Schizophrenia escrita por CapitaMK


Capítulo 5
Stalker


Notas iniciais do capítulo

Heey gente
mais um cap espero que gostem!



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A manhã passa lentamente, as aulas que eu tenho, nenhumas das meninas têm, é apenas eu, obviamente fiz amizade com o pessoal da sala, mas, não é a mesma coisa que estar com elas, mas para minha infelicidade, Luis era da mesma turma e curso que o meu. Luis, como descrever esse encosto na minha vida? Sempre esteve atrapalhando minha jornada desde que voltei, ele é filho de algum amigo do meu pai. Não me lembro exatamente de qual, nunca me dei o trabalho de lembrar ou buscar saber, nunca teve real importância.

Para os amigos dos meus pais depois que nos mudamos, eu era uma menina um tanto que peculiar, meus pais nunca falaram sobre mim para eles, sabe aquelas briguinhas bobas entre pais babões, então, nunca fui citada ou se quer lembrada, se alguém falasse meu nome em uma dessas discussões era sempre as visitas, lembro vagamente dessas ocasiões, e de escutar algo como: “Mas e Lauren, a primogênita de vocês?” só de ouvir essa pergunta, já podia imaginar meus pais sem graças, minha mãe com um risinho amarelo no rostos, meu pai se mexer desconfortável no sofá, e sua falta de contato visual com seus convidados, “Lauren, bem, Lauren é uma menina peculiar”, pronto, isso bastava para as perguntas terminarem, era isso que eu resumia, a uma garota peculiar, sem grandes feitos, sem medalhas, não era destaque da sala ou fazia parte de algum time ou até mesmo grupo, nunca fiz parte de nada, por minha culpa? Talvez na visão de meus pais, mas na minha não, desde pequena sempre gostei de esportes, de correr, de escrever, minha paixão desde sempre, mas isso foi arrancado de mim, por meus pais, minha família, que deveria me amar e cuidar de mim, mas não, preferiram me trancafiar em um lugar que poucos conhecem, e os que conhecem preferiam não conhecer. 

Foi em uma dessas visitas que apareceram os pais de Luis, tão pouco sabia, sempre fui na minha, mas Luis não. Estudava na mesma escola que eu, era popular, tinha fama entre as meninas, boas notas, queridinho dos professores, um atleta excepcional, amigo leal e parceiro, o famoso gente fina, mas que pra mim deveria ser chamado o famoso hipócrita, em um grupo social cheio de pessoas sempre agia gentilmente, educado, bondoso, o tipo de pessoa que visitava os avós aos finais de semana, de bom grado, sem reclamar, o genro que toda mãe desejava, mas são poucos os que realmente conhece sua verdadeira face, manipulador, sínico, sempre fazia de tudo para ter o que queria, se passa por bom moço, mas seus olhos nunca conseguiram me enganar e esconder seu verdadeiro eu, para mim um sociopata, que esta obcecado por mim, está tão fissurado nesse amor platônico, que foi capaz de se escrever na mesma faculdade que eu, e no mesmo curso. 

Nesta visita eles trouxeram seu doce e único filho Luis, onde fui obrigada a ficar perto, já que tínhamos a mesma idade, estudávamos na mesma escola. Não sei se foi esse dia que ele desenvolveu sua paixonite por mim, mas foi dai em diante que ele começou a me rondar, sempre vinha falar comigo na escola, com seu sorrisinho torto, agradinhos bobo, ele me rondou tanta, que até mesmo da minha família ele correu atras para fazer amizade, hoje em dia é o queridinho da minha mãe, amigo e parceiro dos jogos digitais de Chris, mas além de mim, a única que não ia com a cara dele é Taylor, que sempre me apoio em não querer ele por perto. Mas infelizmente meus pais gostaram muito dele, foram seduzidos pela ilusão de alguém perfeito, o que acarretou ele descobrir sobre meu segredinho sujo, que até hoje nem minhas amigas sabem direito, só sabem que preciso de remédios, ele não, sabia sobre a esquizofrenia e todo resto. Teve até uma época que ele tentou me ameaçar, dizendo que seu não o namorasse, iria dizer a todos que eu era uma doente mental, psicótica, é que planejava matar todos, por que as vozes diziam, naquela época eu disse que não me importava com que ele iria fazer ou dizer, vendo que não tinha efeito sobre mim, desistiu e tentou se desculpar, dizendo que estava agindo por impulso, e que não deveria ter o feito. Mas eu sabia muito bem, que a unica coisa que ele se lamentava era de não ter dado certo. Depois desse episodio eu comecei a evitá-lo e a cortar qualquer tipo de relação com ele, pensei que me veria longe dele depois da escola, mas engano meu, nunca pensei que ele chegaria tão longe com essa obsessão, ao ponde de vir para mesma faculdade que eu, ou pior o mesmo curso. 

