How We Get Here escrita por TatyNamikaze


Capítulo 4
Capítulo 4 - A Invasão de Konoha


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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How We Get Here

Capítulo Quatro - A Invasão de Konoha



Sakura Haruno

 

Eu andava calmamente pelas ruas, naquela manhã, rumo ao meu trabalho, como todos os dias, mas foi inevitável não desviar meu caminho e seguir até Sasuke, que encontrava-se escorado no parapeito de uma pontezinha. Sorri, feliz por vê-lo bem.

— Oi. — apoiei-me no parapeito ao seu lado, esperando por uma resposta que não veio.

Novidade!

Parece que ele continuava o mesmo Sasuke de sempre.  

— Se não quer conversar, tudo bem, mas podia, pelo menos, falar um “oi”.

E saí, já estava de saco cheio daquele jeito frio e indiferente de Sasuke.

 Fui andando pela rua irritada e olhei rapidamente para trás, vendo que Sasuke continuava do mesmo jeito, fitando um ponto qualquer à sua frente.

Bufei, irritada. Aquele Uchiha conseguia me tirar do sério quando queria. Estava pisando duro, distraída com minha raiva, que nem notei o que estava acontecendo. Só dei-me conta quando eu já estava no chão, a poucos metros de onde uma pedra grande caiu, e Yori estava ao meu lado, caído também.

Ele havia me salvado.

— Está tudo bem, Sakura? — Yori perguntou, e eu podia ver a preocupação em seu olhar.

— Está sim.

Ele, então, sorriu de leve, aliviado e estendeu a mão para mim. Sem dizer mais nada, peguei sua mão, e ele ajudou-me a ficar de pé. Gemi de dor no mesmo instante, sentindo uma forte dor em meu tornozelo e apoiei-me nele.

Coloquei meu braço direito ao redor de seus ombros, e Yori, o seu braço esquerdo em volta de minha cintura para que eu pudesse me manter em pé.

— Obrigada, Yori. — sorri.

Inconscientemente, olhei para trás e vi, ao longe, Sasuke parado, olhando para a gente. Naquele momento, com certeza, ele já tinha conhecimento do meu relacionamento com Yori.

— De onde veio essa pedra? — perguntei, mas eu não precisava de resposta.

Tudo ficou claro no instante seguinte.

Alguns ninjas desconhecidos entraram em nosso campo de visão, e uma cortina de fumaça bem familiar surgiu.

Era uma invasão.

Assim que a fumaça branca dissipou-se, uma criatura invocada surgiu. Um híbrido de leão com falcão.

— Droga… — escutei Yori sussurrar, surpreso e assustado. — Quem invocou isso? 

— Não faço ideia, mas precisamos fazer alguma coisa.

Tentei soltar-me de Yori e ficar em pé, porém a dor intensificou-se, e acabei deixando um gemido doloroso escapar por meus lábios.

 — Droga de tornozelo! — exclamei ao sentir meu namorado apoiar-me outra vez.

— É melhor sentar-se e curar seu tornozelo, deixa que eu e os outros cuidamos da criatura. — Yori pegou-me no colo e sentou-me em um banco alguns metros distante de onde a pedra caiu. — Fica aqui.

Seus lábios tocaram os meus de forma rápida, e ele afastou-se.

 Yori e vários outros ninjas foram lutar contra o grande leão-falcão, mas, quando estavam perto o bastante para atacar a invocação, o animal soltou uma rajada de vento, jogando vários ninjas à vários metros de distância, menos Yori, que foi rápido o suficiente para desviar do ataque no último segundo.

Olhei para trás, e Sasuke não estava mais lá. O Uchiha estava lutando com vários ninjas inimigos no telhado de uma casa próxima.

Ao ver como a situação encontrava-se, tratei logo de usar meu ninjutsu médico no tornozelo, pois precisava ir para a batalha. Após alguns segundos concentrando chakra na região, a dor cessou, e eu pude ficar de pé normalmente.

Mas, eu não pude ajudar Sasuke ou combater a invocação, pois, logo, um ninja com a bandana da Nuvem riscada entrou no meio do meu caminho.

Começamos a lutar taijutsu após segundos nos encarando, porém o inimigo era muito bom.

 Não consegui acertar um golpe sequer no renegado e, antes que eu pudesse ativar meu Byakugou, o ninja acertou uma kunai na minha barriga e deu-me um chute, lançando-me longe.

