Hit And Run escrita por Any Sciuto


Capítulo 2
Vale de lágrimas.




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Cinco semanas antes...

Penelope entrou no seu escritório ligando suas máquinas apaixonantes. Derek a fazia parecer uma colegial, sorrindo de orelha a orelha. Uma batida na porta a tirou de seus sonhos.

— Sim? – Ela respondeu para o homem com um vaso de rosas vermelhas.

— Pode assinar pela encomenda? - Ele perguntou.

— Suponho que tenha um cartão. – Ela disse irônica.

— Tem sim. – Ele pegou a prancheta assinada. – Obrigado.

— De nada. – Ela levou para dentro colocando em sua mesa.

Ela gelou com a possibilidade de ter vindo de Kevin então ela foi diretamente para o cartão.

 " Alguém me disse que eu deveria mandar flores para a garota por quem eu sou apaixonado. Eu segui o conselho. Eu nunca estive tão feliz como agora, sendo seu confidente. Fique seguro. – Derek."

Ela sorriu pelas flores serem de Derek Morgan, seu Deus de chocolate. Ela colocou na mesa ao seu lado.

— Derek. – Ela abriu a porta surpresa. – Eu realmente...

Ele a cortou dando um beijo na boca dela.

— Derek. – Penelope apenas conseguiu falar depois daquele beijo.

— Estive esperando por isso há um tempão. – Derek a abraçou e a levou para cima da mesa de seu escritório, beijando e passando a mão lentamente pelas costas dela.

— E sobre as regras da fraternidade? – Ela perguntou no intervalo de um beijo.

— Acho que desde que Hotch e Rossi saibam sobre o nosso namoro estamos bem. –Ele deu outro beijo, mais lento e mais molhado. – Você tem gosto de cereja.

— Provavelmente é o gloss. – Ela falou dando uma risada.

— Você cheira a cereja também. – Derek cheirou o pescoço dela, mas estremeceu ao ver um machucado novo em seu pescoço. – Baby Girl. O que é isso no seu pescoço?

— Derek. – Ela se afastou um pouco. – Kevin tentou me bater. – Penelope se sentiu mal. – Eu deveria ter contado, mas algo me impediu.

— O que doçura? – Derek estava preocupado agora. – Sabe que pode me contar tudo, não é?

— Kevin disse que vai atacar a equipe toda se eu contar. – Ela ficou com medo de ter alguma coisa gravando, mesmo depois de passar cinco vezes o scanner estilo CSI no escritório. – Podemos tomar um café? – Ela perguntou para Derek que entendeu o que ela queria.

— Claro. – Derek a puxou pela mão até a sala de descanso.

Rossi e Hotch estavam lá também vendo Penelope obviamente abalada com tudo aquilo. Eles se aproximaram e se sentaram.

— Pode nos contar qualquer coisa, Baby Girl. – Derek pegou as mãos dela.

— Ele me bateu quando eu cheguei em casa ontem. – Ela falou com a cabeça baixa. – Ele disse que se eu contasse para qualquer pessoa sobre isso ele iria matar a minha equipe.

Ela olhou para todos os lados, menos para seus chefes e Derek.

— Maldito Geek. – Rossi ficou enfurecido.

Hotch apenas observava o jeito de Penelope. Ele a tinha visto agitada assim apenas quando ela recebeu o tiro e agora ela estava de volta a isso.

— Eu passei um scanner de escutas no meu escritório e aqui. – Ela confessou, temendo Hotch e Rossi ficarem bravos.

— Ele não aceitou bem quando ela terminou com ele. – Derek falou antes que Penelope conseguisse. – Ele a agrediu.

Derek pegou no pescoço de Penelope com todo cuidado e mostrou a marca. Hotch fechou o punho e Rossi precisou se segurar para não ir direto a sala dele para mata-lo lentamente.

Penelope apenas fechou os olhos.

— Que tal você ficar na casa de alguém até conseguirmos provar algo contra o Kevin? – Hotch sugeriu. – Pode ser na minha, na do David ou na casa do Morgan.

— Não quero incomodar. – Ela parecia cansada. – Além do mais eu preciso vir trabalhar e a pessoa com quem eu supostamente ficar também vai precisar.

— Morgan. – David falou com o agente. – Aceita um caso diferente?

— Eu que deveria perguntar. – Protestou Hotch. – Então Morgan? Talvez possa ficar com Penelope até resolvermos isso. Te dou duas semanas.

Morgan sorriu. Ele estava feliz com aquele caso.

— Vou precisar do arquivo do caso depois. – Ele falou. – Talvez devêssemos pegar algumas coisas no seu apartamento, princesa.

— Vou mandar mais um agente com vocês. – Hotch disse. – Sem discussão.

— Por mim tudo bem. – Morgan respondeu, levando Penelope pela mão até a SUV enquanto Reid os seguia.

Ele a acomodou no carro e ela logo pegou no sono. Ela parecia não dormir há muito tempo.

Reid ficou com Penelope no carro, apenas vendo ela dormir no caso de ela ter outro pesadelo. Derek pegou todas as roupas dela e colocou no porta-malas do carro.

— Ela não tem dormido muito. – Reid observou.

— Eu não dormiria se tivesse um psicótico atrás de mim, Reid. – Derek observou.  – Desculpe Reid. Eu não queria ser grosso.

— Eu entendo, Derek. – Reid disse. – Você a quer proteger assim como todos nós também queremos.

Derek dirigiu até a própria casa. Enquanto Reid cuidava da bagagem ele gentilmente pegou Penelope nos braços e a levou para a cama do segundo andar. Ele não queria acordar ela.

