How We Get Here escrita por TatyNamikaze


Capítulo 13
Capítulo 13 - Os Novos Jounins de Konoha


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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How We Get Here

Capítulo Treze - Os Novos Jounins de Konoha



Sakura Haruno

 

— Sakura, tenho um favor a lhe pedir. — Kakashi disse.

Eu estava em sua sala, de frente para ele, que mantinha a expressão séria de sempre e os braços cruzados em frente ao corpo.

— O que foi, Kakashi-sensei?

— Quero que participe da prova jounin.

Arqueei as sobrancelhas, confusa.

— Não entendi, Kakashi-sensei, eu já sou jounin, por que quer que eu participe?

— Justamente por isso. Lembra que eu falei que a prova seria entre o chuunin e um jounin da aldeia?

Assenti com um movimento de cabeça.

— Quero que seja um dos jounins participantes.

— Mas...

— Não se preocupe, é só uma luta para ver as habilidades dos participantes, para saberem se devem realmente se tornarem jounins e, talvez, nem tenha que lutar contra Sasuke ou Naruto.

Hesitei por um instante, pensando a respeito, porém logo sorri e acenei em concordância, afinal, não seria nada de mais.

Era apenas uma luta.

— Excelente! Será amanhã, então, é melhor descansar bastante.

— Certo.

 

— E para a primeira luta… Sasuke Uchiha e Sakura Haruno.

O que Kakashi havia dito mesmo?

Bati-me mentalmente, martirizando-me por ter aceitado tal loucura, mas, ao mesmo tempo, ansiosa com o que aconteceria ali.




*  * *




Os dois seguiram para o meio da arena sob os olhares atentos de todos os ninjas ali. A maioria se perguntava:

“Sasuke lutaria seriamente? Ficaria tudo bem com a Sakura?”

O que ninguém sabia era que o Uchiha estava realmente mudado, e a última coisa que ele queria era machucar a única pessoa que o amava e que ele correspondia.

Os mais próximos dos dois, inclusive Naruto, Hinata e Ino, mantinham-se apreensivos pelo que se desenrolaria ali naquele local. No fundo, eles ainda não confiavam completamente em Sasuke e no seu autocontrole durante uma luta, temiam que ele fosse forçado a usar todo o seu poder, o que, além de poder ocasionar a destruição da arena, podia ferir Sakura gravemente ou, até mesmo, matá-la.

Eles tinham medo de Sasuke perder a noção do quanto de poder podia usar, principalmente, por Sakura não ser uma oponente fraca.

Ao contrário de seus amigos e os outros ninjas e moradores de Konoha que assistiam a prova, Sakura permanecia calma. Ela sabia que podia confiar em Sasuke, assim como ele, nela.

Ela sorriu de leve.

— Não pensei que teria que lutar contra você. — Sasuke falou, encarando-a com o semblante calmo, o que não passou despercebido por Naruto e os outros amigos.

— Nem eu. — Sakura sorriu. — E não se preocupe, não vou te machucar. — brincou, arrancando um sorrisinho de canto dele.

— Digo o mesmo. — Sasuke respondeu, e não esperou que ela falasse mais nada.

Estava na hora do combate.

Sasuke começou a mover-se em direção à garota, correndo rápido enquanto Sakura apenas se preparava para atacar e defender.

Logo, os dois já estavam bem perto, trocando golpes e mais golpes com Taijutsu, dos quais ambos desviavam perfeitamente. Era como se pudessem prever com clareza o que cada um faria no instante seguinte para defender e contra-atacar de forma rápida — e olha que Sasuke nem estava com seu Sharingan ativado.

Todos assistiam o show de Taijutsu maravilhados, exceto os amigos mais próximos, que percebiam que eles não estavam lutando sério.

Sakura, desviando de um golpe de Sasuke agilmente, acertou um soco relativamente fraco em sua barriga, mas que foi o suficiente para lançá-lo ao chão, alguns metros distante. Ela sorriu, correndo rapidamente para onde ele estava, porém, ao tentar golpeá-lo, o Uchiha sumiu e reapareceu atrás de si, rápido o suficiente para atingi-la com um chute antes que ela notasse sua presença.

Sakura deslizou alguns metros, o que foi suficiente para que Sasuke percebesse que, se ele queria mesmo aquele título, precisava lutar mais a sério. Respirou fundo, concentrando chakra nas mãos.

— Essa não… — Naruto sussurrou ao ouvir os sons dos mil pássaros ecoando em seus ouvidos.

— Chidori? — Ino parecia surpresa e, ao mesmo tempo, desviou os olhos para a amiga, que apenas sorria no centro da arena.

É sério que ela estava calma com Sasuke concentrando chakra em um Chidori?

Mas, a loira logo entendeu, notando as faixas negras espalhando-se pelo corpo de Sakura.

O Byakugou estava ativado, então, ela não se feriria.

E Sasuke já estava esperando — ou desejando — isso assim que teve a ideia de usar o Chidori.

