They just don't know you - Draco Malfoy escrita por LadyCandy


Capítulo 16
Capítulo Dezesseis - Casa




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/754954/chapter/16

“Ei Fletcher, cuidado pra não babar na comida” Draco fala com um tom de voz humorado. 

Olho para o lado e me assusto ao me deparar com Barry que parecia mais a Di-Lua; estava com a cabeça apoiada em sua mão e tinha um barulho estranho em seu olhar, sem falar no sorriso bobo estampado no rosto. Sigo seu olhar e quase deixo o garfo cair no prato quando vejo quem ele tanto encarava como um idiota: Minni. 

Ela estava junto de Caroline e outros grifinorios (os meninos provavelmente estavam dormindo). Hoje era dia de se sentar na mesa da Grifinória -todos os dias Minni, Caroline, Aaron, John e Liam alternavam as mesas das casas durante as refeições, eles diziam que queriam fazer o máximo de amizades possíveis. 

“Eu quero convida-la para o baile” ele fala com determinação, sem tirar os olhos da menina que ria de algo. 

Faltava pouco mais de um mês para o baile. Agora as coisas pra conseguir um par estavam ficando complicadas, não que Barry tivesse problema para arranjar alguém: o problema era que ele tinha dispensado metade da escola. 

“Se ela ainda estiver livre, claro” Draco diz do outro lado da mesa com um sorriso irônico. 

“Obrigado por todo apoio Malfoy, você realmente é um ótimo amigo” ele rebate com sarcasmo fazendo o outro rir alto. Barry me olha levemente desesperado. “Ela está livre?”

“Olha, eu não sei de nada” Ergo os ombros. Sabia que havia alguns caras interessados em levar Minni para o baile, mas não tinha ideia se ele havia aceitado ou não. “Mas eu acho que você deveria ir lá tentar”

Barry alterna o olhar entre mim e Minni e respira fundo, se levantando da mesa. 

“Eu vou lá” ele fala com um sorriso confiante. 

E assim ele vai até a mesa da Grifinória, ele recebe olhares de diversas meninas durante o percurso. 

“Aposto que ele não consegue” Draco se inclina sobre a mesa, ficando com o rosto próximo do meu. 

“Confio no charme de Barry. 10 galeões” dou um sorriso desafiador a Draco que retribui. 

“Fechado”

Voltamos a nossa atenção a Barry e agora ele já estava de pé ao lado de Minni, conversando com a mesma -alguns aluno olharem feio para Fletcher, talvez incomodados com a presença de um sonserino. Não sabia o que eles estavam falando, mas quando vi Caroline segurar o riso e Minni erguer as sobrancelhas, supresa, eu sabia que ele havia feito o pedido. Barry não parecia nem um pouco nervoso, mantinha sua pose de galanteador e sorria para a menina esperando uma resposta. 

E então Minni ri e balança a cabeça em positivo, e pelas minha habilidades de leitura labial (que não eu não), ela está dizendo sim. A a partir daí deixei de prestar atenção e volto meu olhar para Draco. 

“Parece que temos um perdedor” Dou um sorriso vencedor. 

Draco resmunga alguma coisa, mas eu finjo não escutar. 

Agora todos já tem um acompanhante. Zabini vai levar uma garota de Beauxbatons, ela se chamava Madeline e ele a conheceu quando ela estava perdida em um dos corredores de Hogwarts -resumindo: em uma rápida conversa de corredor ele fez o convite e ela aceitou. Zabini tem uma lábia muito boa com as garotas. 

Karen recebeu um convite inesperado de um garoto de Drumstang, bem, inesperado só para mim porque eu fiquei sabendo recentemente que eles já vinham conversando há um tempo. Pansy estavam indecisa entre três garotos, mas no final de tudo ela acabou escolhendo Will Chapman -Alto, bonito, do quinto ano e é da Sonserina. Eu vou com Aaron e Draco... com Astoria. 
Confesso que comecei a prestar mais atenção na garota desde que Draco me contou que ela seria sua acompanhante, e eu não consigo entender o porque que ele havia chamado justo ela. Astoria não tinha nada de extraordinário, não era engraçada e também não é alguém que chame a atenção. 

