They just don't know you - Draco Malfoy escrita por LadyCandy


Capítulo 14
Capítulo Quatorze - Convites


Notas iniciais do capítulo

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Era sábado de manhã quando eu fui ao corujal despachar minhas cartas, como havia dito na noite anterior. Eu estava indo sozinha porque Karen estava muito preguiçosa para me acompanhar e Pansy ainda estava de mau humor por causa de ontem. Eu poderia chamar um dos meninos, mas eles ainda não tinham acordado.
Aperto o cachecol verde e prata que eu estava usando contra meu corpo ao sentir uma rajada de vento enquanto eu subia as escadas do corujal. O tempo já estava mudando, cada dia estava ficando mais frio.
Ao chegar ao no corujal me deparo com Theodore Nott, um aluno da Sonserina que está no mesmo ano que eu. Eu nunca realmente falei com ele, já troquei algumas palavras ao longo desses quatro anos, mas nada demais. Outro fator muito importante para que eu e Nott não sejamos muito próximos é que existe uma certa rixa entre ele e Draco. O motivo nunca foi muito claro, pelo menos não para mim, eu só sabia que eles não iam muito com a cara do outro e já presenciei diversas discussões.
“Olá Diana” ele sorri para mim. Retribuo o sorriso.
“Olá” Passo o olho no corujal, atrás de uma coruja livre.
Vou até uma coruja que dormia serenamente e a acordo, ela pia como se tivesse brigando comigo e tenta me bicar. Com agilidade, amarro as cartas e aviso os destinos. Quando ela já havia voado eu me viro para ir embora e me assusto ao ver que Theodore ainda estava ali.
“Sabe, eu estava pensando” ele começa caminhando para perto de mim. Ergo uma sobrancelha. “Acredito que ninguém ainda tenha te convidado para o baile de inverno.” Ah não. “E bem, eu gostaria de saber se você aceita ir comigo.”
Ele termina de falar com um sorriso galanteador no rosto e o peito estufado. Luto contra a vontade de revirar os olhos.
Como é que eu fui me meter nisso?
Não me leve a mal, Nott era um dos garotos mais bonitos do meu ano, mas ele também era irritante e um tanto quanto infantil.
E sem falar que eu meio que estava contando em ir ao baile com o Aaron. Bem, essa parte não é tão importante assim.
“Am...” eu começo tentando escolher as palavras certas. “Na verdade, eu estou esperando o convite de uma pessoa”
Nott não se deixou abalar: ele apenas ergue as sobrancelhas, mas o sorriso continua ali.
“Draco?” Ele ergue as sobrancelhas.
Eu o olho um pouco chocada por ele pensar que eu estava esperando um convite de Draco e tento negar:
“Na-“ e me corta
“Tudo bem, mas se ele não te convidar e você perceber que merece alho melhor mas já sabe onde me encontrar”
E dito isso ele dá meia volta e sai do corujal me deixando aqui plantando com cara de tacho. Reviro os olhos, sem acreditar no que me aconteceu e balanço a cabeça.
Faço o mesmo que Theodore e saio do corujal. Chego ao castelo me tremendo de frio e me sinto aliviada com o monte de tochas acessas que me aqueceram. Ainda é cedo, então o café já deve estar pronto; vou em direção ao salão principal e ele não está tão cheio assim -as pessoas aproveitam o final de semana para dormir até mais tarde, acordando na maioria das vezes só na hora do almoço.
“Bom dia, pensei que não iria aparecer pro café hoje” Zabini diz assim que eu me aproximo deles na mesa da Sonserina. Ele me oferece uma caneca com achocolatado dentro e eu agradeço, aceitando.
“Vocês não vão acreditar no que aconteceu comigo agora” Eu falo depois de bebericar meu chocolate quente e recebo olhares curiosos. “Eu fui até o corujal para enviar uma carta a minha família e encontrei Nott por lá” ao citar o nome de Theodore Draco, que até então estava sonolento e nem prestava atenção na conversa, ficou atento. “E ele me convidou para ir ao baile com ele.
Barry solta uma gargalhada escandalosa e Pansy está com a boca boquiaberta, mas tinha um ar de riso.
“E o que você respondeu?” Draco perguntou sério.
“Que não, óbvio” eu revirei os olhos, mas Draco continuou carrancudo. “Ele ainda disse que se eu quisesse era só procurar por ele depois”
Resolvi cortar a parte de que Nott que eu iria no baile com ele.
“Ele não tem noção nenhuma mesmo” Karen balança a cabeça em negação.
“Hm, a Karen também recebeu um convite” Barry fala de boca cheia e recebe um olhar feio da menina.
Eu a olho animada.
“Quem?!”
“Eu não sei o nome dele, nunca nem tinha visto ele” ela dá de ombros, indiferente. “Só sei que era da Corvinal.”
“A cena foi triste” Pansy adicionou. “Para ele, no caso. Pra mim foi hilário”
Dou risada do humor ácido de Pansy.
“Espera, mas o que aconteceu?”
“Ele a convidou na frente de todo mundo” Draco começou a explicar.
“Fez o maior drama, se ajoelhou e tudo” Zabini fala revirando os olhos rindo.
“E ela disse não sem fazer cerimônia e foi embora deixando ele lá” Draco termina de contar rindo junto com Zabini ao se lembrar do ocorrido.
Dou risada e consigo ver a cena perfeitamente me minha mente: Karen olhando para o menino com aquela expressão de tédio e depois só se virando e indo embora deixando ele lá ajoelhado na frente de todos.
E assim se foi o café da manhã, nós ficamos conversando e rindo alto sobre tudo, até que uma garota com um suéter da Lufa Lufa aparece nos fazendo parar de rir imediatamente e a encara-la. Ergo uma sobrancelha para a menina, que estava vermelha e se tremia inteira; ela engole seco e com as mãos trêmulas ergue um pedaço de papel para Draco, que a encara com desprezo por alguns segundos antes de arrancar o papel da mão da garota. Ela sai correndo na mesma hora em direção à mesa de sua casa.
Eu a sigo com o olhar com o cenho franzido.
“O que é?” Volto minha atenção para Draco e ergo meu pescoço tentando ler o que quer que tenha no papel.
Draco passa o olho no papel e revira os olhos, bufando. Ele amassa o papel e joga no chão.
“Ela realmente achou que eu iria com ela para esse baile idiota?” Ele fala mau humorado e Pansy da risadinhas ao seu lado.
Ah, então era só sobre isso que se tratava. Mais um convite ao baile. Dou de ombros e continuo a tomar meu café da manhã, mas por curiosidade eu olho por cima do meu ombro e procuro a menina da Lufa Lufa pelo salão; a encontro sentada chorando desesperada entre duas meninas que passavam a mão em seu ombro e tentavam consola-la. Suspiro e coloco um pedaço de bolo na minha boca. Pobrezinha.


