The Marauders escrita por SsRoberta


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Hey, guys!
The Marauders é um fic onde os quatro marotos são integrantes da maior boyband da atualidade, e no momento estão curtindo as tão esperadas férias.

Espero que gostem!



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— Você não pode estar falando sério! — gritou Lily atraindo a atenção de alguns estudantes que passavam por ali. Ela desviou a atenção deles e voltou-se para sua mãe, que estava do outro lado da linha. — Por que não me avisou disso antes? Ugh!

Rose Evans acabara de contar que iria se casar – mais uma vez – para a filha que estava em Paris, na França. Lily não estava surpresa, mas se sentia traída, pois nem sabia que a mãe estava de namorado novo, não que ela já não desconfiasse, pois sua mãe nunca estava sozinha. Mas ainda assim, queria ter sido informada antes para evitar levar aquele choque tão de repente.

— Desculpe, querida. — mas seu tom de voz não havia culpa alguma. — O casamento será daqui dois meses.

— O quê?! — novamente a ruiva havia atraído a atenção de todos. Não que ela estivesse acostumada a sair gritando pelas ruas de Paris, mas simplesmente não foi capaz de se controlar. 

Havia acabado de sair de sua última aula, decidiu entrar na cafeteria que visitava com frequência e pediu sua habitual rosquinha com cobertura cor de rosa e chocolate quente, apesar de estar fazendo calor de quase trinta graus. Ficar ali, sentada e apreciando a bela cidade de Paris diante de seus olhos, a acalmava. Ela sentia-se como uma pessoa normal e não como a estabanada Lily Evans que costumava ser.

Lily morava ali há aproximadamente seis meses que pareciam uma eternidade. Era intercambista e cursava artes cênicas, sua maior paixão. No início foi difícil se adaptar no novo país, mas com o tempo acabou se acostumando. O país era lindo, as pessoas eram simpáticas e o curso era maravilhoso, ela não sabia se estava pronta para ir embora, mas agora seria obrigada já que sua mãe estava de casamento marcado com um idiota qualquer.

Argh. Como ela pôde esconder algo como aquilo da própria filha?

Bom, primeiro vamos entender que Rose Evans nunca se dá bem em casamentos, ou relacionamentos no geral. O primeiro casamento da mulher foi com o pai de Petunia, irmã mais velha de Lily, que fugiu com outra mulher um ano depois do nascimento da menina. Em seguida veio o pai de Lily, eles se separaram quando a menina completava apenas três anos, e talvez esse fosse o caso mais longo da vida da mulher. Depois houveram outros que duraram um ano no máximo, portanto Lily não estava botando fé que esse casamento iria mesmo sair, até porque da última vez que Rose esteve noiva, ela desistiu de subir no altar poucas horas antes – pois havia descoberto estar apaixonada pelo irmão dele, o que gerou uma confusão e tanto.

Agora, Lily iria passar por tudo outra vez, e desejava que finalmente desse certo e nada tão inesperado e terrível acontecesse.

— Bom, nós decidimos a data ontem. — explicou Rose. — Como você volta pra casa até o final da semana, então acredito que dê tempo de arrumarmos tudo.

Lily teve de conter a vontade de afundar sua cara no recheio da rosquinha. Odiava o humor de sua mãe quando estava prestes a se casar, e odiava ainda mais quando não dava certo. Mas como a boa filha que era, ela arranjaria paciência para lidar com aquilo. Pelo menos era o que estava pedindo aos deuses nesse exato momento.

— Tudo bem, mãe. — soltou um longo suspiro.

— Ah, estou tão animada! — não pôde conter o sorriso que se formou em seus lábios ao perceber a animação da mãe. Ela sabia que sua mãe sempre ficava naquele estado, mas pelo menos a mulher estava feliz e talvez essa fosse a vez em que tudo daria certo na vida da Evans. E, por Deus, como ela esperava que desse. — Você precisa conhecer toda a família!

— Família? — perguntou desconfiada. Não era possível que a mulher escolhera um homem cheio de filhos que perturbariam toda a paz de Lily em sua própria casa.

— Apenas o filho dele. — ela deu uma risadinha bastante estranha para o gosto de Lily. — Ele é uma gracinha!

Pelo tom animado de sua mãe, Lily já imaginou um garoto de aproximadamente cinco anos de idade derrubando vasos de plantas pela casa, quebrando as janelas enquanto joga futebol, mexendo em seus pôsteres em seu quarto... Lily já sentia vontade de fechar as mãos no pescoço do garoto só de imaginar a imagem de seus ídolos amassada, ou pior, rasgada.

