NOITE...

Victória saiu de sua sala apressada para ir embora estava mais que preocupada com o filho e já tinha ligado três vezes para saber dele e correu para o elevador como se fosse diminuir o tempo de chegada até a fazenda, apertou o botão do elevador varias vezes e quando ele abriu, ela perdeu o ar com ele ali a encarando e ela deu um passo para trás enquanto ele dava dois para frente se aproximando mais ainda.

— Pensou que ia conseguir se esconder por muito tempo?

Os lábios dela tremeram.

— Vai embora daqui voc...

Ele sorriu e nem deixou que ela falasse mais nada apenas deferiu um tapa em seu rosto a fazendo ir ao chão com a boca sangrando e ela o olhou já chorando.

— João Paulo... - foi o único que ela conseguiu dizer antes de ser arrastada para sua sala pelos cabelos.

Victória gritou pedindo ajuda, mas só estava ela naquele andar tinha mandado Antonieta para casa há alguns minutos e sabia que ele não teria pena dela naquele momento e iria marcá-la como nunca tinha feito antes, ela sabia somente em olhar nos olhos dele.

— Por favor, João, me solta! - estava desesperada e ele a jogou no chão da sala dela fechando a porta. - Porque está fazendo isso comigo?

Ele sorriu se aproximando dela que se arrastou no chão.

— Achou mesmo que podia fugir de mim? E ainda levar o meu filho? - estalou todos os dedos indo para cima dela. - Onde ele esta? Onde que vamos buscar ele e vamos ser uma família novamente!

— Eu nunca vou voltar para um homem que só quer o meu dinheiro e diz ter nojo de mim! - a voz falhava, mas ela foi firme.

João não deu chance para que ela levantasse e a pegou pelo cabelo deferindo dois tapas em sua face e Victória cuspiu sangue com tamanha força que ele usou e ele a fez olhar para ela puxando seus cabelos enquanto a segurava pelo queixo.

— Você não tem querer, Victória, eu estou apenas te comunicando que vamos voltar!

Victória o empurrou o estapeou enquanto ele a segurava com força a tocando com rudes apertando seus seios batendo em seu rosto e ela procurava algo que pudesse livrá-la dele e ela pegou a lata de lixo mesmo que era de aluminou e sentou na cabeça dele o fazendo cair para o lado apenas sem ficar desacordado e com o pouco de força que lhe restava ela ficou de joelhos e bateu varias e varias vezes em sua cabeça até que ele não emitiu mais nenhum som e ela pegou suas coisas e saiu correndo dali descendo pelas escadas mesmo direto para seu carro e saiu rasgando dali.

Victória dirigiu rápido por um longo tempo chorava desesperada sentindo seu rosto arder e quase não conseguia se concentrar no transito tinha em sua mente a imagem de João no chão cheio de sangue e quase bateu o carro a fazendo parar no acostamento de imediato e ali ela ficou chorando sentindo que a vida não era justa com ela que tinha feito tudo certo e agora estava ali marcada mais uma vez pelo homem que um dia foi o seu amor.

[...]

NO OUTRO DIA...

Frederico saiu cedo para lidar com as coisas da fazenda ele viu o carro de Victória e quis conversar, mas achou melhor conversar com ela na hora do almoço e seguiu com seu trabalho, quando Victória despertou as oito com o corpo cheio de dor, mas ela não podia ficar ali na cama e ela tomou um banho e tratou de esconder as marcas em seu rosto e desceu para ver o filho de óculos escuro. Procurou por ele e o encontrou brincando com Maria e um coelho.

— Filho? - ela falou sentindo dor a boca estava cortada por dentro e ela não tinha ido ao medico.

Max a olhou e sorriu levantando e correndo até a mãe e a agarrou Victória gemeu cheia de dor, mas disfarçou para que o filho não sofresse.

— Mamãe, eu achei que meu sonho ia se realizar! - falou sofrido.

Ela sorriu de leve e o beijou no rosto o olhando era a única coisa boa daquele casamento e ela o acarinhou no rosto guardando cada detalhe de seu menino.

— Eu disse que nunca te abandonaria só que mamãe chegou muito tarde e você já dormia no quarto com Maria. - sorriu.

— O que aconteceu com sua boca? - tocou do lado do machucadinho todo preocupado.

— Não foi nada, mamãe, apenas bateu na porta quando estava saindo da minha sala correndo pra vir logo te ver! - mentiu mais não o queria sofrendo pelo canalha de João.

— A senhora viu meu pai? - ela suspirou no mesmo momento.

— Não! - se levantou. - Vamos comer com mamãe? - ela olhou Maria. - Oi meu bem, como está? - sorriu e Maria se aproximou quando ganhou atenção.

— Eu estou bem! Meu pai mandou fazer bolo e disse que o chalé esta pronto! - falou toda educada.

— Ótimo! - ela sorriu e a beijou com cuidado. - Vamos então comer esse bolo e depois arrumar as malas!

— Simmm... - eles falaram juntos e saíram correndo na frente com ela sorrindo e indo atrás deles.

Victória caminhou tranquila ali achava que estava segura e nem imaginada que João já sabia onde ela estava e chegava ali naquele momento em alta velocidade depois de quebrar a porteira de Frederico ele freou com tudo a assustando e ela paralisou naquele momento com ele descendo do carro com o rosto roxo e ela não teve reação alguma ao sentir o primeiro soco que ele deu em sua face.

— Desgraçada!

Frederico que vinha em seu cavalo viu o justo momento em que ela foi ao chão com o soco na cara e seu sangue ferveu e ele avançou com seu cavalo. Max veio com o grito da mãe e avançou no pai.

— Não bate na minha mãe! - João cego de ódio apenas o jogou no chão com um tapa e ele chorou no mesmo momento.

— Vamos embora da... - ele não teve nem tempo de falar mais nada apenas recebeu um golpe do cavalo de Frederico indo ao chão.

Victória se arrastou no chão e agarrou o filho o protegendo e Frederico pulou indo para cima de João.

— Ta louco? Ta achando que vai agredir uma mulher dentro da minha propriedade?

João estava zonzo com o golpe do cavalo e nada conseguiu falar apenas sentiu cinco socos de Frederico o fazendo desmaiar novamente era um frouxo não servia nem para apanhar, estava com sangue nos olhos ninguém iria bater em uma mulher na sua frente e ele saiu de cima dele olhando para Victória que chorava sangrando.

— Levem essa escoria daqui! - gritou para um de seus empregados e foi até Victória. - Vem, eu vou te levar para dentro. - deu a mão a ela que gemeu de dor e ele entendeu que era mais grave do que via e a pegou no colo. - Vamos Max.

Victória sentia tanta dor que não aguentou mais aquela pressão toda e desmaiou nos braços dele.

— Mãeeeeeeeeee... - Max gritou assustado com tudo aquilo e Frederico correu para o carro com Max atrás e eles foram para o hospital...