Until The Winter Is Over escrita por Fallentine


Capítulo 2
I promised




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 Seus olhos inexpressivos e chamativos que ajudavam a destacar algo sobre aquele monte de neve. Os veículos que corriam em alta velocidade, pessoas apressadas, seus pés atolados pela neve branca e gelada, enquanto seu rosto modificava a expressão. Por mais que odiasse ficar no mesmo espaço, exatos metros de distância, o  azulado se sentia ainda desconfortável. Faltar aula não era algo que queria, já causava tantos calafrios no mesmo  ao lembrar do tanto de coisa que iria perder, seu “futuro” não podia ser estragado por uma mera picuinha vinda do mesmo. Na tentativa de disfarçar o azulado fechou suas pálpebras e suspirando profundamente, contando levemente até três. Algo bem exagerado vindo do azulado, ao menos havia adiantado, ao menos ele estava calmo agora.

 Sobre o local que o azulado se encontrava, era frio e gélido. Os minúsculos raios que surgiam através do sol que cerravam sobre as nuvens do ambiente com alguns raios que se passavam despercebido pelos montões de nuvens, eles atravessavam as nuvens e presenteando as mesmas com um pouco de cor para o local coberto de neve. Luvas eram necessárias, incluindo toucas e qualquer outro tipo de coisa que fosse quentinha. O semáforo se mantinha parado, irritando os pedestres, causando impaciência e um tanto quando irritados, cada segundo se passava era uma eternidade para todos, os olhos de cada um em diversas direções, todos com a mesma expressão.

 O rapaz não se passava despercebido, o mesmo juntava suas mãos as assoprando no sucesso de esquenta-las, enquanto aguardava o sinaleiro com as sobrancelhas arqueadas, ele era um das diversas pessoas que aguardavam silenciosamente a boa vontade do semáforo, independente do lado, ambas aguardavam.

  O que interessava o rapaz, o que chamava atenção dos olhos do rapaz, o causando desconforto, era a morena do dia anterior ao outro lado da calçada, Ezarel não se mostrava contente com tal surpresa ou encontro, a mesma que trocava olhares consigo não esboçava nenhuma emoção, apenas o premiava o encarando novamente.  Erika aguardava o sinal assim como o mesmo, os pés da morena permaneciam descobertos e tocados ao chão gelado, acima de um tanto de neve que cobria um pouco da calçada. Agasalhada com o casaco presenteado por Valkyon, e como havia adorado aquele presente.

 Enquanto o azulado a admirava ao longe a jovem, a mesma olhava exclusivamente para a pista. Seus cabelos castanhos e brilhantes se sacudiam de um formato sutil ao vento.                       

  Examinando calmamente e se demonstrando concentrada. Aqueles belíssimos olhos rosados focados sobre os automóveis.

 Em meio a um honesto bocejo fazendo o azulado acordar e tomar a devida postura, desviando sua atenção por curtos segundos, concentrando aqueles dois pares de esmeralda, que eram os olhos do mais alto. O mesmo retornou a observar para o maldito semáforo, abaixando um pouco e encontrando Erika novamente que o fitava o rapaz com a sobrancelha que permanecia arqueada, ambos pareciam que estivessem falando entre si por troca de olhares, como se o questionasse. Se ambos tivessem telepatia estariam se alto perguntando o porquê de cada um estar ali.

 O mesmo percebeu que prestar atenção em outra coisa era muito mais interessante, virando o rosto e sentindo algo descobrir seu pescoço e afastando o cachecol ligeiramente junto a puxar   o tecido com  cortesia. Recebeu como presente uma mão gelada e esbranquiçada encostando-se a seu pescoço o fazendo arrepiar, praticamente congelar.   O próprio suspirou olhando para o lado com uma expressão calma, mas fervendo por dentro.

 

“Você tomou seu remédio?” Perguntou segurando fortemente a mão do rapaz que dava risada da situação. “Não encoste em mim, tá bem?” Afirmou Ezarel balançando a cabeça no sinal do mesmo a sua frente repetir este processo, ele o encarava  aguardando pela resposta.

 

“Estava moscando demais, apenas aproveitei.” Confirmou nevra, colocando no devido lugar o cachecol do azulado que o olhava fazendo cara de nojo.

 

“Sua aula é às duas da tarde, o que faz aqui tão cedo?” Perguntou desviando do assunto.

 

“Tem haver com o episódio de ontem?”  Entregou outra pergunta ao rapaz.

 

“Ah, acertou em cheio” sorriu com os olhos o moreno que se mostrava inocente.

 

“Dê uma boa quantia em dinheiro a ela e dê o fora.” Respondeu secamente o rapaz que não se ostentava interesse.

