As crônicas de Animadria. "Guerras no Norte." escrita por Lord JH


Capítulo 12
Ruína.


Notas iniciais do capítulo

Brimir recebe noticias terríveis sobre o que aconteceu com a cidade de Valokia.



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O dia estava frio e pacifico na terra dos rinocerontes no Norte. Brimir, o centauro, acompanhado de seu grupo composto por mais cinco de sua espécie, um cavalo, e uma unicórnio branca, conversavam com Torod, o líder dos lêmingues, sobre onde estava Bilvear, senhor dos elasmotérios, e todos os outros de sua espécie.

— Bilvear foi com os orcs, elfos, anões, primeves e humanos de Baratund até Valokia. Levou alguns de sua espécie com ele e alguns rinocerontes também. Ele disse que não voltaria até saber o que aconteceu. — Respondeu o pequeno roedor com a sua voz baixinha e fofinha.

  — Então é verdade que Valokia queimou? — Perguntou Arcadia, a bela e branca unicórnia curiosa.

— Sim, ao menos é o que dizem os pássaros e os seres que fugiram da floresta de Valokar. Eles dizem que um exército enorme de predadores passou pelo sul da terra dos rinocerontes e invadiu a floresta de Valokar; matando vários em seu caminho. E que quando chegaram na cidade.... Que dragões de gelo sobrevoaram Valokia e á queimaram até o chão. — Falou Torod com certa tristeza na voz.

— E ninguém em Verunia fez nada quando soube!? — Perguntou Brimir furioso ao saber que a cidade onde vivera e trabalhara como guarda, agora estava queimada e rebaixada as cinzas.

— Oh não, eles fizeram! — Falou Torod rapidamente. — O elfo Miguar de Verunia foi o primeiro a reunir um grupo de resgate assim que os pássaros lhe contaram o que houve. Mas quando chegaram na cidade foram atacados e quase trucidados pelos predadores do Rochedo. Então, ele e mais alguns que sobreviveram a batalha, retornaram até aqui e pediram ajuda aos rinocerontes e elasmotérios. E quando Bilvear e o rinoceronte Marog disseram que ajudariam na batalha, Velkur, o Prineve de Baratund, chegou acompanhado por um verdadeiro exército de seres da cidade. —

— E então eles partiram? — Perguntou Sogor, o cavalo peludo e dourado que acompanhava Brimir em sua jornada.

— Sim. Eles souberam pelos pássaros que os invasores deixaram a cidade em navios e barcos, e foram ver se restaram sobreviventes. — Respondeu Torod rapidamente.

— Está vendo? É isso o que acontece quando partimos para Dubaldor em busca de armas, armaduras e ferramentas melhores. Se não fosse por aquela gaivota que nos avisou sobre o ataque á Valokia nós ainda estaríamos no caminho para aquela maldita montanha. — Reclamou Berena, uma centaura de pelo dourado claro e bastante resmungona.

— Calma Berena. Brimir não é capaz de prever o que acontece com cada cidade quando ele a deixa. Além do mais nós provavelmente estaríamos mortos e queimados se tivéssemos ficado em Valokia. — Falou Kulu, um centauro de pelo negro e de brilhantes olhos verdes.

— Sim! Eu nem conhecia essa criatura que vocês grandões chamam de dragão. Elas devem ser bastante assustadoras, não? — Perguntou Torod bastante impressionado.

Brimir, porém, apenas bufou antes de olhar para o pequeno roedor e responder — Sim, eles são. Mas nós achávamos que eles estavam extintos. Mas pelo visto é o nosso povo que está agora. — Resmungou ao colocar a mão esquerda por sobre o rosto e suspirar profundamente.

— Calma Brimir. — Falou Sogor, o cavalo. — Nós ainda nem chegamos em Valokia para ver como está a situação. Nós precisamos ver primeiro antes de nos desesperarmos. —

Mas antes que Brimir pudesse falar alguma coisa, Berena apontou para uma direção e falou — Acho que não precisaremos. Vejam, é o Bilvear e os outros. —

Então, quando Brimir virou-se e olhou para o lado Oeste, Bilvear e outros Elasmotérios, orcs, humanos, rinocerontes, prineves, anões e elfos, apareceram em marcha lenta e cansada pisoteando pela neve.

— Bilvear.... — Sussurrou Brimir ao galopar e se aproximar do gigante mamífero de um chifre só.

— Brimir? É você? Oh, é sim. Eu reconheço esse cheiro. Eu sinto muito por.... — Mas antes que Bilvear pudesse completar a sua frase, o impaciente centauro agarrou o seu chifre e falou — Bilvear, me conte tudo o que você viu em Valokia! —

— Não sobrou muito para contar. — Falou um elfo loiro cujo Brimir reconheceu como sendo Miguar, o elfo lider da guarda de Verunia. — Os dragões tocaram fogo em tudo, menos nos barcos. Só as aves, os ratos, os seres que nadaram para o mar, os que eram pequenos demais para se esconder ou os que possuíam a capacidade de voar, se salvaram. E mesmo assim muitos deles foram perseguidos e mortos. — Concluiu o elfo ao virar o rosto e expor uma cicatriz grande que ficara marcada em sua bochecha direita.

— Miguar.... Quem fez isso com o seu rosto? — Perguntou Brimir que conhecera o elfo quando ela ainda era belo e possuía o rosto inteiro.

— Um Prineve com um arco de madeira branco. Ele quase acertou uma flecha na minha cabeça, mas ela pegou apenas embaixo da minha orelha direita. Mas cortou um belo pedaço da minha bochecha. — Brincou o elfo com um sorriso sínico no rosto.

 — E por que vocês estão retornando agora? Já encontraram todos os sobreviventes de Valokia? — Perguntou Sogor curioso com o caso.

— Sim, achamos todos que podíamos achar. Mas recebemos uma ave do Rochedo que nos falou que Kimerion e um grupo de seres atacou o rochedo e subjugou os que ficaram por lá. Segundo ela os sobreviventes viraram prisioneiros e estão esperando julgamento do rei e dos anciões. — Explicou Miguar calmamente.

— E isso é uma coisa que eu não posso perder. — Falou Velkur, o prineve líder da guarda de Baratund ao se aproximar de Brimir, Miguar e Bilvear.

—Então é para lá que vocês vão? Para os Rochedos? Ver o julgamento dos prisioneiros? — Perguntou Brimir abismado.

— Sim. — Respondeu Miguar, o elfo. — Você pode voltar para Valokia se quiser. Ou pode vir com a gente se tiver vontade. A questão é....  Eu quero muito ver o que aqueles homicidas terão para dizer em suas defesas. —

Brimir apenas largou o chifre de Bilvear, e ao olhar para o rosto de Velkur, depois para o de Miguar, Bilvear, Sogor, Arcadia, Kulu e Berena que se aproximavam, bufou com força e disse — Não.... Eu também quero ver o que houve nos Rochedos. Eu vou com vocês até Kimerion. — E olhou para os outros de seu grupo que apenas concordaram com ele.

 


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Notas finais do capítulo

Continua...



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