Minha mãe acha maravilhoso, claro que ela não aceita muito bem o fato de eu ser lésbica, claro que não, além de problemática, sapatão, tudo que ela queria, não é atoa que ela vai muito nas ideias de Luis, e agora que meu pai faleceu tenho medo da influencia que ele pode ter sobre ela. Mas a minha sorte é que minhas amigas também não vão com a cara dele, depois do episodio da ameça, elas ficaram loucas, quase foram atrás dele para tirar satisfação, mas eu consegui controlar elas.

E agora neste exato minuto, Luis estava atrás de mim, me enchendo a paciência, de minuto em minuto, ele me cutuca pra perguntar se eu estou bem, ou preciso de algo. Como ele não pode se tocar, que dele eu só quero distancia! Felizmente para mim, essa bendita matéria, eu vou mais que bem, sem dizer nada, eu apenas me levando, e vou em direção a saída, agradeço mentalmente ao chegar fora do prédio, e por Luis não ter me seguido. 

Como neste exato momento, as meninas estão em aula, e eu sei muito bem que nenhuma delas vai querer “cabular”, nem nada do gênero, estou por contra própria, então sigo em direção a fonte que tem aqui no campus, ando tranquilamente, sei que a área estará praticamente vazia, e que ali se encontra alguns bancos, chegando onde eu queria estar, vejo que o local está vazio, ninguém estar perto da fonte, nem de seus bancos, a alguns metros dali posso enxergar uma moça sentada no pé de uma árvore lendo algum livro. O lugar esta tranquilo e silencioso, o que mais eu poderia pedir? 
Tranquilamente vou em direção a um banco perto da fonte, no qual eu fico de costa pata a entrada da faculdade, mas com uma visão maravilhosa da entrada, aqui realmente tinha um espaço bem agradável. Fico um tempo sozinha admirando a paisagem, quando sinto alguém se aproximar, só espero que não seja Luis, e nenhum estudante chato pedindo ajuda em alguma coisa. Fico parada, esperando quem quer que seja se apresentar, e então a pessoa entra no meu campo de visão, e posso ver de quem se tratava, é o mesmo homem de hoje de manhã, ainda trajava seu terno sob medida, seus cabelos alinhados, sem um fio fora do lugar, seu rosto estava meio pálido, seus olhos demonstravam sua incerteza e curiosidade, ele tem os olhos fixo em mim, passou tempo suficiente para me sentir desconfortável com aquela situação, então decido acabar de uma vez com aquilo. 

—Algum problema?

Ele recua um passo para trás, parece nervoso, então passa a mão nervosamente por seu cabelo, tentando arrumar algo que não precisava.

—Não, claro que não. - Falou apresadamente, tentando disfarça o nervosismo.

—Então o que você quer?

Não respondeu de imediato, pareceu ficar pensativo, seus olhos não paravam quietos, parecia não saber o que queria de fato, comecei a ficar preocupada, e nervosa também, este homem estranho aparece do nada e fica me encarando.

—Me desculpe se pareci rude. - Respondeu lentamente. - É que estou um pouco confuso, e perdido…

—Olha, para onde você quer ir? Se for para a secretaria, ela fica…

—Não, não perdido desta forma. - Me interrompeu antes que eu terminasse a frase, franzia a testa, como assim? Perdido mas não desta forma? Agora quem estava perdida era eu.

—Como você se chama?

Me perguntou, fiquei com receio de responder. 

—Olha, esta tudo bem, não te farei mal algum. 

Continuo o olhando desconfiada, percebendo que não iria responder, decidiu continuar falando.