Afasto esses pensamentos e me foco em coisas mais importantes: Compras. Eu não podia comprar meu vestido, estava nessa espera agonizante de que minha tia enviasse para mim. Então o que me restava era comprar os presentes de meus amigos e do meu amigo secreto -fizemos o sorteio há alguns dias e eu fiquei muito contente em ter tirado a Karen e desde então eu não paro de pensar nas possibilidades de presentes que eu posso dar a ela. Eu não era a única que precisava fazer compras, as meninas também precisavam, então nós três tínhamos marcado de irmos hoje à Hogsmead. 

Quando mais esse baile se aproxima maior é o pressentimento de que algo vai acontecer. 

 

X

 

[algumas semana depois]

O baile é amanhã, o que significa que as meninas da escola inteira estavam uma loucura. Eu mesma não conseguia parar de pensar sobre, passava cada segundo imaginando os detalhes da decoração e sobre ficar com Aaron a noite toda. 

“Da pra vocês pararem de conversar sobre sapatos e vestidos?” Draco se referiu a mim e a Pansy, que cochichávamos. 

“Por favor! Eu vou enlouquecer!” Zabini fala com o ar dramático. 

Pansy revira os olhos, mas para de falar do assunto. 

Hoje é dia 23 de Dezembro, e como Barry estava insuportavelmente ansioso para o natal -é a data comemorativa preferida dele- decidimos atender o pedido dele e fazer a troca de presentes do amigo secreto antes da hora. Estávamos perto da lareira, todos com roupas largas e confortáveis e comíamos diversos biscoitos que os elfos haviam preparado para os alunos. Meu cabelo estava preso em um coque alto mal feito, algumas mechas de meu cabelo caiam em meu rosto. 

“Acho que deveríamos fazer um brinde” Karen diz conjurando seis cervejas amanteigadas. “Um brinde de cerveja amanteigada ao nosso primeiro natal juntos”

“Ainda não é natal” a lembro. 

“Shhh, não estraga o momento” Barry reclama com a boca cheia de biscoitos.

“Isso é mesmo necessário?” Draco pergunta com a testa franzida. 

“Claro que é” Zabini fala, surpreendendo a todos. “Eu estou com vocês ao invés de estar com a minha mãe e algum namorado dela”

É verdade que a mãe de Zabini é conhecida por se casar sete vezes e que todas as vezes os maridos morreram de uma forma misteriosa, deixando toda a herança para ela. 

Eu dou um sorriso de lado e ergo a caneca. 

“Então um brinde ao nosso natal não oficial” Digo. 

Todos erguem suas canecas e eu tenho que levantar o braço de Draco; brindamos e tomamos um gole da cerveja. No segundo que eu sinto o gosto do chantilly incendiar minha boca meu corpo se esquenta com a bebida quente.

“Isso merece uma foto! Karen, me passa sua câmera” Pansy diz limpando os lábios sinos com a língua. 

Karen traz uma câmera com ela desde o primeiro ano em Hogwarts, e meio que virou uma tradição nossa tirar uma foto juntos na época de Natal. Pansy lança um feitiço para a câmera fique flutuando. 

“Todos preparados?” Pansy olha em volta. 

“Vamos logo com isso” Draco bufa do meu lado e eu dou uma cotovelada nele, sem tirar os olhos da câmera “Ei!”

Um clarão no flash me cega por alguns segundos e Pansy se levanta indo pegar a câmera. Ela guarda a foto, que ainda precisava de um tempo para ter a imagem revelada, e a câmera e depois volta a se sentar. 

“Acho que podemos começar” Digo.

“Quem vai primeiro?” Karen olha para todos. 

“Eu posso ir” dou de ombros. 

Pego a caixinha pequena que estava amontoada com o restante dos presentes. 

“Eu nunca sei direito o que falar, mas bem... Às vezes acho que essa pessoa merece um prêmio só por nos suportar e outro por nós ajudar com as lições e-“

“KAREN!” Barry me corta gritando com os braços pra cima, claramente animado por ter adivinhado. 

Eu o olho assustada e começo a rir junto com os outros. 

“Eu realmente mereço um prêmio por aguentar vocês todos esse anos” Karen fala convencida pegando a caixinha. 

“Não é nada demais, mas achei que você iria gostar” Falo um pouco nervosa. 