Ele a colocou com cuidado no colchão e a cobriu com uma coberta com decoração de cartas, vinda da casa dela.

— Obrigado Spencer. – Derek colocou as malas no lado do quarto.

— Eu posso ficar um pouco mais? – Spencer perguntou.

— Você também está assustado, não é? – Derek perguntou preocupado com Penelope e preocupado com Spencer.

— É tão obvio assim? – Spencer perguntou. – Eu sempre achei que ela estivesse imune a babacas. Isso mudou quando ela foi baleada eu senti um aperto no coração enquanto ela estava em cirurgia.

— Eu deveria ter dito naquela oportunidade que eu a amava. – Derek se puniu por esconder o sentimento dele. – Depois ela se uniu a aquele bosta do Kevin. Sei que no começo era amor mesmo, mas não sei depois.

— Você sabe porque eles terminaram? – Spencer não sabia ao certo. – Ouvi uns boatos sobre ela ter traído ele com você.

— Na verdade foi Kevin quem traiu ela. – Respondeu Derek. – Ela o pegou com outra garota na cama.

— Me solte Kevin. – Penelope estava em outro pesadelo. – Não machuque ele por favor.

Derek começou a deixar as lágrimas rolarem enquanto Spencer a confortava. Ele sabia que se ele se aproximasse ela ficaria mais agitada, então Spencer tomou a frente.

— Vai ficar tudo bem, Pen. – Spencer a abraçou. – Derek vai ficar bem, você vai ficar bem. Todos vamos ficar bem.

— Ele quer matar vocês. – Ela falou ainda dormindo. – Ele quer matar Derek.

— Vai ficar tudo bem. – Spencer a embalou. – Derek está aqui comigo. Você quer que ele venha com você?

— Kevin vai mata-lo. – Ela começou a se agitar de novo. – Não permita por favor.

Spencer olhou para Derek que saiu do quarto. Ele se sentou no sofá e começou a chorar. Ele odiava ver Penelope daquele jeito. Kevin morreria de um jeito ou de outro se ele encostasse nela.

Spencer saiu depois de cinco minutos. Ele não parecia feliz.

— O que conseguiu Spencer? – Derek perguntou se levantando.

— Kevin está torturando Penelope psicologicamente. – Spencer falou de uma vez.  – Dizendo que vai matar a equipe se Penelope não voltar com ele.

— Ligue para Hotch. – Derek instruiu Spencer. – Mas ligue com isso.

Derek empurrou para Reid um celular descartável.

— Ele não vai conseguir monitorar ou escutar a conversa. – Derek completou. – E use o código Splash.net. – Derek instruiu Reid. – Ele vai saber.

— Certo. – Spencer foi ligar.

Derek entrou no quarto e se deitou ao lado de Penelope. Ela estava dormindo e ele a abraçou. Ele esperava ser repelido por ela, mas foi acolhido.

— Estou aqui Baby. – Derek sussurrou no ouvido dela.

— Eu te amo. – Penelope falou. – Sempre te amei Derek.

Morgan sorriu.

— Kevin foi um erro terrível. – Penelope completou. – Eu deveria ter dito algo mais cedo.

— Eu também Baby Girl. – Derek estava com lágrimas nos olhos.

Hoje...

Derek foi permitido no quarto de Penelope. Ela estava em coma. Os fios, as máquinas ligadas não faziam jus a beleza dela. Ele estava feliz que ela estivesse aqui porque significava que não era tarde demais.

Mas ele se julgava por não ter percebido o plano de Kevin desde o começo do sequestro. E se julgava por não conseguido prender aquele bosta ainda.

— Talvez depois disso, Baby Girl. – Derek pegou as mãos dela. – Eu possa te colocar aquele anel que eu comprei.

Derek pegou uma caixa de veludo do bolso esquerdo e abriu, revelando um anel de diamantes.

— Ele está esperando por você, Baby Girl. – Derek pegou o anel da caixa e deslizou na mão dela. – Esse sempre foi o lugar dele. Quando acordar posso fazer um pedido oficial.

Hotch e Rossi estavam parados atrás de Derek o tempo todo. Eles sabiam que Derek a amava, mas o anel era uma surpresa.

— Sei que ela vai dizer sim. – Disse Rossi entrando no quarto. – Tenho tanta certeza disso quanto no dia que eu entrei para a BAU e vi seu olhar para ela.

— Vou dar um jeito com as regras de fraternidade. – Hotch falou. – Como ela está? – Hotch se deu um tapa fraco na cabeça. – Pergunta estúpida.

— Os médicos dizem que é cedo demais para saber se ela vai acordar ou quando isso vai acontecer. – Derek falou, sem pausas.

— Temos agentes procurando por Kevin Lynch, Derek. – Hotch revelou. – Pedi apoio a IRT apenas no caso dele ter saído do país. Nós vamos achar ele.

— E faze-lo pagar com a própria vida se for preciso. – David completou. – Quem faz algo com o nosso Gatinho, merece pagar.

Derek desejava apenas uma coisa no momento. Penelope de volta, de preferência acordada.  

— Desculpe Baby Girl. – Derek colocou seu rosto em cima da barriga dela. – Não pude evitar que ele te machucasse.

— Eu sei que ela te perdoa Derek. – Hotch saiu do quarto.

Ele havia perdido Haley para um psicopata e não pode nem tentar salvar. Agora parecia uma repetição com Penelope. Apenas que o culpado era alguém que nunca parecia ser uma ameaça. Ela estava aqui, no hospital o que não significava que ela estava fora de perigo.


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