Scarlet Blood escrita por Alien do Hobi


Capítulo 5
IV


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, nos perdoem pela demora, vou explicar o que aconteceu: nós estávamos com o capítulo todo pronto, porém pai que é pai sempre deixa os filhos loucos vezes ou outras, não é? Enfim gente, ele apagou o capítulo todo e tivemos que reescrever tudo. A gente estava realmente decepcionada por isso, então acabamos demorando um pouco para voltar a escrever
Enfim, foi isso, espero que ainda leiam a história
Boa leitura

Vocabulário: (isso é para quem é fã de A Rainha Vermelha e não conhece algumas palavras do Kpop)
—Hyung: é usado por homens e significa "irmão mais velho", mas também pode ser usado para se referir a um amigo próximo, como uma forma carinhosa de chamá-lo (desde que ele seja mais velho)
—Aegyo: tons de voz ou expressões fofas e delicadas, significa literalmente "se comportar de forma graciosa e fofa"



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—Arya on-

Não há nada que eu possa fazer para me justificar nesse momento, então apenas fecho o corte em minha mão sem conseguir encara-lo.

—Por favor, apenas me mate logo. – Imploro a ele.

—Você tem duas opções: ou tenta se explicar, ou eu vou descobrir o que quero pelos meus próprios meios.

Não posso conter as lágrimas e simplesmente deixo que as palavras jorrem da minha boca. Conto tudo a ele, desde a execução do meu irmão, a tortura que passei depois de ser descoberta, até meu encontro com eles na floresta.

Espero que ele diga alguma coisa, mas ele apenas fica parado me observando.

—Eu não posso passar por isso novamente... – Digo sem me importar de enxugar as lágrimas que ainda caem. – Então, por favor, me mata agora.

—Já está tarde. – Ele diz e se levanta. – Vou pensar no assunto e amanhã decido o que fazer com você.

Então ele vai embora me deixando completamente desesperada em um quarto escuro.

*

Não consigo dormir, aquele cobertor me sufoca, a ideia de minha vida estar nas mãos de um murmurador me deixa perturbada.

Passo longos minutos naquele estado até que tomo uma decisão. Não ficarei aqui esperando minha sentença. Ficar não é uma opção.

Ando às cegas pelos corredores do palácio, uma saída, é a única coisa que preciso.

Avisto a luz das estrelas saindo de uma porta, me dirijo até lá e percebo que estou novamente naquele jardim.

—Oh! O que está fazendo aqui? – Ouço uma voz atrás de mim e me viro surpreendida.

Namjoon parece tão surpreso quanto eu e acabo ficando sem reação. Meu cérebro ordena que eu corra, mas meus pés não se movem.

Ele abre um sorriso e estende a mão para mim.

—Quer ver as estrelas? – Pergunta.

Tento lembrar a mim mesma o quão perigoso é aquele lugar e todos os motivos pelo qual não posso aceitar seu convite. Mas o gesto daquele Rhambos parece tão gentil e acolhedor que, quando dou por mim, já estou seguindo-o enquanto sinto o calor de sua mão na minha. O sorriso que ainda está em seu rosto me faz esquecer dos problemas e, quando sento ao seu lado observando o céu, sinto uma paz invadir meu peito.

—Uau! É incrível. – Comento.

—Você nunca fez isso? – Ele pergunta chocado.

—Não. – Respondo e abro um sorriso meio debochado, nunca tive tempo para isso, ou era o toque de recolher que eu não podia quebrar, ou a cela sem janelas que não permitia que eu visse o céu. – Flores... estrelas... você é um forçador meio estranho.

Ele apenas ri e percebo covinhas em suas bochechas, seus olhos quase se fecham e por um momento me perco em seu rosto.

—Mas o que você ainda está fazendo acordada?

—Não consigo dormir. – Respondo.

—Eu também não.

—Insônia? – Pergunto repentinamente curiosa.

—Pesadelos. – Ele dá um suspiro.

—Estava pensando na onça?

Namjoon se vira para mim com um sorriso amarelo.

—Não tente descobrir meus pesadelos. Não vai fazer bem a você.

Sinto meu rosto esquentar quando ele diz aquilo. Eu não deveria estar ali, não deveria estar olhando as estrelas e conversando com um prateado de madrugada. Eu não pertenço a este lugar.

Namjoon de repente apoia seu braço em meu ombro e se aproxima um pouco mais.

—Mas e você? O que está tirando seu sono?

—Eu estava pensando na minha família. – Digo virando meu rosto, não quero chorar novamente.

—Então acho que tenho o remédio perfeito para nós. – Ele levanta e novamente me estende a mão.

Tento deixar de lado a sensação que invadiu meu peito quando ele disse “nós” e novamente me vejo segui-lo enquanto ele segura minha mão delicadamente. Então é isso, estou perdida, estou entregue.

*

O forçador bate em uma porta e logo Jin aparece com um sorriso maroto.