Eu estava ferida, jogada no chão, e o ninja aproveitou essa vantagem para lançar um monte de kunais com raios ao redor delas na minha direção.

Era impossível desviar, eu estava machucada, e o ataque era rápido demais, então, ativei meu Byakugou para não morrer dessa forma, mas a dor seria horrível com certeza.

Fechei os olhos, entretanto, ao abrir, tive uma surpresa.

— Sasuke... 

 Estávamos dentro do Susano'o.

— Tome mais cuidado. — foi só o que ele me disse, indiferente como sempre.

Levantei-me logo em seguida, pois já estava curada devido às faixas negras que espalharam-se pelo meu corpo, e Sasuke fez o Susano'o desaparecer antes de pegar sua espada e ir para cima do ninja que me atacou.

 Por que ele estava agindo assim comigo? Perguntei-me mentalmente, mas logo tratei de esquecer-me desses questionamentos, pois isso só estava deixando-me mais distraída no meio daquela batalha.

Não demorou para aparecer mais inimigos, porém os ninjas da Folha conseguiram combatê-los, exceto a invocação, que estava dando muito trabalho.

O leão-falcão já havia destruído várias casas, e os ninjas da Anbu, que encontravam-se por lá, não estavam dando conta do animal.

Então, eu decidi entrar em ação antes que a situação da vila piorasse.

Comecei a correr em direção à invocação, e Sasuke me acompanhou. Segundos depois, Naruto aproximou-se de nós também e começou a correr ao meu lado, já no modo de chakra do Kurama.

Eu fui na frente e dei um soco com muito chakra concentrado na cara do animal, o que o jogou muitos metros longe. Nesse instante, meus companheiros de time já sabiam o que fazer.

Naruto preparou um Rasen Shuriken e olhou para Sasuke, que assentiu. O Uchiha, então, preparou uma flecha do Susano'o com chamas negras.

Ambos lançaram seus jutsus ao mesmo tempo, os quais tornaram-se um só antes de atingir o animal. Imediatamente, o vento do jutsu de Naruto espalhou o fogo de Sasuke pela pele da invocação, que, logo, sumiu em uma nuvem de fumaça branca.

 Os outros ninjas renegados, ao verem a facilidade com a qual derrotamos a invocação híbrida, fugiram de medo. Mas, afinal, nós éramos o trio mais poderoso do mundo ninja, o time sete, eles tinham mais era que fugir assustados mesmo.

Todos as pessoas por ali pararam para nos ver em ação e surpreenderam-se com nossas habilidades e com o pouco tempo que precisamos para derrotar o animal. Imediatamente, elas começaram a bater palmas e a gritar nossos nomes em um coro ritmado.

— Eles ficaram impressionados. — Naruto, sorriu sem graça e colocou a mão atrás da cabeça.

— É... E por que demorou tanto a aparecer, Naruto? — perguntei, irritada.

— Foi mal, Sakura-chan, mas eu estava tomando banho e, quando percebi o que estava acontecendo, vim o mais rápido que pude.

— Só você mesmo, Naruto. — Sasuke cruzou os braços, e não pude deixar de rir daquela cena.

Fazia tempo que não ficávamos todos juntos.

— Sakura! — ouvi Yori me gritar e vir até mim.

Pelo canto dos olhos, notei que o Uchiha fechou a cara. O que havia de errado com ele?

— Está tudo bem? — perguntou ao entrelaçar sua mão na minha.

— Sim. — respondi, um pouco sem graça.

Sasuke ainda estava bem a minha frente, e isso me desconcertou um pouco.

— Oi, Yori. — Naruto sorriu como sempre.

— Ah, oi, Naruto, Uchiha. — meu namorado sorriu de leve. — Ah, Uchiha, falei com Kakashi-sama sobre as informações que conseguimos, e, talvez, ele nos mande em uma nova missão em breve.

Sasuke continuou com a cara fechada.

— Hm. — resmungou indiferente e saiu andando sem esperar qualquer outra resposta.

 De fato, ele estava mais estranho que o normal.

— Vamos, Sakura? — Yori perguntou, o que trouxe-me à realidade e fez-me desviar meus olhos de Sasuke, que já estava longe.

Sorri sem graça e deixei que Yori me puxasse devagar.

