A Difícil Arte de Amar escrita por Isabelle


Capítulo 15
A Difícil Arte da Coragem




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Capítulo 15-

                           A Difícil Arte da Coragem

Na mansão do Primeiro Ministro Bruxo, o silêncio foi quebrado por Dryade.

- Draco... Certa vez eu ouvi uma declaração de amor. Estava atrás de uma porta. Jamais esqueci...

“- Não preciso de outro elfo doméstico. Nick precisa do seu amor. Foi você que o protegeu naquela noite. Foi você que andou quilômetros por ele. Foi você que enfrentou aurores para que ele não saísse de perto de você. Não posso explicar. A verdadeira mãe dele jamais agiria assim por ele. Eu não poderia escolher outra mãe para Nick. E se eu não sobreviver quero que ele fique com alguém que provou ser digna da minha confiança.

- Vocês tem um vínculo. Contate-a. Só você pode. Lembre-se disso. Concentre-se.

Todos na sala estavam silenciosos. Nina além de conhecer bem Nick, era sensitiva. Ela poderia sim achar as crianças. Então todos os olhares estavam voltados para Draco. Esse andou até a janela. Olhou para a manhã cinzenta que se anunciava lá fora. Então se concentrou. Nos últimos dias, ele havia perdido o contato com a ruiva. Por alguns minutos nada aconteceu. Todos na sala se assustaram quando Malfoy foi jogado no meio da sala espatifando uma mesinha de centro.

- Draco o que ouve? – Dryade e Lucius correram para ajudar o garoto.

Lucius ajudou o filho a se levantar. Estava meio tonto, Lucius o segurava firmemente.

- Ela está em um local protegido. Mas, eu consigo. Ainda apoiado no pai Draco se concentrou mais ainda. Ele se esforçou o máximo, Lucius teve que ampará-lo ele não tinha forças para manter-se em pé. O garoto convulsionava nos braços do pai que teve que abaixar-se mantendo o filho no chão, cuidando para que não se machucasse. Draco já tinha um sangramento nasal quando Dryade tentou interferir. Mas Lucius a impediu. Draco não teria forças para outra investida. Então aquela era a hora da verdade.

oOo

Na cabana Nina começou a sentir Draco invadir seus pensamentos. Tentou fazer um bloqueio de imediato. Mas, Draco continuou tentando, ele não poderia desistir naquele momento. Nina sentiu que ele estava determinado, então permitiu o vínculo.

- Draco...

- Nina... Não tenho muito tempo... – Draco tinha dificuldade em manter contato. Não sabe quanto eu me arrependo por tudo que disse naquele dia... Espero que um dia possa me perdoar... Mas, agora preciso de você...

- Nick?!

- Desapareceu...

- Draco?! Draco?!

Nina não sentiu mais o garoto. Mas suas últimas palavras a deixaram lívida. Pegou o celular. Ligou para Hermione, não conseguiu. Então ligou para Thompson, Nina demoraria muito para sair da cabana e não aparatava ainda. Então pediu ao aborto que contatasse Hermione, e pedisse que a garota viesse buscá-la.

Nina concentrou-se em Nick a fim de localizá-lo. Mas, a cabana impedia sua magia.

oOo

Draco desmaiou. Dryade finalmente pode ajudá-lo. As condições dele não era das melhores, nada que já não tivesse passado antes. Com feitiços complexos, a morena foi trazendo ele de volta.   Qualquer dia não te encontro no vale da morte e você fica por aí mesmo...” pensou a bruxa enquanto trazia seu afilhado de volta. Severus voltava de Hogwarts com as poções que ela havia requisitado.

- Ele está fora de perigo. Não é aconselhável acordá-lo agora. – informou Dryade preocupada.

- E quanto a Nina? – perguntou Harry ansioso.

- Só Draco pode responder sua pergunta agora. Não temos como saber... – reponde Dryade voltando-se a Draco.

- Meu Merlin!! Precisamos de uma luz aqui. – Harry passa as mãos pelos cabelos bagunçando-os ainda mais.

Ginny abraçada a mãe voltava a chorar. Narcissa agora estava junto a Lucius e aplicava alguns feitiços de limpeza no rosto do filho para retirar o sangue que havia escorrido durante o sangramento nasal. Arthur era só desolação.  Ronny chamava o Ministério pela centésima vez em busca de novidades.

Nesse momento o celular de Hermione toca.   

- Thompson?! – repetiu a morena quase gritando chamando atenção de todos na sala.

Hermione desligou o telefone com um leve sorriso nos lábios. – Vou buscar Nina.