—Meu nome é Alejandro Cabello, eu vim acompanhar minha filha, Camila Cabello, hoje é o primeiro dia de aula dela. 

—Não acha que ela esta bem grandinha para ter o pai dela no calcanhar? Vi vocês no corredores, acho que não vai pegar bem para ela ser vista com o pai por ai

Falo tentando fazer graça, que deu certo, mal termino de falar e ele já esta rindo, sou um riso de canto.

—Com toda certeza não seria nada bom, mas não me importaria de fazer ela passar por esse constrangimento. 

De repente fica serio, seus olhos demonstra que ele esta viajando em seus pensamento, ficamos um tempo assim, até eu ficar sem graça e fazer um barulho com a boca, então ele e despertado de seu devaneio e me olha sem graça, e coça a nuca para disfarçar seu constrangimento.

—Me desculpe por isso…

Apenas balanço a cabeça em um sinal de tudo bem.

—Sera que posso me sentar?

Novamente concordo com a cabeça.

Então timidamente ele vem com passos curtos se sentar no banco.

—Olha, sei que isso vai parecer estranho, mas, eu preciso de ajuda…

—E para que você precisa de minha ajuda. - Olho para ele, que neste exato momento esta me encarando, sinto meu corpo ficar tenso, percebo então que começo a suar.

—Desde que te vi naquele corredor percebi que você é uma garota especial…

Sinto agora a gota suar escorrer por minha nuca. Sei muito bem o que se tratava, comecei a reparar mais e notar, que seu rosto esta muito pálido para alguém normal, o espanto dele no corredor, e a reação dele quando eu falei com ele, mas uma vez fui pega por minha mente. Traidora!

As vezes me pergunto, como posso inventar essas coisas? Como minha doença faz? 

—Olha sei que vai parecer loucura, mas minha filha esta em perigo, eu não posso a ajudar!

Falou desesperado, não esbocei nenhuma reação, estava farta, era sempre a mesma coisa, sempre precisão de algo, ou querem algo, sempre exigiam algo de mim. Como se eu os devessem alguma coisa!

—Por que eu estou… morto. - Ele falou com receio, e analisava cada expressão minha, como se a qualquer momento eu fosse gritar, “Suma daqui seu louco”, mas a verdade é, a louca sou eu. Não disse uma palavra, e então ele continuo.

—Olha, sei que parece loucura, e que você deve achar que eu sou um louco, mas é a verdade, minha filha corre um grande risco de vida, eu estou desesperado já não sei o que posso fazer!

Um grande risco de vida? Como assim? 

Isso me deixou curiosa, e completamente preocupada.

—Como assim, ela corre risco de vida?

Ele pareceu ficar tenso, desvia o olhar, e então começa a falar.

—Bem, eu me meti em algumas coisas que não deveria, sabe, eu acabei me apaixonando por quem não devia, acabei me metendo em um golpe, e fui assassinado, e agora essas pessoas que me mataram, querem matar minha filha! 

—Opa! Calma lá! Como assim assassinado? Quem fez isso com você?! - Perguntei preocupada, essa historia esta me cheirando a problema, e última coisa que preciso é de problema!

Alejandro se levanta, e anda nervosamente de um lado para o outro, suas mãos não paravam quietas, uma hora estava em sua cabeça, outra no queixo, ou ele cruzava os braços. Essa atitude dele me deixa nervosa, estou pronta para falar, quando ele quebra o silencio.

—Eu não sei, eu não consigo lembrar, é apenas um branco em minha mente. - Então ele se vira para mim. - Você precisa me ajudar!

Agora sim ele enlouqueceu de vez!


—Você esta louco?! O que você quer que eu faça? Nem a pau que irei me envolver com assassinos, minha vida pode correr risco! - Falei apontando o dedo par mim. - Não quero me envolver nisso não, você só pode estar louco se acha mesmo que irei colocar minha linda bunda branca em perigo!

—Calma menina! Você nem deixou eu terminar de falar! - Falou alto, gritou praticamente isso sim, olhei ao redor para ver se ele tinha chamado a atenção de alguém, o local ainda estava vazio, só tinha eu e a menina com seu livro, ainda parecia estar muito envolvida em sua leitura, para reparar o que acontecia ao seu redor. 