— Vou com você até o hospital, com certeza, deve ter muita gente precisando de ajuda. — comentou, e só então dei-me conta desse detalhe. Estava tão distraída com tudo que nem pensei nisso. — Depois, vou voltar, preciso ajudar a tirar os destroços das ruas.

— Certo. — concordei. — Tchau, Naruto.

Acenei para o loiro, que sorriu ao acenar de volta.

— Tchau, Sakura-chan, Yori!

— Tchau. — Yori despediu-se e, juntos, fomos até a porta do hospital.




. . .




Sasuke Uchiha

 

Eu, de fato, não estava bem. Nunca pensei que Sakura pudesse amar outra pessoa.

Era inexplicável o que eu sentia. Doía vê-la com outro em minha frente, mas, se ela preferia o Yori, eu não podia fazer nada.

Só esperava que ela não me procurasse mais, não queria vê-la e, muito menos, conversar com ela. Pelo menos, por agora. Eu precisava de um tempo para esfriar minha cabeça.

Naquele instante, escorado no parapeito da ponte, eu só queria ficar em paz e sozinho, porém isso não seria possível.

Uma invasão começara, e eu não gostei nada de ver Yori ao lado de Sakura, apoiando-a. Era para eu estar ali.

Eu ia salvá-la, mas ele chegou antes.

Desviei meu olhar dos dois — já sentindo raiva daquele cretino — e da grande invocação híbrida que surgiu — já que vários ninjas começaram a combatê-la — e foquei os ninjas inimigos sobre o telhado de uma das casas próximas à mim. Sem hesitar, pulei em cima dela e enfrentei os renegados com taijutsu.

Eram cinco contra um, e todos possuíam kekkei genkais, como ácido ou venenos. Lutei bastante, utilizando meus doujutsus vez ou outra e, após algum tempo, venci todos, recebendo apenas pequenos arranhões.

Respirei fundo, recuperando-me do combate intenso que tive, mas, quando olhei para baixo, meu coração, que batia descompassadamente, quase parou.

Sakura encontrava-se caída no chão, seu Byakugou estava ativado, e várias kunais com raios iam em sua direção.

 Mesmo sabendo que ela não morreria com aquele ataque e estando com muita raiva dela, eu não podia deixá-la sentir dor. Eu prometi a mim mesmo que não a deixaria sofrer mais.

Desci do telhado o mais rápido que pude e, quando estava na frente da Sakura, ativei o Susano'o, bloqueando o ataque.

 Ela ficou surpresa ao ver-me obviamente.

Desativei meu Mangekyou após agir indiferentemente com ela, peguei minha espada, sentindo a raiva correr por minhas veias e fui lutar com o ninja que teve a coragem de atacar a minha irritante.

Que não era minha por sinal.

 

. . .

 

Era inevitável não ficar incomodado ao ficar cara a cara com Yori — ainda mais vendo-o segurar a mão de Sakura, o que eu acreditava ser de propósito, só para eu ver —, e, ainda mais, ao ver que Naruto — meu amigo — se dava bem com aquele idiota.

Ele devia escolher melhor suas amizades, só acho... Se bem que, se Naruto sempre escolhesse bem suas amizades, talvez, não tivesse feito tudo o que fez por mim.

Tentei controlar minha raiva naquele instante, mas era impossível não deixar transparecer parte do que eu sentia, tanto que fiquei com a cara fechada o tempo todo e agi ainda mais friamente quando soube de uma possível nova missão com Yori.

 Que ótimo! Eu só podia estar pagando em dobro por todos os erros que cometi na vida.

Ao sair do lado deles, eu só queria ir para casa e esfriar a cabeça. Estava sendo cada vez mais difícil aquela situação.

Mas, eu só conseguia pensar em Sakura a todo tempo, nada me fazia tirar da mente as cenas dela com seu namorado, e o arrependimento que eu sentia por ter sido um completo idiota a vida inteira e estragado todas as chances que tinha com a mulher que amava.

Se arrependimento matasse, eu já estaria enterrado há muito tempo.

Passei o resto da manhã em casa, tentando concentrar-me em qualquer outra coisa, mas estava sendo difícil. Então, sem muito pensar a respeito, saí de meu apartamento a fim de comer algo.

Eu andava pelas ruas devagar, na área cuja a paisagem ainda encontrava-se inteira, já que apenas uma parte da aldeia sofreu com a invasão. Estava pensativo enquanto procurava algum lugar bom para comer, até escutar uma voz familiar chamar-me de dentro de um restaurante:

— Sasuke! — Tsunade fez sinal para eu aproximar-me da mesa onde ela, Ino e Sakura estavam sentadas.