Karen me lança um olhar que significava “eu não ligo pro presente, idiota” e sorri antes de abrir. Ela arregala os olhos e sua boca se abre ao ver o presente. 

“Diana! É lindo!” Ela pega a joia com cuidado e a olha de mais perto. Era um broche de prata em formato de uma serpente, que formava um S com o corpo, e tinha duas esmeraldas no lugar dos olhos. “Obrigada!” Ela olhou pra mim com um sorriso e eu sorri de volta. 

“Fico feliz que tenha gostado” digo com sinceridade. Fico muito aliviada de ter acertado no presente. 

E assim continuou a noite. Karen tirou Fletcher e fingiu que o presente dele eram livros de estudo sobre a História da Magia, e depois dele se esforçar fingindo que tinha adorado ela o entregou o presente de verdade (algum tipo de revista colorida de colecionador, não faço ideia do que seja, mas sei que foi o suficiente para Barry enlouquecer e agradecer Karen com mil abraços). Era vez de Barry agora, ele pegou uma caixa enorme e pesada. 

“Conhecendo Fletcher, deve ter algum explosivo ali” Draco sussurra pra mim, rindo baixo. 

“Ou algum animal morto” sussurro de volta e nós rimos juntos. 

A pessoa que Barry tinha tirado era Pansy, que abriu a caixa um pouco receosa, mas sua expressão de medo foi embora no segundo que ela viu o que tinha dentro da caixa. 

“Aí meu Deus, Barry!” Ela estava com um sorriso radiante no rosto e abraçava o menino de lado. 

Ergo meu pescoço para ver o que tinha dentro e minha boca cai ao ver a quantidade de coisas. Tinha todos os tipos de cremes e loções para corpo e rosto, hidratantes de pele e muitas, muitas e muitas maquiagens. Tinha uma variedade impressionante de produtos ali, com maquiagens de todos as cores e tons diferentes. Barry parecia orgulhoso do seu presente. 

“Agora eu estou com inveja” Digo para Draco, brincado. 

“Tá, minha vez” Pansy fala, ainda eufórica com o seu presente. “Eu tive que pedir ajuda ao Fletcher para comprar meu presente, então eu deixo todo o crédito para ele”

“Eu sou demais” Barry fala com aquela típica pose de ‘eu sou o cara’.

Eu balanço a cabeça rindo. Karen tira uma foto dele. 

“Ok, é uma pessoa que é ótima no Quadribol, e tem que estar no time da Sonserina no ano que vem” Pansy fala e todos olham para Blasio que ri alto. 

Pansy ri e se levanta. Ela balança sua varinha e uma firebolt novinha aparece em sua mão. 

“Não consegui embrulhar” ela sorri dando de ombros para Zabini, que abre a boca. 

Eu não aguento e dou risada da cara dele. Outro flash veio da câmera de Karen. 

“Agora não tem desculpas para não participar do Quadribol” Draco sorri para ele. 

Zabini se levanta e pega a firebolt, ainda surpreso com o presente. 

“Quando pedi ajuda a Barry ele disse na hora que eu tinha que te dar uma vassoura, e não me deu outra opção a não ser essa” Pansy riu abraçando menino pela cintura. “Agora, se você não tentar entrar para o time ano que vem eu juro que eu te mato”

Zabini gira a vassoura e ri. 

“Eu só vou tentar o teste se você também tentar, Fletcher” Zabini olha para Fletcher com um olhar desafiador. 

“Isso! Por favor, o time vai melhorar tanto com vocês dois” Eu falo animada com a ideia. Eu sempre tentei convencer os dois de entrarem para o time, pois eu sabia como eles eram bons, mas eles sempre me enrolavam e diziam que não tinham tempo. 

“Fechado” Barry oferece a mão para Zabini e ele dão um aperto de mão se olhando com um sorriso desafiador. 

Olho para Draco e ele observa a cena toda com um sorrisinho divertido no rosto. 

“Você bem que podia entrar pro time também” digo para ele. 

Draco me ajuda a treinar desde... sempre. Ele me ajudou a me preparar para os testes de Quadribol no terceiro ano, e sempre que eu estava nervosa com algum jogo ele me levava para o campo e ficávamos a tarde inteira treinando. Muitas dicas e truques de como manusear a vassoura eu aprendi com ele. 

