The Marauders escrita por SsRoberta


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oii, sei que demorei muito pra atualizar aqui, mas aqui estou eu trazendo o que já está postado no wattpad pra cá.

Perdão pela demora, mas só consigo mexer nesse site pelo pc e como o meu está estragado fica meio difícil, mas não se preocupem! Logo logo trago todas as minhas fics pra cá, e, é claro, as tão esperadas atualizações também!

Qualquer coisa estou no twitter: @lmjdrunk!

Boa leitura!



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Já havia se passado longos minutos desde que Lily subiu para o seu quarto na intenção de dormir para descansar da viagem, mas tudo o que conseguiu fazer até agora foi andar de um lado para o outro enquanto surtava internamente. Lutava contra a vontade de gritar ou invadir o quarto no final do corredor, onde sabia que James Potter ocupava há alguns dias.

Quais a chances daquilo ser mesmo real?

Nem em seus sonhos mais sem noção foi capaz de imaginar algo daquela dimensão acontecendo em sua vida.

Era difícil acreditar que um integrante da banda da qual ela era fã há tanto tempo passaria a ser seu "meio-irmão". Um grito estrangulado quase saiu de sua boca ao pensar nisso. Agora ela iria conviver dia-a-dia com ele!

Correu para o celular que havia jogado em cima da cama assim que entrou no quarto e iniciou uma chamada com Tonks e Marlene, suas duas melhores amigas. Precisava conversar com as duas sobre o que estava acontecendo, caso contrário iria infartar ali mesmo.

Lily! Você já está de volta?! — perguntou Marlene assim que atendeu a chamada.

Lil', que saudade! — a voz doce de Tonks deu um gritinho animado.

A ruiva não pôde deixar de sorrir nostalgicamente ao ouvir as amigas. Não as via pessoalmente desde que foi para França e sentiu falta de todas as loucuras que eram acostumadas a fazer juntas, todos os dias que passou longe.

Sabia que tinha que encontrar com elas o mais rápido possível, mas ela se sentia exausta para sair de casa e não sabia se iria ser capaz de controlar seus surtos de fangirl caso esbarrasse com James pela casa.

— Cheguei agora há pouco. — respondeu, mas antes que qualquer uma delas pudesse combinar qualquer coisa, ela continuou: — E tive a maior surpresa da minha vida!

Olhou para a parede e se deparou com aqueles quatro sorrisos estonteantes a encarando. Se jogou na cama e preferiu fitar o teto, pelo menos assim não teria perigo de começar a pular e a gritar pelo quarto. Como se evitar olhar para a imagem deles ajudasse em algo já que estava prestes a falar sobre um deles em particular para as amigas.

Sobre o casamento da sua mãe? — perguntou Tonks enquanto mastigava alguma coisa e preenchia a ligação com ruídos.

O cara é tão feio assim? — perguntou Marlene soltando uma longa e cansada gargalhada.

— O que está fazendo, Marlene? — foi obrigada a perguntar, apesar de já suspeitar da resposta.

Caminhando. — respondeu a loira com a respiração pesada.

Há quase um ano Marlene havia adotado o estilo de vida fitness, decidiu cortar todo tipo de comida que Lily considerava necessária para o dia-a-dia. Desde então se exercitava todos os dias e até insistia para que as amigas a acompanhassem, como Lily havia passado um período na França, Tonks foi obrigada a acompanhar a melhor amiga em algumas de suas cansativas caminhadas.

— Certo. — Lily voltou a lembrar do que estava acontecendo em sua casa e se sentou na cama com um pulo digno de um atleta das olimpíadas. — Eu estou prestes a surtar! — soltou o gritinho mais baixo que pôde, mas de nada adiantou pois não estava nem perto de conseguir conter a vontade de gritar em plenos pulmões. Só assim conseguiria libertar de seu corpo toda aquela adrenalina maluca que corria por suas veias.

O que aconteceu, Lil'? — perguntou Tonks curiosa.

Argh, Tonks! Pare de comer essas malditas batatinhas que podem lhe causar câncer! — Marlene bufou irritada. E antes que a de cabelos rosa rebatesse sobre o quão grande era o seu amor pelas batatinhas sabor churrasco, ela decidiu interromper, senão tinha certeza de que não conseguiria contar a elas o que estava acontecendo, pois estaria ouvindo suas amigas discutirem hábitos alimentares por um longo tempo.

