Until the end (Em Hiatus) escrita por LittleBlack


Capítulo 4
Capítulo 4 — Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oie amores, voltei rsrsrsrs
Posso dizer que agora sim, eu estou muito satisfeita com a Any... Com esse capítulo vocês vão começar a entender ela
Muito importante vocês lerem as notas finais.
Bom sem mais enrolação, boa leitura.



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O dia estava um caos. Finalmente as tão aguardadas férias chegaram, aquelas últimas semanas tinha sido avassaladora, e pela primeira vez em muito tempo agradeci por eu ter sido selecionada para a Sonserina e minha casa ser nas masmorras onde a temperatura era amena. As pessoas sorriam conforme percorriam pelos corredores, eu deveria fazer o mesmo, uma vez que os meus resultados tinham sido o melhor de toda turma, mas no momento o punho cerrado fez com que minhas unhas cortasse fina camada de pele, já estava farta disso tudo! Draco teria que agir ou então não obteria o êxito esperado pelo meu pai, e em pensar nele estremeci, ele iria fazer qualquer coisa ruim caso descobrisse minha gravidez, no momento manter relacionamento com um Malfoy era visto com um péssimos olhos, principalmente depois do que Lucius fez no ministério ano passado ao tentar roubar a tão aguardada profecia, e não obter o resultado esperado.
  Já tinha enfrentado meu pai apenas uma vez, justamente para defender Draco, e isso me causou péssimas memórias, fiquei trancada em meu quarto sem minha varinha e comida por semanas, meu pai achava isso uma forma adequada de punição, e foi nesse momento que fiquei grata por meu padrinho existir e meses antes me ensinar a construir uma barreira com memórias falsa para que ninguém descobrisse sobre o meu poder. Quando eu escutava Belatriz cantarolando pelo corredor, minhas cicatrizes já latejavam, minhas mãos tremiam, e ela se aproximava lentamente sabendo que no momento, ela era superior a mim e poderia fazer o que quiser sem que ninguém a interrompesse, e eu odiava o meu pai por isso.
  — Draco — o chamei, e brilho no olhar cinzento que parecia dançar se voltou para mim — vou para o quarto, estou exausta!
  Sem ao menos esperar que ele dissesse alguma coisa, me levantei, e vi o mundo girar novamente, Draco no mesmo instante me segurou. Repeti a mim mesma que eu estava grávida, e não poderia sair levantando de qualquer maneira igual a antes.
  — Tudo bem? — perguntou meu namorado em meu ouvido, próximo o suficiente para que ele percebesse que eu estremeci.
  Sorri em resposta. A moeda que eu segurava em minha mão nesse mesmo instante passou a ficar quente, olhei para Draco assustada, e ele pegou a moeda da minha mão para ver de perto. Já fazia meses que eu ou o Draco seguravam aquela moeda fria e sem graça, não vivemos sem ela, era a nossa única chance para agir; Uma parte daquele plano era minha ideia, desde quando eu comecei a sofrer as primeiras ameaças vindo da Belatriz, meu padrinho agiu, ele fez uma fina linha no meu dedinho e entrelaçou a magia entre nós dois, o que aconteceu depois foi fantástico; sempre que eu ou ele estivesse em perigo, um iria atrás do outro, e sentia aquela marca arder , assim como a marca dos comensais, ele nunca tinha precisado da minha ajuda, e às vezes eu acho que ele apenas falou isso para que eu colocasse em prática e sempre pudesse me salvar. Quando percebemos que tínhamos que controlar o lado de fora de Hogwarts eu logo expliquei o significado de tudo aquilo, e tive que me basear na ideia da Granger — a qual eles usaram as moedas para se comunicar no ano passado.
  Fiquei em dúvida se realmente devia chamar meu padrinho, mas assim como eu, a máscara que ele usava era bem mais pesada do que a minha, e eu o admirava por isso.
  Fomos direto para a sala precisa, e as lembranças apareceram como o perfume das rosas no começo da primavera, passei a mão sobre os objetos empoeirados na sala, o anoitecer já chegava discretamente, as estrelas brilhando no céu me fez caminhar para a janela mais próxima. Draco se aproximou de mim e me deu um sorriso que fez o brilho das estrelas parecer fracas.
  — Como você está se sentindo? — questionei, e ele me envolveu em um abraço.
  — Estou preocupado com vocês — me afastei um pouco e franzi a testa tentando entender quem era o segundo que ele se referia — estou falando de você e o nosso bebe, bobinha — ele beliscou meu nariz e riu.
  Nosso bebe.
  Em um mundo onde dois jovens apaixonados tinham que viver separados por uma hierarquia predestinada por um homem que de tudo fez para ser considerado a pessoa mais temível, esse era o vilão da minha história, meu próprio pai.
  — Sei que conversamos sobre isso — começou ele — estou com medo do que pode acontecer essa noite Any, e eu não me desculparia se alguma coisa acontecesse com vocês, preciso entrar no personagem que me dói todas as vezes, e eu não quero que você veja isso.
  — Draco, você já me viu em piores estados, nada mais justo seria que eu ficasse ao seu lado agora.
  — O que eu fiz para merecer uma namorada tão incrível como você?
  Ele beijou a minha testa e se afastou, o momento tinha chegado.
