Scarlet Blood escrita por Alien do Hobi


Capítulo 2
I


Notas iniciais do capítulo

Hey gente aqui está o primeiro capítulo, espero que gostem.
E para você que não leu o Guia, volta lá porque é muito importante ta?
Boa leitura BJS ♥

IMPORTANTE: explicação dos poderes que citaram: Animo - poder dos animais.
observador - Podem ver o futuro pouco tempo antes de acontecer.



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—Arya on-

O sol, que há pouco estava oferecendo uma temperatura confortável, começa a queimar minha pele. Sento de maneira a ficar completamente na sombra e fico olhando para o céu imaginando o que Adrian estaria fazendo agora.

Pelo que eu conheço dos guardas de Lakeland ele já deve estar morto, é lógico que eles rapidamente notariam uma prisioneira desaparecida e logo perceberiam que um cantor havia arquitetado o plano. Não, Adrian disse que chegaria em Piadmont, eu acredito nele, preciso acreditar.

Passo os dedos pela cicatriz no meu pulso, eu posso fazê-la desaparecer se quiser, mas prefiro mantê-la como uma constante lembrança de como os prateados são cruéis. Toda aquela tortura a qual me submeteram, todos aqueles experimentos terríveis pelos quais me fizeram passar, tudo aquilo só prova o quanto são impiedosos. Mas não são todos, Adrian não era assim, ele era um prateado bom, alguém que nunca encontrarei novamente. Não fosse por ele eu ainda estaria jogada em uma cela, servindo como uma cobaia humana.

Respiro fundo, tudo em Norta é estranho e começo a sentir saudade do frio de Lakeland. Gostaria de ter tido aulas mais detalhadas sobre a geografia de Norta, assim eu não teria acabado aqui nesta floresta aos arredores de Archeon. Tudo o que eu menos queria era chegar perto da capital, mas aqui estou eu, pelo menos estou viva, só não sei por quanto tempo.

Sem nada para fazer acabo dormindo, mas algum tempo depois sou despertada por barulhos que não pertencem àquela região.

—Jin on-

—Não se mova! – Sussurro para Namjoon.

Ele, como um bobão, quase faz um movimento brusco.

—Cara! – Jimin reclama. – Ele disse para não se mover!

—Eu disse para trazermos um animo, ou um observador, mas vocês nunca me escutam! – Hoseok verbaliza sua indignação, mas é possível sentir o medo dele.

—Vocês não tiveram nenhum treinamento?! Façam alguma coisa! – Namjoon está claramente desesperado, não é todo dia que você se encontra de costas para um animal feroz prestes a atacar, mesmo sendo um forçador, ele ainda poderia sair muito machucado da situação.

—Mas é uma onça! – Tae exclama como se o fato de o bicho ser um predador tirasse todos os seus poderes.

—A nossa melhor chance seria o Jungkook, mas aquele Calore babaca decidiu que não queria vir hoje. – Jimin continua reclamando.

—Para de reclamar e faz alguma coisa! – Namjoon perde a paciência.

Ele percebe o erro na hora, a altura de sua voz é suficiente para a fera atacar e Namjoon se vira no momento em que a onça enterra suas garras no peito dele, o resultado é um corte profundo que vai do seu peito até a metade de seu abdômen. Namjoon cai de costas e a onça sobe em cima dele, sangue prateado escorre por todo o lado, mas de alguma forma ele ainda tem força suficiente para apertar o pescoço do animal até partir seus ossos. A besta cai ao seu lado e ele agora tem tempo de sentir a dor.

Todos nós corremos até ele.

—Droga, o que fazemos agora?! – Hoseok pergunta quase entrando em desespero.

—Você não pode entrar na mente dele e enviar pulsos nervosos para pelo menos estancar o sangue? – Pergunto para Yoongi.

Namjoon se assusta com a possibilidade de ter sua mente invadida por um murmurador Merandus, eles não têm uma boa fama.

—Se quiser, eu posso virar a mente dele do avesso, posso trazer à tona suas piores memórias, posso fazê-lo de marionete, mas não me peça para bancar uma de cirurgião quando me treinaram para ser um carniceiro. – Ele responde.

