A Difícil Arte de Amar escrita por Isabelle


Capítulo 14
A Difícil Arte da Incerteza




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Capítulo 14-

                            A Difícil Arte da Incerteza

Nina resolveu que voltaria a Londres trouxa por um tempo. A essa altura deveria ter perdido seu emprego, mas não pensava mais nisso no momento.  Tinha uma pequena reserva e havia os galeões que havia herdado de seus pais. Deveria recomeçar.

- Tem certeza que é isso que deve fazer querida? – perguntou a tia carinhosamente.

- Não tenho tia, mas preciso ao menos tentar. – respondeu sem muito entusiasmo.

- Sabe que pode voltar quando quiser, sempre estaremos aqui para você. – colocou Severus uma vez mais.

- Sim, eu sei senhor, e sou grata. Mas, assim que eu me acomodar, eu conecto nossas lareiras. E também prometo mandar corujas! – disse Nina tentando sorrir sentia a angústia da tia. – Vai dar certo tia. E se não der, eu volto, prometo.

- Vá então. Que Circe a acompanhe. – Dryade beijou a testa da sobrinha e ela entrou no trem.

Nina sentou-se em uma cabine vazia, ainda pode acenar para a tia. Ela e Severus ficaram na plataforma até que o trem sumiu por completo. Sentiu-se mais triste ainda. Mas com certeza tudo em Hogwarts lembrava Draco e se o mimadinho a considerava incapaz, o mais racional a se fazer era esquecer que ele existia. Durante a viagem teve tempo de pensar. Quase chegando, ligou para Thompson. Seu verdadeiro amigo. Ela sabia que poderia contar com o velho aborto. Queria passar alguns dias na cabana precisava pensar. E ali poderia traçar os rumos com calma.

oOo

No mundo bruxo o caos havia se instalado. Draco estava lívido quando recebeu o patrono de sua mãe. Não acreditava estar passando por isso novamente. Estava com Harry no momento. Então ambos foram para a escola. Potter estava desesperado. Não sabia por onde começar. Não havia indícios de seqüestros, ondas de violência, nada que denunciasse o que havia acontecido ali. O mundo bruxo passava por uma calmaria. Então não havia motivo aparente para o sumiço das crianças. Então Harry atacou sem muita convicção no que falava.

- Mais uma do Nick...

- Não se atreva a falar do meu filho testa - rachada! – Draco sacou a varinha.

Lucius se colocou entre o filho e Harry.  Não precisou falar nada. Apenas envolveu o filho em um abraço apertado. Sabia pela primeira vez o que o rapaz sentia.

- Calma filho, isso não ajuda. – sussurrou Lucius ao ouvido do filho. – Eu estou com você. Vamos achar as crianças, acredite!

Em outros tempos a cena teria terminado em um duelo. Mas aqueles eram outros tempos, um novo mundo criado por Harry Potter, quando mandou o Lord para o inferno. Sentindo seu filho um pouco mais calmo, Lucius o afastou um pouco e olhou em seus olhos.

- Tudo bem?...

- Sim pai... – Agora Draco transparecia   todo o seu desespero.

- Sinto cara, não queria dizer aquilo na realidade. Me perdoe. Preciso de você para achar minha filha... – disse Harry limpando uma lágrima teimosa.

- Tudo bem, eu também preciso de você. Vamos trazer nossas crianças de volta.

Harry e Draco comandaram as investigações, agora juntos. Colocavam tudo que sabiam em prática. Mas, a noite chegou e nada, nenhuma pista.

Narcissa se aproximou de Draco com uma xícara de chá, estavam na mansão do Primeiro Ministro Arthur Weasley. Sabia que seria impossível fazer seu filho dormir. Em algum momento ele cairia em algum canto exausto.

- Meu bem... Eu sinto muito, deveria ter me certificado de que Nick estava dentro da escola. A culpa é toda minha. Ele era minha responsabilidade. – disse tristemente.

- Não. Mãe, não fale assim... Você não é responsável por isso. Olha, vamos encontrá-los! – Draco descansou a xícara na mesa e abraçou a mãe.

- Olha... Talvez seja hora de pedir reforços... – começou a Narcissa com cuidado.

- Tenho todos os aurores vasculhando cada beco. Já coloquei o Primeiro Ministro trouxa nessa busca também. A polícia deles então procurando na Londres trouxa. Não tenho mais ninguém para chamar, senhora Malfoy. Sinto muito... Eu daria qualquer coisa para achar minha neta agora, acredite. – disse Arthur meio sufocado pela angústia.

