O Sangue do Mestiço escrita por Júlio Oliveira


Capítulo 8
Ponto de impacto


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo mais calmo, mas um verdadeiro ponto de passagem entre uma fase e outra na história. Boa leitura!



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Edward Muller nem sequer havia se trocado antes de caminhar solitariamente rumo à delegacia. A morte sofrida de Rico fizera seu sangue ferver ainda mais e um desejo misto de justiça e vingança emanava de sua alma. Ele deveria ir mais longe. Não havia atitude extrema o suficiente perto da monstruosidade presente nos atos daqueles selvagens. Com o abrir da porta, o poderoso homem logo se deparou com uma cena desconcertante: o xerife dormia profundamente com a cabeça apoiada na mesa, estando acompanhado de uma garrafa quase vazia de absinto.

Pensando se tratar apenas de uma bebedeira casual, o ricaço seguiu para a ala das celas, apenas para ser surpreendido com o vazio: os prisioneiros não estavam mais presentes. Muller esfregou os olhos na esperança de estar apenas vendo tudo da maneira errada, mas não: Patwin, Adaky e Richard haviam desaparecido. “Inaceitável!”, pensou enquanto retornava furioso para a mesa do xerife. Sem qualquer delicadeza, Edward bateu com o punho na mesa e deu um furioso grito para despertar o homem embriagado.

— Que maldição é essa? — Muller questionou com revolta evidente.

Maldição? As coisas estavam diferentes para Arnold. A voz de Edward estava lenta, de maneira que aparentava estar ainda mais grave que o comum. A batida de seu punho na mesa ainda ecoava pela cabeça do xerife, ao mesmo tempo em que uma visão psicodélica se formava diante de seus olhos. Uma confusão de cores, luzes e imagens se faziam presentes. “Muller?”, pensava Arnold ainda sem entender muito bem.

— Seu desgraçado! — Edward acertou um soco em seu rosto.

Aquilo foi sentido com clareza por Arnold. O seu maxilar fez um estranho barulho quando o punho de seu chefe o encontrou. A dor, que começou na área de acerto, logo se espalhou pelo resto da boca e subiu pelo rosto, como um formigamento ardente. Ele podia sentir o gosto de sangue, além de algum dente que saiu de seu devido lugar.

— Calma — ele disse enquanto tentava se levantar ao mesmo tempo em que cuspia uma porção de sangue junto do dente.

Suas pernas estavam trêmulas, sem qualquer equilíbrio. O xerife se sentia como se estivesse tentando se equilibrar em duas longas e finas pernas de pau, tudo isso ao mesmo tempo em que fazia malabarismo. Quase caindo, apoiou-se na mesa desajeitadamente, algo que irritou ainda mais o seu chefe.

— Você é um completo inútil! Não serve nem para ficar de pé? — Muller andava de um lado para o outro enquanto tentava segurar sua fúria.

Mas era um fato inegável: ele queria socar infindavelmente aquele xerife idiota naquele exato momento. Como que algo daquele tipo poderia ocorrer? Após todo o sangue, sofrimento e mistério, o maldito homem deixou escapar os três maiores suspeitos? Todos de uma vez! “Chegará o dia em que chutarei esse homem para fora da minha ilha”, pensou Edward.

Finalmente sentindo os braços e as pernas, Arnold pôde ficar de pé sem parecer estar prestes a cair a qualquer momento. Sua mente, no entanto, ainda viajava longe. Ele ainda tentava compreender o soco que levou de seu chefe, ao mesmo tempo em que imaginava que os presos ainda estavam em suas celas. Ainda assim, em sinal de total submissão, abaixou a cabeça e disse de maneira insegura:

— O que o quer, senhor Muller?

Edward gritou ao ouvir aquele questionamento. Gritou de fúria, de ódio puro e frustração. “Da próxima vez cuidarei eu mesmo”, refletiu enquanto se segurava para não esganar o estúpido que se fazia presente a sua frente. Respirando fundo, ele finalmente respondeu:

— Dê uma olhada na sua delegacia, Arnold. Veja se tem algum problema ou se falta algo.

Com sua mente lentamente a se regenerar, o xerife pôde sentir uma falsa calma nas palavras de Muller. Mas quem ele era para questionar? Dando a volta na mesa para examinar a ala das celas, Arnold desastradamente bateu na garrafa de absinto, fazendo-a cair e partir-se. Cacos de vidro e bebida voaram e acabaram atingindo o sapato de Edward, que simplesmente se absteve de qualquer reação enquanto o desastrado fingia que não havia percebido o pequeno incidente.

Finalmente na ala desejada, uma sensação de estranheza percorreu o corpo do xerife. Ele lembrava dos três prisioneiros e a sua razão dizia que eles estavam ali. Não havia qualquer chance de fuga, obviamente. Ou havia? O vazio das celas fez com que Arnold ficasse ainda mais confuso. A estranheza virou preocupação e, ao olhar para Edward, que dava um sorriso amarelo, a preocupação se tornou medo.

