Hit And Run escrita por Any Sciuto


Capítulo 3
O Jardim.




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3 semanas atrás...

Estavam cada vez piores as ligações de Kevin. Ele não deu trégua na semana anterior, forçando todos os membros da equipe a optarem por celulares descartáveis. Penelope se sentia culpada por tudo aquilo.

Apesar de Hotch e Rossi garantirem a segurança dela, cada um levando-a para sua própria casa a cada dia, tentando mantê-la segura, o emocional e  o psicológico dela já estava destruído. Derek sempre estava com ela no trabalho e o caso Kevin se tornou o único até que ele fosse preso por agressão e tortura contra sua principal analista.

Strauss não parecia feliz. Não por causa de Penelope. Ela era a vítima nessa história. Mas ela estava nervosa por ter acolhido Kevin para ajudar a equipe durante alguns casos, julgando que seria bom para o recém-formado casal.

Garcia havia provado seu valor quando ajudou a equipe em milhares de casos durante todo o tempo. Ela provou ser corajosa quando se juntou ao BAU quando ela foi presa por Hotch e Morgan depois de invadir um site de cosméticos e riu quando Hotchner falou sobre o que ela disse ser psicopata.

Pela primeira vez em muito tempo ela parecia com vontade de ajudar a equipe. Kevin foi demitido assim que chegou aos ouvidos dela. Se ela precisaria demitir alguém, Kevin seria o mais certo.

Isso só piorou o comportamento de Kevin. Strauss viu o estado de pânico e medo em que Penelope se encontrava. Não era justo para Penelope. Não depois dos lixos que ela ajudou a prender.

— Agente Hotchner. – Strauss chamou Hotch. – Preciso conversar com você.

Hotch a seguiu, imaginado todo tipo de cenário possível.

— Eu posso explicar. – Hotch começou, apenas para ser interrompido por Strauss.

— Não quero xingar você ou sua equipe, Agente Hotchner. – Strauss falou. – Eu quero ajudar vocês. Eu vou ajudar vocês.

— Como assim? – Hotch estava confuso.

— Primeiro a gente precisa ajudar Penelope se acalmar um pouco. – Strauss mostrou um documento. – É uma clínica de repouso, no oeste da Virginia. Não estou querendo me livrar dela. Ela precisa descansar um pouco.

— Não entendo. – Hotch estava confuso, e com razão.

No passado ela tentou de tudo para acabar com a equipe.

— Eu vi o jeito que ela está, Hotchner. – Strauss começou. – Ela precisa descansar. Ela precisa de um lugar longe de tudo isso. Tem direito a dois agentes da sua unidade com ela.

Hotch pensou um pouco. Agora era hora de fazer Penelope descansar um pouco.

— Derek e Reid podem ir com ela? – Hotch perguntou depois de pensar.

— Sim. – Strauss pegou um remédio de um frasco. – Isso não vai matar ela.  Tenho certeza que ela vai recusar e nesse momento ela precisa descansar. Ela vai dormir o suficiente para chegarem lá e a colocarem em um dos quartos em segurança.

Hotch pegou a pílula e dissolveu em um copo de suco. Ele não desejava fazer aquilo, mas ele precisava que Penelope ficasse em segurança. Morgan e Spencer estavam cientes assim como todo o resto da equipe. E apesar de Morgan não gostar de enganar Penelope ela precisava de seu descanso.

Derek ficou com ela o tempo todo e quando o efeito começou ele segurou sua mão sempre garantindo que ela ficaria bem. Ela apagou e Derek a colocou em seus braços outra vez, que ele não admitiria em pública, mas adorava a sensação dela junto a ele.

Eles a levaram para uma clínica colocando um nome falso e um endereço falso na ficha de localização para Kevin não os localizar.

Ela voltou a si depois de uma hora, já no quarto da clínica, com Reid e Morgan ao seu lado.

— Onde eu estou? – Penelope ficou assustada.

— Está tudo bem, Baby Girl. – Derek se aproximou dela. – Estamos numa clínica de descanso. Ne antes que diga algo, é para você dormir.

— Mas Derek. – Penelope não concluiu sua fala.

— Ei bobinha. – Derek pegou as mãos dela. – Talvez você devesse dormir um pouco. Ele não vai te machucar aqui.

