.

—Que foi?

—Só você mesmo pra arrumar um namorado Sodrog.

—Ah, cala a boca. Eu não sabia que ele era um ET. E aliás, o que você estava fazendo aqui? Você me seguiu?

—Claro que não. Recebi o sinal emitido pela nave dele, e decidi investigar.

—Sem mim?

—Você estava ocupada demais num encontro com um Sodrog.

—Bem... Eu não teria saído com um alien carnívoro se tivesse achado algo melhor. -Cruzei os braços. -O que posso fazer se meu crush não me nota?

—O que você quer dizer com isso?-Suspirei.

—Nada, deixa pra lá. Vamos levar logo esse idiota pros Judoons antes que ele acorde.

—Certo. Você pega as pernas, eu pego os braços.

—Okay. Posso dar um chute nele se ele acordar?-Sorriu.

—Talvez.


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Notas finais do capítulo

Primeira coisa: o próximo capítulo é o último.
Sim, eu percebi que não foi mostrada a "guerra" do Décimo Segundo Doutor contra seus inimigos (os que criaram o Caçador da Tempestade). Como Kali não tinha chance de se envolver, tudo o que ela sabe é o que viveu e ouviu. Ela não estava na tal guerra, então não quis mostrar aqui o desenvolvimento e o resultado. Isso ficará para a fanfic "Idris", que mostra o outro lado dessa história toda.
É, eu avisei que as histórias se conectam. As últimas duas fanfics da Série Universo logo estão aí.
Enfim, espero que tenham entendido o motivo da guerra não ser mostrada aqui. Foi uma decisão tomada rapidamente e eu quis continuar com ela.
Até mais, pessoas.



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