—Está vendo? É por isso que eu sou obrigado a seguir você aonde quer que vá quando está na corte! Ninguém confia em você. Será que é possível acalmar um pouco sua personalidade Merandus? – Reclamo e ele apenas revira os olhos.

—Arya on-

Me escondo atrás de uma árvore e observo a cena. Cinco prateados estão ao redor de alguma coisa, todos parecem preocupados.

—Se quiser, eu posso virar a mente dele do avesso, posso trazer à tona suas piores memórias, posso fazê-lo de marionete, mas não me peça para bancar uma de cirurgião quando me treinaram para ser um carniceiro. – Ouço um deles dizer, ele é magro, alto, de cabelos negros e bem branco, usa um traje azul escuro com alguns detalhes brancos. Reconheço sua casa das várias horas que passei estudando escondida desde que descobri meus poderes, são as cores da casa Merandus. Ele é um murmurador e isso faz com que eu tenha vontade de sair correndo me distanciando o máximo possível.

O outro prateado fala alguma coisa, mas não presto atenção, pois agora posso ver o motivo da preocupação deles.

Um sexto prateado está caído no chão, seu sangue escorrendo por toda parte. Dúvidas invadem minha mente, talvez eu devesse salvá-lo. Mas ir até lá é o mesmo que suicídio, se eles descobrirem que sou uma vermelha, me matar seria a coisa mais piedosa que poderiam fazer.

Olho novamente para o murmurador e sinto minha pele se arrepiar quando ele começa a olhar em volta.

—Tem mais alguém aqui. – Ele diz.

Estou prestes a fugir, mas algo prende meus pés no chão. Por um momento penso ter visto Adrian, o prateado caído é como ele. Loiro, alto, robusto. Isso faz com que eu, involuntariamente, comece uma corrida desenfreada até ele. Eu quero muito que seja Adrian, mas lá no fundo sei que ele deve estar morto, esse é o pensamento do qual não consigo me livrar.

Se Adrian está morto, pelo menos este eu irei salvar. Não é a mesma coisa, mas é algo que preciso fazer, mesmo que isso custe minha vida.

Me ajoelho ao lado do ferido e sinto os olhos do murmurador pousarem em mim. É completamente desconfortável e espero sentir minha mente ser invadida por ele, mas isso não acontece.

—Por favor, me ajude. – O prateado suplica.

Ponho minhas mãos sobre ele e posso sentir o estrago causado pelo animal que jaz morto a poucos metros de distância.

É um trabalho complicado, mas não impossível. Me concentro o máximo que posso sob o olhar do Merandus e sinto meu poder chegar até a ponta dos meus dedos com uma sensação maravilhosa. Aos poucos vou reconstruindo o que está dilacerado.

Quando finalmente termino estou exausta, sinto meu rosto gelado, o que indica que meu sangue não está correndo como deveria pelo meu corpo. Deixo assim por enquanto, voltar ao normal agora poderia fazer com que percebessem a cor do meu sangue.

—Uma curandeira de pele? – O murmurador levanta uma das sobrancelhas. – Interessante... – Ele comenta ainda olhando para mim e um calafrio percorre minha espinha. Não tenho coragem de olhar para ele de volta.

—Obrigado. – O que eu curei agradece e me ajuda a levantar. – Você é da casa Skonos? – Ele pergunta observando as cores das minhas vestimentas.

Não respondo, estou assustada demais para isso.

—O que você está fazendo aqui? – Pergunta o que está vestido todo de branco. É um silenciador da casa Arven.

—Ela parece estar muito debilitada. – Um deles comenta, não consigo identificar sua casa.

—Tem razão, falaremos mais sobre isso no caminho. – Diz o Merandus.

—O-o que? – Consigo balbuciar.

—Você vem conosco. – Explica o outro, aparentemente um ninfoide da casa Osanos.

E assim, eles me arrastam para o que parece ser a minha perdição.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam do primeiro? Comentem o que precisa ser melhorado ok? Até o próximo bjs ♥



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