Olha aí nosso açucar, toisinha mar lindja mo douso, com esse tiro do Yoongi, nosso Merandus maravilhoso, deixo enfim vocês começarem a ler, mais uma vez obrigada a nossa leitorinha linda *-*

—Namjoon on-

—Eu posso vir com você aqui no jardim olhar as estrelas e, sabe, declarar meu amor por você Arya, sempre que quiser. – Jin me imita meio exagerado.

—Eu não disse isso.

—Mas queria. – Ele aponta chegando perto de meu rosto.

De repente a sala fica completamente escura e algo passa como um vulto roçando em minhas costas.

Jin leva um susto.

—Tapados da corte, podem parar agora. – Digo rindo do pavor de meu amigo. – É por isso que ninguém leva vocês a sério.

Hoseok e Taehyung aparecem.

—Dá mais resultado fazer isso com o Jimin. – Tae diz.

—Cansei de ser trouxa. – Jimin aparece na porta fazendo a água que estava numa jarra em cima da mesa quase acertar o silfo, que desvia rapidamente.

—Sobre o que vocês estavam conversando? – Hoseok pergunta.

—Nada. – Viro para Jin lhe lançando um olhar significativo.

—Namjoon está apaixonado. – Ele solta.

Olho indignado para ele.

—Poxa, cara! – Reclamo.

—Nosso Rhambos está apaixonado! – Tae dá um gritinho.

—Deixe-me adivinhar. – Diz Jimin. – É uma Haven? – Ele pergunta provocando Hoseok.

—Namjoon, se você estiver pegando a minha irmã... – O sombrio ameaça e a luz na sala oscila. – Eu te mato!   

—Vocês não têm jeito. – Digo negando com a cabeça.

—Chegamos, esperaram muito? – Jungkook abre a porta.

*

Estamos quase terminando a refeição quando o Calore se pronuncia.

—Já estão preparados para o baile da semana que vem?

Involuntariamente meu olhar se volta para Arya que está graciosa naquele vestido azul. Estou prestes a convida-la quando Hoseok me interrompe.

—Arya, você quer ir comigo? – Ele pergunta e recebe olhares indignados.

—Claro que não!  - Tae se manifesta. – Ela quer ir comigo.

—Você não sabe, nem a convidou. – Hoseok rebate.

—Mas ela quer, não é, Arya?

Todos viramos para ela, que ainda come. Ela levanta a cabeça surpreendida.

—E-eu... – Gagueja. – O-o que?

—Ah, esqueça, vamos nós três juntos. – Diz Tae e Hoseok concorda com a cabeça.

Arya parece petrificada por um momento e depois concorda suavemente.

Por essa eu não esperava.

—Arya on-

Yoongi parece querer acabar comigo hoje.

“Como uma vermelha pode ter poderes?” ele pergunta em minha mente.

Eu não tenho uma resposta para isso e me concentro na comida tentando conter a angústia que transborda em meu peito.

—Não é, Arya? – Ouço a voz do silfo e levanto a cabeça sem entender o que está acontecendo.

—E-eu... – “Uma vermelha na corte de Lakeland? Existem mais como você?” a voz do Merandus ainda me perturba. – O-o que? – Tento a todo custo entender o que Taehyung está dizendo.

Estou ficando louca.

“Você acha que eu deveria te matar?”

Concordo levemente com a cabeça, já estou a ponto de chorar, lembranças do carcereiro de Lakeland enchem minha mente e não tenho certeza se sou eu quem está ressuscitando essas memórias ou o murmurador.

A dor de cabeça passa, imagino que isso queira dizer que não estou mais sujeita a ele, mas as memórias ainda estão vivas. Fecho os olhos tentando esquecer, mas não consigo.

Repentinamente esses pesadelos somem, o alívio é tão grande que chego a relaxar na cadeira. Como isso é possível?

Olho para o Merandus e percebo que ele está com um sorriso fraco no rosto.

 *

Volto para o quarto acompanhada de Jimin.

—Eu percebi os olhares de Yoongi, pode deixar, vou me certificar que ele não fique te incomodando. – Ele diz simpático.

Respondo com um sorriso.