X

A parte da manhã foi bastante agitada por conta dos inúmeros convites que todos estavam fazendo e recebendo na escola. De brincadeira, eu e meus amigos criamos uma competição para ver quem recebia mais ofertas, mas no final de tudo acabamos desistindo porque começamos a perder a conta. Não subimos para o almoço, ficamos na sala comunal perto da lareira (agora que estava começando a ficar frio, as lareiras estão começando a ficar acessas) e comendo varias bobagens como bolos e biscoitos -alguns nos roubamos da cozinha e outros eram doces que a mãe de Draco havia enviado para ele.
Não sei ao certo que horas são agora, mas acredito que já passou das duas horas. Todos ficaram sonolentos após o nosso “almoço” e subiu para os dormitórios para dormirem, deixando apenas eu e Draco jogados em um dos sofás de couro confortável da sala comunal.
“Eu juro que se outra outra pirralha vier falar comigo eu vou jogar um feitiço nela” Draco fala de mau humor após outra menininha do primeiro ano sair correndo aos prantos depois de Draco recusar seu pedido.
“Oh, como é difícil ser você” coloco a mão na cabeça pra fazer um drama e continuo falando cheio de sarcasmo. “Draco Malfoy, o menino mais desejado da escola não consegue ter um pouco de sossego nesse sábado à tarde”
Dou risada da cara emburrada que ele faz e eu empurro o braço dele.
“Pelo menos não foi você que correu o risco de quase ser espancado pela Roberta” falo relembrando de Zabini que umas horas atrás recebeu o convite de Roberta Burt, uma sextanista da Sonserina que era enorme e sempre estava com cara de quem ia bater em alguém, de uma forma intimidadora.
Foi engraçado ver Zabini ter que se livrar dela sem ofendê-la. Ele não é muito bom em não ofender as pessoas, sabe.
Draco ri de leve.
“Você já sabe com quem vai?” Ele pergunta e eu fico surpresa com a sua pergunta.
Eu o olho e analiso sua expressão. Ele aparentemente está normal, mas da mesma forma eu me sinto receosa de dizer que eu queria ir com Aaron, não sei bem o porquê. Então eu apenas encolho meu ombro e desvio o olhar.
Draco não responde, ele só desvia o olhar e encara o fogo da lareira. Fica um silêncio meio constrangedor, o que é novidade entre nós dois. Eu olho para a enorme janela, a água estava escura e agitada hoje.
“Pansy está com expectativas” falo do nada, quebrando o silêncio. Draco me olha. “Você sabe”
Ele dá de ombros e suspira.
“Acho melhor ela arranjar outra pessoa” ele fala seco.
Não respondo. Apenas o encaro.
“O que foi? Você acha mesmo que eu vou com ela?” Ele fala com os olhos frios e eu dou uma risada sem humor, e reviro os olhos.
“Eu não disse isso” Meu tom de voz agora também está arrogante.
Caímos no silêncio novamente. O único barulho presente é de outros alunos conversando ali por perto e de um grupo do sexto ano que entrava no cômodo rindo e conversando alto.
Uma garota do grupo olha para onde eu e Draco estamos e se aproxima de nós com um sorriso no rosto. Reviro os olhos e bufo, mais uma que vai perguntar a Draco se ele ainda esta livre no baile de inverno. Me surpreendendo ela para na minha frente e tira um pedaço de pergaminho do bolso.
“Me pediram para te entregar” ela diz e eu a olho com um sobrancelha erguida.
Pego o papel e murmuro um agradecimento antes que ela se vire e vá em direção ao seu grupo. Encaro eles desconfiada e depois analiso o pergaminho.
“Um convite?” Draco pergunta sem emoção ao meu lado e eu dou de ombros.
Desdobro e leio o que está escrito

