As crônicas de Animadria. "Guerras no Norte." escrita por Lord JH


Capítulo 4
União.


Notas iniciais do capítulo

Mais seres se juntam ao grupo nas montanhas do rochedo ao Oeste.



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Os rochedos estavam infestados de corvos, falcões e águias que patrulhavam e vigiavam cada morro e pedras das montanhas rochosas.

Porém, nas cavernas do rochedo dos Urikibais, fogo ardia nas fogueiras e mais e mais predadores e simpatizantes se juntavam a causa da bela princesa da noite.

— É verdade que quase ninguém á viu? — Perguntava, Maluk, a raposa vermelha enquanto observava um grupo de 5 lobos devorando e roendo pedaços grandes de ossos ainda cobertos com um pouco de carne crua.

— E eu sei lá! Eu ainda sou novato por aqui. Só sei que nunca vi tanta comida junta, e pretendo ir para um lugar bem melhor do que essa terra fria e desolada. — Respondeu a hiena Ultrus enquanto roía um osso grande e saboroso.

— Mas será que você só faz comer? Nós chegamos aqui não faz nem um dia e você já comeu por duas semanas. — Resmungou a raposa ao se deitar e pegar um osso para brincar um pouco.

— E pretendo comer muito mais. — Respondeu a Hiena ao se levantar e alongar o corpo. — Não é esse o trato? Nós lutamos e servimos, e ganhamos comida e uma vida melhor. — Comentou a fera antes de sair da caverna e se juntar a um grupo gigante de hienas, lobos, carcajus, e dentes e sabre.

Enquanto isso, na parte mais profunda da caverna, 7 humanos (3 homens e 4 mulheres!), Um puma branco, um Warg, Quatro lobos (Dois lobos e duas lobas!), Um casal de lobos gigantes, e um urso negro gigante das cavernas, conversavam em volta de uma enorme fogueira enquanto se empanturravam alegremente com a carne conseguida no ataque aos mamutes.

— Parece até um sonho. Não faz mais do que alguns dias quando nós éramos somente alguns humanos, lobos, ursos, alguns felinos, dragões, falcões, corvos e águias. — Falava Ulrk, um homem barbudo, forte, alto e cego do olho esquerdo. Mas mesmo assim ainda era chefe dos Urikibais.

— Sim, mas olhe lá fora agora e verá seres até onde a sua vista alcança. — Falou Ulna, a mulher gorda e ruiva, líder da tribo Palapara.

— Exato, seres pequenos, grandes, e até antigos e que muitos consideravam extintos. Todos vieram até nós para se juntar a nossa causa. — Falou Mordick, o lobo cinzento líder da maior alcateia daquelas montanhas.

— É verdade. E eu que achava que o nosso velho Morg era o único Warg ainda vivo. Hahahaha... — Gargalhou Kurokuma, o urso negro gigante.

— Há – há – há....  Você é muito engraçado Kurokuma. Mas eu quero ver se continuará a rir quando a comida acabar e o inverno piorar. Estamos aceitando seres demais, até para um exército. Outro dia avistei uma raposa por aqui, em que uma misera raposa nos será útil? — Perguntou Morg antes de saborear a carne macia que estava presa por suas patas.

— Sim, eles vêm pelos boatos de banquetes e vida melhor espalhado pelos corvos. Mas não os vejo como problema. — Falou Ulrk ao se levantar. — Eles, meu querido Morg, são a solução. —

— Solução para o quê? — Perguntou Lunara, a loba gigante branca, parceira de Peregrini, senhor dos lobos gigantes da montanha dos rochedos.

— Para a nossa causa. — Respondeu Ulrk. — Quando partimos do Norte nós precisaremos do maior exército que o Norte, ou melhor, que o mundo jamais viu. — Completou Ulrk enquanto apanhava uma cuia de barro com tinta vermelha feita a base de sangue com terra e começava a desenhar no teto da caverna.

— Vai nos mostrar como é um bom desenhista, Urlk? — Zombou Zogre, o líder magrelo da tribo Tafetau.

— Não Zogre, apesar de que com apenas um olho eu ainda sou melhor em desenho do que você. — Respondeu Ulrk ao terminar de desenhar o que pareciam ser casas de madeira.

— Uhhh.... Você poderia ter dormido sem essa, Zogre. — Provocou Kalabar, o lobo negro líder da segunda maior alcateia das montanhas do rochedo.

— Poderia mesmo, mas ele nunca sabe quando calar a boca. — Provocou Zilra, a mulher de Tutrus, o careca líder da tribo dos Teturus.

— Ei, não fale isso do meu marido. Só porque o coitado não sabe desenhar bem não quer dizer que ele não tenha talento. — Falou Druina a mulher zarolha e loira de Zogre.

— Concordo. Até na nossa tribo todos nós já ouvimos falar de Zogre, o desenhista. Hahahaha... — Brincou Trivia, a filha da gorda Ulna.

