Scarlet Blood escrita por Alien do Hobi


Capítulo 9
VIII


Notas iniciais do capítulo

Oi meus loves, acabamos de terminar esse capítulo, espero que gostem hehe
Hoje teremos a fotinho do nosso maknae de ouro, nosso biscoito dentuço, o bb Jão Cookie eeeeeeeee *palminhas*

VOCABULÁRIO:
—Aish: expressão coreana usada como idignação, tipo "aff..." e "droga"



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Olha aí meu povo, sei não, mas parece que o clima ficou mais hot agora, né não? *dying*. Um beijo beeeeeeeeeeem grandão pra Foutris Forever, a gatinha que mora no nosso core *-*

 

 

—Jungkook on-

Ando de um lado para o outro no quarto segurando aqueles arquivos na mão. Devem ser umas seis horas da manhã e ainda não consegui pregar os olhos, imagens diversas passam pela minha mente, qual seria a reação do hyung? Eu realmente deveria contar aquilo para ele?

—Aish! – Jogo os papeis no chão frustrado por não ter ideia de como explicar aquilo. Por que as coisas não podiam ser simples apenas uma vez? – Se acalme Jungkook. – Passo as mãos no rosto. – Vai ficar tudo bem, o hyung vai suportar... sim, ele vai.

Olho para o espelho e observo meu reflexo, estou com olheiras profundas por causa da noite em claro e meu cabelo está completamente bagunçado. Como eu poderia dar aquela notícia a ele?

—Que belo diplomata. – Reviro os olhos.

—Namjoon on-

É a primeira vez que acordo sem lembranças devastadoras. Arya está olhando para mim com um sorriso no rosto.

—Bom dia. – Sussurro.

—Bom dia Namjonnie. – Ela me abraça, parece feliz.

Uma batida na porta faz com que Arya leve um susto.

—Sr. Rhambos? – Ouço a voz de uma criada vermelha e mando que ela não entre. – O príncipe Calore deseja vê-lo o mais rápido possível.

Solto um suspiro assim que escuto os passos dela indo embora.

—O príncipe Calore... – Arya sussurra com os olhos arregalados.

—O que aconteceu no baile? – Pergunto. – Por que você estava com medo?

—Eu... – Ela balança a cabeça negativamente. – Acho que tenho que ir.

Seguro seu braço antes que ela chegue até a porta.

—Podemos nos ver mais tarde? – Pergunto.

—Claro. – Ela abre um sorriso fraco e vai embora.

*

Bato na porta do escritório do príncipe herdeiro, o último lugar do mundo onde eu gostaria de estar.

—Entre. – Ele diz.

Abro lentamente a porta e ele fica surpreso em me ver.

—Me chamou alteza? – Pergunto.

—Namjoon? – Ele solta uma risada. – Quer dizer que agora você está oferecendo abertamente os seus serviços? Quem diria que esse Rhambos viraria um puxa saco... – Ele olha para mim e faz questão de cuspir as próximas palavras lentamente. – Igualzinho à sua mãe.

O príncipe solta uma gargalhada e eu me controlo para não revirar os olhos. Quando eu era mais novo, sentia-me incomodado com aquilo, mas agora essas provocações não passam de mentiras.

—O senhor me chamou ou não? – Pergunto mantendo a calma.

—É claro que não. – Ele responde. Viro as costas para ir embora e o escuto antes de fechar a porta. – Mantenha a sua cabeça no lugar Namjoon.

Respiro fundo algumas vezes, nunca gostei desse idiota.

Me dirijo até o quarto do outro Calore, um erro tão simples... se eu tivesse raciocinado bem poderia ter evitado.

—Jungkook? – Pergunto abrindo a porta.

—Ah, hyung eu... encontrei algo. – Ele diz com a voz nervosa.

—Ele encontrou tudo. – Jin corrige.

Passo os olhos pelo quarto e reparo que Yoongi está lá também.

—Feche a porta, Nam. O assunto é sério.

*

—Isso é mentira hyung! Isso é uma completa mentira! – Me apoio na sacada tentando absorver a notícia, depois de tudo o que me contaram não pude continuar naquele quarto.