— Eu não sei como... — Arnold foi interrompido.

— Não me importa! — Muller gritou tão alto que qualquer um da vila poderia muito bem ter escutado. — Você só tinha um dever. Apenas um dever! E nem isso conseguiu fazer. Os meus homens foram até esses selvagens e trouxeram para cá. Muralha, Joseph e o falecido Rico que pegaram em armas, arriscaram suas vidas e fizeram justiça por minha filha e por todos da vila. Tudo isso para quê? Para um desgraçado como você deixar eles escaparem!

Arnold ficou sem reação. Ele temia por sua própria vida. Como um cachorro amedrontado, ele apenas recuou enquanto Muller continuava com o seu sermão:

— Eu deveria colocar uma bala em sua cabeça aqui e agora. Mas quer saber? Isso aliviaria a situação toda para você. Eu não sei como, mas você vai mexer os pauzinhos e vai descobrir como eles fugiram. Não só isso, mas vai também punir qualquer outro envolvido no caso. Lembre-se, xerife: enquanto esses criminosos estiverem aí fora, todas as últimas mortes vão pesar na sua conta. Recomendo que reflita e largue essa desgraça! — Edward finalizou chutando o gargalo da garrafa que jazia quase inteiro.

O xerife permanecia imóvel. Após engolir em seco, ele finalmente se pronunciou:

— Vou encontrar o responsável, chefe. Não tardarei para trazer respostas, prometo.

— Vou lhe dar um conselho, Arnold — Edward levantou o dedo enquanto dava um sorriso irônico. — Nunca faça promessas que não poderá cumprir. Será pior para você, tenha certeza absoluta disso. Mas se quer saber a verdade: torço para que esteja certo. Será pior para nós dois caso o contrário ocorra. Principalmente para você.

Com aquelas palavras, Edward se retirou da delegacia deixando para trás um Arnold perdido em suas próprias memórias tentando encontrar algo que fizesse sentido. “Deve haver um culpado. Sempre tem”, pensava o xerife ao mesmo tempo em que o nervosismo invadia sua mente. Ele teria que ser rápido: o seu chefe não aguardaria muito mais tempo.

Longe dali, o trio formado por Patwin, Richard e Adaki caminhava lentamente em direção à tribo. Olhando para trás, Patwin pôde perceber uma pequena parcela da cidade que aos poucos se perdia graças à densa floresta que eles adentravam. As estruturas de madeira e a movimentação de crianças logo era substituída por grandes árvores de folhas verdes e troncos lenhosos, pequenos animais e o som da brisa suave. A visão não era muito mais esclarecedora à sua frente: tudo que o mestiço fazia era seguir os passos de Adaky.

O índio caminhava a frente do grupo com um semblante quase que indiferente. Já conhecia muito bem aquele caminho, ao mesmo tempo em que as ocorrências recentes em sua vida foram traumáticas. Sua mente estava atormentada. Tudo que ele queria era poder olhar mais uma vez para as amadas pessoas da tribo e sentir-se seguro em seu lar.

Richard era o que mais estranhava toda a situação. De artista louco a fugitivo da vila. Todo aquele verde lhe era deveras estranho. Apesar das mais de duas décadas de vida na ilha, o jovem nunca parou para explorá-la ou algo do tipo. Sua verdadeira atração sempre fora o quadro branco. Ali sim sua mente viajava e sentia-se confortável. Mas na floresta? Seu corpo coçava e toda aquela imagem repetitiva das árvores o incomodava profundamente. Queria voltar imediatamente para a vila, mas logo que se lembrava de Edward Muller, o garoto mudava de ideia. “Isso não vai durar para sempre”, ele torcia profundamente.

Com os pés começando a doer, Patwin parou de caminhar, algo que rapidamente foi percebido por Adaky.

— O que houve? — Richard questionou.

Pat se apoiava em seus joelhos enquanto respirava fundo. Começou a falar:

— Lá em Nova York eu não costumava caminhar tanto — disse ofegante. — E os últimos dias aqui não foram nada fáceis de se acompanhar.

Ouvindo aquilo, Adaky quase que riu da situação deplorável daquele homem da cidade. Ainda assim, permaneceu de pé e silencioso. Richard olhou para a direção do caminho percorrido e questionou:

— Vocês acham que Edward já descobriu sobre nós?

— Deus queria que não — respondeu Pat enquanto reunia forças para continuar caminhando.

Com ele voltando a andar, Adaky finalmente se pronunciou desde que a viagem começara:

— Não se canse, mestiço. A viagem está só no começo.