Draco olhou para a mãe. Ele sabia bem quem era o reforço. Mas, não sabia ao certo se a ruiva ajudaria depois da maneira que ele havia tratado ela naquele dia. Não falara mais com Dryade, ele devia no mínimo desculpas à amiga de tantos invernos.

- Não deixe que o orgulho o impeça, deve isso a seu filho... – Narcissa tinha certo tom de suplica na voz.

Draco se levantou. Beijou a mãe e aparatou. Ele tinha que enfrentar seus demônios sozinho. Ele de certa forma causara tudo aquilo. O castelo com certeza dormia àquela hora da noite. Então mandou um patrono a Dryade. Esperou nos portões de Hogwarts minutos intermináveis.

Dryade e Severus foram acordados pelo patrono de Draco. Preocupados levantaram já transfigurando suas roupas. Draco não enviaria um patrono àquela hora se não fosse importante. Severus foi até o portão, acompanhado de Filch, encontrou o afilhado sentado com as costas apoiadas na grade, abraçado aos joelhos, com a testa apoiada nos joelhos.

- O que em nome de Merlin faz aqui? O que aconteceu? – Severus ajoelhou e tocou o rapaz.

- Nick desapareceu...

- Venha, levante-se. Vamos entrar.

O caminho até as masmorras foi silencioso. Severus não disse nada. Imaginava o que o afilhado estava passando. E que deveria estar digerindo o orgulho naquele momento para estar ali. O reencontro com a amiga foi algo a parte.

- Dryade, eu sinto muito, de verdade. – Draco foi dizendo assim que entrou nos aposentos do casal. – Sei que não tenho o direito de estar aqui. Mas se puder me perdoe por tudo que disse naquele dia...

A bruxa não respondeu. Abraçou o garoto e sussurrou em seu ouvido: - Eu sempre estarei aqui para você, meu bem. Eu o amo muito, filho.

Draco se agarrou a madrinha, algumas lágrimas escaparam, o garoto estava arruinado para sempre. Nunca mais seria frio como antes. Dryade o afastou um pouco, até podia adivinhar o porquê da visita. Limpou os olhos do garoto com carinho.

- Nick?

- Sim... Ele e a Lils. Simplesmente desapareceram. – Draco parecia miserável naquele momento. – Preciso da ajuda de Nina, ela conhece bem Nick e...

- Nina não está aqui. Foi para Londres. Ainda não sei onde está... – Dryade ficou desolada. – Vamos mandar uma coruja.

Severus encaminhou-se ao corujal e de lá mesmo enviou sua coruja negra. Voltando em seguida para seus aposentos. Dryade já se preparava para ir para a Mansão do Primeiro Ministro esperar pelas notícias de Nina. Apesar de Narcissa ter explicado do que se tratava os reforços que seu filho buscaria todos ali deveriam estar apreensivos. Então entraram na lareira apressadamente.

- Onde está Nina? – perguntou Potter assim que Draco saiu da lareira.

- Em algum lugar da Londres trouxa. Severus mandou uma coruja. Estamos esperando noticias. – disse Draco confiando apenas no amor que Nina tinha pelas crianças. Não esperava jamais ser perdoado.

A espera consumiu a todos. Os primeiros raios de sol entravam na sala em que estavam quando a coruja entrou procurando seu dono. Nina não fora encontrada. O silêncio tornou-se sufocante para todos ali.

oOo

Estava frio. Nick e Lils acharam por ali uma cortina velha de veludo. Se acomodaram na cama. Nick havia acendido sua pequena lanterna, Lils achou muito legal a invenção trouxa. Nick orgulhoso, explicava a ela como funcionava. Nina havia ensinado a ele. Na verdade era presente dela. Ficaram aquecidos. E o sono veio logo apesar de estarem muito assustados.

Nick não se esquecia do que a avó lhe dissera. Protegia Lils. A garota não chorou em nenhum  momento. E o garotinho se sentia o máximo com isso.  Antes de dormir, pensava em Nina. Onde estaria a professora?

oOo     

 

 


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Notas finais do capítulo

Olá!!!

Supresa!!

Não se espante! É para compensar a espera!

Espero que gostem!

Jinhos da Belle



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