Ouviu então a risada de Petunia, sua irmã, soar ao fundo.

— Ah, ela vai surtar!

Lily estava quase adiando sua viagem para aquele mesmo dia só para se certificar que seu quarto continuava inteiro.

— O que Petunia quis dizer com isso? — perguntou sentindo o desespero invadir seu corpo.

E se a primeira coisa que ela encontrasse ao abrir a porta de seu quarto fosse o apocalipse? Seus CDs, DVDs, livros, pôsteres e todo o resto num perfeito caos? Jamais perdoaria sua mãe por isso.

— Não há nada com que se preocupar, Lily. — mas é claro que Lily já estava preocupada e prestes a entrar no primeiro vôo de volta pra Londres. — Como foi seu último dia de aula?

A ruiva abriu um enorme sorriso e contou todos os detalhes de seu dia para a mãe, esquecendo completamente do possível apocalipse que podia ter passado pelo seu quarto. Aliás, nada mais alegrava Lily do que falar sobre seu curso e sua paixão pela atuação.

• • •

Lily agradeceu quando o avião pousou e assim ela pôde desgrudar suas mãos do apoio da poltrona e caminhar com as pernas ainda bambas até o salão de desembarque, onde sua mãe e sua irmã mais velha estavam esperando com sorrisos enormes nos lábios.

Correu até elas e lhes deu um enorme abraço. Nunca pensou que fosse sentir tanta falta da família mais descompensada que conhecia, mas quem não sentiria falta de uma mãe louca e uma irmã irritante?

— Senti tanto sua falta! — Rose dizia enquanto segurava as lágrimas e seguia com as duas filhas de volta pra casa.

— Vai me contar agora como eu de repente tenho um novo padrasto? — perguntou Lily se aconchegando na poltrona almofadada e vendo a cidade de Londres ficar para trás, enquanto seguiam para Hogsmead.

— Ai, não sou obrigada a ouvir isso de novo. — Petunia resmungou como se estivesse com dor de barriga e botou os fones no ouvido, dando play em sua playlist depressiva do spotify.

Lily a ignorou completamente e lançou um olhar a sua mãe, esperando por uma resposta.

— Nos conhecemos num evento beneficente. — Lily franziu a testa, sua mãe nunca costumou a frequentar lugares deste tipo, mas preferiu não interromper o que parecia ser a história mais interessante da vida de Rose Evans. — Ele estava interessado em ajudar aquelas pobres crianças e eu achei o gesto dele muito interessante, então começamos a conversar e percebi que tínhamos mais em comum do que jamais pude imaginar. — ela sorria abertamente enquanto dirigia. — Então ele me chamou para um jantar... Depois para outro... E eu ficava cada dia mais encantada, nunca imaginei que um homem podia ser tão cavaleiro e selvagem ao mesmo tempo. — o sorriso malicioso nos lábios vermelhos de Rose fizeram Lily fazer uma careta de nojo.

— Certo. — tentou concentrar sua mente em qualquer outra parte do que sua mãe acabara de dizer que não fosse no "selvagem". — E então decidiram se casar?

— Sim! Não é incrível?

Lily olhou para Petunia que segurava o riso no banco de trás e então deu de ombros. Se sua mãe estava feliz então era o que bastava, só esperava que aquela felicidade fosse duradoura.

— E sobre o filho dele? — perguntou dando um pulo do banco quando pensou no estrago que o garoto poderia ter feito e na risada cheia de significados que Petunia dera dias atrás. — Se algum pôster ou CD estiver danificado, eu não respondo por mim porque eu juro que vou-

Esse foi o momento perfeito para Petunia tirar seus fones e se infiltrar na conversa.

— Ah, mas por que ele faria isso? — perguntou a ruiva lançando à irmã um sorriso cheio de significados dos quais Lily não conseguiu decifrar nenhum. — Por que ele iria querer se auto mutilar?

Estava pronta para perguntar para sua mãe do que raios Petunia estava falando e porque ela não conseguia tirar aquele sorriso estranho dos lábios quando estacionaram na frente de casa.

Um sorriso saiu de seus lábios ao observar que a casa continuava do mesmo modo que havia deixado há seis meses atrás. As mesmas flores ocupavam o jardim, agora todas floridas, a casa de dois andares que sempre ocupou continuava exatamente a mesma e Lily não fazia ideia, até agora, do quanto sentira falta daquele lugar.

