NO HOSPITAL...

Frederico estava com Max em um quarto depois do médico o examinar eles esperavam por Victória que ainda fazia alguns exames já passava de uma hora e meia e ela ainda não tinha vindo e muito menos um médico para dar notícias. Max estava aflito queria sua mãe e ainda tinha um leve vermelhidão no rosto do tapa do pai.

Frederico tinha tanta raiva guardada que ele nem conseguia ficar sentado e andava de um lado para o outro esperando por ela e quando a porta se abriu ele parou e a cama dela entrou com ela adormecida e bem pálida, ele quis se aproximar, mas suas pernas não permitiram e ele ficou ali mesmo a vendo ser colocada na outra cama e Max se aproximou beijando a mão dela.

— Como ela está? - foi o que Frederico conseguiu perguntar.

O médico se aproximou dele e disse:

— Ela está bem e não quebrou nada apenas ficará com alguns hematomas pela pele que logo sumira com a pomada, fizemos todos os exames nela e ela dorme com o calmante e a medicação para dor.

Frederico respirou mais aliviado.

— E quando vou poder levar ela pra casa? - odiava hospital.

— Assim que você e ela prestarem esclarecimentos a polícia!

— Mas...

— Ele foi submetida a maus-tratos é a regra do hospital! - falou o interrompendo.

— Tudo bem, eu só achei que ia esperar ela acordar para ver o que ela iria decidir, mas agradeço quero mesmo que esse desgraçado pague pelo que fez! - o médico assentiu. - Obrigada doutor! - tocou na mão dele.

— Não se preocupe a sua mulher vai ficar bem!

Frederico sorriu e o médico se foi era até engraçado ouvir "sua mulher" ele olhou para Max que beijava a mão de Victória enquanto tocava seu rosto de leve.

— Ela vai ficar boa né? - olhou Frederico que naquele momento se aproximou e abaixou perto dele.

— Ela vai. - falou com calma.

— Eu odeio ele! - falou com os olhos cheios de lágrimas.

— Não fale assim sua mãe não ia gostar se te ouvisse falar assim! - o trouxe para ele o abraçando.

— Ele me bateu, ele bateu na minha mãe! - abraçou Frederico chorando.

— Ele nunca mais vai tocar em vocês, nunca! - era uma promessa que estava fazendo a ele naquele momento e Max o abraçou mais forte ainda chorando.

Frederico olhou Victória adormecida na cama e respirou fundo iria dar a ela os melhores dias de sua vida para que ela esquecesse aquele maldito homem. Os dois ficaram ali por mais um tempo com ela depois ele ligou para casa falou com Maria que naquele momento de tensão Frederico tinha se esquecido dela e depois de conversar com ela acalmando ele pediu para um de seus capatazes virem buscar Max que ralhou mais foi embora com o homem quando ele chegou.

Com o passar das horas Victória despertou ainda sentia um pouco de dor, mas nada que ela não pudesse aguentar e ela falou com os policiais sempre ali com Frederico ao seu lado segurando sua mão ele a apoiou em todos os momentos e a levou para a casa a instalando no chalé, ajudou em tudo que foi preciso e depois que ela tomou banho ele a esperou na pequena sala que ali tinha e ela veio com uma camisa de jogador de hockey.

— Não ria, Frederico! - ele até estava segurando a risada, mas foi ela dizer aquelas palavras que ele danou a rir. - Para!

— Parece uma adolescente! - ela sentou.

— Eu acho confortável e para a sua informação eu já fui líder de torcida!

Ele riu mais ainda.

— Foi uma "Maria chuteira"!

— Me respeita seu xucro. - ela riu de leve e ele parou de rir e a olhou nos olhos depois de olhar as pequenas marcas em seu rosto.

Victória percebeu o olhar dele e abaixou à cabeça, Frederico se aproximou um pouco mais dela e a fez levantar a cabeça tocando em seu rosto e ali ele fez uma promessa a ela.

— Prometo a você que serão os melhores dias de sua vida para que vocês esqueçam o ruim e lembre-se somente dos momentos bons!

Ela sorriu o olhando ele era tão rude a cara seria, mas mostrava a ela que independente de sua cara ele era uma pessoa boa e ele começou a ajudar ela com a pomada para os roxos enquanto ele conversava algumas coisas sem sentindo para arrancar risada dela e conseguia quase a todo momento e assim os dias se foram...

[...]

CINCO DIAS DEPOIS...

Os dias foram de sol e uma calmaria absurda para Victória que mesmo com algumas dores conseguiu desenhar cinco modelos novos para uma nova coleção que nem tinha data ainda, soube que João foi preso e não tinha saído ainda e os dois iriam a julgamento em breve. Frederico deu a ela dias calmos de passeios e algumas poucas aventuras com as crianças e ela sorriu tranquila tendo a paz que não tinha na cidade.

Naquela manhã em questão era sete da manhã quando Frederico e Maria com uma panela cada um começou a bater em frente a porta do chalé queria que os dois acordassem para não perder se quer um minuto daquele dia maravilhoso que já apontada. Victória dentro da casa se cobriu mais ainda com o barulho e Max que se levantou para ver o que era veio correndo para o lado de fora com o cabelo todo bagunçado fazendo os dois rirem.

— Até que enfim, Max! - Maria falou sorrindo.

— Vai acorda sua mãe e se vistam para começar o dia estamos esperando vocês pro café em vinte minutos! - Frederico falou batendo mais na panela e rindo.

