As crônicas de Animadria. "Guerras no Norte." escrita por Lord JH


Capítulo 5
Festa noturna.


Notas iniciais do capítulo

Turoq conta aventuras do passado para os seus amigos e vizinhos.



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A noite chegou rápido e após acender a fogueira e disponibilizar um pouco de comida em várias cestas de palha e vime, Turoq, Morby e Tapiti, esperaram os convidados chegarem.

O primeiro a aparecer foi Miltris, o unicórnio acompanhado de sua parceira Melunia, e seu filhote Gaivix.

— Boa noite Turoq. Chegamos cedo? — Perguntou o belo equino branco ao se aproximar a trote lento.

— Não Miltris. Na verdade, Tapiti e Morby já estavam aqui bem antes. Hihihi...  Aproxime-se e se sirva. Tenho umas maçãs bem deliciosas naquele cesto. Acho que o seu filhote adorará o gosto delas. — Falou Turoq ao receber bem os seus primeiros convidados.

— Obrigado Turoq. Também trouxemos algo para você. Querida! — Falou Miltris ao olhar para a sua parceira que trazia algumas ervas com flores roxas na ponta.

— Dormetias! — Exclamou Morby surpreso. — Essas ervas são muitos raras. — Completou o Gaio azul cheio de admiração.

— Puxa Miltris. Nem sei como agradecer. Faz invernos que eu não vejo uma planta dessas. — Comentou Turoq ao receber as flores da boca de Melunia.

— Hahahaha... Rinch! — Riu e relinchou Miltris. — Não precisa agradecer amigo. Afinal, foi você que me ajudou quando o meu filhote se perdeu na floresta escura. Se não fosse as suas habilidades de rastreamento nós nunca o teríamos encontrado. Ouviu Gaivix? — Falou Miltris ao olhar para o jovem unicórnio.

— Sim, pai. — Respondeu Gaivix que já estava devorando uma das maçãs que estavam em um dos cestos de palha de Turoq.

— Hêhehe... Deixe o jovem em paz, Miltris. Olha só quem chegou! Irinia, Calvory, Turuq e Ilinei. — Falou Turoq ao sorrir e ir receber os cervos que chegaram juntos de Turuq, o texugo.

Pouco tempo depois vários convidados já haviam chegados. Inclusive Huroq o javali e sua enorme família, assim como alguns pôneis que estavam passando ali por perto.

— Já estão todos aqui? — Perguntou Tapiti ao ficar em duas patas e olhar para os lados.

— Não. Ainda faltam Gureb, Mirnia, Jarat e seu convidado especial. — Respondeu Morby enquanto olhava para todos.

— Ei, eu estou aqui! — Gritou Mirnia, a Hamster marrom. — E Jarat está ali apresentando o novo “amigo” dela para Pandora, Aurora, Eclipse e Ralms. — Falou a pequena roedora antes de limpar os bigodes e ir até um pratinho cheio de sementes de girassol.

— Uhlalá... — Murmurou Turoq. — Parece que Jarat achou um belo cangambá para lhe fazer companhia. —

— Sim. Acho que devíamos ir até lá conhecer ele. — Falou tapiti ao correr e pular na direção do pequeno grupo.

— Calma Tapiti! Hêhehe... Ele nem me ouviu. Você vem Morby? — Perguntou Turoq ao olhar para o belo pássaro azul que bicava uma cereja.

— Depois. Acho que avistei Tuctuc, o pica pau ali perto dos javalis. Vou dar uma palavrinha com ele e depois vou até vocês. — Respondeu Morby ao voar e se juntar ao seu amigo de penas.

Ao chegar no pequeno grupo, Turoq percebeu que Jarat estava bastante envergonhada com as perguntas de Tapitis e dos outros roedores curiosos que queriam saber tudo sobre a vida de seu convidado e “provavelmente” futuro parceiro.

Jaratataca: — Eu já falei, nós nos conhecemos no rio. Eu estava pescando trutas e ele também. Foi só isso. —

— Então ele deve ser uma boa companhia para pescaria. — Falou Turoq ao se aproximar e se sentar no chão. — Olá amigos, olá pescador. — Falou o indígena ao olhar para o belo cangambá que acompanhava Jarat.