—Não é mentira Namjoon. – Yoongi responde também se apoiando na grade.

—Mas hyung... – Ele me lança um olhar e evito continuar por um momento. – Uma vermelha... – Sussurro.

—Sim, Namjoon. Uma vermelha. Eu sei que é confuso, mas... isso é verdade, de algum modo é possível.

—Vermelhos com poderes? – Sussurro para que ninguém ouça. – Isso soa como loucura, como pode ter tanta certeza de que é verdade?

Yoongi apenas me olha de um jeito misterioso.

—Sinto muito. – Ele põe a mão em meu ombro. – Você vai ficar bem?

—Alguns dizem que a ignorância é uma benção, mas eu vou ficar bem.

—Arya on-

—Senhorita, faz ideia do quanto fiquei preocupada? – Nara está expondo o seu desespero pela milionésima vez.

—Eu já disse Nara, estou bem.

—Mesmo assim... a senhorita passou a noite toda fora, eu quase tive um ataque cardíaco!

—Menina... se acalme, por favor.

Ela senta do meu lado na cama.

—Estou calma. – Diz, mas seu rosto está todo vermelho.

Espero que seu nervosismo diminua para soltar algo que eu já sei há muito tempo.

—Preciso ir embora. – Digo.

—O que? – Ela arregala os olhos.

—Nara, eu não posso ficar aqui, eu...

—Aconteceu alguma coisa senhorita? Algo no baile?

Sim, aconteceu.

—Não. – Sorrio.

*Flashback on*

Estava tudo bem enquanto eu estava dançando com Namjoon, até sermos interrompidos.

—Posso ter a honra? – Perguntou uma voz grossa.

Namjoon cumprimentou-o e saiu, contive o desespero que se instalou no meu peito ao ser deixada com um prateado desconhecido.

O vinho tinha me deixado um pouco tonta, mas eu ainda podia reconhecer as cores da casa Calore. Casa Calore?

—É um prazer conhecê-la – Ele deu um leve beijo em minha mão. – Senhorita...

—Arya. – Minha voz saiu rouca.

—Arya... – Ele repetiu pensativo. – Podemos dançar?

Fiz que sim com a cabeça e começamos a dança mais desajeitada do salão.

—Você está bem? – Ele perguntou soltando um risinho.

Novamente concordei com a cabeça.

—Mas eu nunca a vi aqui na corte, Arya. De que casa você é?

—E-eu... não sou de nenhuma casa nobre.

Naquele momento ele me girou e eu quase caí.

—Hum... isso explica seu desequilíbrio e sua péssima técnica de dança.

—Ah... – Abaixei o rosto sentindo minhas bochechas queimarem, mesmo com toda a maquiagem eu tinha medo de que algo transparecesse.

—Acho que você é a primeira.

—Primeira...?

—Primeira prateada que tenta se parecer com uma vermelha.

Não pude conter que meus olhos se arregalassem.

—Co-como?

—Seu blush. – Ele riu novamente, mas não havia graça alguma em seus olhos. – Um pouco vermelho e exagerado, não acha?

Eu estava me odiando muito naquele momento por não conseguir conter o rubor que só crescia no meu rosto.

—Realmente muito estranha. – Ele comentou e continuamos a dançar. – A próposito, ainda não me reconheceu?

Minha mente começou a girar tentando entender o que estava acontecendo.

—Tiberias II, o herdeiro de Norta. – Ele disse.

*Flashback off*

—Senhorita? – A voz de Nara me dá um susto.

—O-o que?

—Estão batendo na porta. – Ela diz num tom estranho de depois sussurra: - Acho que é aquele forçador.

—Namjoon? – Pergunto e logo as lembranças da noite passada me invadem.

MEU DEUS!

Não contenho a vergonha e começo a espernear na cama.

Eu não fiz isso. Por favor, eu não fiz isso.

—Senhorita, se controle! – Nara se assusta.

—Nara! – Sussurro apavorada. – Nos beijamos ontem.

—O QUE?! – Ela grita.

—Arya? Está tudo bem aí? – Ouço a voz do forçador no outro lado da porta.

—Ai meu Deus, é ele. – Sussurro novamente.