Ele não pretendia machucá-la.

O Uchiha começou a golpeá-la, tomando cuidado para não fazer algum ferimento grave. Ele apenas pretendia mostrar suas habilidades — apesar de já possuir o conhecimento de que todos lá sabem do que Sasuke Uchiha é capaz —, até que seu jutsu atingiu-a, atravessando seu ombro.

Sasuke arregalou os olhos ao ver o sangue de Sakura escorrer pelo seu braço, distraindo-se por alguns instantes após tirar a mão do corpo dela, porém, a garota apenas sorriu, sentindo o ferimento fechar-se e aproveitou para atingi-lo com um soco, que o fez parar uns bons metros longe.

Sasuke ativou o Sharingan, sentindo o coração voltar ao normal. Ela havia deixado ser atingida de propósito.

Ele respirou fundo, vendo-a acumular chakra nas mãos e correr até ele, e, imediatamente, ao chegar próximo o bastante para acertá-lo, um chakra roxo espalhou-se ao redor dele.

Sasuke sorriu ao sentir o Susano'o levar o impacto do soco em vez dele.

E, nesse instante, todos na arena observavam a defesa de chakra espantados. Muitos não conheciam o Susano'o ou haviam visto bem brevemente durante a guerra, mas, assim, parecia muito mais interessante agora.

— Sasuke está começando a pegar pesado. — Hinata comentou, e Naruto assentiu.

E o loiro estava começando a ficar preocupado.

Sasuke golpeou-a com os braços do Susano'o, mas Sakura desviou várias vezes, até que foi atingida em cheio e voou longe, rolando pelo chão algumas vezes antes de conseguir parar de pé.

Sorrindo debochado.

Definitivamente, não foi uma boa ideia aquele combate. Sasuke era forte, todos sabiam muito bem disso, mas lutar contra Sakura era algo que ele não pretendia fazer, pelo menos, não com todo o seu poder.

E isso o prejudicaria naquela prova.

Sasuke respirou fundo, precisava encontrar uma forma de derrotá-la sem machucá-la.

Porém, ele não teve muito tempo para pensar, pois Sakura juntou uma quantidade absurda de chakra no pulso — ele via com seu Mangekyou Sharingan — e correu de encontro a ele, que permanecia com as sobrancelhas arqueadas e perguntando-se o que ela pretendia fazer contra o Susano'o.

Na platéia, todos observavam com os olhos arregalados.

— O que Sakura pensa que está fazendo? Aquele é o Susano'o! — Ino disse, incrédula. — Ela só pode ter ficado louca.

Mas, o que houve a seguir calou a boca de todos.

— Shanaroo!

O som alto de seu pulso chocando-se contra a defesa de chakra ecoou pela arena, e todos permaneceram boquiabertos ao verem uma rachadura espalhar-se pelo chakra roxo, até o humanóide sumir por completo.

— O quê?! — Sasuke estava surpreso enquanto fitava a garota respirar fundo, e as faixas negras deixarem seu corpo.

Ela sorriu de lado, e voltou a aproximar-se rápido.

— Acho que não dá mais para pegar leve. — o Uchiha falou, correndo em direção a ela também.

Os dois entraram em um combate rápido, vários golpes foram trocados, assim como jutsus estilo fogo do Uchiha. Sem dúvidas, uma excelente luta para a abertura da prova jounin.

Todos observavam boquiabertos enquanto ambos lutavam Taijutsu, levantando poeira na arena, principalmente, quando os punhos de Sakura tocavam o chão ou Sasuke utilizava de seu Rinnegan, até o Uchiha, com seu doujutsu, visualizar uma abertura perfeita na guarda de Sakura, golpeando-a na barriga a fim de distraí-la para, em seguida, dar-lhe uma rasteira.

Imediatamente, Sasuke retirou sua espada da bainha sob os olhares de todos, principalmente, os amigos, que observavam boquiabertos ele empunhá-la contra Sakura.

Até que a lâmina foi cravada no chão ao lado dela — para o alívio de todos.

— Parece que eu venci. — Sasuke disse alto o suficiente para apenas Sakura ouvir, estendendo-lhe a mão.

— Parece que sim. — sorriu e aceitou a ajuda do amigo, levantando-se.

Na platéia, uma série de aplausos ecoaram, todos maravilhados pelo espetáculo que assistiram.

Ninguém esperava que Sasuke fosse cuidadoso, controlasse o que usaria — eles sabiam que o Uchiha possuía jutsus mortais em seu arsenal, os quais não foram usados —, e que, mesmo assim, a luta seria tão emocionante.

Imediatamente, um jounin da aldeia — o juiz da prova — aproximou-se da arena, declarando que o vencedor da luta era Sasuke, mas, independente do resultado, o importante era a demonstração de habilidades, na qual Sasuke saiu muito bem, portanto, ele havia conquistado o título de jounin.

Sob as palmas de todos, os dois caminharam para a arquibancada, até aproximarem-se dos amigos.