Olhei novamente para ele, fiz uma cara feia, se tem uma coisa que eu não gosto e que gritem comigo, ainda mais uma alma penada. Ele olhou para mim, pareceu notar seu erro, e fez uma cara de desculpa por ser um imbecil. 

—E como você quer que eu ajude então? - Falei seca.

Ele notou meu mal humor repentino, e encolheu os ombros.

—É simples, bom, só você pode me ver, só eu sei o que esta acontecendo, então… Você só passaria um recado para ela… Eu estarei lá, ai você poderá dizer o meu recado, você fala que é meu ai…

—Aaaaah! Você só quer que eu passe um recado! Claro bem simples não! Oi Camila, tudo bem? A você não me conhece mais tudo bem, eu só vim dar um recado do seu pai morto, que por um acaso esta aqui do meu lado agora, ele só queria dizer que você corre perigo, querem te matar, aaah é ele falou para você não esquecer de coloca o caso, mais tarde vai fazer frio. É isso então querida, beijos, passar bem. - Falei o mais irônica possível.

—Desse jeito você não esta ajudando menina! 

—Aaah! Claro, eu não estou. - Falei dando um riso debochado.

—Vai ser simples, você se apresenta como uma médium, ou que tem um dom, tanto faz, e fala que eu quero entrar em contato com ela, ai eu passo meu recado, se ela duvidar, eu te falo coisas que só eu e ela sabe… Simples, ela é muito compreensiva, vai dar tudo certo, pode acreditar.

Não falei nada, ficamos um tempo em silêncio.

—Então… Você ira me ajudar?

—Eu só posso estar ficando louca…

E então ele começa a comemorar, e fazer alguns movimentos com a mãos.

—Lauren?

Ao escutar meu nome, eu praticamente pulo do banco, e coloco a mão sobre o peito. E então olho para trás e vejo Dani rindo.

—O que você esta fazendo ai? - Pergunta ainda risonha.

—Aaa… Nada, só matando aula. - Falo toda atrapalhada, passando a mão sobre a roupa, numa tentativa de arrumar.

—Falar sozinha faz parte de matar aula? - Ela pergunta, me pegando de surpresa e fazendo com que eu a encare, ela esta seria agora. 

—Eu me lembro de algo do tipo você dizendo, que hoje seria um bom dia para começar…

Alejandro esta calado, apenas observa nós duas, vejo que esta tenso com a situação, parece não entender nada. 

Ela fica um tempo me encarrando, então sorride lado. E então ela olha para onde esta Alejandro. Poderia jurar que ela também está o vendo, mas então ela desvia o olhar para o chão, logo em seguida me olha.

—Vem, o primeiro tempo já acabou, e as meninas estão esperando a gente na mesa, e Ally esta animada, parece que conheceu umas calouras ai… 

Eu apenas concordo com a cabeça, e vou em direção ao banco para pegar minha bolsa, em seguida faço um gesto com a cabeça para que Alejandro nos seguisse. 

Sigo o caminho todo de cabeça abaixada, Dani não diz nada durante o caminho. 

“Ali esta ela!” Alejandro fala de repente, então eu olha para ele. “Ali Camila!, Junto daquelas meninas!” Ele aponta, e então eu olho a direção em que ele mostra. E então eu vejo Camila, ela esta de pé ao lado de uma garota, estranha para mim, e em sua volta esta Normani, Ally e Troy. Agora sei o motivo de Dani ter ido atras de mim. 

Olho para ela, ela olha para mim e da um sorriso sem graça. 

Continuamos o nosso caminho. 

Chegando lá, Normani da um gritinho de animação, e vem em minha direção, e então começa a me apresentar para as novatas.

Camila obviamente já conhecia, graças ao seu pai que não para de falar em meu ouvido, e sua amiga Dinah. Camila ao contrario do que seu pai falou parece ser bem tímida, ou minha presença não agradava muito, já que desde que eu cheguei ela não pareceu falar muito. Já Dinah, não, conversava bastante e tinha um ótimo humor, ela e Normani parecem se dar muito bem. Olhando ao redor da mesa, Ally e Troy estão sentados, ele parece agarrar Ally possessivamente, e seu olha de desgosto direcionado a Dani, demonstra seu desafeto por ela. 

