Hit And Run escrita por Any Sciuto


Capítulo 1
Perigo.


Notas iniciais do capítulo

vão ter muitos Flashbacks nesses primeiros capítulos para explicar tudo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/754507/chapter/1

Derek tinha consciência que apenas suas cantadas não protegeriam sua Baby Girl dos perigos a vista. Isso ficou claro quando ela foi baleada por Battle na frente de sua casa depois de um encontro. E depois que ela foi atacada pelo mesmo Jason depois de voltar do hospital.

Agora eles estavam no mesmo hospital onde ela esteve quando aquilo aconteceu. Eles tinham avançado uns bons cinco anos desde aquilo, mas o hospital estava igual.

Depois de um caso insano com um desfecho horrível tanto para Derek e com certeza para Penelope que batalhava pela vida de novo com Derek fez questão de se lembrar.

Cinco semanas antes...

— Bom dia princesa. – Derek fez questão de provocar Penelope.

— Eu vou te mostrar um bom dia, Hot Stuff. – Ela respondeu de volta. – Então como o dia está te tratando hoje? Nenhuma garota caiu no seu cinto ainda?

Derek não podia deixar de rir. Ele teve um começo de dia muito ruim. Um cano estourou na casa dele e ele teve que deixar Clooney no hotel canino. Então ele teve que consertar o bendito cano e secar a água.

Mas ele sabia quem poderia deixa-lo feliz. Ele estava apaixonado por ela, não como um amigo, mas como homem. Ela por outro lado, ainda se recuperava do fim do namoro com Kevin.

— Eu só tenho olhos para uma, princesa. – Ele sorriu para ela.

— Garota sortuda. – Ela falou, pensando não ser ela. – Diga a ela, Hot Stuff.

— Eu já disse milhares de vezes e parece que ela não ouve. – Derek fez um beicinho e piscou. – Eu acho que vou começar a apelar para algo diferente.

— Mande flores. – Penelope pegou uma xicara de café. – Meninas gostam de flores. E elas nunca são interpretadas como "quero cair na cama com você".

Derek riu. Ele a amava exatamente pelo jeito alegre de ser.

— Tem razão, Gatinha. – Derek falou, dando um toque suave na ponta do nariz dela. – Obrigado pela dica.

— Vou estar na minha caverna. – Penelope girou ali mesmo na frente de Derek, espalhando um cheiro de cerejas do perfume dela.

Derek a observou desaparecer pelo corredor seguro que se ele a quisesse poderia fazer. Ele não a pressionaria para fazer algo que ela não quisesse.

Ele ouviu os rumores sobre o término conturbado dela com Kevin e no momento ele deveria cuidar para que Kevin não a machucasse. Se ele sonhasse em fazer algo ele mesmo o mataria.

Uma semana antes do caso...

Penelope chegou disposta a fazer um jantar na casa de Kevin. O jantar planejado há exatamente duas semanas. Ela usou a chave que ele havia dado para ela e ela ouviu batidas na cama.

Não eram batidas de um martelo, mas era como se duas pessoas estivessem pulando na cama repetidamente.

— Kevin? – Penelope passo pelos corredores e parou na porta do quarto. – Estou entrando.

Ela abriu a porta e seus olhos escureceram como a noite. Lá estava Kevin Lynch, com Rebecca a moça da tecnologia do contraterrorismo. Ela não podia acreditar que Kevin poderia ter feito uma coisa dessas com ela.

Ela largou a chave que ainda estava com ela e correu para a sala agarrando a bolsa, as chaves de sua casa e de Esther e seu telefone. Kevin tentou prende-la contra a parede quando a alcançou na parte de baixo do prédio. Ele estava apenas em trajes íntimos, mas não se importou com aquilo.

— Eu posso explicar. – Kevin falou. – Eu posso explicar.

— Eu não quero ouvir. – Ela tentou se soltar. – Você, Rebecca. Agora eu entendo. Chega, Kevin. Nas últimas quatro semanas você vem cancelando jantar atrás de jantar, dizendo que está em um maldito campeonato de videogames e pelo jeito que você estava gemendo com ela parecem ser muito mais que uma simples fodida.

Kevin estava espumando depois de ouvir aquilo. Ele não tinha palavras. Se esse era o jogo que ela iria jogar, então que seja.

— E quanto a suas malditas noites de filmes com seu GI-Joe particular? – Kevin apertou ainda mais as mãos de Penelope para cima. – Vocês parecem ter voltado aos seus encontros depois daquela pausa dele para ser chefe honorário.