— Que luta foi essa? — Ino estava boquiaberta.

— Vocês começaram lutando tranquilamente, depois, ficou intenso…

— Bota intenso nisso. — Naruto interrompeu Hinata.

— E como você quebrou o Susano'o? — Ino perguntou.

A pergunta que todos queriam saber a resposta, inclusive Sasuke.

— Eu tinha feito uma pequena rachadura com o primeiro soco, então, apenas concentrei um ataque mais forte no mesmo local. — Sakura disse, dando de ombros, como se fosse um feito que qualquer pessoa realizava todos os dias.

— Uau. — Hinata estava surpresa. — Foi uma grande luta!

— Obrigada, Hinata, mas não podíamos lutar com tudo que tínhamos, senão poderíamos machucar seriamente um ao outro e ou destruir a arena.

— Verdade. — Shikamaru concordou.

— Parabéns pela promoção à jounin, Sasuke. — Ino disse, sorrindo. E Sasuke apenas acenou em agradecimento.

Logo, os ninjas começaram a conversar sobre partes da luta, acrescentando a reação que tiveram ao ver a cena, até Chouji, que, até aquele momento, apenas ouvia a tudo e comia suas batatinhas, chamou a atenção deles:

— Gente, é hora da luta, e acho que essa, todos vocês também vão querer ver.

O silêncio estabeleceu-se entre eles, e os olhos desviaram-se para o telão verde, onde dois nomes estavam estampados.

— Isso é sério? — Sakura se perguntava, boquiaberta. — Não era jounin contra chuunin?

— Era. — Shikamaru disse, suspirando cansado.

— Naruto contra o Rokudaime? Isso não é justo. — Ino falou, mas o loiro apenas sorriu, pois era o que mais queria.

Estava na hora de Naruto mostrar que estava realmente pronto para ser Hokage — apesar de que, sobre isso, ninguém tinha dúvidas.




*  * *

 

 

Sasuke Uchiha

 

Aquela tarde fora, sem dúvidas, cheia de surpresas.

A luta contra Sakura foi bem emocionante — e surpreendente —, e, em seguida, Kakashi contra Naruto foi um combate bem interessante e muito esperado.

Mas, todos já faziam ideia do resultado. Por mais que Kakashi fosse o Rokudaime Hokage, todos sabiam que Naruto — por mais que eu detestasse admitir — era muito mais forte, mesmo sem usar a transformação com a Kyuubi e o modo sábio dos seis caminhos.

No fim da prova, onde todos os competidores, mesmo os que perderam as batalhas — como Hinata, Chouji e Kiba —, conseguiram a promoção para jounin, Kakashi falou algumas palavras e, em seguida, deu por encerrado o evento, dispensando todos.

Sakura, Naruto, eu e o resto do pessoal nos reunimos na saída da arena. Todos falavam animadamente sobre as lutas que ocorreram, e eu, vez ou outra, concordava ou resmungava.

— Que tal irmos comer churrasco? — Ino chamou.

— Ótima ideia, Ino! Precisamos comemorar. — Sakura disse, sorrindo animada.

— Vamos! — Chouji concordou com ainda mais animação, já indo na frente.

— Claro. — Naruto também concordou, entrelaçando sua mão na da Hinata e começando a caminhar.

Todos os outros assentiram e já se dirigiam animados para o local, menos eu.

Sakura olhou para mim.

— Você não vem?

— Acho melhor não, não me sinto muito à vontade com muita gente.

— Ah, Sasuke, vamos comemorar, você precisa vir também. Sem você, não será a mesma coisa. — ela disse, e eu fiquei um tanto quanto feliz ao ouvir isso.

Respirei fundo, resolvendo aceitar com um aceno de cabeça.

Fomos andando até alcançarmos o pessoal e não demorou para chegarmos à churrascaria. Imediatamente, Chouji escolheu uma mesa no canto e todos ocuparam os seus lugares — eu ao lado de Sakura.

Comemos bastante enquanto eles conversavam sobre coisas aleatórias — as quais não me interessavam nenhum pouco — e, no fim, já quase uma hora depois, dividimos a conta.

A mesa já se encontrava mais silenciosa nesse instante, quando já nos preparávamos para ir embora.

Até que a pergunta de Naruto fez um silêncio repentino estabelecer-se por completo, e os olhos de todos voltarem-se para mim.

— O que há entre você e a Sakura-chan?

Eu congelei na hora, aquela pergunta havia me pegado de surpresa, e a Sakura também. Eu não sabia o que dizer, já havíamos nos beijado duas vezes, mas só isso, não tínhamos conversado a fundo a respeito disso.                 

— De onde tirou essa pergunta, Naruto? — Sakura tentava disfarçar a vergonha ao mesmo tempo que tentava fazer parecer que aquela pergunta não tinha sentido nenhum.

O que foi melhor.

Mas Ino tinha que pôr mais lenha na fogueira.

— Tenho que concordar com o Naruto.