— Olá, o meu nome é Zorrilho. Você é o Turoq, certo? Jarat me falou bastante sobre você. Ela me disse que você é um bom pescador e rastreador. — Falou Zorrilho extremamente educado.

Turoq: — Bom, provavelmente eu não sou tão bom quanto alguns de vocês. Hêhehe... Está gostando da festa? Espero que esses curiosos e curiosas não estejam lhe perturbando muito. — 

— Não, Turoq. Nós estávamos apenas fazendo amizade com ele. — Respondeu Tapiti antes mesmo que Zorrilho pudesse falar alguma coisa.

— Hêhehehe... Espero mesmo. — Falou Turoq antes de sorrir e se levantar.

— Turoq olha só quem chegou! — Falou Ralms, a doninha.

Então, quando Turoq se virou, avistou Gureb, o urso pardo, que vinha com um cesto de palha na boca e acompanhado por um centauro que trazia uma cesta enorme cheia de frutas, potes de mel, e peixes.

— Gureb! — Gritou Turoq ao sorrir e correr na direção de seu velho amigo urso. — Estava começando a pensar que não viria mais. —

— Como se eu fosse perder uma festa dessa! Vem cá e me dá um abraço de urso. — Falou o pardo ao soltar a cesta, ficar em duas patas, e abrir os fortes braços peludos.

Turoq: — Hahahaha.... Há quanto tempo eu não te vejo. Desde a última festa de outono não é mesmo? —

— Sim. E olha que isso já faz um inverno. Veja só como você cresceu. Grunf! Está ficando mais forte.... Mas ainda usa as mesmas roupas de pele e couro do seu pai. — Falou o urso ao abraçar o seu velho amigo.

— Hahahaha.... Apenas me acostumei a me vestir assim. Por que demorou tanto? — Perguntou Turoq ao olhar nos olhos extremamente castanho de seu amigo peludo.

— Encontramos alguns carneiros amigos no caminho e você sabe como eu sou.... Conversa vai, conversa vem.... E quando percebemos já estava anoitecendo. Hêhehe.... Mas não se preocupe. Eu lhe trouxe alguns presentes bem gostosos. — Falou o urso ao ficar de quatro novamente a abocanhar a cesta.

— O que é isso? — Perguntou Turoq, ao abrir a cesta e olhar atentamente para o conteúdo.

— Um peixe listrado dos rios. Uma raridade ultimamente. Eu pesquei esse faz alguns dias e o conservei no sal e na água. Ainda está fresco, pode provar se quiser. — Falou o velho urso sorrindo.

— Hahaha.... Obrigado, mas eu tenho peixe seco o suficiente para comer por agora. Guardarei este para uma ocasião mais especial. — Comentou Turoq ao agradecer e elogiar o pescado.

— Você é quem sabe. Mas também lhe trouxe outras coisas, além do meu amigo Tamir, como penetra. — Brincou o urso ao se virar e olhar para o negro e forte centauro que lhe acompanhava.

— É um prazer enorme conhecê-lo, Turoq. Gureb me contou muitas de suas aventuras juntos. — Falou o respeitável centauro ao entregar a enorme cesta de palha e vime a Turoq.

— Aventuras como daquela vez que tentamos pegar mel juntos e acabamos picados por centenas de abelhas? É, é uma aventura bem dolorida de se lembrar. — Comentou Turoq ao sorrir e olhar para o urso.

— Ah, não seja tão mole assim. Nem doeu tanto. — Zombou o urso antes de dar uma risada alta e sonora.

— Não doeu em você que tem muito pelo. Eu tenho algumas marcas de ferroadas até hoje. — Replicou Turoq ao colocar a cesta no chão e abri-la.

— Ora, o garoto que enfrentou um lagarto gigante furioso ao lado de um elfo e um troll da floresta tem medo de algumas abelhinhas? Conta outra. — Zombou o urso novamente antes de se sentar e abrir um pote de mel.

— Você me trouxe mel, frutas e peixes? — Perguntou Turoq contente ao abrir a cesta e encontrar várias trutas, salmões, morangos, amoras e alguns potes de mel cheinhos.