— Ao contrário de você, eu não fodo com Derek. – Ela gritou e finalmente conseguiu se livrar das mãos apertando os braços dela. Ouça-me. Acabou. Para sempre.

Ela saiu de perto depois que Kevin deu uma bofetada no rosto dela a fazendo ver estrelas muito mais perto do que as do céu.

Ela ligou Esther e se viu dirigindo para a casa de Derek. Ela não sabia o porquê ela precisava conversar com ele, mas ele poderia ajudar a faze-la se sentir bem. Ela recuou depois de bater na porta dele.

Ele poderia estar com alguma garota e ela se sentiu estúpida, mas a bochecha começou a doer por causa do tapa e ela precisava se sentar antes que ela caísse. Ela se sentou em umas das pedras altas da entrada e nem percebeu que adormeceu lá mesmo.

Derek ouviu a batida que ele e Penelope haviam combinado um com o outro. Assim ela não teria medo quando ele estivesse em sua porta e ela não ganharia uma bala de Derek por acidente.

Ele foi até a porta, mas não a encontrou. Ele a viu dormindo em umas das pedras e concluiu que ela estava com algum problema. Entretanto quando observou o rosto com a marca de mão ele amaldiçoou qualquer um que tivesse feito aquilo com sua menina.

— Pen. – Derek colocou uma mão suave no ombro dela. – Venha comigo. Vou te levar para a cama.

— Eu quero ficar aqui, Derek. – Ela murmurou baixo. – Não quero atrapalhar.

— Vou te levar se não quiser caminhar. – Derek provocou com cuidado.

Derek viu o quanto ele estremeceu quando ele tocou o ombro dela.

— Eu não quero interromper nada. – Ela se arrumou na pedra. – Apenas me deixe aqui.

— Nenhuma deusa pode ficar ao relento. – Ele não esperou uma resposta dela. Ele a pegou com cuidado de colocar as duas mãos dela em seu peito e a levando para dentro.

Clooney viu Derek chegando e imediatamente saiu de um dos lados da cama, deixando ele colocar Penelope no outro. Ele a colocou no travesseiro e a cobertou calmamente. Ele esperou Clooney se ajeitar ao lado de Penelope, com um silêncio maravilhoso.

Derek sabia o quanto o pequeno cachorrinho amava Penelope. Ela havia dado uma caminha de estampa de ossos para o cachorrinho, algo que ele nunca mais largou. Ela o levava para voltas divertidas pelo bairro quando Derek estava em um caso, e até levando para sua própria casa nessas ocasiões.

Derek se colocou ao lado de Clooney.

— Ei amigo. – Derek falou baixinho. – Que tal me dar um tempo com ela agora? Hum? Prometo que ela vai continuar aqui.   

— Au. – Clooney latiu em positivo. Ele saiu e foi para sua caminha.

Derek sabia o quanto ele precisava confortar Penelope. Ele não iria esperar Kevin dar sua permissão.

Derek apenas a abraçou durante a noite, sempre verificando a marca de bofetada.

— Se Kevin fez isso, ele vai perder seus dentes. – Derek pensou com raiva dele.

Por um lado, ele se sentia mal por Penelope estar com um cara que obviamente não a merecia, mas por outro feliz que ela recorreu a ele em primeiro lugar. Ele poderia ficar a noite toda acordado vendo ela dormir em seus braços, certo que no dia seguinte eles poderiam ser amigos novamente.

Ele a queria como uma namorada, uma amante. Não amante. Era uma palavra feia para uma moça linda feito Penelope Garcia. Ela seria sua deusa do amor. E ele a faria ver o quanto ele a poderia amar.

Derek levantou para fazer café para ela. Ele foi até a cozinha pegar o café que estava na garrafa térmica quando ouviu um grito vindo do quarto.

Ele acelerou e desacelerou pegando sua arma e correndo com medo do que pudesse estar acontecendo.

— Kevin. – Penelope parecia estar um pesadelo. – Me solta. Não.

Derek não podia deixar de sentir raiva de Kevin. Ele descobriu mais com uma palavra do que ela provavelmente diria a ele.

Ele deixou a arma na mesa e a abraçou. Ele colocou um único beijo na cabeça dela e ela se acalmou instantaneamente.

Ele correu para pegar a garrafa cheia de café e voltou para o quarto. Ele chamaria Hotch.

Hotch já estava no seu escritório naquela manhã. Ele estranhou que Derek e Penelope não haviam chegado.

— Hotchner. – Hotch atendeu o telefone.