Sakura olhou para mim, estava corada e sem saber o que fazer, então, percebi que eu teria que tomar o controle da situação.

— Parem de imaginar coisas. — meu tom de voz saiu sério e indiferente como sempre, e espero ter sido convincente.

— Então tá. — Ino falou, mas notei seu sorrisinho malicioso, o que fez-me perguntar se Sakura havia lhe contado sobre os beijos.

Logo, todos levantaram-se da mesa enquanto trocavam várias palavras sobre os mais diversos assuntos.

— Já vou indo pessoal. Amanhã, preciso acordar bem cedo. — Sakura disse, acenou em despedida e seguiu em direção à saída.

— Também vou.

Nós dois saímos do estabelecimento antes dos outros, e, mesmo de costas, eu conseguia sentir o olhar deles em nós e ouvir um último comentário da Ino enquanto nos observava caminhar lado a lado.

— Viu?! Com certeza, tem alguma coisa entre eles.

Respirei fundo. Uma hora ou outra, eles iriam saber, mas não agora.

 Sakura e eu caminhamos em silêncio lado a lado, um silêncio confortável enquanto percorríamos o trajeto de volta a sua casa, até escutarmos algumas garotas da nossa idade me chamando.

Eram as mesmas irritantes da academia ninja, fazendo isso de propósito, só porque Sakura estava ao meu lado.

Algumas coisas nunca mudam.

— Sasuke-kun! Olhe para cá, Sasuke-kun! 

— Nós te amamos, Sasuke-kun!!!

 Eu não estava mais aguentando aquelas irritantes, não era a primeira vez que isso acontecia. Às vezes, eu só queria que elas percebessem que eu não ligo para nada disso, que eu só queria seguir com minha vida em paz.

E Sakura também não parecia gostar disso, seus músculos estavam tensos, e seus lábios, repuxados. Seria ciúmes de mim? Bom, não faço ideia, só sei que eu queria acabar logo com aquilo, então, sem muito pensar, passei meu braço direito ao redor dos ombros de Sakura, que me olhou surpresa pela minha atitude.

Sorri de canto, trazendo o corpo dela para mais perto enquanto andávamos “abraçados”. Ela sorriu de volta bem de leve e com as bochechas coradas enquanto passava o braço esquerdo pelas minhas costas.

Imediatamente, as garotas calaram a boca, vendo-nos juntos.

 Sakura e eu continuamos andando da mesma forma, sentindo o calor do corpo do outro com o contato. Era bom e nenhum dos dois ousou interromper aquele ato.

Até que chegamos próximo à seu apartamento.

Mesmo contra minha vontade, soltei-a, ficando de frente para ela. Sakura sorria sem graça e com as bochechas avermelhadas enquanto distribuía o peso de seu corpo entre um pé e outro alternadamente.

Sorri, vendo-a desconcertada.

E pensar que eu perdi tanto tempo cego pela vingança e ignorei-a. Sentia vontade de bater em mim mesmo sempre que recordava-me de quanto tempo precisou passar para que eu me desse conta do que sentia por ela e do quanto a queria ao meu lado, principalmente, por, quando dei-me conta, quase ter sido tarde demais para isso.

Afastei esse último pensamento. Ainda não era tarde demais, e eu não deixaria que se tornasse.

— Até amanhã? — perguntei, sorrindo de canto.

— Até. — respondeu sorrindo de volta.

Como eu amava Sakura Haruno. Não tinha mais dúvidas quanto ao que eu sentia. Era ela que eu queria ao meu lado, era com ela que eu queria formar uma família.

Sorri, levantando a mão para tocar sua testa com dois dedos, como naquela vez que deixei a vila da Folha novamente, como uma forma silenciosa de dizer que eu a amava e sempre estaria ali para ela.

Sakura olhou para mim surpresa e colocou as duas mãos juntas na testa, o que me lembrava eu mesmo, quando pequeno, diante do toque de Itachi. Ao recuperar-se da surpresa, abaixou as mãos, colocando-as juntas em frente ao corpo.

Eu conhecia aquela expressão.

— O que foi? — ela permaneceu em silêncio, olhando para mim. — Quer perguntar alguma coisa?

Sakura abriu a boca diversas vezes enquanto seus olhos observavam um ponto qualquer no chão, mas, ao erguê-los e encontrar com os meus fitando-a, ela respirou fundo.

— Sasuke... Eu queria... — Sakura começou a falar, a voz baixa e as bochechas coradas. — Quando você saiu de Konoha pela segunda vez, você fez esse mesmo gesto... Afinal, o que significa esse toque na testa?




. . .




Sakura Haruno

 

— Afinal, o que significa esse toque na testa?

Sasuke ficou me olhando por alguns instantes, e eu cogitei a possibilidade de ele não falar nada.

Aquele dia já havia sido muito louco. A nossa luta, as desconfianças de nossos amigos, as fangirls loucas — admito que gostei da atitude do Sasuke para fazê-las se calarem, apesar de que isso só me deixou mais confusa quanto ao que acontecia entre nós.