Hermione aparatou em seguida deixando todos na expectativa. Então Draco havia conseguido.

- Você conseguiu meu querido... – sussurrou Narcissa ao filho. – Agora acorde logo, precisamos de você.

- Dê um tempo a ele Cissa. Ele é forte, mas a energia mágica que ele gastou para chegar até ela quase o consumiu.

Disse Lucius carinhosamente à esposa, ainda aninhava Draco em seu colo, tinha as costas apoiadas na parede da janela. Permitiu um carinho no rosto pálido do filho. Nunca o teve tão junto de si, não daquela maneira, e isso era forte.

Todos voltaram o olhar ao centro da sala quando ouviram o som alto de uma aparatação. Nina estava abraçada a Hermione. Tinha os olhos fechados. Era sua primeira aparatação, e estava sem fôlego no momento.

Hermione havia colocado a ruiva a par da situação. Nina se concentrou durante uns quarenta minutos. Nada parecia ajudar, todos estavam em silêncio, a garota andou pela mansão, isolou-se, mas nada levava a Nick.

- Eu vejo a mochila de Nick, mas vejo outras cenas incoerentes, não tem nada a ver com as crianças, estas cenas estão encobrindo a localização delas. Vejo um quarto sujo e abandonado, não posso ver o exterior... Eu sinto muito. – Nina esta exausta. Abraçou-se a tia e chorou.

- Nina acalme-se... Diga,  que cena é essa? – pediu Dryade carinhosamente.

- É inútil, é passado. – informou entre lágrimas.

- Como sabe que é passado?

- Tia... – Nina limpou as lágrimas e resolveu explicar para a tia o que via, só assim ela se convenceria que era uma visão inútil. – Harry, Ronny e Hermione estão neste quarto, juntamente com outros dois que não sei quem são. Vejo feitiços lançados no quarto... contra um rato?! Minha mente não está...

- A CASA DOS GRITOS! – gritou Harry. Ele jamais se esqueceria do dia em que soube da verdade sobre Sirius.

- A mochila de Nick está lá Nina? – perguntou Hermione também se lembrando do acontecido há tanto tempo.

- Sim... Mas...

- Nina não conhece o local, então seu poder de sensitiva nos dá uma pista. – abstraiu Hermione.

- Sim. Pode ser. Vamos checar!! – Ginny naquele momento acreditaria em qualquer coisa. Trazer sua pequena de volta era prioridade.

- Nina fique com Draco, por favor. Não sabemos o que vamos encontrar lá. – pediu Narcissa.

- Claro senhora Malfoy. – Nina sabia o quanto custara ao garoto, contatá-la.

Arthur contatou os aurores. Em minutos o velho casarão era invadido. Harry ia a frente do grupo.

No quarto encontrou Nick que encarava corajosamente quem fosse sair da cortina de poeira que se levantou no ambiente   quando Harry arrebentou a porta com um reducto. Lils estava escondida atrás do garotinho. Mas quando reconheceu o pai...

- Papai!!!

A pequena correu para os braços do pai. Nick ainda procurou Draco, mas viu os avôs, ficou feliz ainda assim.

- Papai me desculpe, eu só queria levar Nick para ver a tia Nina. Eu prometo que nunca mais pego nada seu... – disse apontando a pequena caixa caída a um canto do quarto.

- Você está bem minha bruxinha? – Ginny verificava a garotinha ainda no colo do pai.

Harry reconheceu o objeto imediatamente. Uma de suas chaves de portal para Hogwarts, essa levava a casa dos gritos, ele usava o local para entrar em Hogwarts pelo túnel que dava aos pés do salgueiro. Ele jamais poderia imaginar que Lils saberia como usar uma. E que teriam magia para tanto. Definitivamente, ele devia desculpas a Draco. Nick era inocente. Ele havia deixado um objeto mágico ao alcance da filha. Ele era o culpado de tudo aquilo. Harry chamou a atenção de Ginny para o artefato. A bruxa logo entendeu o que se passara ali. Aquelas crianças eram poderosas.

- Tio Harry, eu não machuquei a Lils, ela não chorou, eu a protegi. – disse Nick vitorioso.

- É verdade papai, ele até me deixou  segurar a lanterna dele, ele disse que eu posso ficar com ela. Agora ele é meu amigo. – explicou Lils ao pai, e a uma platéia cativa.

- Tio Harry está orgulhoso de você. Obrigado. – disse Harry abaixando-se para abraçar Nick também. Sentiu-se aliviado com as crianças em seus braços.

- Seu avô também. – completou Lucius pegando o neto no colo.

oOo

   


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