—Então você resolveu reconsiderar minha proposta? – Jin percebe minha presença. – Bem... mais uma não vai fazer diferença. – Ele dá de ombros.

Namjoon balança a cabeça querendo rir.

—Só vamos logo. – Ele diz.

Passamos por vários guardas, mas Jin dá seu jeitinho, nem sei o quanto já andamos, até que entramos em uma porta.

Percebo que estamos na cozinha.

—O que estamos fazendo aqui? – Pergunto.

—Ué, viemos roubar comida. – Jin fala como se fosse a coisa mais normal da vida.

—Não é roubar, a gente só vai pegar e não devolver. – Namjoon retruca.

—Mesma coisa. – Jin começa a pegar tudo que vê.

—Podemos morrer por isso. - Digo assustada.

—Você vai perceber um dia, Arya, que morrer não é uma das piores coisas da vida. - Diz Namjoon. Concordo com ele, sei muito bem o que é isso, sei como é implorar pela morte.

*

Ficamos sentados vendo as estrelas comendo o que pegamos.

De repente Jin começa a rir.

—Durma mais hyung, você claramente precisa. – Namjoon fala.

Sigo o ritmo dele e me deito no chão.

—Queria que fosse assim para sempre. – Sussurro fazendo um quadro com os polegares e os dedos indicadores para ver o céu.

—Mas pode ser assim. – Jin se deita também.

—Você pode ficar aqui conosco. – Namjoon segue nosso exemplo e deita do meu lado. – Eu posso te trazer para ver as estrelas e o jardim mais vezes se você quiser.

—Acho melhor irmos. – Jin fala. – Percebo que estou começando a ficar de vela, me avisem da próxima vez que eu trago uma.

Ele começa a rir da própria fala que eu não entendi.

—Tem razão, você precisa descansar Jin. – Namjoon se levanta.

Os dois me acompanham até o quarto.

—Boa noite. – O forçador abre um sorriso muito fofo e faz um aegyo.

—Sonhe com os anjos, ou seja, comigo. – Ao dizer isso Jin leva uma cotovelada do amigo.

Fico observando os dois seguirem pelo corredor brincando um com o outro.

Fecho a porta e me jogo em meus cobertores.

Por um momento eu posso ter paz e dormir tranquilamente.

*

Acordo meio zonza e lá está Nara, a serva vermelha, me olhando espantada, logo percebo o motivo, meu sangue ainda está no chão.

—Senhorita eu... – Ela para.

Levanto depressa e fecho a porta.

—C-c-como pode isso? – Ela deixa escapar, mas logo se desculpa por sua informalidade.

 -Você não pode dizer a ninguém! - Peço.

Ela se recupera do choque.

—N-não se preocupe. – Responde.

Meus ombros descarregam a tensão que havia neles.

—Obrigada. – Suspiro. – Eu prometo que te explico depois.

Ela abre um sorriso.

—Claro, senhorita há algo que posso fazer?

—Só pegue uma roupa, eu vou limpar tudo isso. – Falo pegando um pano.

Nara faz uma reverência e vai em direção ao guarda-roupa.

Realmente como pude deixa-la descobrir? Sinto um leve medo de que ela possa contar e uma culpa, Nara sempre foi tão gentil e amistosa comigo, eu realmente gosto dela.

—A senhorita gostaria de algo simples? – Ela se aproxima.

—Sim.

—Não se preocupe. – Nara olha para mim. – Meus dias no palácio eram tão angustiantes, mas agora tudo mudou, realmente gosto da senhorita, seu segredo morre comigo.

Sinto um alívio enorme.

—Aprese-se senhorita, o príncipe provavelmente virá chama-la para o café da manhã. – Ela diz me ajudando a levantar e rapidamente coloca um vestido azul claro em mim.

—Obrigada. – Digo.

—Vá rápido, eu limpo o resto. – Nara me empurra para fora.

Meu passo é apressado, caminho pelo corredor quase correndo até encontrar o príncipe Calore.

—Aí está você! – Ele diz.

Faço uma reverência.

—Vamos, você está atrasada para o café. – Ele me puxa.

Eu sinto o salto atrapalhar um pouco, é tão difícil andar com isso.

Olho para frente e me deparo com Yoongi.

—Ah, achei você também hyung, onde estava? Todos estão nos esperando. – Jungkook fala.

Yoongi se abaixa para um cumprimento.

—Eu ia chamar Arya para irmos juntos. – Ele diz meio rígido.

Meu estômago revira.

—Ótimo, vamos logo então. – Jungkook sorri.

Seguimos pelo corredor e sinto minha cabeça doer novamente, como no jantar da noite passada.

“Precisamos ter um conversa” ouço a voz de Yoongi em minha cabeça. Ele vira para mim com um olhar ameaçador e entendo tudo o que aconteceu. Ele havia entrado na minha mente no jantar.


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Notas finais do capítulo

Genteeee Deixem comentários, sim??
O que estão achando? Estão com dificuldade de entender alguma coisa? Espero saber a opinião de vocês, até mais



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