Utilidade para Máscaras escrita por Lady Black


Capítulo 2
Capítulo II - Efeito Borboleta


Notas iniciais do capítulo

Por ser apressada revisei esse capítulo e postei logo, espero que goste! (e muito obrigada aos dois seres humanos maravilhosos que comentaram)



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    Alya respondeu em afirmativa sobre como eu com toda certeza deveria levar Adrien mais rápido do que eu poderia imaginar, claro que o fato de ele ser o melhor amigo do namorado dela influenciou bastante — porém eu conseguia ver a empolgação da mesma por estarmos Agreste e eu, sozinhos. 

— Então, já terminou a faculdade? — perguntou ele despreocupado enquanto dirigia. 

Quase, faltam três meses e eu ter a sorte de que meu chefe do estágio não me mande embora até lá — coloco minha bolsa mais confortavelmente sobre meu colo, as vezes penso no quão ruim deve ser para a Tikki ficar ali dentro. 

— Duvido que seja mandada embora, e se for, tenho certeza que posso conversar com meu pai e te arranjar uma vaga. 

— Sendo assim talvez eu que me mande embora, não aguento mais fazer milagres no estágio. 

— Milagres? 

— Sim, meu chefe gosta de economizar e esses dias alguém trocou as medidas de clientes. No final da história, eu cobri o bumbum de uma senhora com um pano rosa escuro sendo que o vestido era vermelho. 

— Deve ter ficado incrível — observou contendo a risada. 

— Você não tem ideia, dei meu melhor sorriso pra ela antes que ela se olhasse no espelho. — balancei a cabeça lembrando do momento a qual a mulher gritava que iria me processar — Mas enfim, e você o que tem feito? Faz um ano que não nos vemos. 

— Bem, eu agora estou fazendo uma campanha com minha mãe — sorriu feliz. 

    Era incrível ver o mesmo falar da mãe. Anne Agreste havia entrado em coma após um acidente no Alasca e quando voltou a consciência não se lembrava de muita coisa e passou anos até se recordar por completo onde sua família morava. 

— Sério? Eu já imagino fotos lindas de vocês dois — deixei escapar pelos meus lábios as palavras mais rápido do que pretendia. 

— Bem, o material está ficando ótimo — tímido ele admitiu. 

Ficamos em silêncio por algum tempo, somente ouvindo as músicas da rádio e quando estávamos perto do destino abri minha boca novamente :

— Quando eu for uma grande estilista, vou lhe contratar para uma campanha — meu comentário saiu calmo e sonhador de um jeito agradável, era tão mais fácil quando eu conseguia pensar no que dizer. O carro foi parando devagar em uma vaga próximo ao restaurante. 

— Está falando sério? Quero seu número agora, vou te mandar mensagens diariamente até que você me chame para ser seu modelo — seu tom era sério, mas descontraído, estava nas nuvens naquele momento. 

— É, — comecei sem saber o que dizer — o que acha de entrarmos primeiro? 

— Claro, onde estou a com cabeça? — saímos do veículo em sincronia, e aquilo meu deu um certo prazer emocional. 

Atravessamos a rua e entramos na pizzaria, Nino quando nos viu acenou com empolgação e nos juntamos ao casal :

— Não acredito que vocês se encontram no ponto de ônibus, é tipo o destino unindo vocês! — Alya sorria alegre, e pela garrafa de vinho quase vazia encima da mesa senti uma pontada de preocupação. 

— Bem, ao menos o destino queria que eu visse meu brother americano hoje — Adrien brincou dando um tapinha nas costas do amigo. 

— Nem acredito que já faz um ano que todos nós nos despedimos aqui, era tudo tão surreal no começo. — o moreno se empolgou — Vocês acreditam que eu quase morri lá? A américa do norte é uma loucura. 

— Você é minha única esperança de casar Nino, — Alya disse corada, se por álcool ou por vergonha eu jamais saberia — se você quer morrer, que seja só depois de estarmos casados. 

— Que romântico — observei dando risada. 

— É sério Mari, olha só essa criatura achando que pode morrer e me deixar só — Alya mexia os braços animada. 

— Me sinto em casa — Nino abraçou a moça que o olhou carinhosamente, aquilo foi tão bonito que um suspiro me escapou os lábios. 

— Já pediram o que comer? — o loiro perguntou talvez desconfortável com aquele momento dos dois. 

— Sim, inclusive estou surpreso que ainda não serviram — o francês do rapaz soava cheio de sotaque, e me segurei para não comentar que ele estava falando estranho. 

— Sabe de uma coisa, eu sou repórter — a Césaire disse baixo — e você Marinette vai me ajudar nessa investigação, vamos

Ela se levantou rápido e me puxou pelo braço, e mesmo inconformada eu a segui deixando os rapazes conversando na mesa :

— Vamos perguntar no balcão sobre a pizza? — questionei.

Claro que não Mari, nós vamos pro banheiro e você vai me contar se o Agreste beija bem e isso não é uma coisa que você vai escapar — disse ela anestesiada pelo álcool. 

Balancei a cabeça enquanto entrávamos no toalete, era engraçado o fato que ela não tinha papas na língua quando bebia. 