Talvez, não fosse hora para aquela pergunta.

Passamos alguns instantes apenas olhando um nos olhos do outro.

— Esse toque... — Sasuke começou a falar, desviando os olhos para o alto. — Itachi fazia muito isso.

— Itachi? — meus olhos se arregalaram.

— Sim. Ele o fazia como uma forma de se desculpar e de demonstrar seu afeto.

Meus olhos se arregalaram. Então havia muita coisa por trás daquele simples toque.

— Antes de morrer, foi a última coisa que ele fez... É algo especial para mim.

Abaixei o olhar.

— Eu não sabia que Itachi fazia isso... E sinto muito por tudo que houve com o seu irmão.

Ergui o olhar para fitá-lo, encontrando seus olhos levemente arregalados de surpresa.

— Você sabe?

Sorri sem graça, distribuindo o peso do meu corpo entre os dois pés alternadamente.

— Naruto me contou. Desculpe, eu insisti para que ele contasse.

— Não, não tem problema. — sorriu fraco. — Bom, agora, eu preciso ir.

— Tudo bem. — sorri de canto para ele e levantei minha mão.

Logo, meus dedos encostaram em sua testa, assim como ele havia feito antes, para transmitir a ele tudo que eu sinto.

E ele pareceu entender o que eu queria dizer com aquele toque, pois, após arregalar os olhos de surpresa, suavizou a expressão e sorriu de canto.

— Boa noite. — sorri em despedida e caminhei até minha porta, de onde o vi acenar e dar as costas, começando a caminhar para longe dali.

 

. . .

   

— Agora, vai me contar tudo!

Assustei ao ouvir a voz de Ino — o grito, na verdade.

Eu estava sentada na cadeira em frente à mesa cheia de papéis, na minha sala no hospital de Konoha.

Respirei fundo.

— Tudo o quê, Ino? Ficou maluca? Estamos em um hospital.

— Não mude de assunto, testuda. Vamos, me conta tudo!

— Tudo o quê?  

Eu não estava entendendo nada, não sabia do que ela estava falando.

— O que está acontecendo entre você e o Sasuke?

Então, era isso. Suspirei cansada, os gritos dela já estavam me dando dor de cabeça.

— Eu te conto, mas para de gritar, por favor.

Respirei fundo. Ela não me deixaria em paz se eu não falasse a verdade.

A loira curiosa, então, sentou-se na cadeira em frente à minha mesa.

— Sasuke e eu nos beijamos.

Os olhos dela quase saltaram do rosto nesse instante.

— É o quê? — gritou, o que só serviu para me fazer suspirar e colocar a mão na testa, arrependendo-me de ter falado.

Era óbvio que ela faria um escândalo.

— Conta isso direito. — disse, curiosa e surpresa ao mesmo tempo, ajeitando-se na cadeira.

— Nos beijamos duas vezes, numa ilha na missão da Nuvem e, há alguns dias, na porta da minha casa.

Sorri, lembrando-me dos dois momentos.

— Nossa, Sakura, por que não falou antes? — Ino perguntou, fingindo estar chateada.

— Não sei.

— Hum. — encarou-me com os braços cruzados. — Eu disse que ele estava afim de você. — completou e ajeitou-se novamente na cadeira, livrando-se da falsa chateação. — Mas, e aí, como vocês estão agora? Estão namorando?

Encarou-me ansiosa pela resposta, e eu apenas desviei o olhar.

Eu não fazia ideia do que Sasuke e eu éramos. Ele não disse se me amava. Só porque queria me beijar não queria dizer que sentia algo por mim, não é? Ou queria?

Droga, eu estava confusa!

— Na verdade, não sei. — respondi, olhando para a loira.

E tinha certeza de que meu olhar estava levemente triste.

— Como assim não sabe? 

— Não falamos direito sobre o que houve. Tenho vergonha de perguntar alguma coisa, e ele dizer que não sente nada por mim.

— Claro que não, Sakura! O Sasuke gosta de você, ele até te leva para casa de vez em quando, como ontem, por exemplo, coisa que ele nunca fez para ninguém, e te beijou. Se liga, Sakura! Ele te ama, está estampado na cara dele. O Uchiha, finalmente, percebeu que te ama.

Sorri de leve com as palavras de Ino.

— Tomara... — dei um sorrisinho de lado. — Nossa, eu lembro de quando a gente brigava por ele, como o mundo dá voltas. Agora, você está me incentivando a ficar com ele.

Ino sorriu também.

— É, o mundo dá voltas... Desde que conheci melhor o Sai, meus sentimentos mudaram totalmente... Eu amo aquele cara esquisito. — deu uma gargalhada baixinho. — E, em breve, iremos nos casar.

— Sério? — olhei para ela, surpresa, e Ino apenas sorriu mais.

— Sim!

Levantei-me da cadeira e caminhei até perto dela, que levantou-se em seguida. Abracei-a forte, verdadeiramente feliz por ela e por Sai.

