Scarlet Blood escrita por Alien do Hobi


Capítulo 4
III


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas!!
Aí está outro cap, espero que gostem

Alguns poderes citados:
Magnetrons: controlam os metais
Verdes: controlam a flora



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/755902/chapter/4

—Arya on-

—Curandeiros de pele não podem curar a si mesmos, e curandeiros de sangue não podem curar outras pessoas... então o que você é? – Ele pergunta ainda olhando fixamente em meus olhos. – O que você é? – Ele repete e sinto a sua mão gelada segurar meu braço.

—E-eu... – Tento desesperadamente inventar uma desculpa.

—Me responda! – Ele me empurra na parede.

Arregalo os olhos sem saber o que fazer, de repente uma enxurrada acerta Yoongi nas costas.

—Pare de ser chato e deixe ela em paz. – Jimin reclama com ele.

O Merandus revira os olhos e sai xingando baixinho.

—Não ligue para ele, ele não sabe como tratar garotas. – Jimin sorri.

Saio correndo de volta para meu quarto. Estou muito assustada, mais do que já estive em toda minha vida.

Me certifico de fechar a porta, caio na cama e logo encharco meu travesseiro com minhas lágrimas.

Agora está tudo acabado. Ele vai descobrir.

—Namjoon on-

—Cara, sério mesmo, da próxima vez que tiver uma reunião dessas eu vou te pedir para quebrar minhas pernas, assim eu não vou precisar ir. – Jungkook continua reclamando. Ele não calou a boca desde que saímos da sala do conselho.

—Não acho que precise de outra reunião para fazer isso. – Jin comenta e o Calore revira os olhos.

—E aquela garota? – Ele troca de assunto. – Eu achei ela fofa.

—Estou pensando em passar no quarto dela agora, querem vir? – Jin nos convida.

—Não posso, tenho que passar o resto do dia tentando controlar minha força novamente. – Respondo.

Os dois se despedem e seguem um caminho diferente.

Quando chego no meu quarto e tento abrir a porta percebo que a mesma está trancada. Que estranho, não lembro de ter fechado e muito menos de onde coloquei a chave.

Sem mais nem menos quebro a fechadura, depois eu só preciso pedir para uma das crianças magnetrons consertarem.

Ao entrar vejo Arya jogada na minha cama chorando como se um Osanos estivesse sugando toda a água do seu corpo pelos olhos.

—Você quer um lencinho? – Pergunto sem saber como reagir. – Porque eu tenho uns ali.

Ela vira para mim assustada.

—O-o que você está fazendo aqui? – Ela pergunta.

—Eu é que pergunto. Por que você está no meu quarto?

Ela para, olha em volta e se dá conta de onde está.

Para piorar a situação, ela começa a chorar mais ainda.

—Até esse lugar me odeia! – Ela grita e eu fecho a porta antes que alguém veja a moça nesse estado.

—Ei, o que aconteceu? – Pergunto sentando ao lado dela na cama.

—Aquele murmurador me odeia! Todo mundo me odeia! Eu não tive culpa de ter estourado a cabeça dele na quina da parede.

—Se acalme. – Começo a dar tapinhas no ombro dela.

—Ai! Por que está me batendo? Por que todo mundo me odeia?!

—Eu não odeio você.

—Mentiroso. – Ela rebate. – Não vai levar muito tempo até um de vocês me matarem.

—Yah! Você me salvou, vou retribuir da mesma maneira.

Ela levanta a cabeça e olha para o meu rosto.

—Sério? – Pergunta.

—Sério. – Respondo.

Então sou surpreendido por seus braços que envolvem meu corpo e sua cabeça que repousa sobre meu peito.

—Obrigada. – Ela diz. – Obrigada de verdade.

Minha cabeça se enche com uma brilhante ideia.

—Você quer ver algo bonito? – Pergunto.

*

Arya abre um grande sorriso ao ver o jardim.

—Legal, não é? – Pergunto.

—Incrível. – Ela responde e se abaixa passando a examinar as flores mais de perto. – Você não parece o tipo de pessoa que gosta de flores. – Ela comenta.

—Bem... – Coço a cabeça um pouco sem jeito. – Minha mãe era uma verde, ela sempre vinha aqui quando eu era pequeno, acabei me acostumando a vir aqui sozinho depois que ela morreu.

—Ahh... – Ela levanta sem saber o que dizer.

—E sua mãe? – Pergunto. – De que casa ela era?

—Eu não lembro. – Ela diz soltando um suspiro. – Eu era muito pequena quando minha mãe morreu, fui criada por meu irmão mais velho.