Pat respirou fundo e aceitou aquela triste informação. Ele teria que ser resistente. Ao menos uma motivação o deixava mais forte: o encontro com aqueles que tinham o sangue de seu pai. “Posso estar odiando tudo isso, mas quem sabe assim a sua memória deixe de me perturbar, pai”, pensou e deu uma risada sem graça.

O grupo caminhou por mais meia hora, até que o nativo parou abruptamente de andar e, apontando para o solo, disse:

— Estamos a uma boa distância. Melhor comermos algo.

Pat e Richard retiraram de suas bolsas o alimento cedido por Margaret Olsen. Eles tinham pães, bolachas secas e até mesmo sopa. Sentaram-se em torno de uma pedra e partilharam a comida. Enquanto comiam, Pat vislumbrou mais uma vez a estranheza daquela situação toda: um mestiço, um branco e um nativo juntos. Os três fugindo de um poderoso homem que não obedecia às mais simples leis do dito mundo civilizado. O possível refúgio: uma tribo, um símbolo de selvageria para muitos. Não para o mestiço, obviamente. Ainda assim, era uma situação única e ele esperava viver para poder contá-la futuramente para seus filhos.

— Do que você está rindo? — Richard disse com estranheza enquanto observava um riso bobo advindo de Patwin.

O mestiço riu alto e, após engolir um pedaço de pão, começou:

— Só estou admirado com toda essa situação. Estamos vivendo um inferno, claro. Mas ao mesmo tempo é algo que eu nunca esperei viver. Nunca pensei em fugir de uma prisão ao lado de um índio, por exemplo. Quando saí de Nova York eu realmente esperava ter novas experiências, mas não desejava que fosse em tanta intensidade. Mas o que posso fazer? — Patwin voltou a rir e era um riso que denotava uma espécie de desespero, como se o mestiço tentasse usar suas risadas para esconder o medo e o sofrimento que dominavam sua alma desde que chegara naquela maldita ilha.

Adaky e Richard prestavam atenção enquanto se alimentavam. Com o silêncio, Pat continuou:

— Acho que está no meu sangue. Digo, não falo só da questão do meu pai. Mas desde criança eu gostava disto: da aventura e da descoberta. Sempre questionava tudo, chegava a ser irritante. Não foi difícil partir para a área do jornalismo. Sempre querendo um furo, uma informação única, algo inédito. Mas, como já falei para vocês, acabei me tornando um americano genérico. Mas esse é o destino de todos, não? Tornar-se uma caricatura de si mesmo — o mestiço olhou para baixo enquanto refletia. O que estava dizendo? Por que dizer tudo aquilo? Não importava, ele só sabia que não iria parar. — No fim, a caricatura até que ganhou um traço de originalidade: serei o primeiro cidadão de Nova York a morrer em Roanoke.

E mais uma vez aquele riso de desespero tomou conta de Pat. Até mesmo Richard ensaiou uma risada ao ouvir tudo aquilo. Adaky, por outro lado, mantinha um olhar quase que indiferente, como se tentasse esconder suas emoções.

— Ainda não estamos mortos — afirmou o nativo.

— Nós nascemos para morrer, índio — Richard riu após dizer.

— Bem — Patwin finalmente finalizou o seu alimento. — Ainda estamos vivos mesmo. Não sabemos por quanto tempo, mas não pretendo desistir. Você está certo, Adaky. A morte ainda é um fantasma distante. Ou assim esperamos.

O índio acenou com a cabeça em sinal de concordância e por pouco não demonstrou um sorriso. Ao mesmo tempo, Richard tomava sua sopa e se deliciava em cada gole.

— Sua mãe realmente cozinha muito bem — Pat elogiou.

— Sim — Richard sorriu levemente. — Ela é boa em tudo que faz. Não imagina o que ela já passou nessa ilha.

Pela primeira vez Patwin pôde perceber uma genuína preocupação na voz de Richard por alguém. Não só isso: havia admiração em suas palavras. O garoto não era todo estranho, afinal. “Apenas quase que completamente”, refletiu o mestiço.

— Bem, se eu com tão pouco tempo já estou completamente arrasado, imagine ela. Margaret nasceu aqui? — Pat questionou.

Aguardando uma resposta mal educada ou mesmo agressiva, o mestiço se espantou ao ver Richard calmamente começar a falar.

— Ela diz que veio para cá ainda jovem, pois os pais buscavam novas oportunidades de vida. Isso é algo que eu estranho. Não estamos falando de Nova York ou qualquer outra cidade grande, mas de uma maldita ilha praticamente vazia. De toda forma, a família Olsen acabou se dando bem com um pequeno restaurante familiar. Daí você já imagine de onde surgiram os dotes culinários da minha mãe — o artista sorria enquanto falava. — O tempo passou e meus avôs decidiram deixar a ilha. Entretanto, minha mãe preferiu ficar. Ela nunca me explicou muito bem sobre isso. Apenas disse que havia cultivado um amor infindável por Roanoke. Nunca pude entender.