— Sinto te dizer, mas não nos beijamos, ele somente me deu uma carona e perguntou sobre minha faculdade e o máximo que rolou foi ele pedir meu número brincando — respondi enquanto em sincronia arrumamos os cabelos olhando no espelho. 

Atitude mulher, você sempre quis namorar aquele homem na mesa — ela fez biquinho para seu reflexo — e quando eu digo isso me refiro ao Adrien, nem pense em jogar charme pro Nino. 

— Louca, — observei — e além do mais eu gostava do Adrien no ensino médio, isso faz uns mil anos. 

— Então seu coração não deu nenhum pulinho quando viu ele? — se apoiou na pia e me encarou diretamente. 

Me mantive em silêncio, mexendo na franja. 

— Sabia! — ela estalou com a língua — mas já que a moça não vai admitir que ainda tem suas quedas eu sugiro que tire esse sobretudo pois está calor aqui no restaurante, estou agoniada com você vestida nisto. 

    Saímos do banheiro pouco depois, teríamos sido mais rápidas se minha amiga não tivesse insistido tão assiduamente para que eu tirasse o sobretudo, o que era estranho em certo ponto mas decidi ignorar. Para nossa sorte — e felicidade — a comida já estava na mesa quando voltamos :

— Viu Marinette, nossa investigação deu efeito e a comida já está entre nós — Alya afirmou e se sentou ao lado de Nino. 

— Imagino que vocês então sabem que a demora foi por causa da demissão de um dos funcionários nesse exato momento? — o moreno jogou a indireta e a namorada do mesmo se pôs a fazer uma série de perguntas, aquele espírito interrogativo fazia que ela desligasse do mundo. 

— Vocês foram no banheiro, não é? A gente perguntou para um garçom se duas moças tinham ido perguntar sobre a comida e ele quase teve um treco — Adrien me perguntou, enquanto eu me servia. 

— Exatamente, mas acho que uma investigação teria sido mais legal — respondi tomando cuidado pra não me atrapalhar com a comida.  

— Concordo, investigações são emocionantes assistia até um desenho investigativo quando era criança por isso — seu tom era alegre. 

— Eu só consigo pensar em um desenho com detetives, céus Adrien — dei risada. 

— É um clássico, caso você também esteja pensando em Scooby-Doo

Segurei o riso balançando a cabeça positivamente :

— Eu adorava, sou culpada, mas tinha um cachorro falante não tinha como escapar de cair nos meus gostos. 

— Então quer dizer que a madame gosta de cães? 

— Claro, principalmente se falam nossa língua e no geral eles são amigáveis, — falei mas me lembrei do motivo pelo qual criei carinho por gatos e não me contive — porém, eu amo a independência dos gatos, eles tem charme. 

— Prefiro gatos por esse mesmo motivo. 

— Pelo charme? 

— Acho que também, mas eu gosto do jeito deles, é difícil eu sinto como se eu tivesse sido um gato na minha independência. 

— Certo, a partir de hoje lhe declaro Cat-drien — demos risada. 

— Soa muito mal, sério Mari — ele ainda dava risada. 

— Nunca fui boa com nomes — admiti terminando de beliscar a fatia de pizza, não estava com meu apetite em seu auge. 

Foi quando que seus olhos verdes pararam em meu pescoço :

— Corrente bonita. 

— Obrigada, — segurei o pingente escrito Lady entre os dedos, uma das minhas formas particulares de lembrar meu eu heróico estava ali. 

    Percebendo que havia parado de comer ele puxou a cadeira para mais próximo de uma maneira sorrateira e soltou um sorriso de lado :

— Agora se quiser passar seu número senhorita ficaria grato, não quero ficar mais um ano inteiro sem te ver — ele me estendeu uma caneta bonita e um guardanapo.

— Sendo assim, me mande uma mensagem para que eu pegue seu número depois — e com uma letra bonita escrevi meu telefone. Estávamos flertando? 

    Naquele momento nosso casal de amigos estavam prestando atenção em nossos olhares internos, e por algum motivo tanto eu quanto ele ignoramos o sentimento de vergonha e prendemos a atenção um no outro.

O que estava acontecendo com a gente?

Lembro de sorrir doce quando de repente a porta do estabelecimento foi quebrada, e o som de vidro estilhaçado invadiu meus ouvidos :

— Sou Cozineitor, e ninguém tem o direito de não gostar das maravilhas que eu cozinho!

Meu coração bateu forte, era um vilão causado por um akuma, eu sentia. Adrien me puxou para debaixo da mesa em um reflexo de proteção enquanto as lâmpadas começavam a piscar e eu prendi meu fôlego, eu ainda era Ladybug, tinha que fazer algo. 

 

 


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Notas finais do capítulo

– Achei que o nome "Anne Agreste" combinaria como sendo o da mãe do nosso querido Adrien :)
— Bebidas só para maiores de idade e com responsabilidade, viu gente? Nossa amiga Alya só ficou um pouco solta e nada mais.

Se tiver alguma sugestão, crítica, ou observação eu ficaria muito feliz em receber :3
~xoxo



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