— Parabéns, porca!

— Obrigada, Testuda!

 

. . .

 

Já era bem tarde quando saí do hospital de Konoha, ainda estava com o jaleco sobre uma calça capri branca e uma blusa creme, e com os cabelos soltos, os quais voavam com o vento gélido daquela noite, trazendo uma sensação estranha enquanto eu andava à caminho da minha casa.

A rua estava totalmente deserta e tudo que ouvia-se era o bater de asas de alguns pássaros que voavam. Naquele instante, eu pensei em apertar o passo para chegar logo ao meu apartamento, mas isso não seria possível.

Senti algo vindo em minha direção. Eram várias kunais, porém já estavam bem próximas para eu conseguir desviar com facilidade.

Tentei esquivar de todas em um movimento rápido, mas uma delas passou de raspão em minha bochecha esquerda, acertando parte do meu cabelo e cortando uma mecha grossa à altura do queixo. Um filete de sangue escorria por minha face, pingando no jaleco branco e tingindo-o de vermelho.

As armas ninjas atingiram a parede de uma casa ao meu lado, fazendo um barulho alto. Virei-me para a direção em que elas vieram, deparando-me com cerca de vinte renegados das mais diversas aldeias.

Eu estava totalmente cercada.

— O que querem aqui? — perguntei, mantendo o semblante sério, e a resposta de um deles me intrigou.

— Você.

O renegado, então, foi para cima de mim enquanto os outros assistiam, iniciando uma batalha de taijutsu, mas o cara era bom.

Se já não bastasse as habilidades dele, mais ninjas se juntaram à briga, o que não estava sendo favorável para mim.

Ativei meu Byakugou, e o ferimento no rosto se fechou instantaneamente, mas, ainda assim, o combate não estava saindo como eu esperava, não estava conseguindo acompanhar os movimentos de todos eles.

Acabei sendo atingida na barriga em meio aos golpes que trocava e jogada contra a parede de uma casa, que apresentou rachaduras no mesmo instante pelo forte impacto.

 Um dos ninjas foi para cima de mim, e, para me defender, tentei dar um soco nele, mas o renegado segurou o meu pulso direito com força e, na hora, meu braço começou a arder de uma forma absurda. A ardência se espalhou rapidamente pelo meu corpo inteiro, deixando meus olhos um pouco embaçados, minhas pernas fracas, e minha cabeça mais pesada.

Ele soltou o meu braço, e eu caí de joelhos, sem forças e com o corpo todo doendo. O que havia acontecido? Era veneno? Um kekkei genkai de veneno?

Suspirei derrotada, nem o Byakugou seria capaz de me curar naquele momento.

O ninja, vendo o meu estado, pegou uma kunai para me golpear, mas, de repente, ele parou, com uma cara de surpresa misturada a dor.

Foi quando notei que um raio azulado atravessou a lateral de seu corpo. 

— Chidori… — sussurrei para mim mesma, quase sem voz ao ver o ninja cair desacordado, e Sasuke parar de pé ao meu lado.

Os renegados o olhavam surpresos, assim como eu.

— O que pensam que estão fazendo? — ele perguntou, a raiva estava evidente em sua voz.

— Não é da sua conta, Uchiha. — um deles respondeu, dando um passo à frente.

Levantei-me no mesmo instante, tentando ficar em pé e, depois de muita dificuldade, consegui.

— É melhor descansar, eu resolvo isso. — Sasuke falou, ainda mais irritado pela audácia de um dos renegados, colocando-se à minha frente.

Logo, um combate iniciou-se em minha frente. Golpes e mais golpes, jutsus e mais jutsus, uma luta surpreendente entre Sasuke e os vários ninjas inimigos.

Tudo para me proteger.

Só se podia ouvir gritos de dor no momento em que Sasuke os acertava com seus golpes rápidos e, em seguida, o baque dos corpos contra as pedras da rua.

Já alguns minutos depois, havia apenas mais um renegado no lugar, o qual nos encarava com ódio, mas, quando Sasuke foi para cima dele, o inimigo sumiu. Era como aquele ninja que nos acertou antes de chegarmos à Nuvem.

Um renegado com kekkei genkai de invisibilidade, o qual não permitia nem que os doujutsus de Sasuke o visse.

Nós dois alternamos os olhares para todas as direções, e nada. Não conseguíamos vê-lo e nem fazíamos ideia se ele ainda estava lá.

Mas, a resposta logo veio com um impacto forte no rosto, que jogou-me contra a parede da mesma casa de antes e, em seguida, um mais forte ainda na cabeça, que fez eu mergulhar na escuridão.




. . .



   

Sasuke Uchiha

 

Bati na porta da sala do Hokage, escutando um baixo “entre” em seguida. Do lado de dentro, Kakashi e Shikamaru se encontravam, ambos sérios.

— Sasuke. — sorriu por baixo da máscara. — Já sei sobre o que veio falar, e eu já resolvi tudo.