— Eu estou numa situação de vida e morte aqui! — e funcionou, pois as duas se calaram e aguardaram que ela prosseguisse. Respirando fundo e rezando para todos os deuses que ninguém mais pudesse ouvir suas próximas palavras, disse: — James Potter é filho do meu futuro padrasto!

Silêncio.

Ela tirou o celular do ouvido por alguns segundos para se certificar de que a ligação não havia caído e quando o colocou novamente na orelha, ouviu uma gargalhada tão alta que teve de afastar novamente o celular do rosto.

Lily! Você daria uma ótima comediante, eu estou orgulhosa! — Marlene comentou entre gargalhadas. Parecia que havia até parado de correr para se divertir com as palavras da amiga.

Está falando sério, Lily? — o tom de voz de Tonks era de pura desconfiança.

É óbvio que ela não está, Tonks. — como Lily permaneceu em silêncio, Marlene continuou: — Não é, Lily?

— Eu estou falando sério! — disse impaciente. — Petunia vem agindo estranho e insinuando coisas desde que mamãe anunciou o casamento, então quando eu entro para dentro de casa dou de cara com James Potter deitado no meu sofá! — um sorriso involuntário se espalhou pelo seu rosto. Não sabia de onde havia arrumado forças para permanecer o mais normal que pôde quando o viu. Jurava que se um dia encontrasse com qualquer integrante do The Marauders, seu instinto seria pular no pescoço deles, chorar, gritar, desmaiar ou tudo isso ao mesmo tempo, mas devido a grande surpresa que se encontrava, só conseguiu arregalar os olhos e surtar internamente. Patético. — Ele é ainda mais lindo pessoalmente!

Não brinca comigo, Lily Evans! — os gritos de Tonks fizeram com que Lily soltasse uma gargalhada contida, pois não queria atrair atenção enquanto deveria estar descansando, e sabia que aquela informação faria a amiga entrar em colapso.

Tem certeza que não era nenhum outro cara parecido? — perguntou Marlene, e Lily soube pelo seu tom de voz que, a) Marlene pensava que ela estava ficando louca, ou b) Marlene tinha certeza que ela estava louca. — Você é capaz de enxergar aqueles carinhas em qualquer pessoa. Lembra da vez que você jurou que era o Paul quando passamos por uma lanchonete, então você entrou lá e era só um universitário cheio de espinhas?

— Peter. — Lily corrigiu a amiga contragosto. — E eles eram mesmo parecidos... exceto pelas espinhas.

A ruiva fez uma careta ao se lembrar do rapaz que de longe parecia tanto com Peter Pettigrew, porém de perto era completamente o oposto e parecia abrigar muitos cravos e espinhas por todo o corpo. Completamente nojento.

Tá, mas e da outra vez em que... — recomeçou Marlene.

Lily odiava quando Marlene fazia isso. Somente ela e Tonks eram completamente malucas pelos The Marauders, Marlene nem mesmo gostava das músicas que eles cantavam, o que para as duas era um completo insulto pessoal (aliás eles haviam acabado de ganhar o primeiro Grammy da carreira). The Marauders tinham músicas incríveis que faziam as fãs chorar e logo em seguida dançar loucamente, era impossível não gostar deles! Ainda mais ao assistir as diversas entrevistas e vídeos onde eles tornavam tudo uma enorme bagunça.

— Eu não confundi ele com ninguém, Marlene! — cortou a amiga. — Eu sei o que vi e não estou sonhando e também não estou louca! Nem cega ou surda! Eu ouvi muito bem quando o pai dele o chamou pelo nome! — ela suspirou, frustrada. — É impossível confundir aqueles cabelos completamente desgrenhados, aqueles olhos castanho-esverdeados... Definitivamente era ele!

Ai meu deus! AI MEU DEUS, Lily! — Tonks recomeçou a sua série de gritos e Lily a invejou por poder fazer isso enquanto era obrigada a se manter calada e fingir ser uma pessoa normal, coisa que ela não era.

— Eu sei! — jogou as costas de volta no colchão e fitou o teto com um sorriso no rosto.

Não podia acreditar que o maior sonho de sua vida finalmente estava acontecendo e da maneira que ela jamais foi capaz de imaginar. Ela sabia que milhões de garotas ao redor do mundo dariam a vida para estar na mesma situação que ela e pensar no assunto não ajudou muito, já que a fez sentir ainda mais vontade de gritar.