— Isso mesmo! - Maria confirmou e caminhou até Max. - Eu vou ajudar a tirar ela da cama! - falou rindo e Frederico assentiu deixando que eles fossem para dentro e ele voltou para a casa grande.

Frederico tinha preparado um dia e tanto e queria que fosse perfeito para todos eles queria dar atenção a filha e ao mesmo tempo deixar Victória e Max leves e felizes com eles dois e ele sentou e esperou por quarenta minutos ali os três e quando chegaram Vick não estava com uma cara nada boa por ter que levantar aquela hora em suas ferias.

— Achei que ia ter que ir buscar!

— A tia Vick que não queria levantar! - Maria explicou sentando em seu lugar.

— Não sou obrigada a levantar as sete em pleno descanso! - sentou.

— Mas ta pior que uma surucucu mesmo! - ela abaixou o óculos escuro e o olhou com raiva.

— Vou queimar essa sua cara se me xingar de novo! - ele deu uma gargalhada e ela arrumou o óculos sem tirar.

— Sem briga que hoje é dia de alegria! - Maria falou toda feliz e eles tiveram que rir.

— Não sei como consegue tanta energia a essa hora! - Vick falou resmungando.

— Aqui a gente acorda sempre cedo é normal! - ele tomou de seu café.

Ela suspirou e eles comeram enquanto as crianças falavam animadas e depois de alguns minutos e uma barriguinha cheia eles saíram da casa e foram para o curral, Vick ao chegar sentiu aquele cheiro horrível e parou no mesmo momento tapando o nariz.

— Que horror!

Frederico a olhou e riu e as crianças fizeram o mesmo, Max já estava familiarizado brincava por todo canto com Maria que era a sua amiga aventureira então ele já conhecia tudo ali.

— Eu não vou ficar aqui não! - fez cara feia com o cheiro mesmo com o nariz tapado.

— Deixa de frescura que seu nariz já se acostuma com o cheiro! - voltou até ela e a pegou pela não a arrastando enquanto ela reclamava até que ele parou em frente a um cercado onde tinha uma vaca presa pronta para ser ordenhada. - Hoje vocês dois vão aprender a tirar leite de vaca! - falou com um sorriso no rosto e ela o olhou sem acreditar.

— Eu é que não vou tocar nesse bicho fedorento! - negou com a cabeça.

Max ficou em êxtase com aquela aventura e começou a pular todo feliz.

— Eu quero, eu quero primeiro me deixa vamos me ensina! - pegou na mão de Frederico com as mãos brilhando.

— Max, não ele pode te morder! - Frederico soltou uma tremenda gargalhada que quase ficou sem ar.

— Ela não morde não, olha... - ela entrou e tocou alisando a vaca. - Viu? Vem aqui!

Victória negou com a cabeça e Frederico levou Max e o fez sentar no banquinho e ele ficou meio receoso de tocar na teta da vaca, mas Frederico o incentivou e ensinou como deveria fazer e ele tocou fazendo uma cara estranha no primeiro momento, mas logo se acostumou e Frederico junto à mãozinha dele começou a apertar enquanto explicava mais algumas coisas para ele.

— Olha mãe, eu to conseguindo! - falou todo feliz quando Frederico tirou a mão dele e deixou apenas Max fazer sozinho.

Vick se aproximou e sorriu o vendo tão feliz e olhou Frederico que admirava o filho dela fazer com tanta pratica que parecia já ter nascido ali e Max sorriu e ela agradeceu mentalmente a Frederico por tirar aquele sorriso de seu menino. Max depois de um tempo olhou a mãe e levantou indo até ela.

— Agora é sua vez, mãe!

Ela arregalou os olhos e levantou até o óculos para olhar ele melhor.

— Não, meu filho, pode ir estava tão lindo lá!

— Olha Maria ela arreando pro próprio filho! - Frederico provocou sabia que ela não era mulher de temer.

— Esta me desafiando Rivero?

— Como a luz desse sol! - levou as mãos ao bolso esperando ela se aproximar.

Vick tomou ar e foi até a vaca e sentou no banquinho, mas quando a vaca mugiu ela foi para trás caindo no feno e a risada comeu solta de todos até dela que mesmo com vergonha entrou no clima tão agradável que estava.

— Vocês parem com isso! - ela se levantou e sentou novamente. - Vem Frederico e me ensina isso!

Frederico abaixou e levou a mão dela até a teta e explicou como fazer assim como fez para Max e quando soltou a mão dela para que Vick fizesse sozinha nenhum leite saiu e ela bufou.

— Você me ensinou errado!

Ele já estava de pé e a olhava fazer.

— Aperta com mais gosto e confiança que o leite vem!

Victória apertou e apertou mais nada saia e ele abaixou e ensinou mais uma vez e se afastou e ela tentou por mais três vezes e nada então frustrada por perder pro filho e quase desistindo ela viu o leite sair e como uma criança que ganha um doce e vendo todos comemorar ela apertou mais e saiu um montão de leite e ela os olhou e o leite foi todo em sua blusa e ela riu soltando e se levantou com todos comemorando e ela abraçou Frederico bem forte e ele a suspendeu do chão segurando seu corpo era uma mulher perfeita e quando a soltou eles se olharam com tanta alegria que puderam sentir suas respirações tão próximas que ali naquele cenário só faltava o beijo...