Ela se ajustou na cama e dormiu imediatamente. O alarme de incêndio começou a tocar de repente. Derek pegou Penelope e a levou para fora do lugar enquanto Reid verificava toda a clínica. Ele estava olhando diretamente para ela e não viu Kevin se aproximando por trás com algo duro o suficiente para desacordar Derek.

Derek sentiu seu mundo escurecer depois da pancada e segurou a mão de Penelope tentando faze-la ficar presa a ele, mas Kevin afastou Derek o suficiente para pegar uma agulha e drogar Penelope para que ele a levasse sem resistência.

Reid percebeu que era uma armadilha e correu para onde Derek e Penelope estavam, mas apenas Derek estava deitado no chão inconsciente.

— Derek. – Reid virou o amigo e tentou acordar Derek enquanto procurava por algum sinal de Penelope. – Derek você tem que acordar por favor.

Derek começou a se forçar a abrir os olhos, com a cabeça batendo mais que uma bateria de carnaval. Ele se lembrou de Penelope e se ergueu, fazendo a tontura se apresentar. Ele olhou em todas as direções e viu apenas Reid, com o telefone no ouvido, falando com quer que fosse.

Ele não sabia se chorava ou se corria atrás de Kevin pessoalmente.

— Por favor, Hotch venha depressa. – Reid pediu antes de desligar o telefone.

— Ela foi levada. – Derek se sentou ao lado de onde ele havia deixado Penelope, tentando não chorar pela perda que ele poderia ter evitado.

— Ele armou essa situação com o alarme de incêndio. – Spencer observou. – Você o viu Derek?

— Eu senti algo bater na minha cabeça antes de apagar. – Derek disse. – Antes de entrar na escuridão eu o vi se aproximando dela. Ele tinha algo nas mãos. Ele vai matá-la.

— Como ele sabia que estávamos aqui? – Reid falou. – Tomamos todas as precauções. Nomes falsos, endereço falso. A cópia original está com Hotch e Strauss e ela não era muito chegada a Kevin da última vez que eu chequei.  

— GPS. – Derek falou. – Olhe embaixo do carro que a gente chegou aqui.

— Acha que Kevin colocou um em cada carro do FBI esperando uma chance de descobrir? – Reid sabia que Kevin estava desesperado.

— Ele quer vingança, Spencer. – Derek gritou, mas logo se arrependeu. – Eu sinto muito. Esses últimos dias com Penelope sob vigilância constante de Kevin estão me fazendo subir pelas paredes.

— Quem diria que ele era possessivo? – Reid observou. – Ele se sente rejeitado por ela.

— Piorou muito depois do Alasca, piorou muito depois das nossas noites de cinema voltarem. – Derek poderia contar tudo sobre as noites de cinema.

Eram deles e de mais ninguém. Ele sempre colocaria um filme romântico, esperando que ela dormisse no meio dele. Não para se aproveitar dela, mas apenas para vigiar seu sono. Ele adorava ver ela dormindo. Ela parecia ainda mais bonita dormindo.

Ele nunca se cansava de ver ela dormir.

Hoje...

Derek fez do quarto sua nova casa. Ele não a deixaria nem por um segundo sozinha. JJ e Emily viriam sempre que pudessem e ficariam até ele dormir um pouco ou tomar um banho. A comida sempre viria em sacos de papel marrom.

As visitas de Reid seriam regadas a muita leitura romântica e leitura leve porque Reid disse que era comprovado que Pessoas em coma conseguem escutar o que os outros falam.

Quando Hotch viria ele sempre traria Jack. Ele havia ficado muito próximo de Penelope depois que Haley morreu. Ela era como uma tia ou irmã e ele gostava dos presentes que ganhava dela.

Rossi contaria sobre os casos recentes da equipe. Ele também garantiria a ela informações sobre o estado de caçada contra Kevin.

E apesar de Fran ser a pessoa que menos conhecesse Penelope, ela cuidaria dela quando Derek estivesse atrás de criminosos.

E Derek sempre prometeria que ele voltaria para ela vivo. Não importasse quantos anos passaria, se ela pudesse estar com eles pelo menos ligada a máquinas, enquanto ela estivesse com qualquer possibilidade de voltar a vida.

Eles pegariam Kevin logo e o fariam pagar.


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