—Então existe alguém que possamos procurar? – Pergunto imaginando poder animá-la um pouco.

—Não... – Ela sussurra e quase não a ouço. – Meu irmão também morreu, três meses atrás.

Toco em seu ombro para confortá-la.

—Aqui. – Falo pegando um dos chocolates que guardo comigo e entregando a ela. – Vai fazer você se sentir melhor.

—Arya on-

Volto para meu quarto e encontro Jungkook sentado na minha cama.

—Ah! Você chegou! – Ele diz sorrindo.

Forço um sorriso.

—Eu estava procurando você. – Ele diz. – Fiquei sabendo que Yoongi andou te atormentando.

Congelo, será que o murmurador falou alguma coisa para ele?

—Ah... não foi nada...

—Que seja. – Ele faz um gesto com a mão. – Você está convidada a jantar conosco hoje.

A única coisa que consigo fazer é concordar com a cabeça.

—Ok, então eu passo aqui às oito para te acompanhar já que você não conhece muito bem as coisas por aqui.

*

Pontualmente às oito horas o Calore bate na minha porta.

—Obrigada por me ajudar. – Sussuro para a criada vermelha. Tento conter um suspiro, eu era como ela, uma serva na corte de Lakeland, até descobrirem meus poderes.

Abro a porta e me deparo com um enorme sorriso.

Estamos na mesma sala de jantar que usamos mais cedo. Yoongi está quieto, mal come e continua olhando para baixo. Jungkook é o oposto, ele está cheio de graça e sendo muito gentil. Os outros conversam e brincam entre si, algumas vezes Namjoon tenta me colocar na brincadeira, mas não estou no clima.

Estou com dor de cabeça e não consigo me livrar dela, talvez seja culpa da falta de concentração no momento, mas lá no fundo algo parece errado.

—Você está bem? – Namjoon sussurra para mim.

—Estou. – Respondo.

Ele sorri e assente logo voltando sua atenção para os outros.

Eu havia me sentido bem horas antes, no jardim. Namjoon tinha conseguido fazer com que eu me sentisse melhor depois de todo aquele terror que passei. Eu não deveria, mas sentia vontade de passar mais tempo com ele.

—Gostaria de uma companhia para se certificar que você não vai entrar no quarto errado? – Namjoon pergunta depois de terminarmos de comer.

—Não é uma má ideia. – Respondo.

Ele sorri e seguimos pelo corredor comentando sobre coisas como a decoração estranha de algumas salas e alguns nobres que passam por nós.

—Por que estão olhando estranho para você? – Pergunto baixinho.

—Eles não gostam muito de mim por causa da minha mãe. – Ele responde. – Ela ajudou uma vermelha que foi acusada injustamente de traição, por isso o rei mandou que a executassem.

Ele diz isso de forma tão natural que fico chocada. Abaixo a cabeça tentando me concentrar nos passos que preciso dar.

Ele solta um suspiro.

—Desculpe estar lhe contando isso, porém não posso falar sobre minha mãe com ninguém da corte, é perigoso. Mas sinto que posso confiar em você.

Não pode. Quero dizer a ele que está enganado, quero dizer que eu só trarei prejuízo, mas não consigo.

—O que ela fez? – Pergunto.

—Minha mãe?

—Não... a vermelha.

—Ah... – Ele passa a mão desconfortavelmente no pescoço. – Não tenho certeza, eu era pequeno quando isso aconteceu... gostaria de entender, queria saber o motivo de minha mãe ter sido executada por defender uma inocente.

A declaração acende uma luz no meu cérebro.

—Então você acha que ela estava certa? – Pergunto talvez cultivando um pouco de esperança.

—Chegamos. – Ele diz apenas. – Tenha bons sonhos.

Então ele sai apressado.

*

Já está de madrugada quando ouço passos no meu quarto. Abro os olhos e me deparo com Yoongi parado ao lado da minha cama com uma expressão sombria.

—O-o que foi? – Pergunto engolindo em seco.

—Só preciso checar uma coisa. – Ele responde.

O Merandus se ajoelha e agarra meu pulso.

—O que você... Ai! – Paro no meio da frase, assustada ao sentir uma lâmina cortar minha mão.

Yoongi está segurando um canivete e olha fixamente para o corte que acabou de fazer.

Meu sangue faz o chão se sujar de vermelho, não pode ser... não posso passar por tudo aquilo novamente.

Quando o murmurador fala, seu tom de voz faz com que arrepios percorram todo o meu corpo.

—Vou dar a você a chance de se explicar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Por favor, comentem o que acharam
Vlw flw :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Scarlet Blood" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.