Scarlet Blood escrita por Alien do Hobi


Capítulo 3
II


Notas iniciais do capítulo

E aí?? Estou aqui com mais um capítulo, espero que gostem
Boa leitura



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—Arya on-

Durante todo o trajeto continuo verificando meus batimentos cardíacos, minha pressão está baixa e eu realmente estou sofrendo com isso, mas não há o que eu possa fazer agora sem despertar suspeitas.

—Vamos leva-la para um curandeiro assim que chegarmos, você usou muita energia, ainda não é bem treinada? – Pergunta Namjoon, o forçador Rhambos.

A esse ponto todos já se apresentaram e eu estou me esforçando para lembrar de todos os nomes. Mas eu sei que um deles eu não vou esquecer de maneira alguma: Yoongi, o murmurador Merandus, até o nome dele me causa arrepios.

—Algum problema? – Ele pergunta.

Nesse momento eu acabo tropeçando em uma pedra e ele me segura. Sua mão é gelada e eu rapidamente puxo meu braço de volta soltando um grito involuntário e caindo para trás. O silenciador Arven, acho que o nome dele é Jin, me segura antes que eu caia em cima de um arbusto com espinhos. Essa foi por pouco.

A expressão do murmurador se fecha e ele me olha com tédio e talvez um pouco de raiva, mesmo estando nos braços de um silenciador ainda fico com medo de que ele invada minha mente.

—Moça, você já pode me soltar. – Diz o Arven e eu rapidamente volto a me equilibrar em minhas pernas.

—Sinto muito. – Murmuro.

—Ai... para que ficar assim? – Diz o Iral, Taehyung. Ele simplesmente aparece do meu lado quase fazendo com que meu coração pare de vez.

Ele passa o braço pelos meus ombros e começa a sussurrar no meu ouvido.

—Sabe, esses caras são realmente assustadores, mas não matam nem uma mosca.

—Diga isso para a onça que estava caída no chão. – Respondo.

Nós dois damos uma olhada para o forçador, ele está concentrado em não tropeçar no emaranhado de cipós e galhos que está espalhado pelo chão.

—Ok, talvez a gente mate algumas coisas... mas não vamos fazer isso com você. Afinal, por que mataríamos uma prateada como nós?

Forço um sorriso concordando com ele.

—A não ser que você não seja prateada, claro. – Essa frase faz com que eu estanque no lugar e ele solta uma risada. – Estou brincando. – Ele diz ainda rindo. – Onde já se viu um vermelho com poderes?

Todos eles riem e me obrigo a seguir o fluxo.

—Mas por que raios você está falando sobre vermelhos? – Hoseok pergunta.

—Nada, eu só estava brincando. – Responde o silfo.

—Você está sempre brincando com coisas sérias. – Yoongi revira os olhos.

—Que falta de senso de humor a de vocês, hein? Deixem o menino. – Jimin, o ninfoide, tenta bagunçar o cabelo do silfo, porém ele agilmente se afasta.

—Vixe, sai para lá. – Fala Taehyung.

—Gente, vamos tentar deixa a garota menos... tensa? – Fala Jimin olhando minha cara.

—Impossível. – Sussurro.

Seguimos o caminho todos calados.

Quando chegamos na frente do carro não consigo conter o assombro. Nunca andei numa máquina dessas, parece totalmente insano.

Sinto minha pressão cair ainda mais e uma forte tontura me assola. Para completar o quadro, o sombrio Haven faz o carro ficar invisível.

—Ops, objeto errado. – Ele se desculpa, mas já é tarde de mais, minhas pernas já estão cedendo.

—Namjoon on-

—Pega ela! – Taehyung grita esquecendo que ele é o silfo aqui.

Estendo minhas mãos para segura-la e sinto algo quebrar sobre meus braços. Meus Deus eu quebrei as costelas dela!

—Congratulations! – Hoseok exclama.

 

*

Todos nós procuramos por um curandeiro, mas eles parecem ter desaparecido do mapa. Por fim deixamos ela em um quarto.

