As crônicas de Animadria. "Guerras no Norte." escrita por Lord JH


Capítulo 9
Armamento.


Notas iniciais do capítulo

Kimerion oferece generosos presentes em troca do apoio dos seres do Norte.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/754453/chapter/9

 As bordas do grande lago central ao Norte já começavam a congelar, enquanto ao sul do lago inúmeros animais descansavam, esperavam, e se preparavam para receber os anões de Dubaldor.

Muruk e Teresia observavam toda a movimentação no grupo enquanto alguns pássaros vigiavam atentamente pelo ar, ou nas arvores, se alguém se aproximava.

— Kimerion está demorando muito. Isso me cheira a traição. — Resmungou Theodor ao se aproximar pesadamente aos anciões.

— Calma, Theodor. Nós apenas chegamos aqui ontem ao anoitecer. Kimerion já deve estar a caminho. — Argumentou Teresia com o seu pelo grosso e espesso coberto de neve.

— Acho bom mesmo, porque eu mesmo já estou congelando. — Reclamou Beorobor, o javali.

— Hahahaha... Não aguenta o inverno, Beorobor? Pensei que um javali nascido no Norte aguentaria suportar condições tão.... Congelantes. — Zombou Barabar, o Brontotério branco.

— Olha só quem fala, Barabar.... O grandão de pelo grosso e branco. É fácil para você falar quando tem um corpo bem mais equipado para essas situações. — Resmungou Beorobor ofendido.

— Sim, de fato, mas eu avistei muitos pôneis, cavalos, e unicórnios no nosso exército, e apesar de eles terem pelos bem mais curtos que os seus, eles não estavam reclamando tanto. — Argumentou Barabar sarcástico.

— Então, talvez além de cego você também esteja ficando surdo. Pois eu mesmo ouvi vários deles reclamarem durante a nevasca desta noite. — Falou Beorobor furioso.

Então, antes que Barabar pudesse responder Beorobor, uma pomba se aproximou de Muruk, gritando — Eles chegaram, eles chegaram! —

— Eles quem? — Perguntou Baguri, uma rena que estava por perto.

— Os anões de Dubaldor! Eles chegaram, e trazem carroças cheias de coisas com ele. — Respondeu Pelet, a pomba branca e escandalosa.

— O que tem nessas carroças? — Perguntou Theodor curioso.

— Eu não sei direito, mas parecem ser coisas grandes e feita de metais. — Respondeu a pomba rapidamente.

— Baguri, encontre Belunia e peça para que ela e Tobias vá até os anões e chequem o que são essas coisas. — Pediu Muruk gentilmente a jovem rena.

— Sim, sábio ancião. — Respondeu Baguri antes de se preparar e galopar em direção ao grupo dos cervos.

— Teresia, o que acha de nos prepararmos cautelosamente para recebermos nossos amigos anões? Sabe, só por precaução. — Sugeriu Muruk com uma voz velha e arrastada.

— Concordo com a ideia, Muruk. Também acho bom levarmos Theodor e Barabar conosco. — Falou a velha mamute ao se virar e olhar para os outros animais.

—  E quanto a mim? O que eu faço? — Perguntou Beorobor se sentido meio que deixado de lado.

— Você volta para os javalis e diz para todos ficarem atentos. Também alerte o mesmo para qualquer ser que você encontrar no caminho. — Falou Muruk sem rodeios.

E então, depois de alguns minutos, os anões chegaram acompanhados por Tobias, o grande alce gigante, Feduri, uma bela unicórnio de assustadores olhos vermelhos, e Belunia, líder do maior rebanho de renas de todo o Norte.

Entre eles estava Kimerion, rei dos anões de Dubaldor e considerado o ser mais rico em minérios e provisões entre todas as terras do Norte.

— Muruk, Teresia! É um grande prazer conhece-los. Aproximem-se, eu lhes trago presentes. — Falou o simpático rei anão de barbas longas e negra.

— E que presentes seriam esses? Oh, nobre rei. — Perguntou Teresia utilizando-se de cortesia para com o rei dos anões.

— Ah, é um presentinho especial. Algo para nos ajudar a esmagar aqueles malditos que se escondem nos rochedos. — Respondeu Kimerion com os seus olhos negros a brilhar de ansiedade e êxtase.

— Você tem que ver o que ele nos trouxe, Muruk. Com isso ficará muito mais fácil derrotarmos as tropas dos rochedos. — Falou Tobias empolgado.

Muruk ficou parado tempo suficiente para perceber que a situação estava sobre controle, então, um pouco consumido por sua própria curiosidade, o velho mamute falou — Então nos mostre que tipo de presente estamos falando.

Kimerion apenas concordou com a cabeça e ao dar as costas para os mamutes e gritar: “Carroças! ” Para o seu povo, ele olhou para os olhos de Tobias e falou — Tenho o suficiente para 75 cervos, 88 cavalos e pôneis, 35 javalis, e 47 para cabras e carneiros. Mas nós nos empenhamos bastante para satisfazer os mamutes, brontotérios, e os rinocerontes. E para eles, tenho mais de 120.

E então, nas carroças que vinham sendo puxada pelos anões, havia inúmeras peças de armaduras, adornos de prata e ouro, pequenas ferraduras para as patas, elmos para cavalos, pôneis e javalis com chifres pontiagudos de ouro, ferro ou prata na região da testa; e laminas e proteção para chifres de inúmeras espécies.

Os olhos dos mamutes e dos outros seres brilharam ao avistar aqueles adornos. Pois com eles era quase certeza uma vitória fácil.

— Isso é incrível.... — Sussurrou Barabar maravilhado com as belas peças.

— Gostaram? Isso vai fazer de alguns de vocês impenetráveis para as lanças e flechas dos malditos selvagens que ousarem nos atacar. — Falou Kimerion com um sorriso orgulhoso no rosto.

— Concordo. Obrigado, Kimerion. Seus presentes nos serão muito úteis. — Agradeceu Muruk sincero ao rei anão.

Kimerion apenas sorriu simpaticamente e após pegar um protetor de marfim com lamina e colocar no gigante marfim esquerdo de Muruk, falou — Não precisa agradecer, meu velho mamute. Apenas me prometa uma coisa e nós estamos quites.

— E o que seria? — Perguntou Theodor se metendo pela primeira vez na conversa.

— Que nós partiremos o mais rápido o possível; para finalmente acabar com aqueles malditos dos rochedos. — Falou o rei Kimerion impaciente pela batalha iminente.

— Bom, sobre isso.... — Murmurou Muruk ao sentir as laminas afiadas com a sua tromba no entorno da proteção do seu marfim esquerdo.

— Sobre isso? — Perguntou Kimerion ansioso.

— Sobre isso nós faremos como todos desejam, e marcharemos para as montanhas do Rochedo ao amanhecer, logo após finalizarmos nosso plano e estratégia de batalha. — Falou Muruk valente e confiante.

— Ótimo! É assim que eu gosto de ver! — Pulou e comemorou Kimerion, louco por sangue.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Continua...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As crônicas de Animadria. "Guerras no Norte."" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.