 

Me encontre em frente ao salão principal

x A. Fournier

 

Automaticamente eu abro um sorriso que eu tento esconder, mas sem sucesso. Draco agora me olha desconfiado.
“O que é?” Ele tenta pegar da minha mão, mas eu sou mais rápida e enfio no bolso da minha calça.
“Não é nada” Digo me levantando do sofá.
Draco agora está irritado.
“Eu não vou perder meu tempo com você” ele fala e eu me seguro pra não virar o tapa mel agora mesmo.
Ele se levanta e vai em direção as escadas do dormitório masculino.
Balanço a cabeça e respiro fundo. Não vou me estressar com esse tipo de coisa agora. Me apresso ao sair da sala comunal e subo as escadas em direção ao salão principal pulando de dois em dois degraus.
Tem alguns alunos passando pelo corredor, mas reconheço Aaron de longe; ele estava encostado na parede e parecia distraído, mas ao olhar para o lado e me ver indo em sua direção ele abre um sorriso. Aquele sorriso.
Sou recebida com um beijo. Um beijo longo e devagar. Sempre fico receosa na hora de cumprimentá-lo, pois nunca sei se devo fazer isso com um beijo ou só um abraço, mas agora me sinto mais aliviada de descobrir a resposta. Acho que posso me acostumar com todos esses beijos.
Assim que me afasto ele sorri para mim.
“Pensei que você ia ficar com seus amigos hoje” Digo e ele me envolve em um abraço.
“Eles estao muito agitados hoje, não consigo ficar perto deles sem me irritar” ele fala e suspira. Merlin, eu amo o sotaque dele. “E além do mais, senti sua falta”
“Eles estavam me dando nos nervos hoje” ele fala suspirando. “E além do mais, senti sua falta”
Me sinto idiota ao ainda ficar envergonhada com esse tipo de comentário, mas não consigo evitar de ficar corada.
“Podemos ficar em uma sala que tem aqui por perto, é bem confortável” Falo me lembrando de um lugar bem aconchegante e ele concorda.
Não demora muito para chegarmos na tal sala; ela era bem grande e espaçosa, havia muitos sofás e poltronas extremamente confortáveis com mesinhas de centro e como o tempo estava começando a esfriar as lareiras estavam acessas dando ao ambiente um ar ainda mais aconchegante. Eu e Aaron ficamos em um sofá embutido na janela, que também ficava perto de uma lareira.
“Está chovendo” observo as gotas de águas deixarem um rastro na janela embaçada.
“Está chovendo a manhã inteira, só notou agora?” Ele fala com a testa franzida e eu dou risada.
“O Salão Comunal da Sonserina fica nas masmorras, então nossas janelas não mostram o céu, mostram o lago da Lula gigante”Explico e Aaron parece muito surpreso.
“Como eu não sabia disso?” Ele pergunta de olhos arregalados e eu continuo rindo. “Eu estou com inveja de você agora, eu queria ter uma visão privilegiada do lago”
“Não é tão legal assim às vezes, acordar com um sereiano te olhando pela janela é muito assustador” Digo e Aaron ri alto. “Como que é o seu quarto no palácio?”
“Eu não sei dar muitos detalhes” Aaron se ajeita no sofá e me puxa para seus braços. Ele para um pouco e parece pensar. “É muito... branco. E nosso teto é de vidro, a noite fica uma coisa bem bonita”
Eu olho para ele com os olhos brilhando.
“Eu queria dormir sob as estrelas” reclamo, fazendo um beicinho.
“O problema é pela manhã. John é sempre o último a dormir, então geralmente ele fica com a responsabilidade de fechar o teto e, é óbvio, que ele sempre esquece e vai dormir, então de manhã acordamos com um sol cegando a gente” Ele fala e eu dou risada. “Mas quando chove dá uma sensação boa”