Não gostei nenhum pouco desse olhar. 

Vagando meu olhar sobre a mesa, me deparo encarando Camila, percebo seu riso de lado, quando Dinah fala algo meio sem graça, ou seu riso sem graça quando Dinah conta uma de suas peças feita com Camila. 

“Desse jeito todos da faculdade iram perceber você secando minha filha” Alejandro fala do nada, me assustando um pouco, mas finjo que nada aconteceu, tranquilamente, viro meu rosto como se fosse ver algo atrás de mim e sussurro.

—Calado…

Dani que esta do meu lado percebe meu gesto e pergunta.

—Esta tudo bem. - Fala baixinho, no tom que só eu posso ouvir, eu apenas concordo com a cabeça, e em seguida a encosto em seu ombro. 

Ao voltar olhar para vejo Camila nos encarando, e desviando o olhar em seguida, percebo Ally desconfortável com algo também, só não consigo identificar exatamente o que era.

—Nossa, olha a hora! Infelizmente tenho que ir embora, eu marquei um compromisso, então tenho que ir! - Camila fala de repente.

—Quer que eu te acompanhe? - Dinah pergunta. Parece estar preocupada.

—Não! Esta tudo bem. - Ela fala olhando diretamente para Dinah, que apenas concorda com a cabeça. Em seguida ela se despede de todos, e sai em direção ao estacionamento. 

É chegou minha grande hora, de banca a louca.

“Acho que agora é um bom momento para você ir falar com ela”.

—Nossa gente! Lembrei que tenho que falar com a minha professora sobre um trabalho, ela passou agora pouco em direção do estacionamento, preciso correr para falar com ela! 

“Não pensaria em nada melhor” Alejandro fala, não consigo identificar se falava serio ou não.

—Que professora? - Normani pergunta, curiosa como sempre.

—Deixa de ser curiosa Mani, vai lá Laur antes que ela saia. - Dani fala, e em seguida pisca para mim.

Eu concordo com a cabeça, dou um tchau, para geral, e ando apressadamente em direção do estacionamento.

“Corre Lauren, desse jeito ela já deve ter ido!” 

Eu apenas ignoro.

“Já pensou em fazer uma academia?” 

Ah Fala serio, ele só pode estar de zoeira com a minha cara.

—Cala a boca. - Falo entre dentes.

“Opa, não esta mais aqui quem falou”.

Apresei meus passos, chegando estacionamento procuro por Camila, não demoro muito para achar ela. Vou em sua direção, chegando mais perto escuto ela xingando baixinho enquanto procura algo em sua bolsa. Acho que não encontra suas chaves.

—Camila

Eu falo, com isso ela se assusta e acaba jogando sua bolsa para o alto, dando um gritinho em quando da dois passos para trás. Me assusto um pouco com sua reação.

—Nossa me desculpa…

—AI Lauren, você quer me matar do coração. - Fala enquanto passa a mão pelo rosto,uma se mantem sobre o peito.

—Me desculpa, não foi minha intenção…

—Esta tudo bem. -  Em seguida ela se abaixa pra pegar suas coisas, e eu vou em sua direção para ajuda ela.

“Nossa, que belo jeito de começar” 

Em quanto recolhemos as coisas, escuto um barulho de chaves batendo uma na outra.

—Pelo menos encontrei minhas chaves. - Ela diz sorrindo alegremente.

—Oooh se é assim, de nada então…

“Serio?”

—Haha engraçadinha

Depois de recolhermos tudo, nos levantamos, e então ela me encara, começo a ficar sem graça.

—Obrigada Lauren

—Imagina, eu que causei esse desastre então… 

Ela da uma risada curta, e ficamos nos encarando por um tempo.

“Pelo amor de Deus! Sera que da para vocês pararem com essa palhaçada? Vai direto ao ponto menina!” 

Dou uma risada sem graça, e desvio o olhar.

—Mas então Lauren, o que te traz aqui? Nossa que pergunta idiota, obviamente é seu carro. - Ela fala sem graça, e percebo ela ficar vermelha, dou um sorriso de lado pela sua tímides.

“Sera que vai demorar muito?” Fala impaciente, mas eu já estou perdendo a paciência com ele.

