As crônicas de Animadria. "Guerras no Norte." escrita por Lord JH


Capítulo 18
Chegada.


Notas iniciais do capítulo

Ulrk e seus aliados finalmente chegam ao continente do Sul.



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Os navios se aproximaram lentamente da costa da pedra da águia. O vento impulsionando as suas velas, enquanto os orcs marinheiros, com a ajuda de outros seres bípedes, moviam as cordas para ajustar o curso.

— Veja, Albu. É Velgert, o dragão. Ali, tomando banho de sol em cima daquela grande rocha. — Falou Ulrk ao apontar para o enorme réptil branco que despojava a sua beleza pálida para a visão de todos no mar.

— Sim, é ele. Dizem que os escamados adoram a luz do sol. Isso me faz perguntar como o povo dele conseguiu sobreviver na escuridão do Norte. — Indagou Albu, o puma branco e de olhos vermelhos, ao olhar para a enorme criatura esbranquiçada.

— Enquanto alguns olham para o dragão deveríamos olhar para aquilo! Vejam, intrusos! — Falou Toboe, o melhor arqueiro da tribo Urukibai, ao preparar o seu arco e apontar ima flecha para um albatroz e um falcão que se aproximavam sorrateiramente.

— Espere Toboe! Eu conheço aquele falcão. É Karatraz, o veloz. Ele partiu com Merania quando ela voou com os dragões e alguns outros seres para o Sul. — Explicou Ulrk ao segurar o arco do seu amigo com a mão esquerda e impedir um disparo.

— O falcão é conhecido, mas quem é a outra ave? — Perguntou Albu desconfiado.

Ulrk então analisou o pouso da desajeitada grande ave branca por sobre o convés do barco, e falou — Logo saberemos. —

E então, ao se moverem na direção do Albatroz, Karatraz falou — Calma amigos. O Gulbert está conosco! Na verdade, comigo; ele meio que está agindo como o nosso guia local. —

Ulrk e Albu observaram o grande pássaro branco com desconfiança, mas logo se mostraram indiferente e Ulrk logo perguntou — Onde está Merania? —

Karatraz limpou uma pena da asa esquerda com o bico rapidamente, e logo respondeu — Dentro da caverna. Ela pediu para que vocês desembarcassem o mais rápido possível e que eu guiasse você até ela. — 

 Ulrk recebeu a mensagem com felicidade e ao pedir para que os orcs baixarem um bote com um orc remador que pudesse levar ele, Albu, o arqueiro Toboe e Karatraz até a praia, falou — Nós iremos agora, mas diga para os outros só desembarcarem ao anoitecer. Não quero pássaros acordados na hora em que desembarcarmos nosso exército. — E lançou um olhar desconfiado para Gulbert.

— Entendido, meu senhor. — Respondeu um dos vários orcs marujos com um pano laranja preso a testa suada.

E então o orc remador levou Ulrk, Albu, Toboe e Karatraz até a praia, enquanto o albatroz Gulbert ficou conversando com uma hiena piadista chamada Tartara.

Ao chegarem na praia, Karatraz guiou o quarteto até uma pequena caverna no sopé da enorme pedra da águia. Onde eles encontraram o Arqueiro humano Finno, da tribo Tafetau.

— Ulrk, Albu, Toboe! Vejo que sobreviveram ao mar. E trouxeram um orc com vocês. Aqui, a entrada é por aqui. Me sigam com cuidado, este lugar é um verdadeiro labirinto de tuneis de pedra. — Falou Finno ao pegar uma tocha que estava presa a uma fenda na parede da caverna.

Então, depois de alguns minutos de caminhos confusos e tuneis apertados, o pequeno grupo chegou ao ponto mais alto e amplo da estrutura gigante de pedra.

No local várias tochas queimavam presas em fendas na parede, e Merania conversava com um estranho ciclope sobre um tal de Miciet, enquanto observavam mapas antigos abertos em cima de uma enorme pedra que lhe servia de mesa.

— Os pardais dizem que Miciet e Escanor fugiram com seus seguidores para vila de Taboril. É apenas uma questão de tempo até que ele consiga implantar o medo nos moradores dessa região e conquiste apoio para atacar vossa senhoria. — Falava o imponente ciclope em uma tentativa de alertar a sua mais nova aliada.

— Deixe que tentem, Tetubiri. Tenho dragões e amigos que adorariam queimar todos que se oponham a nós e devorá-los. — Respondeu Merania antes de se virar e avistar Ulrk acompanhado de seus aliados.

— Minha senhora. — Falou o grande líder ao avistar a beleza rara que era o brilho roxo do corpo escuro da elfa refletindo pela luz das tochas na parede.

— Meu guerreiro. E meus amigos! Fico feliz que tenham chegado. Fizeram uma boa viagem? — Perguntou a Elfa ao sorrir de maneira doce e sensual.

— Boa o suficiente, minha senhora. — Respondeu Albu da maneira mais direta que pôde.

Merania: — Excelente. Todos os nossos aliados chegaram com vida? — 

— Sim — Respondeu Ulrk — Até mesmo aqueles que vomitaram durante metade de toda a jornada.  —

— Isso é normal para aqueles que nunca pisaram em um barco. — Falou Tetubiri com convicção

— E quem seria você? — Perguntou Ulrk curioso e um pouco desconfiado.

— O nome dele é Tetubiri. E ele é um dos nossos mais novos aliados aqui no Sul. — Respondeu Merania com um sorriso de satisfação no rosto.

— E nós já temos um lugar para ficarmos aqui no Sul? — Perguntou Albu curioso.  

— Sim. Dois, meu querido Albu. Dois; isso até que o terceiro esteja pronto. — Respondeu Merania com sagacidade.

— Terceiro? O que vocês fizeram por aqui antes de nós chegarmos? — Perguntou Ulrk bastante surpreso.

Merania abriu um sorriso de contentamento e logo respondeu — Digamos, que eu já deixei o nosso caminho preparado, meu guerreiro. Agora nós só precisaremos dividir um grupo para ficar aqui nas cavernas, e outro para ir conosco até o castelo. —

— Castelo!? — Exclamou Toboe assustado ao ouvir a palavra proferida pelos lábios escuros e doces da bela elfa negra.

— Sim, meu querido amigo arqueiro. Pela primeira vez na vida você saberá como é um interior de um belo e nobre castelo. — Falou Merania com uma sensação de satisfação que mal cabia em seu peito.

 


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Notas finais do capítulo

Continua...



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