Ontem no meio da minha incrível, fantástica e espetacular narrativa eu cai no sono. Ainda bem que hoje não aula, porque senão eu faltaria e os professores perguntariam: "Ei Steve, porque você não veio ontem?" 

Em pensamento eu responderia: " Vocês vivem falando para não tomarmos conta da vida dos outros e você pergunta algo assim?!" 

Mas na vida real eu responderia: "Eu estava oculpado fazendo um documentário sobre a vida de um homem raposa" 

OK, OK... Vamos voltar de onde eu verdadeiramente parei.

—Agora frenético! -- Arnold falou.

—Só achamos um papelzinho... e rasgado aliás.

—Me diga quantas curtidas e comentários você ganhou na sua fanfic do Gavião Arqueiro.

—Uma curtida e um comentário.

—E você ficou felizão, não é, Steve?

—Claro!!!

—Pois é.... Temos que ficar alegres com tudo. E aliás, esse papelzinho rasgado pode nos mostrar algo enorme!! -- Arnold respirou fundo e prosseguiu -- Vamos ver se achamos o restante desse achado.

Continuamos lendo papel por papel, letra por letra.

Algum tempinho depois sentimos fome e Arnold me ofereceu burritos. Nunca havia comido um (pode acreditar) mas amei! Me senti como o Pardo de Ursos sem Curso no episódio Burrito.

Voltamos ao sótão.

—Ei Arnold, olha o que achei! -- Falei mostrando um papel inteiro com o título: Big Água. -- Tá escrito Big Água.

—Big Água?! -- Arnold danou a rir.

—É. Isso é uma ficha. Tá com foto e tudo. -- Olhei para as beiradas da folha (se é que se diz assim) -- Tá faltando uma parte. Falta uma outra folha.

—Como sabe, Steve?

—Tá com furinhos de grampo de grampeador. Igual quando a professora diz pra tirarmos o grampo das provas com cuidado para não rasgar o cabeçalho.... -- Imitei a professora falando.

—Já temos 13 anos e ela acha que não sabemos tirar no grampo.

—Tem toda razão, Arnold.

Depois de um tempo fui embora. Levei, a pedido do Arnold, a ficha do Big Água e o papelzinho rasgado escrito "Operação Olho de Águia".

Cheguei em casa e tirei um cochilo de meia hora. Acordei às 14:00 e comi um misto quente. Fiz o dever de casa e falei com minha mãe que ia sair por aí.

Saí pela porta e dei a volta até a janela do meu quarto que ficava no segundo andar. Com muita cautela subi numa árvore e entrei nele.

Coloquei meu uniforme e subi até o telhado.