—Aquela menina é estranha. – Jin comenta.

—Porque não foi ela que te salvou, enquanto seus amigos discutiam a personalidade dos Merandus. – Olho para ele dos pés à cabeça.

De repente a menina sai do quarto, ela arregala os olhos ao nos ver.

—Está tudo bem? – Pergunta Taehyung indo ao seu encontro e a analisando.

—S-sim. – Ela responde mantendo distância.

—Você não está sentindo dor? – Pergunta Jimin.

—Ah, já passou. – Ela rapidamente tapa a boca. – Q-quer dizer... onde estou mesmo?

—No castelo de Archeon. – Respondo.

Ela arregala os olhos novamente.

—Vocês estão causando confusão de novo?! – Ouvimos a familiar voz de Jungkook do outro lado do corredor.

—Como se você fosse o santo aqui, né? – Jin responde.

—Quem é essa? – Jungkook faz uma expressão estranha.

—Ah, sim, essa é Arya, nós a encontramos na floresta, ela salvou o Namjoon e resolvemos traze-la para cá, fui convincente? – Yoongi pergunta com deboche.

—Muito. – Desaprovo seu ato.

 

*

Já é hora de comer, então vamos até uma sala de jantar menor para que Arya se sinta mais confortável.

—Jungkook on-

A garota se sentou nos fundos ficando longe dos outros. Rsrsrsrs achei ela muito fofa.

Um servo traz a comida e a posiciona na mesa. Todos nós começamos a comer.

—Então, o que estava fazendo naquela floresta? – Taehyung pergunta.

—Bem... Eu... Eu, não tinha para onde ir. – Ela responde.

—É bom que você não esteja mentindo, eu sei quando alguém mente. – Yoongi comenta.

A menina estanca por um momento, depois encara o chão.

—E sua família? – Pergunta Jimin.

—Meu pai morreu na guerra e minha mãe um pouco depois. – Ela responde deixando todos em silêncio.

Alguém abre a porta, um guarda Iral, ele anuncia que haverá uma reunião e que eu, Jin e Namjoon precisaríamos comparecer. Saio da sala.

—Arya on-

Ficam somente quatro dos meninos. Eu estou fervendo de medo.

—Hum, Hoseok temos treino agora. – Taehyung e Hoseok se vão.

—Já que está todo mundo saindo, eu também devo ir. – Jimin se lavanta.

Oh não! Só eu e o murmurador!

Yoongi me fita nos olhos.

Com minhas mãos tremulas pego o copo de água, metade dela cai na mesa, mas ainda consigo dar uns goles.

—Tudo isso é medo de mim? – Ele pergunta com uma expressão calma.

—O-o que?

Ele aproxima seu rosto do meu, involuntariamente engulo em seco.

—Não pense que acabou. – Ele diz. Desvio o olhar e ele sai da sala.

Sinto um alívio enorme, posso voltar a respirar.

Eu tenho que ficar o mais longe possível dele.

—É, sim o máximo que eu conseguir. – Falo comigo mesma.

Levo um susto ao escutar a porta abrir bruscamente.

—Ah, esqueci que você não conhece nada por aqui. – Vejo Jimin entrar. – Então, falei com Jungkook e ele disse que você poderia ficar em um quarto, até acharmos um parente seu, para tomar conta de você.

Ele acha que eu tenho quantos anos?

—Vem, irei te mostrar onde você vai ficar. – Ele me puxa.

Entramos em um quarto enorme, muito lindo.

—É meio pequeno, mas acho que serve para você. – Ele diz. “Meio pequeno”? Ele devia ver minha casa em Lakeland, só tinha um quarto, um banheiro, e um espacinho que chamávamos de cozinha. – Uma das empregadas irá trazer roupas e qualquer coisa que precisar peça a ela. Também peça a ela que leve você até o pavilhão de treinamento, estaremos lá.

 

*

A sensação é de que eu passei cimento no rosto, mas foi a única forma de conseguir esconder qualquer rubor que pudesse me denunciar.