Respirei fundo antes de caminhar em direção a elas mesmo contra minha vontade, já que Sakura estava ali também.

— Senta com a gente. — a Godaime pediu, e eu não quis recusar, afinal, foi ela quem fez meu novo braço.

— Hm. — murmurei antes de sentar ao lado direito de Sakura, restando, assim, apenas mais um vago do lado esquerdo dela.

— Já fizemos nossos pedidos, não vai pedir? — Ino perguntou, e eu neguei com a cabeça.

— Não, estou sem fome. — menti.

Só não queria passar muito tempo ali mesmo.

Elas, então, começaram a falar sobre coisas aleatórias e, vez ou outra, perguntavam algo sobre mim. Eu respondia com poucas palavras, já que não estava muito afim de conversar, e o clima não estava tão incômodo durante os minutos que passaram, até, claro, aquele intrometido chegar.

— Oi, pessoal! — Yori cumprimentou. — Oi, amor. — beijou a bochecha da Sakura antes de sentar-se do seu lado esquerdo.

 Aquele cretino... Tenho certeza de que fazia isso de propósito. Fechei a cara no mesmo instante, estava com muita raiva e não me importei de demonstrar isso encarando-o.

— Oi. — Sakura disse, dando um pequeno sorriso, parecia sem graça como antes.

 Levantei-me devagar, atraindo a atenção de todos para mim.

— Sasuke, aonde vai? — Sakura perguntou naquele tom calmo de sempre.

— Embora.

Estava de costas para ela.

— Mas já? Fica mais um pouco. — a voz de Yori tinha um pouco de ironia.

Aquele idiota.

— Tenho mais o que fazer. — respondi friamente antes de sair do restaurante.

 E foi melhor assim, pois Yori estava me tirando do sério. Se eu ficasse mais tempo lá, poderia acabar fazendo uma besteira.




*  *  *

 

                   

 

— Takeshi-sama, o que faremos agora? — um ninja com uma roupa simples, parecida com a de um Anbu, e uma bandana da aldeia das Fontes Termais riscada na testa perguntou, ajoelhado na frente do trono de Takeshi.

— Não tenho certeza. — respondeu Takeshi, um ninja que usava uma grande capa preta de mangas compridas.

Ele tinha uma pequena cicatriz no lado esquerdo do rosto, próximo à orelha, cabelos castanhos claros arrepiados, olhos verdes e usava uma bandana da aldeia da Cachoeira também riscada.

— Depois do desastre no ataque à Konoha, preciso pensar direito no próximo passo.

— Sim, eu entendo. Mas, Takeshi-sama, os outros podem não entender.

— Nori, não se preocupe com isso.

Takeshi levantou-se de seu trono.

— Mas, eles são muitos meu senhor. — retrucou Nori, ainda ajoelhado e parecia preocupado.

— Já disse para não se preocupar.

Takeshi estava muito calmo e deu alguns passos pela grande sala, que parecia uma mansão de tão chique. Haviam vários quadros nas paredes e móveis de luxo por todo o lugar.

— Nenhum daqueles renegados seria corajoso o suficiente para me enfrentar e, se fossem, não sobreviveriam para contar a história.

— Eu sei, Takeshi-sama, mas precisamos do apoio deles, ainda mais conhecendo a fama dos nossos inimigos.

— Não será fácil vencê-los, eu sei, Nori. Por isso, preciso pensar muito bem nos nossos próximos passos. Um deslize, e pode ir tudo por água abaixo. — Takeshi voltou a sentar-se em seu trono.

— Você já tem ideia do que fazer com eles? — perguntou Nori, curioso.

— Sim. Vou destruir Naruto Uzumaki e Sasuke Uchiha, e eu já sei como.

— Excelente, Takeshi-sama. — Nori elogiou, sorrindo — Mas, e a discípula da lendária Tsunade? Não podemos nos esquecer dela.

— Sakura Haruno, não é? 

— Sim... Você vai destruí-la também, Takeshi-sama? — perguntou Nori. — Se bem que, para você, ela não será problema, não é? Você é muito poderoso.

— Sim, ela não é problema. — Takeshi respondeu, sorrindo de canto. — Se bem que eu tenho outros planos para ela.


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