Aproximei-me para ouvir melhor o que ele tinha a dizer — e torcia para ser algo bom, talvez, um cargo na Anbu de Konoha, por exemplo.

— Desde que esses renegados começaram a se juntar contra as cinco grandes nações, adotamos um método muito eficiente de treinamento. Dividimos os ninjas da Anbu em dois esquadrões. Um é liderado por Sai e o outro ainda está sem um líder. Quando disse que queria fazer algo, pensei que seria perfeito para o papel de capitão e responsável pelo treinamento deles. E, então, aceita?

Eu o olhei, surpreso, pois aquilo era mais do que eu imaginava que receberia.

Pensei que seria só mais um membro da Anbu.

— Sim.

— Excelente! — Kakashi sorriu por baixo da máscara. — Shikamaru, leve-o até o local onde o esquadrão dois está.

O Nara suspirou cansado.

— Mas que chatice.

 

. . .

Eu estava de pé frente à sessenta ninjas mascarados, membros do esquadrão dois da Anbu. Engoli em seco, todos ali já deveriam ter ouvido falar de mim — coisas ruins obviamente.

O silêncio instalara-se por lá, mas eu não podia deixar que meu passado atrapalhasse meu presente e eu tinha que fazer o melhor possível.

Por Kakashi — pelo voto de confiança — e por Konoha.

— Acredito que vocês já devem me conhecer, então, vamos pular as apresentações, mas, antes, eu só queria dizer que podem confiar em mim, que eu vou dar o meu melhor e fazer de tudo para proteger Konoha. — olhei sério para os ninjas. — Vamos começar. Com certeza, vocês já têm uma equipe formada, não é? Companheiros com quem estão acostumados a lutar lado a lado?

— Sim! — exclamaram em uníssono.

— Ótimo! O Rokudaime me deixou responsável por esse esquadrão, ele confiou em mim para ajudá-los a ficarem mais fortes, para vencermos os inimigos, e é isso que vou fazer... Vamos começar com o trabalho em equipe. Juntem-se com mais dois companheiros que estejam acostumados a formar uma equipe, e vamos treinar.  

Caminhei até o meio dos ninjas e montei algumas armadilhas com kunais e outros equipamentos ninja, e cada equipe do grande esquadrão realizou o treinamento para que eu tivesse conhecimento de suas habilidades e, quem sabe, criar outras possíveis formações.

 Foi uma tarde bem cansativa e promissora. Vi que muitos dos ninjas do esquadrão, os quais a maioria eu nem sabia que existia, tinham muitas habilidades e, para um primeiro dia como capitão de um esquadrão, até que eu me saí muito bem, e, pelo jeito, eles já estavam se acostumando comigo, estavam até mais confortáveis com minha presença.

Foi mais fácil do que eu pensei que seria, de fato.

 

. . .

 

Eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Um bando de renegados estava lutando contra a Sakura? O que eles pensavam que estavam fazendo?

Imediatamente, interferi na briga.

Ainda bem que havia ficado entediado de ficar em casa e saí, pois, senão, eu não sei o que poderia ter acontecido com a Sakura — se bem que o que aconteceu não foi nada legal.

Ao vê-la soterrada pela casa que desabou em cima dela, tentei correr para ajudá-la, mas algo me impediu, acertando-me um chute na barriga. Era o ninja invisível.

Vários shinobis de Konoha se aproximaram e viram eu levantando-me com dificuldade. Eu precisava ajudar a Sakura, mas teria que destruir esse ninja primeiro.

Olhei ao meu redor e nada, não sabia de onde viria o próximo ataque, estava alerta, mas só aquilo não era o suficiente, fui atingido de novo e jogado contra uma árvore.

 Todos ao meu redor ficaram sem entender nada, principalmente, Ino, a qual não conseguia tirar os olhos de mim, que recebia ataques do meio do nada.

Levantei-me de novo e decidi prestar mais atenção ao meu redor, sentir todas as sensações possíveis, então, fechei os olhos, já que não ia adiantar muito estar com eles abertos, pois o cara estava invisível.

Prestei atenção no deslocamento de ar ao meu redor. 

 Senti o vento vir rapidamente em direção ao meu rosto, então, entendi. Era o ninja deslocando o ar com seu braço. Abaixei, peguei minha espada e cortei o ar em minha frente, mas ele rapidamente tomou forma e cor. O ninja não estava mais invisível e, na lateral de seu corpo, um grande corte se destacava, jorrando sangue.

Seu rosto evidenciava a dor que sentia, e seus joelhos fraquejaram, levando-o ao chão.

Acordei para a realidade nesse instante e corri até os destroços da casa que desabou, começando a retirar cada pedaço do que, antes, era uma parede.

Ino, vendo minha atitude, veio correndo até mim, já entendendo o que aquilo significava. Ela se ajoelhou ao meu lado e começou a retirar os destroços também, e, depois de retirarmos vários, avistei a mão da Haruno. 