 

“não quero deixa-la sozinha”

 

 Respondeu para o azulado, que olhou o sinaleiro alterar as cores, logo esboçou um sorriso mágico, recheado de sarcasmo. Ainda sorrindo, atravessou tranquilamente acompanhado de um Nevra que permanecia a falar como um tagarela. O azulado ignorava o amigo que falava como se tivesse engolido um rádio. Aparentemente o rapaz iria levar a sério, sobre  – tomar conta–   da morena.

 

“Eu falei com Valkyon e-“ os olhos do rapaz cresceram junto de suas sobrancelhas que arquearam conforme ao olhar o rapaz.

 

“E, você não está nada interessado nisto.” Nevra fitava o rapaz que subia sobre o ônibus o fitando sorridente junto de sarcasmo, acenando. As portas de vidro do veículo, que se uniam e assim se fechando ligeiramente, ainda se podia enxergar o azulado através do vidro embaçado por conta da friagem do local, ele dava risada da situação.

   Pobre Nevra.

O moreno trouxe a mão até sua nuca, acariciando suas próprias mechas morenas, as bagunçando constantemente as desorganizando. Enquanto repensava o quanto o rapaz se sentia desconfortável com novas amizades, tentando afugentar seus pensamentos, Nevra balançava a cabeça levemente fazendo mais uma vez seus cabelo ficarem mais bagunçados do que nunca.

 Confuso estava o moreno, ele levava uma das mãos ajeitando seu cachecol, acordando finalmente de seus pensamentos por conta da movimentação do local, direcionando o olhar, ou melhor, dizendo, procurando Erika, seus olhos se focavam em todos os cantos e apenas via a grande multidão que o deixava agoniado, já podia ver a expressão de tristeza de Valkyon, obviamente não muito contente.

 Uma luz no fim do túnel, vendo ao longe à nuca da mesma, com aquelas mechas morenas, o fazendo correr apressadamente, atrás da mesma. Já havia perdido a conta do número de pessoas que já havia esbarrado ou pedido desculpas.

Posteriormente vinda tanta luta da parte do moreno, ele se encontrava de frente para Erika, que o olhava sem entender tanta coisa, estava ofegante e cansado em termos.

 

“Está tudo bem?” Questionou Erika virando um pouco a cabeça para o lado, fitando o moreno.

 

“Não corria  tanto assim a um bom tempo” Manifestou um sorriso o mais alto, tomando postura.

 

“Tome isto.” Entregou para a mesma uma sacolinha, idêntica a do dia anterior.

 

Ambos se sentaram sobre a calçada, na retaguarda onde estava recheada de flores e plantas cobertas pela neve, aonde se sentaram estava gélido, onde todos passavam os fitando, algo que não era de interesse de ambos saberem disto, a sacolinha permanecia no colo da morena, que a abria delicadamente com um sorriso sem mostrar os dentes. Não foi uma das melhores decisões do mais alto sentar ali. Mas era o que tinha pensado de inicio, mesmo assim, Erika já estava acostumada.

 

וווו×××ו

 

 O silêncio descomunal sobre a sala de aula, as esbranquiçadas e vazias cadeiras que permaneciam enfileiradas e ajeitadas, o piso bege e impecavelmente limpo, dando uma sensação gostosa. As janelas se encontravam fechadas por conta dos cristais de gelo que desciam das nuvens, restando um moderado tanto de neve sobre as bordas da mesma. O quadro negro se encontrava vazio, mesmo que há poucos minutos atrás havia sido coberto totalmente por matéria, algo que os alunos estavam acostumados, mas não apoiavam.

 O azulado se encontrava em uma dessas cadeiras, com os pés sobre a mesa, com a cabeça apontando para o teto, esboçando nada mais, nada menos do que um olhar inexpressivo que fixava o teto esbranquiçado. Sobre a sala, ainda restavam companhia para o azulado, não que ele estivesse gostando, apenas era obrigado a aturar. Kero se encontrava totalmente focado em seu caderno, com uma das mãos que estavam empurrando aquelas mechas de cabelo azul escuro para trás, com os dedos totalmente adentro e embolados sobre os fios azuis. Alajéia ela, oh...

Ela vinha em direção ao pobre rapaz.

 

“Por que está tão isolado?” Perguntou a morena que esbanjava um sorriso, se aproximando do rapaz em passos largos.

 

“É realmente algo de seu interesse?” Questionou o rapaz arqueando a sobrancelha, que pegava sua papelada rapidamente, as batendo na mesa a fim de juntar todas, já se levantando pronto para deixar a azulada.

 

“Ei, não vá embora” A mesma revirou os olhos cruzando os braços, demonstrando irritação.