— Aaron. – Derek falou já rouco de tanto chorar pela sua menina. – Eu preciso da equipe na minha casa.

— Algo de errado? – Hotch podia ouvir a preocupação na sua voz? – É Penelope, não é? Ela não chegou ainda então suponho que ela esteja com você.

— Sim, Hotch. – Derek observava Penelope. – Ela teve dois pesadelos intensos nas últimas duas horas.

— Estamos indo. – Hotch viu que era sério.

Ele saiu do escritório e olhou para a pequena parte da equipe nas mesas, incluindo David Rossi.

— Precisamos ir à casa de Derek. – Hotch falou sem dar mais nada.

Eles o seguiram até a casa de Derek sem falar nada. Quando Hotch bateu fraco o suficiente para Derek ouvir eles notaram que havia algo errado. Muito errado.

— Obrigado por virem. – Derek falou quase sussurrando. – Ela está dormindo agora.

— Quando isso aconteceu? – Hotch perguntou para Derek, que não haviam contado para ninguém.

— Ontem à noite. – Derek respondeu. – A encontrei dormindo em uma das pedras na entrada. Marca de mão na bochecha, pesadelos. E Kevin. – Derek falou com raiva.

— Kevin Lynch? Reid se intrometeu na conversa. – Isso é sobre Penelope?

Derek consentiu sem nenhuma palavra. Reid fechou o olhar. Kevin era um homem morto e todos da equipe garantiriam que ele pagaria por isso.

— O que aquele Geek fez com nosso gatinho? – Rossi parecia espumar pela boca.

— Ele a agrediu ontem. – Derek falou. – Não precisei ser um perfilador para saber disso. – Ele abriu a porta revelando Penelope apagada na cama. – Ela teve pesadelo atrás de pesadelo. Eu tive que ligar para um médico e conseguir algo para ela dormir.

— Tudo bem Derek. – JJ colocou uma mão no ombro do amigo e foi para perto de Penelope. – Vamos matar esse canalha.

— Você sabe o que ele fez? – Emily perguntou.

— Ele a imobilizou, mas não sei o motivo. – Derek confessou.

— Temos que saber. – Rossi se sentou na ponta da cama. – E matar esse cara.

Agora...

Derek sabia que deveria fazer Kevin pagar pelo o que aconteceu com Penelope. Ele teve a coragem de jogar ela por um penhasco alto e ainda como se fosse normal, passar com o carro por cima dela quando ela estava no meio da estrada quando ela parou de cair.

Derek havia a encontrado rápido o suficiente para levar ela ao hospital, apenas para deixar ela sumir direto na cirurgia. Kevin não escaparia por isso.

Ele estava no corredor, junto com a equipe toda e sua mãe que havia vindo depois do sequestro de Penelope há duas semanas. Felizmente Kevin só queria se vingar por ela ter deixado ele, não violentando ela durante as duas semanas de cativeiro.

Mas ele separaria cada membro dele quando o encontrasse.

— Ela vai ficar bem. – Fran Morgan tentou confortar o filho.

— Você não viu o jeito que ele a deixou. – Morgan falou para a mãe.

— Eu tive uma foto visual do que David falou. – Fran devolveu. – Não é uma coisa boa.

— Eu não consegui fazer ela feliz. – Derek confessou. – Eu queria pedir ela em casamento. – Derek tirou uma aliança com um diamante grande.

— Você vai. – Ela jogou de volta.

O médico apareceu com uma expressão triste no rosto. Derek quis tomar a frente, mas Hotch o colocou para trás.

— Penelope Garcia? – O médico perguntou.

— Nós. – Hotch respondeu.

— Nós operamos a senhorita Garcia e quase a perdemos duas vezes. – O médico fez uma pausa pequena. – Entretanto ela é uma guerreira e conseguimos fazer ela voltar.

— Qual o problema? – Rossi perguntou.

— Ela teve danos extensos considerando que ela foi atropelada e jogada de um penhasco. – O médico se sentou. – Ela teve quatro costelas quebras, uma punção significativa no pulmão esquerdo, a perna foi quebrada em quatro partes. Mas isso não é a pior parte.

Derek se sentou. Ele sabia que viria coisa pior.

— Ela entrou em coma. – O médico falou sem rodeios. – E não temos previsão de quando ela vai sair dele. Um mês, um ano, dois. É impossível determinar.

Ninguém estava preparado para aquilo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sim, Clooney o cachorrinho do Derek que ele tem citado na primeira temporada é uma parte ativa aqui.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hit And Run" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.