As crônicas de Animadria. "Guerras no Norte." escrita por Lord JH


Capítulo 29
Rastros.


Notas iniciais do capítulo

Belguir, Guro e Fenestes encontram as ruínas do vilarejo carvoeiro.



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A mina de carvão mineral permanecia intacta como se nenhum ser vivo houvesse roubado um pouco de suas riquezas.

Bastante confuso com a situação, Belguir, que viera acompanhado de seu semelhante Guro e do Pégaso Fenestes, conversava e fazia várias perguntas ao gigante Bandu, líder e protetor da grande fortaleza Iothunent, o maior castelo e fortaleza de todo o lado oeste do continente sul de Animadria, possuindo espaço suficiente para abrigar mais de duzentos gigantes de maneira bastante confortável e segura.

— O vilarejo próximo foi completamente saqueado e devastado, foram poucos os que sobreviveram e menos ainda os que conseguiram fugir até Iothunent. Por isso é extremamente estranho que a cidade do Rio comprido ao sul não tenha sido atacada. — Comentou o gigante para os visitantes que estavam tão perplexos quanto ele.

— Isso significa que eles não foram para o Sul, logo o caminho mais provável e seguro seria o Leste. — Comentou Fenestes ao olhar na direção onde ficava a grande floresta escura.

— Sim, faz sentido! — Comentou Guro bastante eufórico. — Aquela é a maior floresta desta região, grande o suficiente para esconder até um exército de gigantes. É certeza que aqueles malditos estão escondidos por lá. —

— Foi exatamente isto o que eu também pensei. — Comentou Bandu ao coçar a sua enorme perna e mexer a mão esquerda com o dedo indicador em riste. — Porém quando eu mandei vários dos meus gigante para fazer uma patrulha pela aquela floresta, nenhum deles avistou nada, assim como também não recebemos relatos algum de avistamento de nenhum exército ou dragões por vários seres que habitam aquele enorme lugar. — Completou Bandu ao explicar direitinho a estranha situação para os curiosos forasteiros.

— Bem, aquela floresta é muito grande e como a maioria dos pássaros já migraram para o Sul por causa da aproximação do inverno, fica difícil saber se eles realmente estão por lá ou não. — Falou Fenestes ao analisar a situação com um pouco mais de calma.

— Exato! — Concordou Guro com o Pégaso. — Muitas das aves voaram até mais cedo por causa dos ataques mais ao norte. Já que dizem que muitos falcões e outras aves de rapina matam todos os pássaros da região por onde o exército irá passar para que assim ninguém saiba sua verdadeira e atual localização. —

— Faz sentido. — Concordou Bandu. — Sim, faz muito sentido. —

Porém Belguir ainda estava bastante desconfiado com toda aquela situação, e ao olhar para o oeste, perguntou — E por aquela direção? Seria possível eles avançarem por ali? —

— Pelo bosque das cores? Impossível! — Exclamou o gigante quase rindo daquela suposição.

— E por que seria impossível? — Perguntou Belguir com um olhar sério e completamente compenetrado.

— Porque seria muito mais arriscado e bem mais fácil deles serem avistados se fossem por aquela direção. Somente no bosque das cores vivem mais de quinhentos javalis, ogros e trolls, que sobrevivem dos vários fungos que nascem naquela floresta; pouco depois existe uma estrada que dá para o vilarejo dos cogumelos e logo depois do rio penetrante existe a floresta e a cidade dos ciclopes, o que tornaria muito mais difícil e arriscado a viagem por aquela direção; principalmente com um exército tão grande. — Detalhou e explicou o gigante com bastante lógica e coerência.

— Não seria impossível se eles se movessem durante a noite ou sem serem vigiados por pássaros que neste momento não estão presentes. — Apontou Belguir com certa cautela.

— Hum... — Resmungou o alto gigante enquanto coçava o seu queixo e a sua cabeça ao mesmo tempo. — Talvez você esteja certo, mas o que poderia ter naquela região que poderia ser de interesse para seres que só desejam matar e devorar as suas vimas sem ter que sofrer retaliações por isso? Quando pensamos por este ponto de vista, a floresta escura oferece muito mais vantagens para os mesmos. — Rebateu o gigante ao dar pouco crédito à hipótese do desconfiado líder humano.

— Bom, talvez você esteja certo ou talvez eu tenha um pouco de razão, o fato é que minha vila e as dos meus aliados não foram atacadas em retaliação por nossos atos de guerra, além de que o castelo de Lucifério amanheceu vazio pouco tempo depois daqueles seres terem derrotado a mim e aos meus aliados em uma grande batalha completamente perdida. Por isso eu creio, meu grande, nobre e honrado amigo, que estas criaturas estão aqui por algo muito maior do que apenas comida e segurança. — Falou Belguir ao olhar para os outros gigantes que remexiam nas ruina do outrora belo vilarejo carvoeiro, a procura de corpos ou sobreviventes nos escombros de madeira, pedra, tijolos e palha queimada.

— E o que seria este “algo maior”, meu pequeno, astuto e contestador amigo? — Perguntou Bandu bastante curioso sobre a nova hipótese do curioso e inquisidor humano.

— Talvez procurar por um lugar bem mais seguro onde eles possam descansar, se alimentar e assim pensar no próximo objetivo deles. — Concluiu o cauteloso líder sem retirar os olhos do destruído e queimado vilarejo. 

 


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Notas finais do capítulo

Continua...



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