 

“Você é tão irritante às vezes.” Completou, resmungou a mesma, desta vez em um sussurro.

 

“Se você não gosta como sou” disse indo até a porta pronto para sair.

 

“Mude você.” E o mesmo saiu fechando a porta, fazendo um breve barulho.

 

   Após ter uma de suas conversas com Alajéia, que não duravam nem cinco minutos sem que alguém se retirasse. Uma grande dor de cabeça vinda de ambos.

Em poucos minutos o azulado que andava pelos corredores longos e extensos, com sua papelada em sua mão, que aonde marcou tanto com o polegar, a folhar já estava úmida. Ezarel procurava por Valkyon, ao menos ele teria aula no mesmo tempo que o próprio. Ele havia perguntado para a ruiva, Ykhar que disse que havia o visto na biblioteca. Ela tinha dito algo como – ele está lá desde que chegou–

As matérias andavam mais difíceis do que nunca, o que fazia o albino praticamente morar lá, não apenas ele e sim boa parte do colégio.

 Ao comparecer na biblioteca, aonde era uma das salas que era diferente de todas as outras, por conta de ser obviamente, uma biblioteca, o número abundante de livro, estantes e estantes, deixando aquele lugar rico de conhecimento, ao contrário das salas de aula, que era todas análogas às outras salas, sem tanta diferença como a diferença de uma janela ou outra coisa.

Valkyon permanecia sentado, analisando as coisas ao seu redor, ao seu lado estava Leiftan que permanecia em pé, ele também estava na mesma que Valkyon, o silencio reinava entre ambos. Leiftan apoiava o rosto com as mãos, enquanto balançava o corpo de um lado para o outro ligeiramente, como uma mania, o loiro despertou do transe, quando viu o azulado sobre a porta, erguendo a cabeça e sorrindo gentilmente sem mostrar seus dentes.

 

“Bom dia Ezarel.” Respondeu o loiro em um tom de voz calmo e tranquilo, sorridente.

 

“Bom dia.” Ezarel havia adentrado no local, puxando uma cadeira que fazia um barulho absurdo, o fazendo fechar um pouco do olho esquerdo, como se estivesse incomodado com o barulho, posteriormente a barulheira o mesmo se sentou como se nada estivesse ocorrido.

 

“Vocês andam tempo demais aqui, descanso é preciso” Aconselhou o veterano que começou a andar pela sala vazia.

 

“Muito é pouco” Explicou o albino desencaminhando o olhar do caderno.

 

“Porque não saem neste final de semana?” Sugeriu Leiftan que ia em direção aos mesmos.

 

“Aproveite nem que seja mínimo” Sorriu o veterano, que aconselhou novamente logo se retirando da sala em seguida.

 

 Após a passagem de alguns minutos, que o rapaz se encontrava ausente, ambos resolveram dialogar.

 

“Nevra...” o albino que aparentava estar tímido e forçava puxar assunto. Com essas meras palavras, sortudamente o azulado conseguiu decifrá-las.

 

“Yup” Ele brincava com as capas dos livros, elas permaneciam sobre a mesa.

 

“Ele estava com a...” Vários nomes se passavam pela cabeça de Ezarel, enquanto tentava se recordar.

 

“Jéssica?”

 

“Erika” O albino balançou a cabeça negativamente, como se fosse algo grave. Logo após encobrindo sua boca, e tossindo continuamente.

 

“Pelo visto está doente, quem mandou dar seu casaco?” O azulado arqueou a sobrancelha demonstrando que estava certo.

 

“Não importa o que fiz” O albino se concentrava a olhar para cima, fitando aquela pilha de livros, totalmente enfileiradas.  “ O que importa é que eu me sinto bem com isto.”

 

“Mas está resfriado! não diga que eu não avisei.”

 

 Os rapazes conversaram por um bom tempo, até voltarem a fixar o olhar nos livros, algo que já era comum. Eles permaneceram fixados nos cadernos durante um bom tempo. Mesmo depois de saírem daquela biblioteca e forem para a aula. Seus olhos repletos de olheiras permaneciam mais firmes do que prego em areia. Ambos bocejavam constantemente.

 Nevra havia chegado um bom tempo depois, ele  relatava, o que havia feito com Erika, que não passava de um passeio honesto e simples, puxando assuntos, mesmo que a garota não estivesse confortável para respondê-los. Valkyon ouvia atentamente, quanto a Ezarel que revirava os olhos.

 Ambos se encontravam encostados sobre a parede do corredor, que estava agitada, com alunos indo e voltando.  Pessoas indo e vindo, uma delas que vinha justamente em direção do trio.

 

“Hey, você!”


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