—Até seria o meu carro, mas na verdade o que me traz aqui é você. - Ou o seu pai no caso.

—Eu? - Parece ficar mais vermelha.

—Sim…

—E por que?

—Camila… - Penso um pouco para falar, olho pro lado e vejo Alejandro, com um braço cruzado e o seu outro braço livre leva sua mão até o queixo. - Camila na verdade o seu pai me traz aqui…

—Meu pai? Você conhecia meu pai?

—Não, sim, mais ou menos isso, na verdade isso não tem muita importância agora. - Falo olhando em seus olhos, ela não demonstra ter nenhuma reação. - Eu vim dar um recado de seu pai, ele disse que você corre um grande perigo, você esta com a vida em risco!

—Esperai, ele te disse isso? Quando?

Fiquei sem graça, cocei a nunca, desviei o olhos por um tempo, e criei coragem para falar.

—Eu sei que isso vai parecer loucura, mas Camila, você precisa acreditar em mim! O seu pai me falou isso hoje…

—O meu pai? - Ela então da uma risada sem humor. - Isso é algum tipo de brincadeira? Ein? Por que não estou achando graça! Você esta dizendo que o meu pai MORTO, falou com você? É isso? 

“Acho que agora é uma boa hora para falar sobre o seu dom”

—Camila, não é brincadeira, seu pai esta aqui agora, eu juro

“Fala que você é médium!” 

—Cala a boca!

—O que!? Você esta me mandando calar a boca?!

—Não Camila, me desculpa, não estava falando com você es…

—Ah sim! Claro estava falando com o meu pai morto, ou sera que é a minha mãe ai agora!

“Camila!” 

—Isso não tem graça Lauren! - Vejo seus olhos se encherem de lagrimas.

“Fala, fala sobre o dia que eu esqueci de ir na apresentação de música dela, quando ela tinha seis anos, e que depois eu comprei uma casa da Barbie para me desculpar!”

Eu apenas concordei freneticamente com a cabeça.

—Camila, lembra quando seu pai faltou na sua apresentação de música, quando você tinha seis anos de idade, e para se desculpar ele comprou uma casa da Barbie para você

—O que? - Ela me olhava incrédula.

“Fala sobre quando eu faltei no dia da profissão dos pais na escola, em que ela ficou arrasada, mas eu tinha uma reunião muito importante aquele dia, e para compensar eu dei uma viagem para Disney para ela e todas suas amiguinhas!”

—Ou quando ele não pode ir no dia da profissão dos pais na sua escola, mas para reparar seu erro deu uma viagem para você e suas amigas.

Percebo se rosto ficar mais vermelho, ela esta quase chorando, mas vejo seu imenso esforço para não derrubar uma sequer, ao notar que eu a encoro, ela abaixa a cabeça, e passa uma de suas mão por seu cabelo, e então ela volta a me encarar.

“O meu Deus! Acho que esta dando certo!” Alejandro fala, parece estar emocionado também, mas eu não desfio o olhar de Camila.

—Como você sabe disso ? - Ela me pergunta, vejo seus lábios tremerem levemente.

“Eu minha filha, eu estou aqui!” Se aproxima dela.

—Seu pai, Camila, ele esta aqui, ele me falou tudo isso!

Ela ainda me encara, consigo ver o exato momento que uma lagrima escapa de seu olho. E então ela começou a balançar a cabeça negativamente.

—Você é uma louca! Uma stalker nojenta!

Ela me fala, seu olhar transmitia tanta raiva, que eu poderia sentir a metros de distancia. Não tive nenhuma chance de responder ela, fiquei sem reação, em seguida ela entra em seu carro, e sai voando dali.

“Eu preciso ir atrás delas, ela não podia estar dirigindo naquele estado” Eu apenas concordo, ainda estou inerte. “Obrigado, pelo menos foi uma tentativa, até Lauren”

E então ele some de minha vista.

Eu ainda fico aqui paralisada, as últimas palavras de Camila fica em minha mente.

“Você é uma louca! Uma stalker nojenta!” 


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Notas finais do capítulo

Hey
Espero que tenham gostado, qualquer coisa só me dizer
Isso é tudo
Vlw,Flw



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