— Sim. Pesquei muitos peixes para esse inverno, e comi muitos outros para a hibernação. Hêhehe.... Mas o mel e as frutas foi Tamir quem conseguiu. Ele trocou alguns peixes que eu consegui e algumas flechas que ele fez na cidade em troca de frutas frescas e mel. — Contou o gordo urso que se lambuzava com o doce mel na boca.

— Obrigado, Tamir. Acredito que muitos dos meus convidados ficarão deliciados com um mel tão doce como esse. — Falou Turoq ao abrir um dos potinhos e provar um pouco do mel.

— Não precisa agradecer. A minha família é de apicultores, e um fauno amigo meu repassa o mel deles para a cidade ao leste daqui. — Respondeu Tamir com serenidade.

— Api o quê? — Perguntou Tapiti que escutava secretamente a conversa.

— Apicultores, Tapiti. São seres que trabalham na criação de abelhas. — Explicou Turoq ao olhar para o jovem coelhinho.

— Puxa, não sabia que dava para criar abelhas. — Sussurrou Tapiti baixinho.

— Dá sim! E na minha vila, muitos são apicultores. Assim como também são agricultores, ferreiros e artesões. — Explicou Tamir ao cinzento coelho.

— A sua vila é aquela que fica entre o grande pântano e a florestas das ninfas? — Perguntou Turoq curioso.

— Sim. É uma vila pequena, mas que a cada dia fica cada vez maior. Muitos humanos, faunos, centauros, sátiros, ninfas, e elfos vivem lá. Um dia ela ainda se tornará uma grande cidade. — Falou Tamir orgulhoso.

— Parece ser um bom lugar. Você me levaria para visitar um dia?  — Perguntou Tapiti curioso e contente.

— Eu adoraria, mas faz tempo que eu não vou lá. Demorou o verão inteiro para eu conseguir construir a minha cabana perto da caverna de Gureb. E mesmo com a ajuda de alguns orcs que moram lá perto, ainda falta alguns detalhes para finalizar. — Explicou Tamir ao coelho.

— E por que você saiu da vila? Não gostava de abelhas? — Indagou Tapiti extremamente curioso.

— Hahahaha.... Não. — Respondeu Gureb o urso. — Ele saiu da vila por causa das ancas de uma bela unicórnio negra. — Zombou o urso ao lamber o pote de mel e olhar de lado para o centauro.

— Gureb! Não fale de Eclipsa dessa maneira! Ela é uma unicórnio muito honrada. — Resmungou Tamir extremamente envergonhado.

— Sim, mas isso não impede que ela seja bela e atraente. Hêhehe... — Zombou o urso antes de se levantar e ir falar com Uruq e Merida, o casal de urso negros que moravam em uma grande toca perto da casa de Turoq.

Turoq, que havia ido guardar a cesta com mel, frutas e peixes dentro de sua casa de madeira, decidiu pegar a sua flauta de bambu e tocar uma suave melodia para todos os convidados ouvirem.

    Então depois de todos ouvirem a suave melodia da flauta de bambu com interior forrado por junco, muitos pediram pelos contos de aventuras vividas por Turoq.

— Conta aquela aventura na caverna da aranha gigante! — Pediam os filhotes de Guilna, a codorna mãe solteira.

— Não, conta aquela aventura de quando você escapou do ataque daquele leopardo! — Pedia os filhotes de Harox e Gaina, o casal de faisões.

— Nada disso! — Gritou Clevor, o castor. — Conta sobre aquela vez em que você expulsou um crocodilo do nosso dique. —

— Não, conta quando você vingou a morte de nossa família pelas bocas daquele grupo de raposas. — Pediu Aurora e Eclipse, as irmãs gerbis que foram as únicas sobreviventes de seu grupo.

— Amigos! Que tal deixarmos Turoq escolher? — Sugeriu Calvory, o cervo.

— Concordo. — Falou Trevor, o rato. — Quem sabe assim não escutamos uma aventura que nós ainda não conhecemos? —

— Sim, é uma boa ideia. — Concordou Pandora, a hamster anã.

— É isso aí. Vamos Turoq, nos conte algo que nós ainda não ouvimos. — Falou Gureb enquanto pegava um peixe assado e saboreava a sua deliciosa carne.

