“Don't be scared
You'll never change what's been and gone
May your smile,
Shine on
Don't be scared
Your destiny may keep you warm
'Cause all of the stars
Are fading away
Just try not to worry
You'll see them some day
Take what you need
And be on your way
And stop crying your heart out.”

(Não tenha medo
Você nunca mudará o que aconteceu e o que já foi
Deixe seu sorriso,
Brilhar
Não tenha medo
Seu destino pode manter você aquecida
Porque todas as estrelas
Estão desaparecendo
Apenas tente não se preocupar
Você as verá algum dia
Pegue o que você precisa
E siga seu caminho
E pare de chorar tanto.) – Stop Crying Your Heart Out: Oasis

Depois que minha mãe saiu do quarto, eu me sentei em minha cama e fiquei fitando o vazio. Meus pensamentos não encontravam uma resposta lógica para como Emmett tinha me mandado o bilhete. Eu pensava em milhares de coisas, tipo, telepatia, criptonita e coisas de super herói.

Levantei-me e fui até meu notebook, peguei-o e trouxe-o até minha cama em meu colo. Liguei o computador e esperei enquanto carregava. Depois abri um site de pesquisa e esperei enquanto o site procurava respostas para ‘Vida após a morte”.

O site levou-me até um link e quando eu cliquei minha conexão caiu. Sem paciência nenhuma de ficar no computador eu o desliguei e resolvi jogar um pouco de videogame para me distrair. Liguei meu X-BOX 360 no Guitar Hero e sentei em minha cama com o controle.

O jogo estava me distraindo como o planejado. Eu jogava a décima música do expert quando ouvi uma coisa pequena atingir a janela de meu quarto e fazer um pequeno barulho no vidro.

Ignorei o barulho e voltei minha atenção para o jogo novamente, mas o barulho insistiu.

- Quem está aí? – perguntei me aproximando lentamente da janela.

Não houve resposta.

- Quem está aí? – perguntei novamente.

E de novo não houve nenhuma resposta.

Aproximei-me da janela e á abri. Olhei para baixo e não vi ninguém. A única coisa que estava lá era um cesta cheia de tulipas vermelhas e chocolates.

Fechei a janela com força, destranquei a porta de meu quarto, desci as escadas, e corri até a porta de entrada. Sai de casa batendo a porta com força e corri até a cesta que estava embaixo da janela de meu quarto. Quando peguei a cesta senti um vento frio cortar minha respiração e gelar todo meu corpo, eu me encolhi levemente.

Quando o frio passou um pouco eu peguei uma das tulipas e um pequeno chocolate da cesta, analisei a flor com cuidado e li o nome do doce e como se ainda restasse alguma dúvida, comprovei que era de novo a mesma tulipa que Emmett me mandava e que era seu chocolate preferido. As lágrimas encheram meus olhos.

No meio das flores tinha um pedaço de papel azul como o do bilhete de meu quarto. Eu o peguei, abri e li:

“Não quero que você sofra, não quero que você chore... Quero que você volte para escola e continue, como se nada tivesse acontecido. Só espere por mim, eu prometo que vou voltar meu amor. Mesmo longe, eu sempre vou estar com você.

E toda vez que você sentir o vento soprar, lembre-se que eu te amo.

                                                                       Com amor,

                                                                                                      Emmett McCarty Cullen.”

Dobrei o papel de novo e guardei-o no bolso. Meus olhos encheram-se de lágrimas e eu cai sentada na grama do jardim de minha casa. Segurei a cesta enquanto as lágrimas esquentavam meu rosto e o vento frio de inverno soprava parecendo levar um pouco de mim embora e trazer um pouco de Emmett pra mim. Era como ele tinha dito: quando o vento soprar, eu lembraria que ele me amava.

Eu sabia que ele não queria que eu ficasse assim, ele tinha me dito no bilhete que queria que eu voltasse para escola e continuasse vivendo... Mas que era pra eu esperar por ele. E eu esperaria.

Se ele queria que eu voltasse para a escola, e tivesse uma vida “normal” eu teria, porque eu faria qualquer coisa por ele, eu seria qualquer coisa por ele.

Peguei a cesta e voltei para dentro de casa. Guardei a cesta em meu quarto e desci para falar para minha mãe que eu voltaria para escola. Ela provavelmente iria adorar; afinal eu já estava quase me formando e ela acharia que seria um ótimo jeito de esquecer Emmett.

Minha mãe estava na cozinha lendo jornal quando eu cheguei.

- Mãe, será que eu posso falar com você um pouco? – perguntei.

Ela me olhou parecendo surpresa e assentiu.

- Bom mãe, eu estava pensando que seria bom pra eu voltar para escola e voltar a praticar meus esportes e pensar no meu futuro. – falei.

- Ah, Deus ouviu minhas preces! Obrigado senhor. – começou a agradecer minha mãe. Eu forcei um sorriso pra ela. – Que ótimo ouvir isso filha. É muito bom saber que você está voltando á... Hã, viver!

- Que bom que você aprova minha idéia mãe. – falei.

- Não só aprovo como apoio totalmente. – ela sorriu radiante. – Você vai voltar para a mesma escola né? E quando você pretende voltar?

- Eu quero voltar para a mesma escola sim e o mais rápido possível. – respondi sorrindo sinceramente para minha mãe.

- Então vamos agora mesmo fazer sua nova matricula. – ela sorriu. – Vá vestir uma roupa de frio e se arrumar filha.

- Tudo bem então. Vou me arrumar. – falei sorrindo também.

Subi as escadas até meu quarto e fui pro banheiro tomar um banho. Enquanto a água quente escorria por meu corpo me aquecendo, eu pensava no quanto poderia ser bom voltar para escola.