As crônicas de Animadria. "Guerras no Norte." escrita por Lord JH


Capítulo 24
Amizade.


Notas iniciais do capítulo

Turoq e seus amigos decidem o que fazer para ajudar Gureb, o urso.



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A viajem fora bastante longa até o carvalho de Teref, mas quando recebeu a notícia de que seu querido e amado amigo, Gureb, estava gravemente ferido e envenenado, Turoq, Tapiti e Morby acompanharam de imediato a rouxinol Azaleia, até as terras do alce Teref.

— Pai, o humano Turoq chegou! — Avisou Peleri, uma das filhas de Teref ao avistar e receber o pequeno grupo de viajantes.

— Traga-os até aqui, minha filha. Deixe que eles vejam Gureb e falem com nosso amigo Queviri. — Falou Teref que estava acompanhado do velho mastodonte e do furão Smitor.

— Bom dia, senhores. Como está o Gureb? — Perguntou o jovem e esperto humano ao se aproximar do caído urso que estava com os olhos fechados e respiração calma.

— Bom dia, senhor Turoq e companheiros. Gureb está adormecido por causa das ervas que eu lhe dei. Elas o fazem adormecer e diminuir a dor causada pela tensão da paralisia. — Respondeu Queviri ao pegar algumas plantas com sua grossa e enorme tromba e mostrá-las para Turoq.

Turoq então checou e reconheceu todas as ervas, e ao perceber que seu amigo estava bem melhor do que ele esperava encontrar, o jovem indígena pôde suspirar um pouco mais aliviado e dizer — Eu agradeço por todo suporte e ajuda que vocês ofereceram, nobres e gentis amigos. Eu me chamo Turoq e estes são Tapiti, Morby e eu acho que vocês já conhecem a rouxinol Azaleia. —

Teref então concordou com a cabeça e ao olhar na direção da bela passarinha, falou — Azaleia foi a nossa salvação para que pudéssemos mandar uma mensagem para você. Quando foi envenenado, Gureb não parou de falar o seu nome. Temos que agradecer a nossa gentil amiga por ter atrasado o voo para o sul neste outono. — Finalizou Teref ao agradecer com uma nobre reverencia a ajuda da bela e fofinha passarinha.

— Por nada Teref, eu realmente espero que vocês consigam ajudar o urso. Mas agora tenho que ir me alimentar uma última vez antes de pegar uma das últimas revoadas para o sul. Então, um bom inverno para todos! — Explicou, agradeceu e se despediu Azaleia antes de bater asas e voar até o outro lado do brejo; onde a mesma encontraria bastante comida para se alimentar bem por uma última vez.

— E lá se vai nossa amiga.... Bem, agora preciso apresentar os outros. Eu sou Teref, o mastodonte se chama Queviri, o furão Smitor e aquela é a minha filha Peleri. A mãe dela e a minha outra filha foram visitar a avó que mora no outro lado do brejo, mas amanhã eu creio que elas já estejam de volta. — Explicou e finalizou Teref ao fazer a precisa e educada apresentação.

— Compreendo. — Falou Turoq com o máximo de simpatia possível — Azaleia me falou que Gureb foi envenenado por uma flecha orc repleta de veneno de fungo paralisante. Mas a questão é..... Eu não conheço a cura para este veneno. Então por que ele chamou pelo nome? — Indagou o belo e jovem humano sem saber o que fazer pelo seu amigo peludo.

Queviri então largou as ervas que segurava com a tromba pelo chão e ao analisar as feições de Turoq atentamente, falou — Há muito tempo atrás eu ouvi dizer que as feiticeiras humanas do grande pântano conheciam uma cura pare este tipo de veneno. Você por acaso não seria da tribo delas? — Perguntou Queviri bastante esperançoso no final.

— Não, mas Turoq já conheceu a filha de uma feiticeira do pântano! Não foi? — Exclamou e perguntou Tapiti bastante eufórico.

— Sim, a Mia.... — Sussurrou Turoq calmamente. — Agora eu entendo porque Gureb falou o meu nome! Ele se lembrou da história que eu contei na festa àquela noite! — Exclamou e explicou Turoq ao juntar e decifrar os fatos.

— Mas Turoq, segundo a sua história você á conheceu há muito tempo atrás. E você nem sabe onde ela mora precisamente. — Alertou Morby, sempre frio e calculista.

Turoq então percebeu que o gaio azul tinha razão, e que ele realmente não tinha a menor ideia de que sequer poderia encontrar onde a garota Mia morava.

Mas antes que o indígena pudesse falar alguma coisa, o furão Smitor quebrou o silencio e falou — O grande pântano realmente é um lugar grande e perigoso, mas eu mesmo já me aventurei lá uma vez e consegui sair com vida! E sem falar que nós não podemos deixar o Gureb ficar paralisado por durante três ou dois invernos! Vocês sabem o quanto um urso precisa comer para poder viver? — Finalizou o furão com uma pergunta a qual todos ali sabiam a resposta.

— Mas e os perigos? — Perguntou Morby.

— E o Gureb? — Perguntou Tapiti.

E foi então que Turoq, após suspirar profundamente e relaxar o corpo todo de uma vez, falou — Está decidido! Smitor tem razão. Eu não vou deixar Gureb morrer de fome ou sede por todo esse tempo. Eu vou até o grande pântano e vou encontrar a aldeia de Mia. E de lá trarei a cura para nosso grande e bondoso amigo. —

Todos os outros animais ficaram bastante chocados com a decisão de Kaleb, mas antes que Morby pudesse falar mais alguma coisa, Tapiti pulou rapidamente para perto de Turoq e falou — Eu também vou! Não deixarei que um amigo nosso passe fome até o inverno acabar. —

Smitor o furão também se aproximou e ao se juntar e ficar no meio entre Turoq e Tapiti, falou — E eu também vou! Gureb é um bom amigo e eu não vou deixar ele passar por tudo isso sozinho. —

Morby então desistiu de falar mais alguma coisa, e apenas quando Teref e Queviri disseram que ficariam cuidando de Gureb enquanto o pequeno grupo não retornasse, foi que o gaio azul finalmente falou — É, eu sei que isto provavelmente vai ser a maior idiotice que eu já fiz em toda a minha vida, mas eu também vou com vocês. Afinal, vocês vão precisar de alguém que voe para ajudar vocês a enxergarem mais longe. —

Turoq então sorriu e ao fazer uma humilde reverencia para a bela ave, que também era um de seus melhores amigos, falou — Eu sempre soube que poderia contar com você para uma aventura mortal algum dia. Muito obrigado, Morby. Sua lealdade conosco nunca será esquecida. —

E então o pequeno grupo descansou e fez preparativos para viajar no amanhecer do próximo dia, e enfrentar os mistérios do local mais perigoso daquele continente.

O grande pântano....

 


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Notas finais do capítulo

Continua...



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