Sinto até um pouco de pena por gastar tanta maquiagem daquele jeito.

Entro no pavilhão e logo constato, mais uma vez, que eu definitivamente não deveria estar naquele lugar.

Jimin está lutando com um garoto, aparentemente outro Osanos. Taehyung está lutando com Hoseok.

—Ah, Arya! – O ninfoide é o primeiro a me notar. – Sinto muito, prometi a Nit que o ajudaria com sua técnica hoje, nós já terminaremos.

Então ele volta sua atenção ao garoto.

Passo os olhos pelo lugar e noto algo como uma arquibancada no canto, me dirijo até lá e sento.

—Estava sentindo a minha falta? – Alguém pergunta. Levo um susto ao notar de quem era a voz. – Acho que não. – Ele faz uma careta.

Yoongi trocou de roupa, agora usa um uniforme branco com detalhes azuis bordados de maneira a deixar a vestimenta sombria.

O garoto Osanos, Nit, lança olhares para nossa direção, está completamente desconcentrado da aula que está recebendo.

—Idiota. – Yoongi murmura baixinho.

Volto a olhar para o Osanos e percebo algo no modo como ele se comporta, o sentimento que ele passa. Ele não é mais do que uma presa, sente-se ameaçado. Ao que parece, toda a corte de Norta sente-se dessa forma quando Yoongi Merandus está por perto.

—Vamos lutar. – Ele diz apenas e levanta indo a uma parte mais afastada do pavilhão.

Não o sigo. Ele percebe e vira para mim com uma expressão nada simpática. Isso faz com que eu levante rapidamente e o siga sem questionar.

Ele não precisa usar seu poder para fazer com que as pessoas façam o que ele quer.

Yoongi começa a falar algumas regras para nosso combate, mas não estou prestando atenção. Minha mente retorna dois anos, quando descobri meus poderes e Adrian decidiu que estava na hora de me ensinar a lutar, eu iria precisar daquilo algum dia.

E cá estou eu, em frente a um murmurador Merandus, prestes a enfrenta-lo num duelo.

—Sem usar os poderes. – Ele conclui. Essas palavras são um alívio.

Murmuradores não são combatentes, não enfrentam o oponente numa briga corpo a corpo, talvez eu tenha uma chance.

Não é como se eu fosse uma péssima lutadora, mas logo fica bem claro que ele é muito melhor do que eu. Obviamente, já que ele teve treinamento na corte e eu treinava escondida nas salas secretas do castelo de Lakeland.

Em dado momento durante a luta o Merandus se distrai e vejo a minha chance. Acerto um golpe em seu peito, ele cai e bate a cabeça na quina da parede. Sangue prateado começa a escorrer do corte.

—Ai meu Deus! – Exclamo assustada. – Sinto muito, eu...

Ele levanta a mão para que eu fique calada.

Yoongi levanta e vai cambaleando de volta à arquibancada, eu o sigo.

—Eu posso...

—Cala a boca. – Ele me corta.

—Pare de ser um idiota! – Quase grito e então arregalo os olhos quando percebo o que falei.

Agora não tem mais volta, ele vai me matar.

—Então fecha logo esse corte. – Ele diz irritado.

Vou até o lado onde está o corte.

—Você tem que tirar a mão. – Falo para ele. Hesitante ele faz o que digo.

Não leva dois minutos e ele já está bem novamente.

—Agora me diga. – Ele se aproxima e fica a uma distância realmente perigosa. – Eu vi quando Namjoon te segurou. Vi o que aconteceu.

—E...? – Me esforço para não engolir em seco.

Ele se aproxima ainda mais e estreita os olhos, por um momento acho que vai entrar na minha mente, mas ele apenas analisa minha expressão.

—Como alguém pode lutar daquele jeito com as costelas quebradas?


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Notas finais do capítulo

Queremos muito saber o que vocês estão achando até agora, sei que é um pouco cedo para se ter uma opinião sobre a história, mas, por favor deixem um comentariozinho =D
Até mais



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