— O amor não se explica — disse Pat.

— E então eu nasci — continuou Richard. — Não sei quem é meu pai e minha mãe nunca me falou sobre. Sempre desconversava quando eu tocava no assunto. Ainda assim, não tenho nada do que reclamar: ela sempre cuidou de mim e me incentivou na pintura, minha grande paixão. Isso desde criança: sempre gostei de um lápis, um pincel e um quadro ou folha em branco. Na verdade, acho que sou o único artista da ilha.

— Não está contando com os índios — Pat deu um sorrisinho.

Richard riu daquele comentário enquanto Adaky escutava tudo atentamente.

— Vejo que você fala muito bem para um morador de uma ilha como essa. Sua mãe também tem bons livros? — Questionou o jornalista.

— Meus avôs deixaram uma boa quantia de dinheiro com minha mãe, além de que ela recebe uma boa quantia diretamente de Edward em troca de comida de qualidade. É um trabalho que me enjoa de certa forma, mas sei que ela só faz isso para nos sustentar. No fim, sempre contei com uma boa biblioteca debaixo da minha cama. Devo ser o rapaz mais inteligente daqui — explicou o artista.

— E o mais humilde — Adaky ironizou em sua primeira interação mais bem-humorada desde que o trio havia se juntado.

— A ironia e o sarcasmo já chegaram na tribo? — Richard brincou.

Patwin riu alto ao ouvir aquilo, mas logo percebeu um olhar de desaprovação advindo do nativo. Vendo que o clima estava se tornando tenso, o mestiço disse:

— Adaky, como que você aprendeu inglês? Digo, a Jessica te ensinou tudo?

Richard ficou calado enquanto dava um discreto riso de desprezo, pois havia notado claramente que Pat queria esfriar aquela situação. Adaky ainda encarava o artista, mas logo se virou para responder o mestiço.

— O povo da tribo sabe algo do inglês graças as trocas que acontecem. Geralmente caçamos e damos a pele para os homens brancos — explicou o índio.

— Em troca de? — Patwin questionou.

— Coisas brilhantes, geralmente. Juntamos muitas peles para conseguir coisas desse tipo. No fim, acabou que o inglês se tornou necessário. A maioria deve entender alguma coisa. Jessica só fez que meu conhecimento crescesse ainda mais. Ainda assim já aviso: não falamos em inglês quando estamos na tribo.

— Eu imaginei.

Dando um último gole na sopa, Richard finalmente se levantou e disse:

— Vamos? Já passamos muito tempo aqui.

— Odeio admitir, mas Richard está certo — falou Pat enquanto também se erguia. — Se eles já souberem de nós e estiverem seguindo os rastros, corremos riscos.

— Não — Adaky saiu do chão. — Não corremos.

O nativo apressou o passo e, após o trio passar por uma área ainda mais densa com árvores e arbustos, o que se viu do outro lado foi um rio. Patwin logo entendeu.

— Nada de rastros — falou em voz alta o mestiço.

O nativo se adiantou e adentrou a água. O rio era raso e extremamente calmo, de maneira que ele rapidamente chegou do outro lado. Pat e Richard seguiram o mesmo caminho. Apesar das roupas encharcadas, o artista sentia-se um pouco mais limpo depois dos últimos dias.

— Vamos! Não estamos tão longe — Adaky estava animado.

Seguindo o caminho inverso, Eyanosa e Macawi andavam vagarosamente. A jovem nativa estava bem armada, enquanto o mais velho tinha esperança de ter uma boa conversa com os moradores da vila.

— Obrigada por confiar em mim — disse a moça. — Não irei desapontá-lo, Macawi.

— Conto com seu arco, Eyanosa — falou calmamente o homem. — Mas espero que não precisemos dele. Realmente espero.

A dupla seguia o caminho tradicional e se aproximava do rio que marcava um ponto importante da divisão das terras da tribo. Entretanto, algo assustou Eyanosa.

— Esconda-se — ordenou discretamente enquanto sacava seu arco e uma flecha.

Macawi seguiu a instrução da moça e se posicionou atrás de um denso arbusto. Enquanto isso, ela se aproximou lentamente e finalmente começou a mirar com seu arco para aquilo que chamava sua atenção. Perante seus olhos, três indivíduos andavam lentamente. “Oh, não!”, pensou. Na sua percepção, tudo que ela entendia é que dois brancos e um índio andavam juntos. “Será um refém?”, questionou mentalmente. Logo começou a mirar no branco mais afastado do grupo. Seus músculos ficaram tensos e a flecha poderia ser disparada a qualquer momento.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigado por ter chegado até aqui :D
O que está achando da história até o momento? E o que acredita que acontecerá?

Até o próximo capítulo ;)



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