  Fiquei com vontade de achar um lugar e me debruçar sobre as incontáveis lágrimas; me arrependi de não ter sido forte o suficiente e ter aguentado até o final, aquela missão não deveria ser a do Draco, eu tentei fazer qualquer coisa para que não fosse enviada a ele, mas eu me entreguei a derrota de braços abertos.
  — Ei, isso não é e nunca foi culpa sua, estrelinha — não percebi que nossas mãos estavam entrelaçadas, ele me fitava como se pudesse ler entre as entrelinhas do meu olhar.
  Estrelinha, esse foi o apelido que ele me deu assim que começamos a namorar, e dizia ele que era por um motivo simples, assim como as estrelas no céu era de vital importância eu tinha a mesma relevância em sua vida.
Precisei entrar no personagem. Por um tempo contado. Por um mundo melhor.
E foi nesse momento em que jurei nunca mais me curvar diante do meu pai.
No corredor estavam Rony, Gina e Neville, respirei fundo antes de soltar uma arrogantemente gargalhada, girei a varinha em minhas mãos e ali me permiti dar o show. Como se fosse em uma das passarelas trouxas eu desfilava pelo corredor atirando qualquer feitiço que aparecia em minha mente; eram três contra um definitivamente eu poderia estar em desvantagem se eu não estivesse guardando uma carta na manga.
  — Aluciniari¹ — murmurei apontando a varinha para o Neville.
O ar ficou frio, e as sombras começaram a sair de mim e rodeando o garoto, ele se desesperou e correu,as sombras furtivas como uma cobras prenderam ele sobre a parede, no momento a seguir eu já não enxerguei mais nada pois uma proteção cinza rodearam eles. Sorri extremamente satisfeita. Aquele era um feitiço que eu guardava a sete chaves; criei ele para meu pai se orgulhar de mim, mas comecei a questionar se eu iria mostrar. Aquele feitiço agora seria a minha marca registrada.
  — Any — Draco me trouxe a realidade, ele estava na porta e atrás dele alguns comensais
  Comecei a suar frio, mas mantive a expressão soberba. Com um estalar de dedos as sombras vieram até mim e se dissiparam. Comecei a subir as escadas desesperadamente me lembrando fielmente do plano. Felizmente passei despercebida pela ordem da fênix, essa era a vantagem do mundo não saber quem eu realmente era. Corri novamente para a Torre de Astronomia
  — Morsmordre!
  A fumaça esverdeada sai da ponta da minha varinha para o céu; o crânio formou-se sendo composto pela cobra saindo de sua boca. Era a primeira vez que eu lançava esse feitiço, e decididamente fiquei muito satisfeita.
Eu não iria conseguir ficar ali parada sem fazer nada, então comecei a ir em direção a saída, mas escutei vozes no lugar onde estava.
  — Diretor Dumbledore — Draco começou, ele ficou na minha frente não para se dizer que ele era mais superior do que a mim no momento, mas para me proteger, em outras circunstâncias eu teria ficado muito brava por ele me fazer parecer fraca, mas ali estava eu tentando juntar os pontos daquela cena.
  Ele fez uma pergunta ao meu namorado, mas não consegui prestar atenção. Estava faltando alguma peça naquele quebra cabeça, e ele tinha nome e sobrenome.
  — Onde está o Potter?
  O rosto pálido diretor mais uma vez se encontrou com o meu, sobre a luz da marca eu conseguia ver a mão debilitada dele e a outra fazia um rastro de sangue no chão, meu coração palpitou mais rápido. Uma vez sonhei com uma praia deserta, só que mais a frente ela tinha uma caverna, tentei entrar diversas vezes mas existia uma rocha que impedia a minha entrada, quando eu acordava ficava furiosa, eu precisava saber o que havia dentro; até um dia que escondida sob as sombras escutei meu pai falar com a nagini, em língua de cobra, sobre aquela caverna, como fazia para entrar e o que havia dentro. E naquele exato momento eu entendi o que Dumbledore e o Potter estavam fazendo: matando o meu pai aos poucos.
  A conversa tinha cessado, Draco se aproximou mais de mim, e no instante que olhei meu padrinho já caminhava em direção ao diretor, dei um passo a frente para tentar impedir, mas meu namorado segurou meu braço, não sabia se ficava aliviada ou extremamente preocupada de estar passando o fardo para outra pessoa.
  — Severo — suplicou Dumbledore — Por favor!
  — Avada Kedavra!
  Uma luz verde saiu da ponta da varinha do meu padrinho e atingiu Dumbledore, ele cambaleou para trás, e caiu da torre de astronomia. Estava feito!


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Notas finais do capítulo

¹Aluciniari: Esse foi um feitiço que a Any criou; basicamente ele faz a pessoa ser rodeada por sombras que torna o seu pior medo, as pessoas ao redor não consegue enxergar o que a pessoa de dentro esta vendo, e não é igual a um bicho papão que tem um feitiço para torna-lo engraçado, apenas Any tem controle de quando ela quer que acabe.
O que vocês acharam desse capítulo?
Sei que eu sempre peço comentários por aqui, mas é algo que me incentiva muito a continuar a escrever, e principalmente essa fanfic que tem um desenvolvimento épico.
Amo vocês do fundo do meu coração, e até o próximo capítulo.



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