Turoq aparentou ficar um pouco envergonhado, mas ao se sentar em um tronco próximo a fogueira, falou — Vou contar uma aventura que poucos conhecem. Na verdade, apenas Tulv, Mio, a pessoa que está nela e eu, sabemos sobre este fato.

— Conta, conta, conta! — Começaram a gritar os filhotes e alguns dos outros convidados.

— Bom, já que vocês insistem.... Vou contar. — Falou Turoq ao sorrir e guardar a flauta de bambu no bolso interno da camisa.

“ Turoq: — Era um dia de verão e eu estava a procurar por cogumelos de pelo para fazer uma poção para curar fungo de pés. E infelizmente para mim, eles só cresciam na floresta das ninfas, do outro lado dos campos abertos. — “

— O que são fungos de pé? — Perguntou Jarat curiosa.

— É tipo uma doença que dá nos pés dos humanos. — Respondeu Gureb antes de pedir silencio.

“ — Então, no momento que eu estava atravessando a campina, avistei vários, cervos, carneiros, cabras e cavalos correndo desesperados em direção aos campos de alpiste ao Norte. — Falou Turoq antes de fazer uma pausa dramática e olhar para a reação dos filhotes.

— “O que aconteceu? O que houve? ” — Eu perguntei a um cervo que passou correndo ao meu lado.

— “ Estamos sendo atacados por uma criatura grande e com cara de lobo e que eu nunca vi antes! ” — Gritou o cervo enquanto corria sem parar.

Foi então que eu ouvi um grito humano feminino, e ao me aproximar do local eu avistei um enorme Andrewsarchus atacando uma jovem moça de cabelos verdes e pele manchada.

A fera avançava lentamente enquanto mostrava os seus dentes afiados e arrastavas os seus cascos negros contra a grama no solo.

Já a moça, apenas apontava uma lança de madeira com ponta de pedra e gritava palavras em uma língua que não era a língua comum.

Por um momento eu pensei que ela era uma elfa de alguma raça diferente, mas ao me aproximar um pouco mais, vi que ela não tinha orelhas pontudas e não tinha os cabelos lisos dos elfo.

Foi então, que ao perceber que a fera atacaria, eu preparei o meu arco e atirei uma flecha certeira que acertou a lateral do grande predador, fazendo ele gritar e se virar para a minha direção.

Naquele mesmo momento, a moça jogou a lança de maneira certeira em uma das suas patas traseiras fazendo a fera urrar e pedir por clemência e piedade.

Então, aproveitando que o grande predador estava ferido, eu gritei para a moça vir na minha direção e fugir comigo. Ela assim o fez e juntos nós corremos para floresta, onde nos escondemos atrás de um enorme tronco de arvore.

— “Você está bem? “ — Perguntei a moça que tremia e recuperava o seu folego.

—“Sim, estou. “ — Me respondeu ela e eu pude notar que as manchas negras e vermelhas em sua pele se tratavam de figuras e de símbolos estranhos e esquisitos.

— “ O que são esses símbolos na sua pele? “ Perguntei ao olhar nos olhos verdes da garota.

— “São símbolos de feitiços de proteção. ” — Me respondeu ela ao olhar para o seu braço e sorrir para mim.

— “ Na tribo dos meus pais alguns humanos usam algo parecido. Ao menos o meu pai sempre pintava o rosto com tinta vermelha sempre que ia caçar. “ — Falei ao mover a minha mão e apontar para a minha face.

— “Seu pai é um caçador? Eu pensei que os humanos e outros seres que moravam ao Oeste do pântano eram pacíficos. “ — Indagou a garota de cabelos verdes e voz doce.

— “E geralmente são. “ — Respondi meio sem jeito. — “Mas o meu pai e a tribo dele não seguem as leis morais da consciência. ” — Expliquei meio envergonhado.

— “ E você? Segue os ensinamentos dele? “ — Perguntou ela ao olhar para o meu arco e as minhas flechas guardadas na minha aljava de couro.

— “Não! Eu sou pescador, agricultor e coletor. Não gosto de matar seres pensantes, igual ao meu pai. Eu nem sequer vivo com eles atualmente. “ — Respondi de maneira sincera.