“Eu gostaria de ser de Beauxbatons” murmuro.
Eu não trocaria Hogwarts por nada nesse mundo, é claro. Mas me permito imaginar como seria estudar em outras escolas de magia e bruxaria.
“Beauxbatons estará sempre de braços abertos para você” Aaron diz passando a mão em meus cabelos.
“Digo o mesmo de Hogwarts” deito minha cabeça em seu peito e observo a chuva fina cair lá fora.
Ficamos nessa posição por um tempo, sem dizer nada, apenas escutando o som da chuva caindo lá fora e a madeira queimando na lareira. Aaron passa a mão por entre meus cabelos e eu diria que é uma das melhores sensações do mundo.
Nunca me interessei por nenhum garoto antes, sendo assim, nunca tinha me relacionado com alguém e Aaron está sendo a minha primeira experiência e eu me sinto sortuda por ter ele. Eu o conheço pouco menos de um mês e tudo aconteceu bem rápido, mas desde que saímos pela primeira vez nós começamos a nos encontrar praticamente todos os dias. Ele é engraçado e atencioso, e sei que posso estar sendo precipitada com tudo que está acontecendo, mas eu sinto que o que ele sente também é recíproco.
Sou trazida de volta à realidade quando Aaron dá uma risada fraca e eu o olho curiosa.
“O que?”
“Eu apenas me lembrei agora de como Minni está enlouquecida com essa história toda de baile” ele ri e me ajeita em seu braços.
Confesso que minhas expectativas subiram quando ele falou sobre o baile. Tento parecer casual.
“Imagino que ela esteja bem animada” digo rindo fraco.
“E está. Quem não está muito é a Caroline, mas Minni já até tirou as medidas dela para fazer o vestido” ele fala e eu ergo as sobrancelhas surpresa.
“Não sabia que ela costurava”
“Oh, sim. Ela faz quase todas as roupas dela. Já perdi a conta de quantas vezes ela usou as cortinas dos dormitórios femininos para fazer algum vestido” ele fala e eu dou uma risada gostosa e volto a me acomodar em seu peito.
Mordo os lábios, um pouco nervosa. Será que eu mesma devo tocar no assunto e convida-lo?
“Falando em baile...” ele começa como se tivesse lido minha mente. Meu coração acelera. Me levanto um pouco e o olho, tentando conter a ansiedade. “Você já tem algum par?” Ele pergunta com um sorriso brincalhão no rosto.
“Hm, são tantos os pedidos sabe” finjo estar indecisa e dou um longo suspiro. “Ainda estou em dúvida entre sete garotos”
Aaron entra na brincadeira e coloca a mão na testa.
“Acho que então perdi a minha chance” ele lamenta. “Eu estava prestes a convidar a garota mais linda de Hogwarts para ser minha companhia no baile e agora vejo que cheguei tarde demais”
Eu dou uma risada alta e continuo a ‘atuação’.
“Oh, mas não se preocupe” digo risonha e aproximo meu rosto do dele. “Eu faço o sacrifico de recusar todos esses pedidos só para ir com você”
Pego a gola de seu suéter e o puxo para um beijo. Sua mão vai parar na minha nuca, seus dedos agora estão entre meus cabelos e eu sinto um arrepio de leve pelo corpo. Quando o beijo termina eu dou um sorriso para ele.
“Então, você aceitar ir comigo ao baile de inverno?”
Ele pergunta baixinho. Eu dou uma risada fraca e, antes de beija-lo, respondo:
“É claro que sim”


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