“Sonha” ele mantém o sorrisinho em seu rosto. 

Eu bufo e me jogo em seu ombro. 

“Você é o pior, sabia?” Eu resmungo. 

Eu continuo tentando o convencer, mas tenho que me calar quando Blasio pede silêncio. Ele pega o presente dele e já era claro que ele tinha tirado o Draco. Depois que Draco abriu seu presente Blasio e Zabini entraram em uma conversa sobre Quadribol e os dois estavam muito animados com a conversa; as meninas analisavam os produtos de beleza que Pansy tinha ganhado e cochichavam alho entre si. 

Olho para Draco com um sorrisinho. 

“Então... Acho que sei quem me tirou” Digo com um sorriso sugestivo. 

Draco ri fraco e enfia a mão no bolso, tirando de lá uma caixinha branca. 

“Feliz natal não oficial” ele diz me entregando. 

Eu o olho ansiosa e abro a caixa com cuidado. 

Minha boca cai quando eu vejo uma pulseira fina com quatro pingentes. Eu peguei nas mãos delicadamente e passei o dedo por cima de cada pingente. 

“Draco...” murmuro encantada, sem saber o que dizer. A pulseira era linda. 

“Eu tive que mandar fazer os pingentes, fiquei com medo de não ficar com pronto a tempo” conta e ri fraco. 

“Eu amei! É tão linda” não consegui conter o sorriso em meu rosto. 

“Cada pingente tem um significado” ele explica pegando a pulseira. Ele também sorria. “O pomo de ouro é pra representar sua paixão pelo Quadribol” Eu ergo meu pulso para ele colocar a pulseira. “A rosa é porque eu sei que é a sua flor favorita, o símbolo feminino é o símbolo de Vênus, deusa do amor” Eu o olho surpresa e um tanto quanto curiosa do porque ele tinha escolhido esse pingente. “Não me pergunte, eu apenas achei que combina com você” ele ri fraco e eu o acompanho. “E pra finalizar, o símbolo da Sonserina”

Todos os pingentes eram muito bem feitos e rico em detalhes. 

“Obrigada Draco, eu amei” admiro a pulseira que agora já estava presa em meu pulso e abraço Draco. 

“O meu objetivo é ir te dando mais pingentes com o tempo” 

“Você vai me deixar mal acostumada me dando presentes fora de data” brinco. 

“Esse é plano” dou risada e o abraço novamente. 

E assim uma das melhores noites que eu tive vai. Nós seis ficamos juntos até de madrugada, rindo e conversando alto. Em um momento eu paro e sorrio vendo a cena em minha volta: todos espalhadas no tapete, se enchendo de biscoitos e outros doces e se divertindo. Meu coração se enche de felicidade. Sei que Blásio não suporta ficar em casa por conta da mãe e seus diversos namorados, e sei que Barry é muito cobrado em casa em diversos aspectos e que Pansy sempre é rebaixada e compara a irmã mais velha pelos pais; Karen nunca fala sobre a família dela, sempre foge do assunto quando ele vem à tona e eu nunca a questionei porque sei que ela não gosta de falar sobre, mas imagino que deve ter algo. 

E Draco... Bem, já escutei minha mãe falando diversas vezes que a família inteira de Draco é podre, que eles são traiçoeiros e que não aparentam ser aquilo que parecem ser. Draco também nunca toca muito no assunto família, é como se fosse algo proibido para ele falar. 

Todas as luzes estão apagadas, fazendo com que a única iluminação seja a lareira. Eu observo Draco rir de alguma coisa que Barry fez. Ele fica bem bonito rindo. Ele me pega o olhando e me olha curioso, mas tem um sorriso no rosto. Sorrio para ele, mas não digo nada. Só me aproximo dele e o abraço, o pegando de surpresa. 

Apoio minha cabeça em seu peito e fico naquela posição; todos estão distraídos demais para nos notar (até mesmo Pansy). Depois de um tempo sinto a mão de Draco em meus cabelos. 

Eu tenho um sentimento bom. 

Um sentindo que eu sempre tenho quando estou com meus amigos. Principalmente com ele. 

Um sentimento de estar em casa. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "They just don't know you - Draco Malfoy" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.