Tiramos mais alguns de forma rápida, e Sakura ficou toda à mostra. Estava com a pele suja por causa da poeira do desabamento da casa, a cabeça sangrando muito apesar do Byakugou ativado, e o pulso direito estava muito vermelho, muito mesmo. Peguei Sakura em meus braços com todo o cuidado do mundo.

— Sakura… — sussurrei, mas não recebi nenhuma resposta de sua parte.

Ela estava desacordada.

— Sasuke, precisamos levá-la para o hospital e rápido. — Ino disse, e, então, fomos correndo pelos telhados rumo ao hospital de Konoha.

 

. . .

 

Fiquei até de madrugada no hospital, e nada de Sakura acordar. Tsunade disse que havia veneno em seu corpo, por isso, o Byakugou não agiu, porém, assim que a substância foi removida de seu sangue, o próprio Byakugou a curou dos ferimentos e, em seguida, desativou-se.

Mas, essa notícia não foi suficiente para acalmar-me, pois ela não acordou. Apenas permaneceu da mesma forma, desacordada.

Em todas as horas que esperei, perguntei-me mentalmente se teria sido diferente se eu tivesse chegado antes, se eu estivesse lá para ajudá-la.

Provavelmente, se eu tivesse chegado alguns instantes antes, ela não estaria assim.

Por insistência de Ino, voltei para casa durante a madrugada, mas, assim que amanheceu, levantei-me da cama e saí, pois queria vê-la — acordada de preferência —, mas nunca as coisas saem como queremos.

Ao chegar ao hospital, recebi a notícia de que Sakura continuava do mesmo jeito. Sua aparência não era das melhores, parecia cansada, pálida, o braço ainda possuía uma coloração rosada, e seus cabelos estavam na altura dos ombros, perfeitamente cortados — provavelmente, obra de Ino. Mas, ainda assim, continuava bonita — se bem que, com os cabelos curtos, ficou ainda melhor.

Respirei fundo, ainda preocupado com ela, mas de nada adiantaria minha presença ali, eu não podia fazer nada para ajudá-la, então, despedi-me dela com um sorriso de canto — levemente, triste — e fui trabalhar.

Eu precisava me empenhar no treinamento do meu esquadrão e, quanto mais rápido realizasse o treino do dia, mais cedo voltaria ao hospital — torcendo para que ela estivesse acordada.

A tarde passou rápido, e o treinamento correu muito bem, mas eu não via a hora de ver Sakura. Assim que dispensei os ninjas da Anbu, dando por encerrado o dia de treinamento, segui para o hospital, onde, imediatamente, encontrei com Ino e Tsunade no corredor.

— Sasuke, oi, nós já estávamos indo ver a Sakura, venha conosco. — Tsunade disse, e não pensei duas vezes.

Segui as duas até entrarmos no quarto.

— Como ela está? — perguntei.

Tsunade fechou a porta assim que passou por ela por último.

— Na mesma. — foi Ino quem me respondeu, fazendo meus olhos desviarem-se para a figura apagada sobre a cama, com os cabelos espalhados pelo travesseiro, e o corpo escondido sob um lençol.

— Mas ela não deve demorar a acordar. — Tsunade completou.

— Tomara. — sussurrei sem perceber, aliviado por ouvir isso, chegando perto da cama dela para vê-la melhor.

— Você gosta dela, não gosta? — Tsunade perguntou, quebrando o silêncio que se instalou por alguns segundos.

Virei-me de frente para ela, surpreso — mas claro que não deixei transparecer isso.

— O quê? 

Elas me encararam.

— Não precisa fingir que não entendeu, Sasuke. Nós vimos o quanto você se preocupou com ela. — Ino falou, com um sorriso malicioso no rosto.

Era óbvio, aquele sorriso já dizia que ela sabia dos nossos beijos. Sakura deve ter lhe contato.

Mas, eu não tive tempo de negar, afirmar ou qualquer outra coisa, pois, o que aconteceu a seguir atraiu nossa atenção — e como.

— A-ah, ai… — a voz de Sakura soou baixa e fina, um gemido em forma de sussurro, porém alto suficiente para fazer um silêncio e surpresa inundar o quarto.

Ela estava com os olhos abertos, e seu rosto possuía uma expressão estranha, algo que eu não consegui identificar o que era.

Aproximei-me mais da cama, sorrindo de canto ao ver os orbes verdes dela.

— Sakura, ainda bem que acordou. — falei sem importar com o que os outros diriam.

Eu estava aliviado e feliz, o resto não importava.

Porém, a expressão em seu rosto não mudou, o que me intrigou.

Havia algo errado?

— Está tudo bem? — perguntei, e ela apenas encarou-me. — Fala alguma coisa.

Seus olhos esmeraldinos desviaram-se para Ino e Tsunade, e seu semblante permaneceu com a mesma expressão.

Em seguida, ela voltou a encarar-me da mesma maneira.

— Quem é você?


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