Caso você esteja mesmo falando a verdade... — recomeçou Marlene que ainda não estava cem por cento acreditando no surto de Lily, pois pra ela parecia impossível que um cantor de música pop do nada fosse parar na casa da fã mais maluca que a banda possuía.

— Eu estou falando a verdade! — Lily protestou, incrédula.

Continuando: se isso tudo for verdade... O que você disse?

A perguntou calou até os resmungos animados de Tonks.

— Nada. Eu não consegui mexer um músculo sequer. — admitiu Lily se sentindo derrotada. Deveria ter dado no mínimo um sorriso simpático, e iniciado uma conversa sem segundas intenções, embora, é claro, que ela possuía segundas, terceiras e muitas outras intenções.

E ele? — pelo tom de Tonks, ela estava se controlando para manter a calma e ouvir tudo o que Lily tinha a dizer, o que era muito contando pelo fato de que Tonks era péssima em controlar suas emoções.

— Bom... — Lily voltou a se sentar na cama, com o cenho franzido. James Potter também não agiu da forma como ela esperava, ele nem havia lhe cumprimentado e sequer ajudou o pai com as malas!

Lily era fã da banda há muito tempo e nunca ouviu James falar sobre o pai. Talvez fosse por isso que ele não ajudou o pai, talvez eles tivessem uma história turbulenta, embora Lily não conseguisse ver James com raiva de alguém, ele sempre pareceu muito calmo e nunca havia se metido em encrencas.

Lily? — a voz de Marlene tirou Lily de seus devaneios. — Ainda está ai?

Ela fitou todos os seus pôsteres colados na parede, os CDs e DVDs dos The Marauders ocupavam uma parte de sua prateleira de livros, a camiseta autografada que havia ganhado em um sorteio na internet e um pedaço de uma camiseta que Sirius usava no único show que Lily conseguiu ir. De repente uma sensação de completo terror tomou conta de seu corpo.

— Eu preciso desligar. Encontro vocês amanhã cedo no mesmo lugar de sempre, beijos! — desligou o celular sem esperar pela resposta das amigas e saiu correndo do quarto.

Encontrou sua mãe na cozinha em frente a geladeira, a mulher sorriu ao ver a filha mais nova, mas seu sorriso sumiu quando percebeu a expressão assombrada dela.

— Algum problema, querida?

Lily estava pronta para surtar e explicar a mãe os milhares de problemas que surgiram após ela entrar dentro de casa, mas se calou pois algo muito mais urgente estava a atormentando. Ela estava prestes a surtar, de novo.

— James entrou no meu quarto enquanto estive fora? — ela aparentava estar em pânico. Se James Potter tivesse espiado para dentro do quarto dela e visto tudo o que ela guardava ali, explicaria muito bem sua reação com a chegada dela, provavelmente nesse exato momento ele pensava que ela era louca e estava arrumando as malas para dar o fora dali o mais rápido possível. Ele, provavelmente, não precisava de mais uma fã histérica no seu pé.

— É claro que não, Lily. Mantive seu quarto trancado o tempo todo. — a ruiva suspirou aliviada. — Mas por que esse desespero? Qual o problema do garoto entrar lá? — questionou. — Por incrível que pareça, você não deixou os pacotes de absorvente espalhados pelo chão, ou suas peças íntimas jogadas na cama-

— Mãe! — Lily soltou um gritinho estrangulado, temendo que, com a sorte que tinha, James Potter se materializasse ali naquele exato momento.

— Lily deve estar com medo que James descubra o quão louca por ele ela é. — alfinetou Petunia ao entrar na cozinha para pegar uma maçã da fruteira. — Quando ele ver seu quarto vai se assustar.

Lily desejou que aquela maldita maçã estivesse envenenada, assim como a da história infantil, assim sua irmã se calaria para sempre e a pouparia de passar mais vergonha em sua vida.

— Do que estão falando? — Rose perguntou completamente perdida na conversa das filhas.

— James é o mesmo James que está colado nas paredes do quarto de Lily.

Rose Evans pareceu entender completamente o que estava acontecendo ali e não pode evitar de soltar uma risada, que só serviu para deixar Lily irritada e com vontade de chorar. A ruiva iria explodir se não pudesse extravasar seus sentimentos.

— A partir de hoje ninguém entra no meu quarto! — disse e voltou correndo para o quarto, deixando a mãe e a irmã rindo às suas custas na cozinha.


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