Mas havia um carro a mais estacionado na garagem, ela não entendia muito de carros, mas pelo porte deixava o velho carro de sua mãe no chinelo. Não precisou perguntar de quem era, pois na porta de entrada surgiu um homem de meia idade e sorriso caloroso as aguardando. Lily franziu o cenho, ele lhe parecia bastante familiar, mas como poderia ser?

— Então você é a famosa Lily, certo? — ele perguntou de forma simpática assim que elas saíram do carro e caminharam para a entrada de casa — Sua mãe não parava de falar em você por um só segundo. Meu nome é Fleamont. — Rose caminhou até onde o homem se encontrava e o abraçou de lado, sorrindo para a filha como se estivesse na espera do seu veredito.

Lily sorriu ao analisar o quanto os dois pareciam combinar, o sorriso no rosto de sua mãe parecia radiante e refletia da mesma forma no rosto de Fleamont... E Lily continuava com aquela sensação de que o conhecia, sua aparência lhe era muito familiar, porém nunca conheceu nenhum Fleamont em sua vida e também não sabia qual era seu sobrenome, o que provavelmente não ajudaria a tirar aquela sensação estranha de seu corpo.

— Ela não me falou nada sobre o senhor, mas agora não será preciso já que estou aqui. — a expressão de Rose era de culpa, mas Lily fez questão de sorrir para dizer que estava tudo bem.

Se aquele homem fosse tão bom quanto aparentava então ela não iria dar trabalho algum – mesmo que sua mãe tivesse escondido o relacionamento por algum tempo.

— Bom, você deve estar cansada depois da viagem. — a ruiva assentiu já sentindo seus músculos todos doloridos da cansativa viagem que teve da França de volta à Inglaterra.

Eles entraram para dentro da casa e Lily sentiu vontade de chorar ao observar todos os móveis em seus devidos lugares, tudo do jeito que deixara, não havia nada novo ou fora do lugar. Bem, exceto pelo rapaz de cabelos bagunçados que ocupava o sofá enquanto assistia um jogo de futebol americano na TV.

— James, levante daí e ajude aqui com as malas. — pediu Fleamont enquanto pegava uma das malas e entrava com ela para dentro de casa.

O coração de Lily quase saltou da boca quando o rapaz se virou e seus olhares se encontraram.

Não podia ser. Não. Aquilo era um sonho. Não tinha como ser real.

Era como se um dos pôsteres em seu quarto tivesse ganhado vida e se materializasse ali em sua sala de estar. Lily queria gritar, sair correndo pelo quarteirão, chorar até eliminar todo o líquido de seu corpo, pular no pescoço dele...

Era impossível que aquele jogado no sofá de sua sala fosse James Potter.

James Potter o homem por quem Lily era apaixonada há alguns anos. James Potter o integrante do The Marauders, a maior boyband do momento. James Potter o dono da melhor voz da atualidade. James Potter que cobria toda a parede do quarto dela. James Potter o protagonista de todos os sonhos eróticos de Lily.

Não soube dizer quanto tempo ficou ali parada, de olhos arregalados para ele e a boca completamente escancarada. Céus, ela estava quase babando enquanto o observava. Até que sua atenção foi atraída por Petunia que havia se esforçado tanto para não rir da cena, que agora tossia sem parar e lágrimas escorriam de seus olhos.

Então era por isso que Petunia estava sendo tão misteriosa nesses últimos dias. Lily queria voar no pescoço da irmã e sufocá-la, aquilo não se fazia! Lily sabia que a irmã não prestava, mas jamais imaginou que ela fosse tão baixa a ponto de esconder algo daquele porte, Petunia poderia ter matado Lily de ataque cardíaco ali mesmo! Um aviso para esse tipo de acontecimento cairia bem! Argh, se Lily conseguisse se mover, ela provavelmente mataria a irmã ali mesmo.

Mas não teve muito tempo para planejar formas de assassinar a irmã mais velha, pois naquele momento James Potter passou por ela sem olhar em sua direção, subiu as escadas e pôde-se ouvir a forte batida de uma porta no andar de cima.

— Ahn, acho que eu aguento carregá-las, aliás, não estou tão velho assim. — comentou Fleamont, rindo. Ele parecia constrangido e trocou um olhar nervoso com Rose, que sorriu fraco. 

Lily se beliscou para se certificar de que aquele momento não acontecera somente em sua cabeça. Era impossível acreditar que o filho do futuro marido de sua mãe não era um garotinho causador do apocalipse, mas sim o próprio James Potter, seu ídolo.

Como ela conseguiria seguir normalmente com sua vida sabendo que estava morando debaixo do mesmo teto que seu ídolo?

Céus, aquele era James Potter...


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Deixe sua opinião nos comentários!
Até mais!



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