— “ Não vive com eles? E com quem você mora? Você vive sozinho? “ — Perguntou ela, gentil e curiosa.

Eu apenas balancei a cabeça em discordância e respondi — Não, eu moro com dois amigos. Um elfo do Sul e um “pequeno” troll da floresta chamado Mio. “ —

— “Um troll da floresta!? “ — Exclamou ela com os olhos brilhando. — Eu sempre quis ver um! Apenas conheço os trolls do pântano e eles são fedidos e bastante mal-humorados. “ — Falou ela ao sorrir e cobrir a boca com a sua mão.

— “Bom, os trolls da floresta também fedem um pouco, mas eles costumam ser bondosos. Esse meu amigo mesmo é bastante gentil. “ — Falei tentando não reparar que faltava um dos dentes na frente da boca dela.

— “Entendo. Bom, o meu nome é Miatriz. Mas pode me chamar apenas de Mia. E o seu? — Perguntou Ela ao olhar diretamente nos meus olhos.

— “O meu é Turoq. Mas você pode me chamar como quiser. “ — Brinquei enquanto tentava disfarçar um sorriso.

— Turoq. É um belo nome. Obrigada mais uma vez por ter me ajudado com aquele predador. Eu nunca tinha visto um ser daquele antes. “ — Falou Mia ao olhar para os lados procurando por algum sinal de perigo.

— “Eles se chamam de andrewsarchus. Eles são bem raros atualmente, mas segundo o velho ent da floresta, eles eram mais comuns no passado. “ — Expliquei para Mia de uma maneira bem simples e clara.

— “ Ent? O que é um ent? “ — Perguntou Mia mais confusa ainda.

— “ Eles são arvores que andam e falam. Eles estão nesse mundo antes mesmo das Aranhas gigantes, reptilianos, lagartos gigantes e dragões. “ — Expliquei com a maior empolgação que eu podia atingir.

— “ Puxa, o mundo fora dos pântanos é realmente interessante. É uma pena que eu não possa ficar mais tempo, ou minha mãe me enfeitiçaria e me bateria muito. “ — Me falou Mia um pouco preocupada.

— “E onde você mora? “ — Perguntei curioso e interessado.

— “Eu moro em uma tribo humana no meio do grande pântano. Eu sou a filha da feiticeira e curandeira da tribo. Você poderia me visitar qualquer dia se quiser! “ — Falou Mia empolgada. — O seu amigo elfo e troll poderiam vir também. “ — Completou ela com bastante entusiasmo.

— “Obrigado. O Miolin, a quem chamo de Mio, sempre quis conhecer o grande pântano. E o Tulv nunca diz não para uma aventura. “ — Falei ao sorrir e concordar com ela.

— “Então eu esperarei vocês. Até a próxima e obrigado novamente. “ — Falou Mia ao se virar e caminhar na direção Leste dali. “

— E depois? Vocês foram visitar ela? — Perguntou Tapiti curioso e empolgado com a história.

— Não deu. Pouco tempo depois, Mio se apaixonou por uma troll das cavernas e se mudou para as montanhas ao norte. Enquanto Tulv.... Tulv retornou para o sul e me deixou sozinho. — Respondeu Turoq bastante entristecido.

— Você gostava bastante dele, não é? — Perguntou Gureb se referindo a Tulv, o elfo.

— Sim. Dos que estão presentes aqui, apenas você, Miltris, Calvory e Melunia o conheceram. E você e Calvory eram apenas filhotes na época, se eu me lembro bem. — Falou Turoq com um sorriso no rosto.

— Exato. Faz 7 invernos desde que Tulv partiu para o sul e deixou a segurança e o conforto dessa cabana. — Relembrou Gureb ao olhar para a bela, porém humilde casa de madeira de Turoq.

— E a Mia, Turoq? Você acha que ela ainda lembra de você? — Perguntou Tapiti esperançoso.

Turoq apenas olhou para o céu e ao admirar uma constelação que tinha um formato parecido com um dos símbolos no braço esquerdo de Mia, Falou — Quem sabe Tapiti.... Quem sabe.... — 

 


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Notas finais do capítulo

Continua...



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