—Então eu vou abrir. – Ela fala me provocando.

—Não Nara! – Começo a entrar em desespero. – Não! Nara, por favor!

Ela escancara a porta e dou um pulo da cama fingindo que tudo está bem.

—Está ocupada agora? – Ele sorri.

—Bem, eu...

Nara sai me empurrando porta afora.

—Acho que não. – Respondo envergonhada.

—Que bom. – Percebo uma falha me seu sorriso. – Podemos conversar?

*

—Algo errado? – Pergunto sentando no chão ao lado de um canteiro de rosas. Estamos novamente no jardim.

—Eu não tenho certeza. – Ele responde. – Eu finalmente... finalmente descobri sobre minha mãe.

Não sei o que dizer, sua expressão não parece animada.

—Eu não sei o que pensar, é tudo tão estranho. – Namjoon pega minha mão e fica brincando com ela.

—Você quer... falar sobre isso? – Pergunto.

—Não tenho certeza sobre isso também. – Ele olha para mim e abre um sorriso fraco. – Eu deveria?

—Talvez você se sinta melhor.

—Ok, então... – Ele volta a olhar para minha mão e começa a fazer círculos nela com o polegar. – Mas você não pode contar para ninguém.

—Ok, eu prometo.

—Então... eu descobri que existem vermelhos que tem poderes. – Ele diz.

—O que?!

Minha mente dispara e meu coração vai a mil. Eu não sou a única aberração, então?

—Exatamente, isso não é loucura?

—Claro que não! – Deixo escapar e ele dá um risinho.

—Yoongi hyung falou a mesma coisa, ele não ficou nem um pouco assustado com a ideia como eu e os outros meninos.

—Ah... – Minha cabeça ainda gira.

—E minha mãe… bem, segundo os documentos, ela foi executada por acobertar essa vermelha, que era criada dela. Depois disso o rei abafou completamente esse caso.

A similaridade da história fez um arrepio percorrer todo o meu corpo.

—Será que... existem mais vermelhos assim em Norta?

—Eu espero que não. – Ele responde e sinto meu coração apertar. – Se existirem muitos, talvez possam se rebelar, e isso causaria uma guerra terrível.

—Então... – Sinto minha voz tremer e não consigo terminar meu raciocínio.

Namjoon me abraça.

—Vai ficar tudo bem, eu disse que ia proteger você, não disse? – Ele me aperta mais forte.

Ficamos um tempo naquele estado até Yoongi entrar correndo no jardim e gritando meu nome.

Ele para por um momento quando nos vê abraçados.

—Acho que estou atrapalhando. – Comenta.

—Aconteceu alguma coisa hyung? – Namjoon pergunta se afastando um pouco de mim, mas mantém sua mão em minhas costas.

—Está tudo bem Nam, mas Arya, você precisa vir comigo.

Agora! Ele grita em minha mente e dou um pulo.

Odeio quando você faz isso! Penso reclamando e espero que ele tenha ouvido.

—Nos falamos depois. – Namjoon sorri para mim.

Mal posso me despedir dele pois sou arrastada pelo murmurador.

Ele anda muito rápido e tenho que correr parra acompanha-lo.

Antes de chegarmos ao meu quarto vejo vários guardas ao redor de alguém.

“É um espião de Lakeland” ouço alguns nobres sussurrarem enquanto os guardas levam o prisioneiro.

Vire o rosto. Yoongi ordena.

Estou prestes a obedecer sua ordem, mas noto algo com o canto do olho.

O cara cercado parece erguer um pouco mais a cabeça em nossa direção como se estivesse curioso. Olho para ele e nossos olhares se encontram. O ar não chega a meus pulmões e fico paralisada, uma agonia intensa sobe do meu peito para minha garganta e me sufoca mais ainda. Eu poderia reconhecer aquele olhar em qualquer lugar do mundo.

Adrian abre um sorriso torto e é empurrado pelos guardas enquanto Yoongi me puxa violentamente em direção ao quarto.


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Notas finais do capítulo

E aí meus capangas hihihi o que acharam desse cap??? Comentem meus McBúrgueres, até mais ♥