— Está bom, senhoras. Todos nós já sabemos da capacidade de desenho de Zogre, agora que tal deixarmos Ulrk continuar? — Perguntou Albu, o puma branco e de olhos vermelhos.

— Concordo com Albu. Prossiga Ulrk. — Falou Peregrini calmo como sempre.

— Temos que reunir o maior exército para, quando finalmente chegarmos na cidade de Valokia, tomar os seus navios para nós. — Falou Ulrk ao desenhar navios vermelhos na parede da caverna.

— E por que nós precisaremos de navios? — Perguntou Morg rabugento.

— Porque é a única maneira de atravessar o mar, seu idiota. — Respondeu Trivia impaciente.

— Não é não. Os pássaros vão voando. — Zombou Tutrus o careca.

— E você por acaso voa? — Perguntou a jovem garota de belos e longos cabelos ruivos malcuidados.

— Não. E nem você e a sua mãe. — Respondeu Tutrus ao olhar para Ulna que se banqueteava com um pedaço enorme de carne assada.

— Nenhum dos que estão em volta desta fogueira voam, mas como usaremos os navios deles? Alguns de suas tribos sabem navegar? — Perguntou Voltria, a loba malhada parceira de Kalabar.

— É verdade, até porque nós lobos, e outros seres provavelmente não seremos de muita ajuda naquelas coisas humanas. — Concordou Hukia, a loba marrom parceira de Mordick.

 

Ulrk entendeu a preocupação de seus amigos e ao levantar as mãos para pedir silencio, respondeu — Não se preocupem. Neste exato momento um grupo de orcs está vindo da cidade do pequeno lago do Norte. Estes eram marinheiros e navegadores na cidade de Crisália, a maior e a mais protegida do Norte. —

— E por que eles se mudaram de lá? — Perguntou Albu extremamente desconfiado.

— Eles deixaram a cidade quando os humanos e alguns elfos preconceituosos queimaram e afundaram os navios deles. Esses orcs ficaram revoltados e assassinaram os humanos e elfos que fizeram isso. Como resultado foram expulsos de Crisália e voltaram para a cidade dos orcs. — Explicou Ulrk pacientemente. 

— E por que agora eles vêm para o nosso lado? Que eu saiba vocês também são humanos. — Perguntou Kurokuma, bastante confuso.

— Porque eles descobriram que os orcs também estão em paz e pretendem manter uma boa amizade com os humanos, elfos, gigantes, e anões das cidades do Norte. Então eles querem uma outra vida. Uma que só Merania pode oferecer. — Explicou Ulrk fervorosamente.

— E por falar nela, onde está a nossa líder? — Perguntou Albu ao olhar para os lados.

— Dentro de sua caverna, fazendo feitiços de prever o futuro e coisas assim. Aquele lugar fede. — Respondeu Mordick ao espirrar um pouco.

— São as ervas! Muitos seres se utilizam delas para fazer poções. — Explicou Lunara com a sua bela voz.

— Sim, ela me falou que estava prevendo o melhor dia para o ataque. Assim que ela me falar, nós partiremos. — Finalizou Ulrk ao voltar a se sentar.

— Então até lá.... Vamos comer! — Falou Kurokuma ao pegar um pouco mais de carne e saborear a sua deliciosa refeição.

— Então vocês comem, e nós trabalhamos? Não parece ser muito justo. — Brincou Turuk, o tigre branco ao entrar acompanhada de Laina, a leopardo das neves.

— Eu pensei que vocês estavam de vigia. O que aconteceu para virem aqui? — Perguntou Trivia ao olhar para os brancos felinos.

— Alguns gigantes se juntaram ao nosso grupo hoje, eles dizem ser um grupo de bandidos conhecidos como os “esmagadores”. O líder deles é careca e tem o rosto pintado de vermelho. — Respondeu Turuk o tigre.

— Melgror “quebra mamutes” veio até nós? Hahahaha.... Eu escuto contos sobre esse gigante desde que eu era uma criança. Quantos ele trouxe? — Perguntou Tutrus bastante contente.

— Doze ao todo. Nove homens, e três mulheres. — Respondeu Laina a leopardo.

— Então os deixem ficar. Ofereçam-lhe comida e abrigo em algumas das cavernas grandes. Diga ao Melgror que eu mesmo irei falar com ele depois. — Falou Ulrk ao se levantar.

— Sim, senhor. — Respondeu o Tigre ao dar meia volta e se virar.

Ulrk: — E Turuk! —

Turuk: — Senhor? —

Ulrk: — Diga para os corvos vigiarem eles. Faça o mesmo procedimento que acontece a todos que se juntaram a nós. —

— Certo senhor. — Respondeu o tigre ao sair da caverna acompanhada de sua parceira felina.

— E o nosso exército aumenta... — Comenta Kurokuma ainda com a boca cheia de carne.

— Sim Kurokuma.... Ele aumenta. — Sussurrou Ulrk enquanto olhava a lenha do fogo da fogueira crepitar.

 


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Notas finais do capítulo

Continua...



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