—Tenha um bom dia Arya. – Ele abre a porta.

Quando entro, Nara está arrumando a cama. Agradeço a Jimin e o mesmo vai embora.

—Há algo que a senhorita deseje? – Nara pergunta.

—Conversar, é isso que eu necessito. – Falo puxando ela para sentar ao meu lado na cama. – Puxe assunto, tem alguma coisa que você queira muito me perguntar?

—Nit estava com vocês? – Nara pergunta ficando vermelha.

Hum Nara, hum...

—Não. – Digo pensativa tentando me lembra de algum “Nit”

Ah, o Osanos que estava lutando com Jimin!

—Você gosta dele, Nara? – Pergunto fazendo-a ficar ainda mais vermelha.

—Cla-claro que não, senhorita. Onde já se viu uma vermelha se apaixonar por um prateado? Isso é pedir para sofrer eternamente.

Mas sua expressão dizia outra coisa totalmente diferente.

—Yah! Você pode fazer o que você quiser. Por que o mundo tem que ser assim? A cor do seu sangue não faz você inferior. Aish!

Ela abre um sorrisinho.

—Mas as coisas não funcionam desse jeito, senhorita. Infelizmente não.

—Será que algum dia isso vai mudar? – Pergunto lembrando, por um momento, do forçador que deve estar em seu posto agora. Em que ele estaria pensando?

—Houve um tempo antes dos prateados, senhorita. Com certeza haverá um depois.

Arregalo os olhos com aquela declaração. Nara percebe e logo vai se explicando.

—Durante o verão, um amigo do príncipe herdeiro veio visita-lo e eu fiquei como sua criada. Ele lia muitos livros e acabei vendo coisas como... como vermelhos no poder, quero dizer, não haviam prateados.

—Nara... – Sussurro completamente apavorada. – Você não... não pode falar essas coisas... isso pode ser considerado traição.

Ela dá de ombros.

—Confio na senhorita, e... bem... a senhorita é uma vermelha também, e tem poderes, isso deve significar alguma coisa. Pode ser a mudança que tanto esperamos.

—Não serei nenhuma mudança, Nara. Sinto muito, mas sou apenas uma contra milhões.

A esperança dela não morre.

—Mas isso é tão incrível! Podem ter outros também, quem sabe escondidos? A senhorita já chegou até aqui, está na corte, isso já é metade do caminho, não?

A animação dela é tanta que sinto medo de acabar com isso e também vergonha, sinto vergonha por não poder fazer nada a respeito.

—Se me permite, senhorita... como descobriu seus poderes? – Ela pergunta.

—É uma longa história, Nara... não quero que se machuque por causa de mim, já tenho uma longa lista de pessoas com quem eu me importava e acabaram em maus lençóis.

Os olhos dela brilham.

—Quer dizer que a senhorita se importa comigo?

Antes que eu consiga responder alguém abre a porta com tudo.

Percebo Yoongi furioso. Nara dá um pulo da cama e se ajeita, isso faz com que ele crave seus olhos nela.

—Eu e Arya temos assuntos a tratar. – Ele diz.

Nara me olha depois olha para ele e repete isso umas três vezes.

—Sai! – O Merandus grita sem paciência.

Nara sai correndo e ele bate a porta.

—Eu disse a você que precisávamos conversar não foi?

—S-sim. – Respondo tentando ficar firme.

Ele para um pouco tentando se acalmar. Parece um pouco hesitante.

—Eu decidi o que vou fazer. – Suas palavras me fazem congelar. – Você... eu não quero que você fique me incomodando, não entenda mal é que eu não tenho muito tempo e achei a decisão de te matar meio desnecessária... então... – Ele prossegue e dá um suspiro. – Achei melhor ver a forma que você vai se virar... e sabe... eu vou... vou...

—Você vai me ajudar? – Pergunto.

—Que seja. – Ele faz uma careta.

Sinto um alivio se instalar em meu peito.

—Obrigada. – Eu digo. Ele olha a para a própria mão e só então percebo que estou segurando-a.

O Merandus se afasta rapidamente. Ele fica alguns segundos paralisado, mas logo volta a sua postura.

—Mas – Ele diz. – Tem um preço.

Ah, não.